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Epidural: sim ou não??

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  • RE: Epidural: sim ou não??

    Danigirl: pelo que sei a petidina não é utilizada em partos fisiológicos em Portugal. É comum utilizá-la no Reino Unido. Preocupa-me mais o efeito da petidina no bebé do que a epidural. Pelo que li a petidina atravessa a placenta, e é comum os bebés nascerem sonolentos, e com o poder de sucção diminuído.



    Discordo contigo quando disseste que o bebé tem mais a ganhar por ser constatamente vigiado durante o parto. Para que tal aconteça é necessário manter a mãe deitada (a não ser que seja um CTG móvel), o que obriga o bebé a fazer esforço acrescido uma vez que luta contra a força da gravidade.



    Quanto às recomendações da OMS terem uma vertente economicista, tenho as minhas reservas. No Luxemburgo, por exemplo, é bastante comum que os partos se desenrolem de forma fisiológica, não raras vezes sem recurso à epidural, e com toda a certeza tal não se deve à falta de poder económico. O que pesa mais na balança é as vantagens para o bebé/mãe.








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    • RE: Epidural: sim ou não??

      Caalex (07-07-2009)Danigirl: pelo que sei a petidina não é utilizada em partos fisiológicos em Portugal. É comum utilizá-la no Reino Unido. Preocupa-me mais o efeito da petidina no bebé do que a epidural. Pelo que li a petidina atravessa a placenta, e é comum os bebés nascerem sonolentos, e com o poder de sucção diminuído.



      Discordo contigo quando disseste que o bebé tem mais a ganhar por ser constatamente vigiado durante o parto. Para que tal aconteça é necessário manter a mãe deitada (a não ser que seja um CTG móvel), o que obriga o bebé a fazer esforço acrescido uma vez que luta contra a força da gravidade.



      Quanto às recomendações da OMS terem uma vertente economicista, tenho as minhas reservas. No Luxemburgo, por exemplo, é bastante comum que os partos se desenrolem de forma fisiológica, não raras vezes sem recurso à epidural, e com toda a certeza tal não se deve à falta de poder económico. O que pesa mais na balança é as vantagens para o bebé/mãe.




      Pois, qt à petidina, concordo, e achava estranho q se desse mas isso foi o q foi dito aqui...

      O que acontece na Europa neste momento é assutador porque simplesmente quase não há obstetras (pelo numero crescente de processos e outras coisas q me ultrapassam...) e teve de haver uma reformulação do seguimento da grávida, deixando os poucos obstetras livres para os casos mesmo complicados...



      É óbvio que a OMS tem uma vertente economicista, mas digo isto sem sentido depreciativo! É com base nisso que eles têm ou não de estabelecer regras (em algumas situações) ou recomendações (noutras situações) para todos os paises. É tipo uma DGS (direcção geral de saúde) mas em tamanho gd! Um exemplo típico é o caso das vacinas, p.ex a da gripe A, é óbvio q n vai dar pra toda a gente no início, logo, as recomendações da oms é para administrar em grupos de risco (prof saúde e pessoas mais debilitadas), isto é tentar gerir situações tendo em conta vertentes clínicas e economicistas (e tudo no nosso mundo é assim...)

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      • RE: Epidural: sim ou não??

        danigirl (07-07-2009)Estão-se a esquecer q a OMS acima de tudo dá directivas com base na relação CUSTO/BENEFÍCIO e muitas das suas conclusões baseiam-se em estudos que n mostram benefício económico suficiente que justifique determinadas práticas clínicas em tds os países (e aqui tb se incluem paises com menor poder económico), senão, sabiam que a recomendação da OMS em África é para a realização do aleitamento materno mesmo em mães com HIV positivo (o q na Europa é impensável!)? E porquê, se aumenta o risco de transmissão vertical de hiv? Pq consideram que o risco que a criança corre em desnutrição (e portanto morre mais cedo) é superior que ao risco de ficar HIV+... Só para dar um exemplo... Se fossemos seguir à risca as recomendações da OMS em TDs os temas, a qualidade dos serviços médicos iriam descer. É preciso saber interpretar as recomendações, a medicina n é mesmo uma ciência exacta. Realmente existem sp prós e contras, complicações inerentes a qualquer procedimento médico e é mesmo mt difícil interpretar a medicina baseada na evidência - existem dezenas de estudos que mostram uma coisa, outra dezena que mostram outra oposta em quase tudo na medicina, daí a grande importância de ler as coisas com sentido crítico e a importância de ser moderado...


        Olá, danigirl!



        Só queria comentar esta parte da tua resposta, não sei onde foste buscar essa informação sobre a OMS, mas o que está escrito sobre a amamentação e o HIV é isto:



        "The UN guidance takes account of the need to reduce the risk of HIV transmission to infants while minimizing the risk of other causes of morbidity and mortality which can be associated with replacement feeding. It states that "the most appropriate infant feeding option for an HIV-infected mother depends on her individual circumstances, including her health status and the local situation, and should consider the health services available and the counselling and support she is likely to receive. Exclusive breastfeeding is recommended for HIV-infected women for the first six months of life unless replacement feeding is acceptable, feasible, affordable, sustainable and safe for them and their infants before that time. When replacement feeding is acceptable, feasible, affordable, sustainable and safe, avoidance of all breastfeeding by HIV-infected women is recommended."



