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Epidural: sim ou não??

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  • #61
    RE: Epidural: sim ou não??

    Olá,



    Parabéns pela gravidez....



    Eu também tinha esses receios e sempre disse ao meu marido que não queria epidural, blá blá blá....infelizmente estive 12 horas com contracções até me poderem dar e epidural porque não fazia mais de 2 dedos de dilatação e como não queria não saía dali entretanto veio uma médica falar comigo e disse que a epidural ajuda também na dilatação porque como não sentes dores dilatas mais depressa, e posso dizer que senti bem as dores de parto e só posso dizer ABENÇOADA EPIDURAL, porque a partir do momento em que me deram epidural fiz mais dilatação em 3 horas do que nas 12 em que estive a sofrer se epidural....não tive qualquer problema depois, passado 1 hora da minha filhota ter nascido ja sentia as pernas e passado duas horas ja andava de pé.....





    Beijinhos e tenta ao máximo desfrutar do parto porque é um momento único

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    • #62
      RE: Epidural: sim ou não??

      Dulsa (22-06-2009)É melhor irmos todas ler o último relato postado, parto no hospital s. teotonio em viseu. A pobre da mãe levou epidural e lá se foi a dor bem como a sabedoria de fazer força. Depois esteve mais de quanto tempo em período expulsivo, e no final a bebé saiu á ventosa. E de quem é a culpa? Do bebé que tem as costas largas.



      A mim é que não me apanharam numa epidural.


      Estive a ler o relato e não percebo o que é que uma coisa tem a ver com a outra.

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      • #63
        RE: Epidural: sim ou não??

        Epidural: lobo com pele de cordeiro



        A epidural foi recentemente introduzida no mundo da obstetrícia como se dele fizesse parte integrante desde todos os tempos. Mas será que ela é de facto benéfica para a mulher em trabalho de parto, para o parto em si e para o bebé? Não, antes pelo contrário. Então a quem é que ela beneficia fundamentalmente? Em primeiro os profissionais de saúde, mas também a indústria farmacêutica.

        Aos profissionais obstetras é-lhes altamente benéfico ter uma mulher calada, sossegada, que não reclame, porque desta forma os libertam para outras actividades acessórias. Uma mulher que exige e reclama cuidados, que manifesta desconfortos vários, que está inquieta, obrigada a permanecer deitada, que não pode manifestar desejos e que se vê obrigada a aceder aos inúmeros profissionais, incomoda.

        Aos anestesistas, elemento estranho mas cada vez mais protagonista no processo do nascimento humano, foi-lhe atribuído um campo privilegiado de treino. Não sendo a epidural uma prática tão generalizada nas cirurgias comuns praticadas pelos hospitais, conseguiu-se assim massa humana, as parturientes, para que estes profissionais possam de forma ininterrupta desenvolver as habilidades profissionais que se traduz, neste caso, em conseguir colocar um cateter entre duas membranas. Não interessa, por ventura, referir as múltiplas abordagens ao local, através de incontáveis picadelas nas costas da mulher que ela não vê (por força da sua posição) nem sente (por força de anestesia local previamente feita), ou as punções da dura com saída de líquido cefalo-raquideo e as consequentes dores de cabeça persistentes durante um longo período após o parto, ou de eventuais hemorragias junto da inserção do cateter, ou os desvios do próprio cateter epidural quando da sua introdução, ou das reacções com os fármacos anestésicos utilizados ou ainda das sequelas futuras através de queloides cicatriciais pós epidural provocando dores semelhantes às das hérnias discais. De referir ainda as inúmeras vezes que este procedimento é “falhado” (insucesso associado à técnica cega) e por isso obriga à sua repetição com mais gastos de materiais e drogas para além dos desconfortos acrescidos à parturiente.

        A epidural permite também, aos anestesistas, o estudo do comportamento das drogas utilizadas neste processo intervencionista. Com os eventuais efeitos colaterais que essas drogas possam produzir, abre a possibilidade de se estudarem e manusearem outras que possam atenuar os efeitos indesejáveis.

