Vocês desculpem, não costumo vir aqui e agora tenho o egoísmo de postar eu!!
tenho vindo menos ao forúm e quando venho passo mais na pediatria e outros temas, eventualmente noutros locais, mas para estes lados nem tanto...
Indo à questão, para quem não sabe a minha mãe faleceu há dois anos. Foi uma perda que me afectou muito e ainda hoje, e sempre, me vai fazer sentir sozinha e perdida no que toca a muitas coisas... As mães sabem tudo dos filhos, mesmo quando estes não falam. Não são preciso palavras para amar e conhecer, porque os corações são iguais, as cabeças também... Quando se perde uma mãe perde-se parte de nós, parte da nossa própria identidade. É horrível, mesmo...
Não tendo mãe, muita coisa na minha vida mudou.
O meu pai passou a frequentar a minha casa assiduamente, e a meu convite, inicialmente dia-sim, dia-não, depois espaçando 2, 3 dias, agora geralmente vem 1 a 2x por semana.
Esta situação alterou rotinas em termos de horários e outroa hábitos, interferiu na educação do meu filho e também na minha relação com o meu marido.
Eu adoro o meu pai. Isso não está em causa, mas que muita coisa mudou, mudou...
Depois, deixei de ter alguém com quem conversar sobre tudo, sobre mim, o Afonso, o Paulo, a família e até sobre os assuntos mais parvos... Com a minha mãe tinha uma proximidade que nunca mais irei ter com ninguém, ninguém me conhece como ela, nem mesmo o Paulito, que me ama e a quem eu amo, porque a minha mãe já levava mais de 20 anos de avanço...
Ora, a minha sogra, que não é das piores, não é de intrigas e até me fica com o Afonsito quando preciso, não se manca! Está constantemente a telefonar para casa (pus telefone quando a minha mãe adoeceu...), para o telemóvel, a querer vir cá para vêr o miúdo, enfim... Agora, vindo de uma situação de doença do Afonso, fez uma comparação com o meu pai.
Eu fiquei sentida com isso e não lhe respondi à letra porque ela vinha ficar com o Afonso, que tem estado doente, e achei que estando a fazer um favor não lhe iria responder... Mas o que é facto é que fiquei a remoer no assunto e estou arrependida!
O meu pai, apesar de não ser perfeito e ultimamente ter de ser chamado à atenção por diversoso motivos (antes isso era trabalho de mãe, agora ela já cá não está... sou eu que chamo...) ensinou-me que os nossos erros não podem ser desculpados pelos erros dos outros. E foi o que ela fez. Eu chamei à tenção por uma coisa, e fui educada com ela, e ela respondeu-me "o teu pai assim, assim..."... Para me aborrecer ainda mais, o Afonso fez diarreia (não sei se do antibiótico, se de contágio no consultório...) e sujou um pouco as cuecas antes de as conseguir despir para se sentar na sanita e pediu-lhe para não contar à mãe, sabem o que fez? Ligou-me a dizer isto e a pedir para entrar no jogo! Eu disse-lhe que nem pensar!! que a mãe é a melhor amiga do filho, que nunca irira chamar à atenção por isso e que ele não tem de ter vergonha da mãe, que a nossa relação não é essa e que não quero que venha a ser, portanto ela teria de lhe dizer para contar, porque quando eu chegasse do trabalho ia fazer o mesmo, ia falar com ele e ensinar que a mãe vai estar sempre lá, para tudo... que não se esconde.
Acham normal?!...
Já disse ao meu marido que daqui para a frente acabaram as conversas sobre o meu pai e o que se passa cá em casa, não quero voltar a ouvir comparações, muito menos por erro dela.
No entanto, sinto-me diminuída porque não tenho mãe com quem contar... Em caso de doença ou outro prblema não tenho mais a quem recorrer... Mas também acho que isso não lhe deve dar o direito de tomar atitudes que prejudiquem a minha família ou me façam sentir mal a mim...
Como lidar com isto?...
No fundo é ir avaliando situação a situação, e ir sendo assertiva, mas que custa muito, custa, principalmente por ter de recorrer sempre à mesma pessoa...