        Caso não percebam inglês, o que diz (mt resumidamente) é que a amamentação exclusiva é recomendada durante os primeiros 6 meses, caso não haja alternativa de alimentação!



        Se a amamentação for exclusiva (e neste caso tem de ser seguida à risca) a probabilidade de infecção é inferior e é melhor do que deixar a criança morrer de fome por falta de recursos! Não refere que essa é a recomendação para nenhum pais em específico, mas vai variar consoante as circunstâncias especiais de cada mãe, até na Europa podes encontrar casos em que é melhor recomendar o aleitamento materno exclusivo, pelo facto da família não ter dinheiro para suportar outro tipo de alimentação.



        Só queria com isto esclarecer que as recomendações da OMS são baseados em evidências científicas, e nunca referem que são baseados em custos/benefícios pois isso não faz sentido nenhum tendo em conta que há vários países que se deveriam reger pelas mesmas recomendações! Se assim fosse teriam de criar recomendações para países pobres, e outras para países ricos! Podem saber mais sobre a OMS aqui: http://www.who.int/about/en/



        Irrita-me profundamente dizerem que as recomedações da OMS são mais direccionadas para os países pobres, e como conselheira em aleitamento materno deparo-me muitas vezes com esta justificação ignorante, em relação à amamentação exclusiva até aos 6 meses, muitos dizem que é porque as pessoas não têm dinheiro para comprar leites artificiais, ou para introduzir outras comidas, e então só por essas razões se deve manter o aleitamento exclusivo até aos 6 meses, mas a evidências científicas demonstram que há muitas vantagens em manter a amamentação exclusiva até aos 6 meses e depois prolongá-la até aos 2 anos, seja para crianças pobres ou ricas!!!



        Desculpem fugir um pouco ao assunto, mas não consigo ler estas coisas sem comentar!



        Jocas
        Patrícia Paiva
        - Educadora Perinatal
        - Conselheira em Aleitamento Materno
        - Professora Ginástica para Bebés

        BLOG Perfeito, Perfeito é MAMAR AO PEITO! ; BLOG Amigo dos Bebés ; SITE Mamar ao Peito; Preparação para o Parto - Margem Sul

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        • RE: Epidural: sim ou não??

          danigirl (07-07-2009)Tb n posso deixar de responder... Estás a ver como fico com razão qd digo que estão a ser fundamentalistas? A epidural e a raqui são, exactamente POR DEFINIÇÃO, formas de anestesia locorregionais, o que quer dizer que os fármacos administrados por essa via vão apenas ter um efeito locorregional, isto é, não tem efeito sistémico (ou pelo menos não tanto como teriam se fossem dados por via sistémica), são na maioria das vezes da mesma família que a petidina e outros opiáceos afins, que segundo vi aqui descrito são dados por via parentérica no parto dito fisiológico (mas isto n sei se é verdade, n tenho conhecimentos suficientes sobre o parto fisiológico para o afirmar, pq tb acho que se é chamado de fisiológico, então não devia ser dado nada...) e a gd vantagem do seu uso por esta via é que se consegue igual ou maior efeito com menores doses.


          A petidina é usada em meio hospitalar cá (muitas vezes sem que a mãe saiba sequer o que é), no Reino Unido às vezes é usado em partos seguidos por parteiras pois é dos poucos medicamentos que elas podem usar, mas nem sequer é a 1ª linha de defesa contra as dores (usam-se muito mais as máquinas TENS e o chamado Gas & Air). No entanto, sabendo a associação da epidural com cesarianas ou forceps/ventosas, percebo que algumas mães troquem os riscos da epidural pelos riscos da petidina. Como já aqui foi dito, não se consegue eliminação de riscos, apenas trocas.



          danigirl (07-07-2009)TEstão-se a esquecer q a OMS acima de tudo dá directivas com base na relação CUSTO/BENEFÍCIO e muitas das suas conclusões baseiam-se em estudos que n mostram benefício económico suficiente que justifique determinadas práticas clínicas em tds os países (e aqui tb se incluem paises com menor poder económico), senão, sabiam que a recomendação da OMS em África é para a realização do aleitamento materno mesmo em mães com HIV positivo (o q na Europa é impensável!)? E porquê, se aumenta o risco de transmissão vertical de hiv? Pq consideram que o risco que a criança corre em desnutrição (e portanto morre mais cedo) é superior que ao risco de ficar HIV+... Só para dar um exemplo... Se fossemos seguir à risca as recomendações da OMS em TDs os temas, a qualidade dos serviços médicos iriam descer. É preciso saber interpretar as recomendações, a medicina n é mesmo uma ciência exacta. Realmente existem sp prós e contras, complicações inerentes a qualquer procedimento médico e é mesmo mt difícil interpretar a medicina baseada na evidência - existem dezenas de estudos que mostram uma coisa, outra dezena que mostram outra oposta em quase tudo na medicina, daí a grande importância de ler as coisas com sentido crítico e a importância de ser moderado...


