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RE: Batatas fritas a menos!!
Nem a propósito! Recebi um artigo que pode interessar...
Alimentação nas cantinas
Sara R. Oliveira| 2010-02-12
Escolas estão atentas à Roda dos Alimentos e investem em ementas equilibradas. Mas, por vezes, o que é definido no papel não é o que aparece no prato.
As regras são simples: respeitar a Roda dos Alimentos e os conselhos dos nutricionistas, evitar fritos, insistir em sopas de legumes, alternar os acompanhamentos, colocar a fruta como a mais doce sobremesa. Os responsáveis pelas ementas das cantinas das escolas portuguesas têm consciência da responsabilidade que têm nas mãos. As refeições devem ser equilibradas e saudáveis para que os alunos cresçam de forma adequada. Até porque a obesidade infantil é uma sombra que não desaparece. E, por isso, toda a atenção é necessária na hora de elaborar um menu. Uma tarefa que também diz respeito aos pais.
A ementa de toda a semana está na Internet, na página de abertura da Escola Secundária de São João do Estoril. Basta um clique na imagem do refeitório para saber o que se pode comer na escola ao longo dos cinco dias. Fernanda Silva, subdirectora do estabelecimento de ensino, é bióloga e é quem elabora as ementas. Com formação na área, a atenção dispersa-se por vários aspectos. "Em primeiro lugar, tento que seja uma alimentação equilibrada. Tenho sempre o cuidado de ter uma sopa de legumes, uma salada fresca ou legumes cozidos e um prato de carne ou peixe", refere. Não há pratos vegetarianos no menu, o que não quer dizer que não se possa satisfazer esses pedidos que devem ser feitos antecipadamente. E aí é possível ter uma salada mais reforçada. E não há pratos de dieta.
Os fritos são evitados ao máximo na cozinha da Secundária de São João do Estoril. Só entram na ementa uma vez por mês. Cada dia, procura-se alternar os acompanhamentos de batatas, arroz ou massas. Há sempre fruta na sobremesa e uma vez por semana é servido um doce ou uma gelatina. A quantidade também está debaixo de olho. "O prato não está feito. O atendimento é personalizado para evitar desperdícios", explica Fernanda Silva.
A questão financeira não fica de fora numa escola de gestão própria e que tem de pensar como distribuir o dinheiro. Não pode haver desperdícios num refeitório que serve entre 180 e 190 refeições diárias. Mesmo assim, os gostos dos alunos não são indiferentes a quem cuida de uma cantina. O frango, o rolo de carne, as costeletas e os bifes estão no topo das preferências. "Os alunos, ao contrário do que se possa pensar, gostam muito de peixe grelhado, como perca grelhada e alguns pratos e bacalhau".
A ementa da Escola Secundária com 3.º ciclo Diogo de Gouveia, em Beja, também está na Internet. Um dia carne, outro peixe, sempre sopa, fruta à sobremesa e um ou outro dia um doce para terminar a refeição. Fátima Faísco, subdirectora da escola, adianta que é uma funcionária da escola que faz as ementas e que trata da gestão do stock do refeitório. Funcionária com experiência de muitos anos e que frequenta acções de formação na área. As refeições cumprem com todas as indicações alimentares, nomeadamente da Delegação Regional de Educação do Alentejo. A cantina serve entre 120 e 140 refeições por dia. Frango assado é o que tem mais saída.
Respeitar os princípios da Roda dos Alimentos, variar e ter atenção às quantidades disponibilizadas que devem adequar-se à idade das crianças e seu nível de actividade. Factores que conjugados ajudam a contrariar a tendência da obesidade infantil no nosso país. Rodrigo Marrecas de Abreu, licenciado em Nutrição e autor de O Grande Livro da Alimentação Infantil, defende que as escolas devem preocupar-se com algumas noções básicas de educação alimentar. "Por exemplo, há que manter um bom aporte de água, não devem ser dados sumos ou refrigerantes e deve haver água disponível para beber entre refeições." E mais: "A escola deve contribuir também para reforçar a ideia de que as refeições são momentos de pausa e convívio, onde se deve comer devagar, mastigar bem os alimentos, saborear a comida."
É necessário fazer um esforço para proporcionar alimentos frescos, saborosos e nutritivos. "Teoricamente, quase todas as ementas escolares já são, pelo menos, revistas por um nutricionista. No entanto, existe uma diferença importante entre aquilo que é definido no papel e o que se serve no prato. Vemos frequentemente quantidades pequenas de verduras frescas, hortaliças demasiado cozinhadas e nada apelativas, sopas de legumes com muita batata ou fécula", alerta. Rodrigo Abreu não considera uma tarefa complexa fazer uma ementa cinco dias por semana numa cantina escolar. "Trata-se sobretudo de uma questão de planeamento e organização. As escolas podem aproveitar as temáticas curriculares em torno da alimentação para desenvolver ementas equilibradas e do agrado dos seus alunos", sugere.
Os pais devem também estar atentos a esta matéria, serem exigentes, e não culpabilizarem a escola pelos problemas de obesidade. "É certo que a comida na escola nem sempre é a melhor, mas se todas as outras refeições forem equilibradas nenhuma criança se vai tornar obesa por causa disso." A educação alimentar faz toda a diferença. "Se ensinarmos as nossas crianças a comer, serão elas próprias a saber gerir as suas escolhas alimentares". É esse o grande desafio.
