Bom dia,
Acabo de colocar o post que se segue como resposta a uma mãe que em princípio irá ter o filho neste hospital. Achei que devia alertar outras pessoas para o caso que acompanhei, por isso aqui está a transcrição do mesmo:
"Olá Beth,
Sem querer de modo algum assustar-te ou generalizar - acredito que o hospital das Caldas da Rainha tenha também excelentes médicos -, acho que te devo alertar. Tanto eu como a minha mãe temos ouvido relatos menos bons de partos realizados nesse hospital. Não tenho experiência directa porque sou de Lisboa, mas há cerca de um mês pudemos acompanhar de perto mais um caso que parecia saído de um filme de terror..
Uma senhora amiga da minha mãe, que pensava já estar em menopausa porque não menstruava há bastante tempo, engravidou já com alguma idade. Como ja não menstruava e não teve grandes sintomas, só descobriu a gravidez já perto dos 4 meses de gestação. Desde essa altura, sendo uma gravidez de risco porque a senhora tem a volta de 50 anos ou perto disso, foi seguida no Hospital das Caldas da Rainha.
O acompanhamento da gravidez foi muitissimo deficiente, não fez análises nem nenhum exame para despistar quaisquer problemas, e aparentemente foi mal calculada a DPP (data provável do parto). A senhora acabou por perder o bebé, foi nado-morto. E eu culpo inteira e exclusivamente a equipa médica que a assistiu.
Para além da falta de acompanhamento durante a gravidez, quando a senhora se dirigiu ao Hospital dias antes por ter deixado de sentir o bebé, mandaram-na para casa. Dias mais tarde, regressou ao hospital e nessa altura fizeram uma cesariana dita de emergência, porque confirmaram que o bebé estava em sofrimento. Ora atrasaram de tal forma a cesariana que a criança já estava morta quando a tiraram. Nasceu com mais de 5kg sem que nada fosse feito anteriormente para provocar o parto, e se a senhora não se tivesse dirigido nesse dia ao hospital, lá ficaria mais tempo. Não teve acompanhamento condigno durante a gravidez, sofria de Diabetes e nada foi feito para controlar a situação, e adiaram de tal maneira o parto que a criança já estava morta - quando apenas horas antes, quando ela ingressou no hospital, o bebé ainda tinha batimentos cardíacos.
Não deixaram a mãe ver o bebé após a cesariana (:!: ), e ela acabou por ficar internada com complicações após o parto. O funeral acabou por ser realizado sem ela estar presente. Quando a minha mãe, no dia do funeral, a foi visitar ao hospital, conheceu uma outra senhora que lá estava internada há um mês (:!: ). Essa senhora foi operada, durante a operação furaram-lhe a bexiga (facto que teve de ser a própria a descobrir..), voltou a ser operada para tentar resolver a situação, arranjou uma infecção.. e após "n" complicações ainda lá estava, um mês depois.
Eu fiquei de cabelos em pé e jurei que só se não tiver outra alternativa é que faço um parto ou qualquer cirurgia num hospital público português. É muito triste verificar a forma como as coisas muitas vezes funcionam neste país.
Claro que há excelentes médicos em todas as áreas nos Hospitais públicos, e ainda bem que os há. Há muitas mamãs que têm excelentes experiências nestes hospitais, e fico muito feliz que assim seja. Mas eu fujo deles a sete pés, porque ninguém me garante que no dia em que lá me dirija, não tenha o "azar" de ser recebida por uma equipa menos boa. E como acho que todos pagamos os nossos impostos e todos temos direito, sem excepção, ao mesmo (o melhor) tratamento e recepção, considero injusto que as pessoas passem por sofrimentos destes por ter "azar" no médico que lhe calha na rifa naquele dia. Para mim não é justificação dizerem "ai sim? olha, tiveste azar, eu fui atendida na véspera pelo mesmo problema e a mim trataram-me lindamente".
Desculpem o desabafo, não pretendo assustar ninguém, mas acho que estes casos devem ser divulgados. A família em questão vai levar o caso para tribunal, e com toda a razão."