          Concordo com a Caalex aqui, a mim custa-me um pouco pensar que é uma questão de dinheiros, pois se assim realmente fosse então as directrizes seriam diferentes consoante o nível económico dos países (digo eu) ... Quanto à questão dos estudos, também não é bem asiim como dizes. Por isso é que existe a Biblioteca Cochrane, cujp objectivo é precisamente agregar informação dos vários estudos existentes num determinado tema e tirar as concçusões gerais. Quando tens um estudo que diz (por exemplo) que a cesariana é boa e que foi feito com 150 mulheres, mas depois tens um estudo com 15 000 mulheres que diz que ela é má, não fica assim tão difícil exercer o teu sentido crítico e interpretar os resultados. Se a medicina não for baseada em evidência então baseia-se no quê??? O problema com estas questões das intervenções obstétricas é esse mesmo, é que foram introduzidas e banalizadas sem antes se ter verificado a sua eficácia, e pesados os riscos vs. benefícios. Dá-me um exemplo de um medicamento que tenha ido para o mercado sem antes ter sido testado - ridículo não é ? No entanto, leio regularmente relatos de parto em que foi usado um medicamento que nunca foi testado convenientemente.



          danigirl (07-07-2009)TSenão, cada vez mais se está a optar na Europa (Holanda, Inglaterra...) por parto em casa com parteira, com base no facto de que a gravidez n é doença, o parto n é doença (eu até concordo, mas o parto pode vir a ser doença e aí é preciso ter a certeza que os cuidados de saude são dados atempadamente, que é o q sucede nesses paises). Em Portugal esta ideia tb começa a avançar, mas de uma forma em que não sei se acredito se as pessoas estão corrrectamente informadas, pq sei de casos de autêntica negligência em relação ao recém-nascido, inclusivé com necessidade de o recém-nascido ser internado em unidade de cuidados intensivos por não ter sido administrada vit k que está mais do que provado que previne a doença hemorrágica do recém-nascido, entre outras; nestes casos, os pais nem sequer sabem o que foi negado ao bebé... mas como digo, em todas as áreas há bons e maus prof de saúde (e nem sei se as pessoas responsáveis por estes partos eram realmente verdadeiros profissionais de saúde, os pais falavam em parteiras, mas a mim custa-me acreditar, tenho muito respeito pelas parteiras e custa-me ver q existem pessoas a denegrir o seu trabalho...)


          Mais uma vez se volta ao mesmo. A Vit.K tem riscos e benefícios, o seu uso banalizou-se em parte porque com o corte precoce do cordão umbilical, o bébé fica com realmente mais necessidade dele. Mais curioso para mim é o facto de eu não saber ao certo se as minhas filhas a levaram ou não, porque a mim, ninguém me disse nada. Acredito que possam haver casos de partos domiciliares em que os casais não estão de facto bem informados, mas a probabilidade de encontrares um casal assim em meio hospitalar é muito maior. As parteiras que eu conheço que fazem partos domiciliares em Portugal são profissionais de saúde credenciados.



          Repito o que já aqui foi dito - eu não sou nem a favor nem contra a epidural. Tenho noção que muitas, muitas mães recorrem a ela quando havia alternativas, vejo que muitas mães a pedem se terem noção real dos seus riscos e que se continuam a haver mães que quere passar sem ela, deveriam ser apoiadas nessa opção. O meu objectivo é, sempre, dar informação para que cada mulher opte, em consciência, pelo que é melhor para si e o seu bébé.



          Bjs
          [hr]Sara - Mãe, Doula, Educadora Perinatal, Conselheira em Aleitamento Materno pela OMS/UNICEF e directora da Baby Signs Portugal - ufa!

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          • RE: Epidural: sim ou não??

            danigirl (07-07-2009)
            BABS (05-07-2009)Não podia deixar de responder à Danigirl...



            Dizes que a saúde e o bem estar do teu bebé é mais importante que tudo o resto...



            Levares epidural não é uma incoerência muito grande?






            Tb n posso deixar de responder... Estás a ver como fico com razão qd digo que estão a ser fundamentalistas? A epidural e a raqui são, exactamente POR DEFINIÇÃO, formas de anestesia locorregionais, o que quer dizer que os fármacos administrados por essa via vão apenas ter um efeito locorregional, isto é, não tem efeito sistémico (ou pelo menos não tanto como teriam se fossem dados por via sistémica), são na maioria das vezes da mesma família que a petidina e outros opiáceos afins, que segundo vi aqui descrito são dados por via parentérica no parto dito fisiológico (mas isto n sei se é verdade, n tenho conhecimentos suficientes sobre o parto fisiológico para o afirmar, pq tb acho que se é chamado de fisiológico, então não devia ser dado nada...) e a gd vantagem do seu uso por esta via é que se consegue igual ou maior efeito com menores doses.