        Na clínica privada, o anestesista, é mais um entre muitos que vai repartir o bolo resultante do pagamento feito pela mulher ou seguradoras.

        A indústria farmacêutica é também parte interessada neste jogo porque através da venda dos indispensáveis kits de agulhas e seringas, para além das drogas anestésicas, engordam ainda mais os seus cofres. São muitos os milhares de euros movimentados através deste procedimento médico, que por sua vez alimenta um universo de interesses farmacêuticos. As contrapartidas aos profissionais são os sempre apetitosos brindes ou outras formas compensatórias, por todos conhecidos mas nunca ou raramente provados.

        E a mulher? Ela é o que menos conta neste enredo de interesses. Serve todos os fins mas raramente tira proveito da sua mais nobre experiência de vida. É mantida calada, castrada em todas as suas competências, bloqueada, inibida de exprimir sentimentos e sensações, mas principalmente é-lhe retirada a capacidade de ser mulher e mãe. Os 70% de partos distócicos que acontecem hoje nas maternidades portuguesas são certamente de causa multifactorial que vão desde a utilização abusiva de drogas indutoras e uterotónicas (que aumentam a intensidade e frequência das contracções), passando pelo posicionamento incorrecto mas contínuo da mulher durante o trabalho de parto e parto e terminando pelas inúmeras intervenções. E para isto tudo a epidural veio dar um contributo significativo através da sua acção bloqueadora e ao mesmo tempo castradora de competências.

        Todos os estudos internacionais publicados nas mais diversas bibliotecas tais como a cochrane e a publimed atribuem uma forte correlação positiva entre o uso do bloqueio epidural no trabalho de parto e o parto distócico. Não porque ela vá interferir directamente no parto, mas sim porque permite que os profissionais possam intervir de forma abusiva durante todo o processo de nascer quer pelo uso de drogas quer através de procedimentos agressivos, já que a mulher não tem capacidade para responder. A troco de algumas horas sem percepção álgica e outras sensações inerentes ao nascimento da sua cria, a mulher entrega assim o seu destino e o do seu filho às mãos de profissionais que com mais ou menos habilidades podem estar a hipotecar o bem-estar futuro de um e/ou do outro. As consequências inerentes aos procedimentos obstétricos intervencionistas podem ser múltiplos e estão bem descritos mas isso pouco parece interessar até porque nesta fase a mulher passa a ser um mero objecto de estudo e de intervenção por parte dos múltiplos profissionais. Hoje cada vez mais se vem mulheres jovens em consultas médicas de ginecologia, cirurgia geral, plástica (para vulvoplastias, vaginoplastias, perineoplastias, etc.) como consequência dos procedimentos obstétricos agressivos executados assim como as crianças que se multiplicam por consultas do foro neurológico.

        Daí que a epidural não sendo um processo intrínseco à obstetrícia, assumiu um protagonismo até há bem pouco tempo inimaginável e com tamanhas consequências nefastas quer para a mulher quer para a criança. Por isso um verdadeiro lobo com pele de cordeiro.

        Dá que pensar não dá?



        Fonte: http://nasceremcasa.blogspot.com/200...-cordeiro.html

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        • #64
          RE: Epidural: sim ou não??

          Dulsa (24-06-2009)Epidural: lobo com pele de cordeiro

          ...





          Dá que pensar não dá?







          Fonte: http://nasceremcasa.blogspot.com/200...-cordeiro.html


          Que extremismo...

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          • #65
            RE: Epidural: sim ou não??

            Dulsa (24-06-2009)Epidural: lobo com pele de cordeiro








            Que extremismo...





            Há 29 anos atrás, a minha Mãe pariu uma bezerra de 4600g, e 51cm, por cesariana, após estar 3 dias em sofrimento... Meteram na cabeça que seria parto normal... meteram na cabeça que seriam 2 bebés, dada a barriga da minha Mãe, enfim... só quando entrou em risco é que decidiram fazer-lhe a cesariana, e com anestesia geral, claro.



            Se as complicações pre parto sempre existiram, se a Ciência evoluiu, se a Mulher é capaz (e tem liberdade para isso) de escolher o tipo de parto que quer, quem somos nós para criticar???



