Os filhos sonhados são os filhos imaginados e fantasiados, são os que não passaram de óvulos por fertilizar, os que chegaram a óvulos fertilizados, os embriões congelados, os que cresceram nas nossas barrigas mas não chegaram a nascer, os que não chegaram a viver. Aqueles pelos quais lutámos e aqueles pelos quais não lutámos porque considerámos ser o momento de desistir…
Da minha experiência de acompanhamento psicológico a pessoas/casais inférteis, bem como da minha própria experiência de 6 anos de infertilidade, apercebo-me de que o mais difícil é saber quando parar, porque ninguém nos diz que é impossível (raramente é impossível). Fala-se de probabilidades e ninguém pergunta se ainda temos força. E de onde vem essa força, de onde vem a força que nos faz lutar pelos nossos filhos?
Os momentos de ambivalência são os mais difíceis, aqueles em gostaríamos de ter a nossa vida de volta, a vida antes das injecções, das ecograficas, das tensões, dos medos… a vida a dois, mas com mais um.
A infertilidade põe-nos à prova, a nós como pessoas e a nós como casal e só quem passa por isso sabe o vendaval que são os meses/anos de luta.
É preciso serenidade, resiliência, mas também capacidade para nos revoltarmos, para nos zangarmos, para chorar e para parar, quando sentimos que é o momento.
Força, mulheres de coragem. Aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes.
Catarina Santos
Da minha experiência de acompanhamento psicológico a pessoas/casais inférteis, bem como da minha própria experiência de 6 anos de infertilidade, apercebo-me de que o mais difícil é saber quando parar, porque ninguém nos diz que é impossível (raramente é impossível). Fala-se de probabilidades e ninguém pergunta se ainda temos força. E de onde vem essa força, de onde vem a força que nos faz lutar pelos nossos filhos?
Os momentos de ambivalência são os mais difíceis, aqueles em gostaríamos de ter a nossa vida de volta, a vida antes das injecções, das ecograficas, das tensões, dos medos… a vida a dois, mas com mais um.
A infertilidade põe-nos à prova, a nós como pessoas e a nós como casal e só quem passa por isso sabe o vendaval que são os meses/anos de luta.
É preciso serenidade, resiliência, mas também capacidade para nos revoltarmos, para nos zangarmos, para chorar e para parar, quando sentimos que é o momento.
Força, mulheres de coragem. Aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes.
Catarina Santos
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