            Até parece q estou a decidir deliberadamente que estou a fazer mal ao meu bebé por levar epidural... não achas que se fosse assim tão evidente, a OMS já não teria PROIBIDO a tão malfadada epidural?



            Estão-se a esquecer q a OMS acima de tudo dá directivas com base na relação CUSTO/BENEFÍCIO e muitas das suas conclusões baseiam-se em estudos que n mostram benefício económico suficiente que justifique determinadas práticas clínicas em tds os países (e aqui tb se incluem paises com menor poder económico), senão, sabiam que a recomendação da OMS em África é para a realização do aleitamento materno mesmo em mães com HIV positivo (o q na Europa é impensável!)? E porquê, se aumenta o risco de transmissão vertical de hiv? Pq consideram que o risco que a criança corre em desnutrição (e portanto morre mais cedo) é superior que ao risco de ficar HIV+... Só para dar um exemplo... Se fossemos seguir à risca as recomendações da OMS em TDs os temas, a qualidade dos serviços médicos iriam descer. É preciso saber interpretar as recomendações, a medicina n é mesmo uma ciência exacta. Realmente existem sp prós e contras, complicações inerentes a qualquer procedimento médico e é mesmo mt difícil interpretar a medicina baseada na evidência - existem dezenas de estudos que mostram uma coisa, outra dezena que mostram outra oposta em quase tudo na medicina, daí a grande importância de ler as coisas com sentido crítico e a importância de ser moderado...





            Senão, cada vez mais se está a optar na Europa (Holanda, Inglaterra...) por parto em casa com parteira, com base no facto de que a gravidez n é doença, o parto n é doença (eu até concordo, mas o parto pode vir a ser doença e aí é preciso ter a certeza que os cuidados de saude são dados atempadamente, que é o q sucede nesses paises). Em Portugal esta ideia tb começa a avançar, mas de uma forma em que não sei se acredito se as pessoas estão corrrectamente informadas, pq sei de casos de autêntica negligência em relação ao recém-nascido, inclusivé com necessidade de o recém-nascido ser internado em unidade de cuidados intensivos por não ter sido administrada vit k que está mais do que provado que previne a doença hemorrágica do recém-nascido, entre outras; nestes casos, os pais nem sequer sabem o que foi negado ao bebé... mas como digo, em todas as áreas há bons e maus prof de saúde (e nem sei se as pessoas responsáveis por estes partos eram realmente verdadeiros profissionais de saúde, os pais falavam em parteiras, mas a mim custa-me acreditar, tenho muito respeito pelas parteiras e custa-me ver q existem pessoas a denegrir o seu trabalho...)






            Consegues garantir com 100% certeza que a Epidural não tem QUALQUER efeito Negativo no bebé?



            Bjs

            BABS

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            • RE: Epidural: sim ou não??

              Eu acho que a epidural afecta um pouco o bebe porque a partir do momento em que a mae acalma, o bebe tambem acalma. Agora nao posso dizer se afecta positivamente ou negativamente, para mim afecta negativamente porque nao respeita o desenvolvimento do parto mas so os bons profissionais é que podem responder a essa questao se houver estudos para tal.



              Agora vou dizer aqui uma coisa que certamente vai gerar algumas "trocas de palavras"



              Eu nao quis epidural, para alem de querer respeitar o desenvolvimento do parto, o que levou me logo a nao a querer foi pelo simples motivo de dar uma prova de amor a minha filha. Tive que sofrer por ela, assim sei que dei uma prova de amor muito grande como irei dar mais mas talvez essa seja a mais importante para mim.


              Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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              • RE: Epidural: sim ou não??

                danigirl (05-07-2009)Olá!



                Estou grávida de 36s e vim a este tópico por curiosidade, apesar de ter sofrido a desilusão que já estaria à espera: é óbvio se cedo se transformaria num debate aceso. Mas A desilusão prende-se com o facto de me aperceber que as pessoas que defendem com maior fundamentalismo o parto fisiológico e sem epidural armam-se de argumentos e informações que a meu ver até chegam a ser perigosas do tipo "os anestesistas só querem dinheiro e treinar..., a equipa médica quer calar as mães..., e que a mãe deve ter o parto que quiser"







                Isto é tudo mt bonito, mas esquecem-se de coisas mt importantes e foi por isso que não resisti no post:



                - na minha opinião, neste momento e sempre, em 1º lugar penso no bem estar DO MEU BEBÉ, que me deu a sensação que é mt esquecido no meio deste debate! Por isso é q é preciso equipa médica e de estar num hospital!
                A maioria dos partos corre bem mas... às vezes é preciso tomar decisões e não dá para esperar pq realmente o bebé está em sofrimento (e como é q se sabe q o bebé está em sofrimento se num parto dito fisiológico, nem o ctg as mães deixam colocar?), ou a apresentação não é a mais favorável para um evolução do parto (nem sp a epidural tem as culpas todas) e isto não é colocar as culpas no bebé, mas na realidade pode ser um conjunto de factores que não favorece a uma dilatação mais ou menos rápida...