            Tb dá que pensar, não dá?



            Criticas construtivas, apoios/informações fundamentados, mas a ultima palavra tem de ser da Mãe. E mais nada!

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            • #66
              RE: Epidural: sim ou não??

              ups... repetiu...

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              • #67
                RE: Epidural: sim ou não??

                Olá



                a minha experiência:



                O meu GO, que apesar de me dar margem de escolha, foi prentório quando me disse que ele era o porta voz do meu bebe, por isso qualquer decisão que tomasse em relação ao parto, em primeiro estaria o Pedro. Esta foi a razão pela qual o escolhi, depois de ter passado por 3 GO... :P



                quando falámos sobre a epidural, ele disse que poderia decidir na hora... e assim foi.

                levei epidural. Foi um grande alivio, e ajudou a suportar as dores que me estavam a começar a descontrolar...

                nunca deixei de sentir as pernas, durante uns tempos até fiquei sentada na cama.

                levei um reforço antes de entrar na sala de partos e sentia as contrações, só não sentia tanta dor... Fiz força sempre no local e hora correcta, e senti o meu filho sair de dentro de mim.

                O Pedro nasceu ás 20h00 e no dia seguinte tomei banho sem qualquer ajuda, enquanto o marido foi tomar o pequeno almoço... :w00t: não sabia que não devia.



                Amamentei sem qualquer problema em exclusivo até aos 6 meses e até aos 13meses... não foi mais porque o Pedro desinteressou-se, apesar da minha insistência...



                não me doeu nada a levar a epidural

                senti muita comichão no corpo no dia seguinte( acho),que durou umas horas.



                Decerto és uma mulher inteligente, faz as tuas escolhas... ainda bem que as podes fazer



                Beijinhos!

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                • #68
                  RE: Epidural: sim ou não??

                  :unsure: para onde foi a minha resposta?

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                  • #69
                    RE: Epidural: sim ou não??

                    Bem, eu costumo dizer que o debate sobre a epidural, não é sobre a anestesia em si, mas sim sobre as condições em que a parturiente é colocada nos nossos hospitais e que tornam muito mais difícil não se recorrer a ela.



                    Há aqui várias coisas importantes a falar.



                    1) Riscos vs. benefícios

                    É verdade que a epidural, sendo uma técnica largamente difundida, não deixa de ter riscos e por isso mesmo é pedido à mulher que assine um consentimento. Conhcecem outra intervenção em que isso acontece no parto? Já tiveram oportunidade de ler esse formulário antes de irem para o hospital em trabalho de parto? Não é em pleno trabalho de parto, conm contrações que a mulher se vai debrucar sobre o que está a assinar! Eu uma vez li aqui um relato em que a mãe dizia que até podia estar a doar os seus bens todos, ela queria era despachar a coisa! A mulher precisa de estar bem educada e informada para tomar a sua decisão e isso não é tão simples como parece, porque todos nós temos uma postura parcial - médicos, enfermeiras, doulas, amigas, todos. Profissionalmente, é um dos meu maiores desafios conseguir ser imparcial quando me pedem informação, mas tento ao máximo, porque é disso que a mulher/casal precisam. Não tenho a ideia que os profissionais de saúde tenham a mesma atitude.

                    A história da "bébé com costas largas" aqui relatada vem ainda demosntrar um ponto importante. Quando é preciso uma ventosa, um fórceps, uma cesariana de urgência até, a culpa nunca é das intervenções e sim sempre da mãe e/ou bébé: ele não encaixou como deve ser ( a mulher estava deitada, que mais queriam), ele não estava bem posicionado (a mãe tinha epidural como queriam que ela fizesse força eficazmente), o bébé entrou em stress fetal (seim liberdade de movimento e posição da mãe como é que querem que ela oxigene bem o bébé), para dar alguns exemplos. É importante que quando as mulheres se submetem a uma intervenção, como a epidural, tenham plena noção das suas consequências.



