RE: Epidural: sim ou não??
Depois de ler (quase) todas as entradas, vou deixar aqui a minha opinião.
Neste momento em Portugal, muitos profissionais de saúde estão (e sempre estiveram) informados sobre as recomendações da OMS e digo isto porque conheço vários casos onde os profissionais não só deram a sua opinião mas também seguiram as recomendações da OMS, tanto no caso da epidural, como no caso da episotomia.
Primeiro: A minha prima tem 3 filhos, do 1º não levou epidural(por escolha própria) teve 26h em trabalho de parto, teve de ser a "forceps", sofreu e bem, além de ficar sem forças ao fim de tantas horas com dores, ainda sentiu os "forceps" e tudo o resto, jurou que não iria ter mais filhos!! No 2º e no 3º levou epidural, foram partos muito rápidos, sem ajudas de instrumentos e amamentou os dois até aos 5 anos. Além que o GO dela é um dos melhores do país(não sei o nome dele, mas costuma aparecer algumas vezes na tv) ele aconselhou-a a levar no 1º.
Segundo: Uma amiga não quis levar epidural, mas como era menor de idade, tinha peso a mais, suspeita de diabetes, e o anestecista decidiu dar-lhe a epidural, correu tudo bem excepto que dias mais tarde foi para o hospital com dores de cabeça insuportáveis, e sim consequência da epidural.
Outra amiga e desta vez foi na Alemanha, os médicos recusaram-se a dar epidural, pois tinha a mesma politica do parto natural, pois isso originou que ela tivesse mais de 48h em trabalho de parto, não altura da expulsão não teve forças e por ela não ajudar e o bebé ser enorme, as consequências foram que neste momento o bebé tem 13 anos e é um autêntico vegetal....e atenção não foi em Portugal.
Sobre a episotomia e cesarianas, num hospital em Lisboa, á cerca de 6 anos, estava lá um médico que se recusou a fazer uma cesariana a uma rapariga por ela ser muito nova para sofrer um intervenção tão radical, ela teve 48h em trabalho de parto e conseguiu ter um parto normal, ele utilizou uma manobra(neste momento não sei o nome) que não é muito usual, mas que a OMS recomenda para evitar as cesarianas.
E este mesmo médico também não fez uma episotomia a uma outra rapariga, porque achou que em vez de ela fazer força com 10 dedos, deixou chegar aos 11 e evitou assim ter que cortar e voltar a cozer. Isto do primeiro filho e também já ouvi que outros médicos quando já não é o primeiro filho também evitam, pois a mulher já tem uma certa elasticidade.
E agora vamos falar no meu caso, tive uma menina há 4 anos de parto muito natural, pois só faltou nascer em casa, tive duas horas em trabalho de parto, sem dores nenhumas(só foi para o hospital porque as águas me rebentaram), sem epidural e com episotomia(só levei 7 pontos). Eu queria a epidural mas foi tudo tão rápido que não tive tempo para nada, antes de me porem o ctg(e só tive com ele uma meia hora), andei a vaguear pelos corredores e ainda tive tempo de cuscar todo o que havia no quarto. Foi maravilhoso.
No próximo irei fazer o mesmo, irei pedir para levar e se não for preciso não levo.
Isto tudo para dizer que cada uma tem a sua razão, umas porque a epidural ajuda muitas mulheres a terem um parto maravilhoso e sim sem dores e outras( e tenho de admitir) porque se as nossas antepassadas tinham filhos sem ajudas nós também conseguimos, no entanto a escolha é sempre da mulher e nunca de mais ninguém, nem médicos, nem amigas, nem ninguém......só nossa.
Só tenho uma coisa, digamos contra, as pessoas e/ou associações que são a favor do parto natural, parto em casa e outros demais, todos os partos são humanizados, quer seja em casa, quer seja no hospital, hoje no Séc XXI os hospitais tratam as pessoas como pessoas não como animais, sou a favor de algumas das vossas politicas, mas o vosso lema devia mudar.....estão a transmitir que os hospitais são tipo cadeia de parideiras. pariu uma venha a próxima, e não um local onde as crianças nascem.
Obrigado
Madrinha: AtiraS
Sócia nº 53 do "Clube em busca da cegonha 2" :hehe:
Depois de ler (quase) todas as entradas, vou deixar aqui a minha opinião.