                - outras coisa que não vi é a distinção entre epidural e raquianestesia, dá-me a sensação q a maioria nem sabe q são coisas diferentes e com riscos diferentes.



                - acham mesmo q os anestesistas precisam das grávidas para treinarem epidurais??? é um procedimento feito por um interno de 2ºano... n tem dificuldade, agora as raquianestesias já têm mais q se lhe diga... isso seria a mesma coisa q dizerem que os médicos pediatras fazem ppunções lombares às criancinhas pq precisam de treinar o procedimento e não por suspeita de meningite! Como tds sabemos existem profissionais q deixam a desejar em TD os tipos de profissão e generalizações só desinformam e não contribuem em nada para a relação médico/doente que deve ser baseada em confiança e se houver dúvidas, então que se façam todas as questões antes!



                -qd falamos com um médico, não conheço nenhum que dê uma opinião fundamentalista do tipo sim nem não qt à epidural, tenta informar e fazer com q a mãe possa escolher; são a favor de forma geral a que as mães façam cursos de preparação para o parto; são sensíveis ao pedido das mães em quererem um parto o mais fisiológico possível (dentro de limites aceitáveis, desde q n seja posta em causa o bem estar do bebé). Mas depois deparo-me com as pessoas que dão esses cursos, são doulas, e que estão a dar formação numa matéria às mães de uma forma geral menos informadas e qual é a informação que passam:



                "-evitar a epidural pq tem riscos, os médicos querem despachar (o q até é contracenso, pq se querem despachar, então a epidural não atrasa?), vocês é que mandam no vosso parto, cesariana a evitar... " uma série de verdades pré-formadas e depois as pessoas acham-se menos boas mães/menos capazes/menos felizes com o parto que tiveram pq "n conseguiram resistir" à mal-fadada epidural como se fosse um pecado e uma fraqueza do espírito.







                Tinha mt mais para dizer e escrever mas gostava de deixar uma mensagem para as mamãs que lerem este tópico pq é isso mmo que eu vou seguir acima de tudo:







                - Pensar sempre no meu bebé (prefiro mil vezes ter de estar deitada em péssima posição e desconfortável a ouvir sp o batimento cardíaco do meu bebé e saber q n tem sinais de sofrimento do que deambular feliz da vida por um corredor a achar que estou a ser uma super-mãe pq vou ter um parto não medicalizado e não fazer ideia de que obebé naquele momento pode estar a sofrer!)



                - Vou evitar touradas acima de tudo, se tiver de ser cesariana, que seja! Se tiver de ser medicada, que seja, como já se disse, eu vou estar numa posição de mãe, não é de médica, nem parteira, nem nada, por isso não vou ter uma posição do tipo "o parto é meu, eu é q mando", uma coisa é colaborar com a equipa, outra é achar q somos nós q mandamos!



                - Ter noção que o parto é sp uma incógnita! Pode evoluir super-rapidamente, sem tempo para epidurais e é 15min ou lentamente com duração de horas infindáveis e só peço para ter coragem para enfrentar qq situação com q me depare...







                PS: vou aceitar epidural se houver tempo, mesmo sabendo que vai haver um risco enorme de não conseguirem atravessar o catéter pelo meio das vértebras por ter problemas ao nível da coluna lombar, portanto, só na hora é q saberei...


                Tinha muito a dizer sobre este comentario mas so vou responder ao que me "chocou mais". Basicamente o que estas a dizer é que pessoas que acreditam no parto fisiologico como parteiras formadas, medicos que apoiam e ate as proprias gravidas nao sabem o que dizem? Sao argumentos fundamentalistas? Armam se de informaçoes perigosas? Talvez se te informares melhor sobre varios estudos feitos ves que talvez nao seja como estas a dizer.



                Eu tive a minha filha em casa, nao tive a minha filha deitada, tive uma parteira e mais duas assistentes ao pe de mim, nao levei epidural, foi um parto totalmente controlado e agora?!

                Talvez devias ter mais "cuidado" com estes tipos de comentarios, praticamente acusas as maes de nao quererem o bem estar para os seus proprios bebes so porque têm prinicipios diferentes dos teus. Eu sempre mas sempre pensei no bem estar da minha filha, ja perdi um filho e a ultima coisa que ia fazer era nao pensar no bem estar dela, nunca pensei primeiro em mim alias uma prova que posso dar foi nao querer epidural logo nao podes dizer que as gravidas que escolhem o mesmo caminho que o meu nao metem o bem estar do bebe em primeiro lugar! Eu tive dores, sofri com as dores mas sei que a minha menina nao sofreu e todo o desenvolvimento do acto foi respeitado.