                    2) Dor vs. Sofrimento

                    Esta é outra pedra basilar neste debate. As mães "anti-epidural" referem-se à dor como parte integrante do processo fisiológico do parto, que deve ser respeitado e honrado como útil e benéfico ao organismo. As mães "pró-epidural" referem-se à dor como um sofrimento que me nada ajuda a mãe e que deve ser eliminado. A mulher que está a tomar a sua decisão deve informar-se não só sobre a epidural, mas também sobre o papel da dor no parto, e como trabalhar com ela em vez de contra ela. Deve igualmente perceber que a natureza é sábia e que não nos fez para "sofrer", fez-nos com sabedoria, com capacidade inata de suportar a dor e com mecanismos instinctivos de aliviar a dor. Essa mulher tem de se informar sobre estes mecanismos todos, de compreender como funciona o delicadíssimo equilíbrio hormonal do parto e de perceber até que ponto é que as outras intervenções podem contribuir para intensifcar ou diminuir a percepção de dor. Quem compreende o ciclo Medo-Tensão-Dor facilmente percebe que a dor é acima de tudo uma questão de percepção emocional e psicológica e que é aí que está a sua #"resolução". A epidural é no fundo remediar o sintoma, em vez de aliviar a causa.



                    3) Mulher activa vs. Mulher passiva

                    A mulher que está activa no parto, que é "dona" do seu parto, qe comanada as operções com o seu instincto, não requer (na maioria das vezes) epidural. Ela sabe que o seu corpo foi feito para parir, para trabalhar com aquela dor. Quando o ambiente é tal em que ela é respeitada e vista com a principal protagonista, os restantes intervenientes dão-lhe a liberdade que ela necessita para que o parto flua. Quando isto não acontece, quando a mulher não tem essa liberdade, quando se espera que ela fique sossegada, a "portar-se" bem, ela perde esse protagonismo e assim a apidural passa a ser importante. A mulher que não quer berrar, ou os profissionais que não querem ouvir berros, aceitam a epidural. A mulher que quer estar livre para vocalizar à sua vontade no parto, não a quer. A mulher que está a tomar a sua decisão deve compreender que vocalizar pode ser extrememente benéfico no parto e também que nem todas as mulheres berram, mesmo sem anestesia.



                    4) Efeitos emocionais e o parto como ritual de passagem

                    Quem já viu um parto fisiológico e quem se interessa por este temas, sabe que o parto pode ser um evento transformador na vida de uma mulher, e que uma experiência menos positiva pode deixar sequelas. Quem compreende que o parto é um acontecimento fisiológico normal, que requer pouca intervenção, que se deixado em sossego progride em condições fisiológicas (e não segundo padrões clínicos), percebe que a epidural perde contexto. Quem vê o parto muito mais para além do seu contexto fisiológico, com efeitos emocionais, sociais, psicológicos e sexuais na vida de uma mulher, percebe até que ponto a epidural pode ser "má", pois retira muitos desses efeitos. Quem vê o parto como um ritual de passagem, percebe como a epidural pode interferir nesse processo. Para a maioria dos profissionais de saúde, estas questões não-cientificas não têm lugar numa sala de partos e por isso a epidural é tão aceite.

                    Outra questão mportante aqui é o efeito no bébé. Embora haja vários estudos sobre a inocuidade da epidural no bébé, não há estudos sobre a inocuidade da falta das hormonas do parto no bébé. É importante perceber que o parto fisiológico não é traumático para o bébé, que ele é parte integrante do processo e que a natureza, sabendo o que faz, tem uma razão para expor o bébé ao complexo e delicado cocktail hormonal de um parto fisiológico. Ninguém sabe as consequências de interferir nesse processo - e o pior é que ninguém sabe muito bem como as medir! Pela minha parte, prefiro não arriscar e respeitar algo que funciona há séculos. Quando tem de ser, tem de ser, claro, isso ninguém mete em causa. Mas qundo não tem de ser, perfiro seguir a fisiologia. E já agora, receber todos os benefícios não-clínicos também.