Beijos,
Xana
Acabo de colocar o post que se segue como resposta a uma mãe que em princípio irá ter o filho neste hospital. Achei que devia alertar outras pessoas para o caso que acompanhei, por isso aqui está a transcrição do mesmo:
"Olá Beth,
Sem querer de modo algum assustar-te ou generalizar - acredito que o hospital das Caldas da Rainha tenha também excelentes médicos -, acho que te devo alertar. Tanto eu como a minha mãe temos ouvido relatos menos bons de partos realizados nesse hospital. Não tenho experiência directa porque sou de Lisboa, mas há cerca de um mês pudemos acompanhar de perto mais um caso que parecia saído de um filme de terror..
Uma senhora amiga da minha mãe, que pensava já estar em menopausa porque não menstruava há bastante tempo, engravidou já com alguma idade. Como ja não menstruava e não teve grandes sintomas, só descobriu a gravidez já perto dos 4 meses de gestação. Desde essa altura, sendo uma gravidez de risco porque a senhora tem a volta de 50 anos ou perto disso, foi seguida no Hospital das Caldas da Rainha.
O acompanhamento da gravidez foi muitissimo deficiente, não fez análises nem nenhum exame para despistar quaisquer problemas, e aparentemente foi mal calculada a DPP (data provável do parto). A senhora acabou por perder o bebé, foi nado-morto. E eu culpo inteira e exclusivamente a equipa médica que a assistiu.
Para além da falta de acompanhamento durante a gravidez, quando a senhora se dirigiu ao Hospital dias antes por ter deixado de sentir o bebé, mandaram-na para casa. Dias mais tarde, regressou ao hospital e nessa altura fizeram uma cesariana dita de emergência, porque confirmaram que o bebé estava em sofrimento. Ora atrasaram de tal forma a cesariana que a criança já estava morta quando a tiraram. Nasceu com mais de 5kg sem que nada fosse feito anteriormente para provocar o parto, e se a senhora não se tivesse dirigido nesse dia ao hospital, lá ficaria mais tempo. Não teve acompanhamento condigno durante a gravidez, sofria de Diabetes e nada foi feito para controlar a situação, e adiaram de tal maneira o parto que a criança já estava morta - quando apenas horas antes, quando ela ingressou no hospital, o bebé ainda tinha batimentos cardíacos.
Não deixaram a mãe ver o bebé após a cesariana (:!: ), e ela acabou por ficar internada com complicações após o parto. O funeral acabou por ser realizado sem ela estar presente. Quando a minha mãe, no dia do funeral, a foi visitar ao hospital, conheceu uma outra senhora que lá estava internada há um mês (:!: ). Essa senhora foi operada, durante a operação furaram-lhe a bexiga (facto que teve de ser a própria a descobrir..), voltou a ser operada para tentar resolver a situação, arranjou uma infecção.. e após "n" complicações ainda lá estava, um mês depois.
Eu fiquei de cabelos em pé e jurei que só se não tiver outra alternativa é que faço um parto ou qualquer cirurgia num hospital público português. É muito triste verificar a forma como as coisas muitas vezes funcionam neste país.
Claro que há excelentes médicos em todas as áreas nos Hospitais públicos, e ainda bem que os há. Há muitas mamãs que têm excelentes experiências nestes hospitais, e fico muito feliz que assim seja. Mas eu fujo deles a sete pés, porque ninguém me garante que no dia em que lá me dirija, não tenha o "azar" de ser recebida por uma equipa menos boa. E como acho que todos pagamos os nossos impostos e todos temos direito, sem excepção, ao mesmo (o melhor) tratamento e recepção, considero injusto que as pessoas passem por sofrimentos destes por ter "azar" no médico que lhe calha na rifa naquele dia. Para mim não é justificação dizerem "ai sim? olha, tiveste azar, eu fui atendida na véspera pelo mesmo problema e a mim trataram-me lindamente".
Desculpem o desabafo, não pretendo assustar ninguém, mas acho que estes casos devem ser divulgados. A família em questão vai levar o caso para tribunal, e com toda a razão."
Beijos,
Xana
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