                Acho que deves te informar melhor sobre o que estas a dizer por o menos sobre o tipo de parto que queres. Muitas das coisas que estas a dizer no teu comentario vao contra estudos mundiais como por exemplo esta tua afirmaçao "Pensar sempre no meu bebé (prefiro mil vezes ter de estar deitada em péssima posição e desconfortável a ouvir sp o batimento cardíaco do meu bebé e saber q n tem sinais de sofrimento do que deambular feliz da vida por um corredor a achar que estou a ser uma super-mãe pq vou ter um parto não medicalizado e não fazer ideia de que obebé naquele momento pode estar a sofrer!)"


                Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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                • RE: Epidural: sim ou não??

                  [quote]BABS (07-07-2009)
                  Consegues garantir com 100% certeza que a Epidural não tem QUALQUER efeito Negativo no bebé?







                  Bjs



                  BABS






                  A questão não era para mim, mas eu vou dizer o que penso,



                  Pelo que tenho lido existe um consenso +/- alargado que a epidural não afecta directamente o bebé (é esta também a minha postura). No entanto, uma vez que epidural poderá afectar o trabalho de parto, conduzir a intervenções extra, isso poderá ter reflexos no próprio bébe.

                  Mas uma mãe que não tenha epidural e que se descontrole, pode igualmente causar impactos negativos ao bebé, isto porque é necessário que a respiração da mamã não se descontrole para que a chegada do oxigénio ao bebé se processe da melhor forma.





                  Trata-se de, mais uma vez, medir os riscos/benefícios tendo em conta cada caso individual.

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                  • RE: Epidural: sim ou não??

                    Caalex (07-07-2009)Pelo que tenho lido existe um consenso +/- alargado que a epidural não afecta directamente o bebé (é esta também a minha postura). No entanto, uma vez que epidural poderá afectar o trabalho de parto, conduzir a intervenções extra, isso poderá ter reflexos no próprio bébe.



                    Mas uma mãe que não tenha epidural e que se descontrole, pode igualmente causar impactos negativos ao bebé, isto porque é necessário que a respiração da mamã não se descontrole para que a chegada do oxigénio ao bebé se processe da melhor forma.


                    Acho que isto está muito bem colocado. Para deitar mais achas à fogueira:



                    Uma das coisas que aprendi quando estudei os efeitos da epidural é o efeito que ela tem no aceitamento materno de novas ninhadas quando administrada em animais ditos não-racionais (macacas, cadelas, etc). Isto a mim impressionou-me bastante e sugere que há algo na fisiologia normal do parto que é fundamental para o vínculo materno. É claro que nós, sendo animais racionais, sobrepomo-nos a esta questão, mas não dexa de ser um factor interessante ... eu cheguei a trocar PMs com uma mamã cá do PB que se sentiu estranhamente desligada do seu parto e do seu filho, efeito que ela atribuiu à epidural e que demorou uns dias a passar ...



                    Por outro lado, uma vez fiz uma formação com um sujeito que trabalha a nível mais alternativo (terapias psicocorporais, etc) e que nos contou que volta e meia trabalha com crianças, nascidas de partos com epidurais e uma vez, lá nas sessões deles e pela metodologia dele, descobriu uma criança que achou que a mãe tinha morrido quando deixou de a sentir devido à epidural. Eu sei que isto é bastante rebuscado e nada científico (ainda por cima vindo de mim, que tanto martelo a cabeça do pessoal com as evidências), mas faz-me pensar se de facto não andamos um pouco a mexer em coisas sobre as quais realmente sabemos muito muito pouco (isto é, o delicado equilibrio e consequências do vínculo no pós-parto imediato).



                    Bjs
                    [hr]Sara - Mãe, Doula, Educadora Perinatal, Conselheira em Aleitamento Materno pela OMS/UNICEF e directora da Baby Signs Portugal - ufa!

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                    • RE: Epidural: sim ou não??

                      Anally:



                      Obrigada pela resposta. Fiquei esclarecida.





                      Agora outro assunto para alguém que escreveu aqui que queria um CTG constante e que isso é muito importante.



                      Eu estive com CTG 16 horas, nos quais o meu filho ficou em sofrimento várias horas sem ninguém dar conta porque não olharam para ele. Mais valia ser intermitente e alguém olhar com olhos de ver. Isto não foi num hospital de província, foi na maternidade do Porto.

                      Depois entrei em período expulsivo com contracções das mais fortes e o CTG continuava a dar contracções muito leves. As enfermeiras não conseguiram explicar. Se eu tivesse levado epidural aquele aparelho não teria ajudado em nada o meu parto e ninguém saberia que eu estava em período expulsivo, nem mesmo eu.

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                      • RE: Epidural: sim ou não??

                        Sara Doula (07-07-2009)
                        Caalex (07-07-2009)Pelo que tenho lido existe um consenso +/- alargado que a epidural não afecta directamente o bebé (é esta também a minha postura). No entanto, uma vez que epidural poderá afectar o trabalho de parto, conduzir a intervenções extra, isso poderá ter reflexos no próprio bébe.







                        Mas uma mãe que não tenha epidural e que se descontrole, pode igualmente causar impactos negativos ao bebé, isto porque é necessário que a respiração da mamã não se descontrole para que a chegada do oxigénio ao bebé se processe da melhor forma.