                    5) A minha experiência pessoal

                    Posto este testamento todo, deixo aqui a minha experiência pessoal. Eu tenho duas filhas, ambas nascidas antes de ser doula e de saber o que sei (era uma ignorante tal, que hoje até me faz aflição, apesar de na altura sentir que estava bem informada). Ambas nasceram de parto vaginal, sem epidural. Da mais velha, dei entrada no hospital de madrugada pouco tempo depois do anestesista ter feito uma ronda, de modo que fiquei à espera. E com essa espera fiz a dilatação toda (sem um ai, diga-se de passagem, não porque eu sou muito forte, mas apenas porque não sou uma pessoal muito vocal). Da segunda, apenas pensei que se tinha conseguida da 1ª vez, também o conseguiria da segunda, e lá o fiz. Agora, uma coisa tive, que foi muito bom e inesperado, principalmente no 1º parto, que foi uma sensação enorme de pertença às minhas antepassadas - a sensção de ter conseguido, de ter passado pelo mesmo, de agora pertencer ao clube da mulher que pariu a mulher que pariu a mulher que pariu a minha avó que pariu a minha mãe que me pariu a mim. Percebem? Um sentimento de conquista, de vitória, de força de fêmea. O parto pode ser tudo, isto, mas mais dificilmente o é com epidural.



                    Bjs
                    [hr]Sara - Mãe, Doula, Educadora Perinatal, Conselheira em Aleitamento Materno pela OMS/UNICEF e directora da Baby Signs Portugal - ufa!

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                    • #70
                      RE: Epidural: sim ou não??

                      Desculpem, mas como é que se pode insinuar, ou afirmar, que quem tem um filho com epidural não sabe o que é ser mãe?!!!

                      Fundamentalismos e mentalidades fechadas, obstruídas e fixas numa só ideia (não à epidural, não à epidural) estão no mesmo patamar de quem marca uma cesariana sem indicação médica só porque não quer ter dor... Mas são opções de mulheres adultas e como tal devem ser respeitadas, a responsabilidade é delas. Do mesmo modo quem opta pela epidural está a exercer um direito que lhe assiste e era o que faltava que fosse menos mãe por isso!!!

                      A ideia deste tópico, já reforçada mais do que uma vez, era ouvir os relatos e experiências das mães. Acho que as respostas se desviaram...

                      É a MÃE que no momento do parto pode e deve escolher o que pretende e ter a liberdade de alterar as suas decisões de acordo com a evolução do parto. As mulheres são todas diferentes, os partos diferentes, as dores diferentes - comparações não levam a lado nenhum.

                      Mas, também lhes digo que se as decisões das mães estiverem a pôr em risco o filho, acho que os médicos devem intervir. Conheço um caso próximo de alguém que recusou terminantemente a epidural e chegou ao período expulsivo sem forças. A criança acabou por nascer com forceps e ela foi toda rasgada, mas o bebé esteve algum tempo sem oxigénio. As consequências ...

                      As ideias pré-definidas sempre me fizeram confusão em tudo, a vida não é como a planeamos, muda constantemente e nós também temos de mudar. A intransigência não leva a lado nenhum.

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                      • #71
                        RE: Epidural: sim ou não??

                        anacac (24-06-2009)Desculpem, mas como é que se pode insinuar, ou afirmar, que quem tem um filho com epidural não sabe o que é ser mãe?!!!


                        Quem é que disse isso?



                        Bjs
                        [hr]Sara - Mãe, Doula, Educadora Perinatal, Conselheira em Aleitamento Materno pela OMS/UNICEF e directora da Baby Signs Portugal - ufa!

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                        • #72
                          RE: Epidural: sim ou não??

                          É verdade que este tópico era para opinar sobre a epidural, e foi o que as pessoas fizeram. Umas mães levaram epidural e falaram e outras não levaram e falaram também.

                          Quanto a mim só tenho mais uma coisa a dizer e é sobre a dor (e não sei se direi algo de novo depois do que a Sara falou). Para mim a dor, a dor do parto é boa, é uma dor guia (como disse outra doula noutro contexto) logo não é dor. Dor é perder alguém que amamos ou perdermo-nos. A dor física é apenas uma passagem sendo que a dor psicológica é bem pior.