Bjs, obg por me "ouvirem"...
carmen
tenho vindo menos ao forúm e quando venho passo mais na pediatria e outros temas, eventualmente noutros locais, mas para estes lados nem tanto...
Indo à questão, para quem não sabe a minha mãe faleceu há dois anos. Foi uma perda que me afectou muito e ainda hoje, e sempre, me vai fazer sentir sozinha e perdida no que toca a muitas coisas... As mães sabem tudo dos filhos, mesmo quando estes não falam. Não são preciso palavras para amar e conhecer, porque os corações são iguais, as cabeças também... Quando se perde uma mãe perde-se parte de nós, parte da nossa própria identidade. É horrível, mesmo...
Não tendo mãe, muita coisa na minha vida mudou.
O meu pai passou a frequentar a minha casa assiduamente, e a meu convite, inicialmente dia-sim, dia-não, depois espaçando 2, 3 dias, agora geralmente vem 1 a 2x por semana.
Esta situação alterou rotinas em termos de horários e outroa hábitos, interferiu na educação do meu filho e também na minha relação com o meu marido.
Eu adoro o meu pai. Isso não está em causa, mas que muita coisa mudou, mudou...
Depois, deixei de ter alguém com quem conversar sobre tudo, sobre mim, o Afonso, o Paulo, a família e até sobre os assuntos mais parvos... Com a minha mãe tinha uma proximidade que nunca mais irei ter com ninguém, ninguém me conhece como ela, nem mesmo o Paulito, que me ama e a quem eu amo, porque a minha mãe já levava mais de 20 anos de avanço...
Ora, a minha sogra, que não é das piores, não é de intrigas e até me fica com o Afonsito quando preciso, não se manca! Está constantemente a telefonar para casa (pus telefone quando a minha mãe adoeceu...), para o telemóvel, a querer vir cá para vêr o miúdo, enfim... Agora, vindo de uma situação de doença do Afonso, fez uma comparação com o meu pai.
Eu fiquei sentida com isso e não lhe respondi à letra porque ela vinha ficar com o Afonso, que tem estado doente, e achei que estando a fazer um favor não lhe iria responder... Mas o que é facto é que fiquei a remoer no assunto e estou arrependida!
O meu pai, apesar de não ser perfeito e ultimamente ter de ser chamado à atenção por diversoso motivos (antes isso era trabalho de mãe, agora ela já cá não está... sou eu que chamo...) ensinou-me que os nossos erros não podem ser desculpados pelos erros dos outros. E foi o que ela fez. Eu chamei à tenção por uma coisa, e fui educada com ela, e ela respondeu-me "o teu pai assim, assim..."... Para me aborrecer ainda mais, o Afonso fez diarreia (não sei se do antibiótico, se de contágio no consultório...) e sujou um pouco as cuecas antes de as conseguir despir para se sentar na sanita e pediu-lhe para não contar à mãe, sabem o que fez? Ligou-me a dizer isto e a pedir para entrar no jogo! Eu disse-lhe que nem pensar!! que a mãe é a melhor amiga do filho, que nunca irira chamar à atenção por isso e que ele não tem de ter vergonha da mãe, que a nossa relação não é essa e que não quero que venha a ser, portanto ela teria de lhe dizer para contar, porque quando eu chegasse do trabalho ia fazer o mesmo, ia falar com ele e ensinar que a mãe vai estar sempre lá, para tudo... que não se esconde.
Acham normal?!...
Já disse ao meu marido que daqui para a frente acabaram as conversas sobre o meu pai e o que se passa cá em casa, não quero voltar a ouvir comparações, muito menos por erro dela.
No entanto, sinto-me diminuída porque não tenho mãe com quem contar... Em caso de doença ou outro prblema não tenho mais a quem recorrer... Mas também acho que isso não lhe deve dar o direito de tomar atitudes que prejudiquem a minha família ou me façam sentir mal a mim...
Como lidar com isto?...
No fundo é ir avaliando situação a situação, e ir sendo assertiva, mas que custa muito, custa, principalmente por ter de recorrer sempre à mesma pessoa...
Bjs, obg por me "ouvirem"...
carmen
Comentar