                        Acho que isto está muito bem colocado. Para deitar mais achas à fogueira:







                        Uma das coisas que aprendi quando estudei os efeitos da epidural é o efeito que ela tem no aceitamento materno de novas ninhadas quando administrada em animais ditos não-racionais (macacas, cadelas, etc). Isto a mim impressionou-me bastante e sugere que há algo na fisiologia normal do parto que é fundamental para o vínculo materno. É claro que nós, sendo animais racionais, sobrepomo-nos a esta questão, mas não dexa de ser um factor interessante ... eu cheguei a trocar PMs com uma mamã cá do PB que se sentiu estranhamente desligada do seu parto e do seu filho, efeito que ela atribuiu à epidural e que demorou uns dias a passar ...







                        Por outro lado, uma vez fiz uma formação com um sujeito que trabalha a nível mais alternativo (terapias psicocorporais, etc) e que nos contou que volta e meia trabalha com crianças, nascidas de partos com epidurais e uma vez, lá nas sessões deles e pela metodologia dele, descobriu uma criança que achou que a mãe tinha morrido quando deixou de a sentir devido à epidural. Eu sei que isto é bastante rebuscado e nada científico (ainda por cima vindo de mim, que tanto martelo a cabeça do pessoal com as evidências), mas faz-me pensar se de facto não andamos um pouco a mexer em coisas sobre as quais realmente sabemos muito muito pouco (isto é, o delicado equilibrio e consequências do vínculo no pós-parto imediato).





                        Bjs




                        No mínimo é rebuscado....

                        Voltando ao 1º parágrafo do teu post, para a epidural ter um efeito tão avassalador sobre o vínculo mãe-bebé, teriam de ser utilizadas enormes quantidades da dita, e terem sido administrados opiácios.

                        Felizmente somos animais racionais. Pelas minhas experiências, a epidural não teve qualquer impacto no estabelicimento do vínculo.

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                        • RE: Epidural: sim ou não??

                          Em relação a esta questão do vínculo, na minha opinião muito pessoal penso que: em relçaõ ao sentimento da mãe o problema não está na epidural em si, mas sim nas razões que a levam a tomar a epidural. E essas razões "mal cozinhadas" é que poderão levar a um afastamento em relação ao bebé.

                          No entanto em relação ao bebé penso que a epidural tem efeitos. quando a mãe leva epidural, fica mais calma, deixa de sentir dor, deixa de gemer, deixa de se mexer (pelo menos com a mesma intensidade) e penso (mas não tenho a certeza) que o ritmo cardiaco irá baixar. ora o bebé sente isso tudo, ele continua a sentir o processo mas a mãe não. caso para perguntar o que é que ele pensará. Será que a minha mãe morreu? Faz um bocado de sentido. Agora para comprovarmos ou acreditamos no que a regressão nos diz ou não há maneira de saber.

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                          • RE: Epidural: sim ou não??

                            Dulsa (08-07-2009)Em relação a esta questão do vínculo, na minha opinião muito pessoal penso que: em relçaõ ao sentimento da mãe o problema não está na epidural em si, mas sim nas razões que a levam a tomar a epidural. E essas razões "mal cozinhadas" é que poderão levar a um afastamento em relação ao bebé.







                            No entanto em relação ao bebé penso que a epidural tem efeitos. quando a mãe leva epidural, fica mais calma, deixa de sentir dor, deixa de gemer, deixa de se mexer (pelo menos com a mesma intensidade) e penso (mas não tenho a certeza) que o ritmo cardiaco irá baixar. ora o bebé sente isso tudo, ele continua a sentir o processo mas a mãe não. caso para perguntar o que é que ele pensará. Será que a minha mãe morreu? Faz um bocado de sentido. Agora para comprovarmos ou acreditamos no que a regressão nos diz ou não há maneira de saber.






                            Para mim não faz qualquer sentido. Então para o bebé a mãe estaria morta durante todo o tempo de gestação?, o rítmo cardiaco da mãe não está acelerado durante a gestação.


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                            • RE: Epidural: sim ou não??

                              Clara Sophie (07-07-2009)Eu acho que a epidural afecta um pouco o bebe porque a partir do momento em que a mae acalma, o bebe tambem acalma. Agora nao posso dizer se afecta positivamente ou negativamente, para mim afecta negativamente porque nao respeita o desenvolvimento do parto mas so os bons profissionais é que podem responder a essa questao se houver estudos para tal.



                              Agora vou dizer aqui uma coisa que certamente vai gerar algumas "trocas de palavras"



                              Eu nao quis epidural, para alem de querer respeitar o desenvolvimento do parto, o que levou me logo a nao a querer foi pelo simples motivo de dar uma prova de amor a minha filha. Tive que sofrer por ela, assim sei que dei uma prova de amor muito grande como irei dar mais mas talvez essa seja a mais importante para mim.


                              Acredito que muitas mulheres pensem desta forma, especialmente as não defensoras da epidural.