Neste momento em Portugal, muitos profissionais de saúde estão (e sempre estiveram) informados sobre as recomendações da OMS e digo isto porque conheço vários casos onde os profissionais não só deram a sua opinião mas também seguiram as recomendações da OMS, tanto no caso da epidural, como no caso da episotomia.
Primeiro: A minha prima tem 3 filhos, do 1º não levou epidural(por escolha própria) teve 26h em trabalho de parto, teve de ser a "forceps", sofreu e bem, além de ficar sem forças ao fim de tantas horas com dores, ainda sentiu os "forceps" e tudo o resto, jurou que não iria ter mais filhos!! No 2º e no 3º levou epidural, foram partos muito rápidos, sem ajudas de instrumentos e amamentou os dois até aos 5 anos. Além que o GO dela é um dos melhores do país(não sei o nome dele, mas costuma aparecer algumas vezes na tv) ele aconselhou-a a levar no 1º.
Segundo: Uma amiga não quis levar epidural, mas como era menor de idade, tinha peso a mais, suspeita de diabetes, e o anestecista decidiu dar-lhe a epidural, correu tudo bem excepto que dias mais tarde foi para o hospital com dores de cabeça insuportáveis, e sim consequência da epidural.
Outra amiga e desta vez foi na Alemanha, os médicos recusaram-se a dar epidural, pois tinha a mesma politica do parto natural, pois isso originou que ela tivesse mais de 48h em trabalho de parto, não altura da expulsão não teve forças e por ela não ajudar e o bebé ser enorme, as consequências foram que neste momento o bebé tem 13 anos e é um autêntico vegetal....e atenção não foi em Portugal.
Sobre a episotomia e cesarianas, num hospital em Lisboa, á cerca de 6 anos, estava lá um médico que se recusou a fazer uma cesariana a uma rapariga por ela ser muito nova para sofrer um intervenção tão radical, ela teve 48h em trabalho de parto e conseguiu ter um parto normal, ele utilizou uma manobra(neste momento não sei o nome) que não é muito usual, mas que a OMS recomenda para evitar as cesarianas.
E este mesmo médico também não fez uma episotomia a uma outra rapariga, porque achou que em vez de ela fazer força com 10 dedos, deixou chegar aos 11 e evitou assim ter que cortar e voltar a cozer. Isto do primeiro filho e também já ouvi que outros médicos quando já não é o primeiro filho também evitam, pois a mulher já tem uma certa elasticidade.
E agora vamos falar no meu caso, tive uma menina há 4 anos de parto muito natural, pois só faltou nascer em casa, tive duas horas em trabalho de parto, sem dores nenhumas(só foi para o hospital porque as águas me rebentaram), sem epidural e com episotomia(só levei 7 pontos). Eu queria a epidural mas foi tudo tão rápido que não tive tempo para nada, antes de me porem o ctg(e só tive com ele uma meia hora), andei a vaguear pelos corredores e ainda tive tempo de cuscar todo o que havia no quarto. Foi maravilhoso.
No próximo irei fazer o mesmo, irei pedir para levar e se não for preciso não levo.
Isto tudo para dizer que cada uma tem a sua razão, umas porque a epidural ajuda muitas mulheres a terem um parto maravilhoso e sim sem dores e outras( e tenho de admitir) porque se as nossas antepassadas tinham filhos sem ajudas nós também conseguimos, no entanto a escolha é sempre da mulher e nunca de mais ninguém, nem médicos, nem amigas, nem ninguém......só nossa.
Só tenho uma coisa, digamos contra, as pessoas e/ou associações que são a favor do parto natural, parto em casa e outros demais, todos os partos são humanizados, quer seja em casa, quer seja no hospital, hoje no Séc XXI os hospitais tratam as pessoas como pessoas não como animais, sou a favor de algumas das vossas politicas, mas o vosso lema devia mudar.....estão a transmitir que os hospitais são tipo cadeia de parideiras. pariu uma venha a próxima, e não um local onde as crianças nascem.
Obrigado
Madrinha: AtiraS
Sócia nº 53 do "Clube em busca da cegonha 2" :hehe:
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