                          Comentar


                          • #73
                            RE: Epidural: sim ou não??

                            Dulsa (24-06-2009)É verdade que este tópico era para opinar sobre a epidural, e foi o que as pessoas fizeram. Umas mães levaram epidural e falaram e outras não levaram e falaram também.



                            Quanto a mim só tenho mais uma coisa a dizer e é sobre a dor (e não sei se direi algo de novo depois do que a Sara falou). Para mim a dor, a dor do parto é boa, é uma dor guia (como disse outra doula noutro contexto) logo não é dor. Dor é perder alguém que amamos ou perdermo-nos. A dor física é apenas uma passagem sendo que a dor psicológica é bem pior.


                            Não discordo que seja uma dor guia mas estive tantas horas com "dor guia" e sem contracções eficazes que quando cheguei à hora H estava exausta e vi-me à rasca para fazer força e só queria que me deixassem em paz. É claro que depois dela nascer não pude descansar e os primeiros dias foram muito complicados porque estava verdadeiramente exausta. Acho que a epidural teria sido boa pelo menos para descansar o espírito. Estive tanto tempo com dores que estava quase a "quebrar" psicologicamente. Ainda andei uns bons tempos sem conseguir dormir a pensar naquilo...

                            E sei bem, por experiência própria, o que é perder alguém bem próximo e por isso sei que é importante estarmos bem física e psicologicamente para cuidar dos outros, em particular do nosso bebé.
                            2 filhotes lindos

                            Comentar


                            • #74
                              RE: Epidural: sim ou não??

                              Percebem? Um sentimento de conquista, de vitória, de força de fêmea. O parto pode ser tudo, isto, mas mais dificilmente o é com epidural.


                              Percebo perfeitamente esse sentimento... nunca me senti tão perto da minha condição de mamífero fêmea, como do dia em que o Pedro nasceu... nunca me senti tão mulher, tão animal, tão instintiva, tão certa ter encontrado a razão da minha existência, tão vitoriosa e orgulhosa ...



                              Só não percebo porque dizes que não sentirias os mesmo se tivesses levado a epidural?

                              Será a dor assim tão importante para te sentires fêmea? No meu caso não foi..

                              Serão os rituais ancestrais de passagem, assim tão importantes... A mim não me parece, afinal acabámos por considerar a maioria deles verdadeiras atrocidades...

                              ... no entanto cada um é como cada qual..



                              Beijinhos

                              Comentar


                              • #75
                                RE: Epidural: sim ou não??

                                CarlaGV (24-06-2009)
                                Percebem? Um sentimento de conquista, de vitória, de força de fêmea. O parto pode ser tudo, isto, mas mais dificilmente o é com epidural.






                                Percebo perfeitamente esse sentimento... nunca me senti tão perto da minha condição de mamífero fêmea, como do dia em que o Pedro nasceu... nunca me senti tão mulher, tão animal, tão instintiva, tão certa ter encontrado a razão da minha existência, tão vitoriosa e orgulhosa ...







                                Só não percebo porque dizes que não sentirias os mesmo se tivesses levado a epidural?



                                Será a dor assim tão importante para te sentires fêmea? No meu caso não foi..



                                Serão os rituais ancestrais de passagem, assim tão importantes... A mim não me parece, afinal acabámos por considerar a maioria deles verdadeiras atrocidades...



                                ... no entanto cada um é como cada qual..







                                Beijinhos


                                eu acho que quando aqui se fala na dor do parto, e de que pode ser ultrapassada sem epidural, estamos a falar duma dor que a mãe controla, de uma dor suportavel, que é por fim uma dor boa...

                                Não estamos a falar de quando a mãe se descontrola, e não consegue sentir mais nada que não a dor e não consegue pensar e reagir para além da dor... nestes casos ainda bem que há epidural porque ninguém merece um parto assim.

                                Eu só quis dizer que da minha experiência será mais fácil haver um parto com epidural se houver dilatação com oxicitocina. novamente porque a dor é mais e mais forte, e que se o parto ocorrer de forma mais natural, a mãe sentirá menos necessidade de epidural...
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