                              Olha, é a tua forma de ver as coisas, de demonstrares amor. Foi importante para ti, mas acreditas que dizeres um dia à tua filha que tivestes muitas dores para ela nascer vai faze-la amar-te ainda mais?

                              Eu não concebo o amor assim, seja ele o amor fraternal ou o romântico. Amor e Sofrimento não podem, para mim estar unidos numa mesma frase.

                              Não foram as dores que tive antes da bendita epidural que me fizeram sentir este amor incondicional e eterno que tenho pelo meu filho.

                              Continuo a dizer que a escolha da utilização ou não da epidural é uma escolha individual baseada seja em que motivos for. Mas este, para mim, seria o ultimo.

                              No entanto, considero-te muito corajosa por conseguires escrever aqui aquilo que sentes. Não te ficaste pelas meias-palavras, como muitas vezes se "ouve" aqui. Foste objectiva e apresentaste as tuas razões.

                              Comentar


                              • RE: Epidural: sim ou não??

                                Olá, bom dia,





                                Sobre este assunto não existem consensos, mas é absolutamente ridiculo as pessoas acharem que por não levarem epidural, ou levarem epidural estão a ser "melhores mães", ou que estão a pensar mais do que as outras no bem estar dos bébés.

                                Cada caso é um caso e todas nós somos diferentes, existem pessoas que têm muita mais resitência à dor e que se conseguem controlar, outras que por qualquer coisa já estão em pánico, etc.

                                Depois o trabalho de parto não é igual em nenhuma mulher, mais uma mulher que tenha mais do que um filho pode ter partos e trabalho de partos completamente diferentes assim como necessidades distintas.

                                Em principio, qualquer mulher que engravida quer o melhor para o seu filho e como tal tem a faculdade de tomar e ponderar as suas opções de acordo com as suas necessidades e o seu estado.

                                As escolhas tem é que ser conscientes e tem que ser tomadas quer no interesse do bébé, quer no da própria mãe. Pois, independentemente daquilo que se possa dizer, a verdade é que se a mãe não estiver confiante e descansada com o que se está a passar isto também se reflete no bébé.

                                Eu fiz a consulta com a anestesista para pedir esclarecimentos e para no caso de optar pela epidural o meu processo estar completo acerca desse aspecto, até porque eu e as agulhas não nos damos muito bem.....

                                Mas só no dia é que decidi optar pela epidural. O meu parto não foi nada de complicado, rebentaram-me as águas à 1 hora da manhã e às 7:30 horas ela nasceu.

                                Quando estava na sala de partos as contrações tornaram-se muito fortes e apesar de eu ter a certeza de que as ia conseguir suportar se se mantivessem assim, devido ao esforço comecei a ficar com uma enxaqueca, e eu que sei, infelismente, qual seria o resultado e aquilo que sofro com elas, optei por pedir a epidural para conseguir descansar um pouco, pois caso contrário o mais provável era que nas 24 horas seguintes nem conseguisse abrir os olhos com as dores de cabeça.

                                Assim, e apesar de estar um pouco apreensiva por me irem picar nas costas e com receio que pudesse ser mal dada, a verdade é que o anestesita deu-me a epidural, e eu nem deu por nada. Quando pensei que ele ia começar já tinha acabado, tanto ele como a enfermeira que me ajudou a colocar em posição foram fantásticos, falaram sempre comigo e eu abstraí-me da situação e nem senti a picadela.

                                Entretanto, consegui adormecer e descansar um bocadinho. acordei novamente com o intensificar das contrações, nessa altura foi-me perguntado se queria reforçar a epidural e o enfermeiro/parteiro, antes de pedir o reforço, explicou-me que a bébé já estava em posição de nascer, que era uma questão de pouco tempo e que se eu tomasse o reforço atrasaria o parto.

                                Assim, optei por não tomar o reforço e com a ajuda da equipa fui conseguindo controlar a situação e a bébé acabou por nascer passado pouco tempo e eu senti tudo.

                                A epidural, pelo menos durante algum tempo permitiu-me descansar o suficiente e aliviar a pressão na cabeça, para poder usufruir de tudo.

                                Além disso, também não me parece que seja em que maternidade for, eles administrem uma dose tão elevada de epidural que a mulher fique completamente anestesiada durante todo o parto, aquilo que me foi explicado e que eu percebi é que a epidural vai sendo administrada por fases e em função das necessidades da mulher e só administram o necessário.

                                No meu caso foi o que aconteceu, deram-me a primeira dose e quando era para levar o reforço fizeram uma avaliação da situação e ponderaram qual seria a melhor opção, como já não faltava muito aconselharam-me a fazer um esforço e a aguentar. Portanto, todo o processo da epidural, foi pensado e refelctido por mim e pela equipa que me acompanhou sempre com vista ao meu bem estar e do bébé.



                                Eu não discute as opções de ninguém, as pessoas são livres de fazerem as suas escolhas, mas não podemos tentar ver as coisas só pelo nosso prisma, existem muitos factores que condicionam as nossas opções.



                                Beijinhos






                                r@quel

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