Retirado daqui: http://www.educare.pt/educare/Actual...nnelid&opsel=1
Nem a propósito! Recebi um artigo que pode interessar...
Alimentação nas cantinas
Sara R. Oliveira| 2010-02-12
Escolas estão atentas à Roda dos Alimentos e investem em ementas equilibradas. Mas, por vezes, o que é definido no papel não é o que aparece no prato.
As regras são simples: respeitar a Roda dos Alimentos e os conselhos dos nutricionistas, evitar fritos, insistir em sopas de legumes, alternar os acompanhamentos, colocar a fruta como a mais doce sobremesa. Os responsáveis pelas ementas das cantinas das escolas portuguesas têm consciência da responsabilidade que têm nas mãos. As refeições devem ser equilibradas e saudáveis para que os alunos cresçam de forma adequada. Até porque a obesidade infantil é uma sombra que não desaparece. E, por isso, toda a atenção é necessária na hora de elaborar um menu. Uma tarefa que também diz respeito aos pais.
A ementa de toda a semana está na Internet, na página de abertura da Escola Secundária de São João do Estoril. Basta um clique na imagem do refeitório para saber o que se pode comer na escola ao longo dos cinco dias. Fernanda Silva, subdirectora do estabelecimento de ensino, é bióloga e é quem elabora as ementas. Com formação na área, a atenção dispersa-se por vários aspectos. "Em primeiro lugar, tento que seja uma alimentação equilibrada. Tenho sempre o cuidado de ter uma sopa de legumes, uma salada fresca ou legumes cozidos e um prato de carne ou peixe", refere. Não há pratos vegetarianos no menu, o que não quer dizer que não se possa satisfazer esses pedidos que devem ser feitos antecipadamente. E aí é possível ter uma salada mais reforçada. E não há pratos de dieta.
Os fritos são evitados ao máximo na cozinha da Secundária de São João do Estoril. Só entram na ementa uma vez por mês. Cada dia, procura-se alternar os acompanhamentos de batatas, arroz ou massas. Há sempre fruta na sobremesa e uma vez por semana é servido um doce ou uma gelatina. A quantidade também está debaixo de olho. "O prato não está feito. O atendimento é personalizado para evitar desperdícios", explica Fernanda Silva.
A questão financeira não fica de fora numa escola de gestão própria e que tem de pensar como distribuir o dinheiro. Não pode haver desperdícios num refeitório que serve entre 180 e 190 refeições diárias. Mesmo assim, os gostos dos alunos não são indiferentes a quem cuida de uma cantina. O frango, o rolo de carne, as costeletas e os bifes estão no topo das preferências. "Os alunos, ao contrário do que se possa pensar, gostam muito de peixe grelhado, como perca grelhada e alguns pratos e bacalhau".
A ementa da Escola Secundária com 3.º ciclo Diogo de Gouveia, em Beja, também está na Internet. Um dia carne, outro peixe, sempre sopa, fruta à sobremesa e um ou outro dia um doce para terminar a refeição. Fátima Faísco, subdirectora da escola, adianta que é uma funcionária da escola que faz as ementas e que trata da gestão do stock do refeitório. Funcionária com experiência de muitos anos e que frequenta acções de formação na área. As refeições cumprem com todas as indicações alimentares, nomeadamente da Delegação Regional de Educação do Alentejo. A cantina serve entre 120 e 140 refeições por dia. Frango assado é o que tem mais saída.
Respeitar os princípios da Roda dos Alimentos, variar e ter atenção às quantidades disponibilizadas que devem adequar-se à idade das crianças e seu nível de actividade. Factores que conjugados ajudam a contrariar a tendência da obesidade infantil no nosso país. Rodrigo Marrecas de Abreu, licenciado em Nutrição e autor de O Grande Livro da Alimentação Infantil, defende que as escolas devem preocupar-se com algumas noções básicas de educação alimentar. "Por exemplo, há que manter um bom aporte de água, não devem ser dados sumos ou refrigerantes e deve haver água disponível para beber entre refeições." E mais: "A escola deve contribuir também para reforçar a ideia de que as refeições são momentos de pausa e convívio, onde se deve comer devagar, mastigar bem os alimentos, saborear a comida."
É necessário fazer um esforço para proporcionar alimentos frescos, saborosos e nutritivos. "Teoricamente, quase todas as ementas escolares já são, pelo menos, revistas por um nutricionista. No entanto, existe uma diferença importante entre aquilo que é definido no papel e o que se serve no prato. Vemos frequentemente quantidades pequenas de verduras frescas, hortaliças demasiado cozinhadas e nada apelativas, sopas de legumes com muita batata ou fécula", alerta. Rodrigo Abreu não considera uma tarefa complexa fazer uma ementa cinco dias por semana numa cantina escolar. "Trata-se sobretudo de uma questão de planeamento e organização. As escolas podem aproveitar as temáticas curriculares em torno da alimentação para desenvolver ementas equilibradas e do agrado dos seus alunos", sugere.
Os pais devem também estar atentos a esta matéria, serem exigentes, e não culpabilizarem a escola pelos problemas de obesidade. "É certo que a comida na escola nem sempre é a melhor, mas se todas as outras refeições forem equilibradas nenhuma criança se vai tornar obesa por causa disso." A educação alimentar faz toda a diferença. "Se ensinarmos as nossas crianças a comer, serão elas próprias a saber gerir as suas escolhas alimentares". É esse o grande desafio.
Retirado daqui: http://www.educare.pt/educare/Actual...nnelid&opsel=1
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