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Finalmente o relato do meu parto - HGO

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  • #31
    Todos os funcionários publicos são obrigados a identificarem-se.
    Além disso existe uma escala de serviço e bastando fazer a reclamação, inevitavelmente, quem recebe a queixa tem que consultar, na escala, quem estava de serviço, identifica-o na resposta.
    É assim que se passa onde trabalho e é assim que deve ser.

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    • #32
      Inserido Inicialmente por Mimocas Ver Mensagem
      Todos os funcionários publicos são obrigados a identificarem-se.
      Além disso existe uma escala de serviço e bastando fazer a reclamação, inevitavelmente, quem recebe a queixa tem que consultar, na escala, quem estava de serviço, identifica-o na resposta.
      É assim que se passa onde trabalho e é assim que deve ser.
      Então 1º fazemos a reclamação e depois é que sabemos o nome da pessoa? E se o nome for um nome abundante como Maria e houver 2 ou 3 de serviço naquele dia àquela hora? Não me parece seguro fazer uma reclamação apenas com o 1º nome.
      Não tenho dúvida nenhuma de que o médico fosse identificado mas imagino muito bem que se gerasse uma confusão propositada para o proteger. Posso parecer exagerada a algumas de vós mas depois de me entregarem o meu relatório clínico rasurado acho que já tive provas suficientes de má fé.
      . . . .

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      • #33
        Ola!

        Fazes a queixa contra o "funcionario" do hospital identificado no teu processo como "Dr xpto". E juntas o facto da copia do teu processo de ter sido dada rasurada e os registos nao estarem completos. Tu nao tens de saber quem ele é. Tu pensas que seja medico mas em algum momento ele se indentificou como tal? a gente ve as batas e confia mas ate podia ser o porteiro. E contacta a ordem dos medicos para saber como por uma queixa la.

        Beijinhos
        Rute

        O meu parto de 14 dias
        Bebes e Mamas marcianas de 2008
        Foram 25 meses, 2 semanas e 4 dias de maminha com muito amor (mamou a ultima vez a 22 de Abril 2010). CIA congénita, encerrada por cateterismo aos 4 anos e 5 meses.
        CIA congénita... Um operado, outro à espera que feche...

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        • #34
          Inserido Inicialmente por rbalmeid Ver Mensagem
          Ola!

          Fazes a queixa contra o "funcionario" do hospital identificado no teu processo como "Dr xpto". E juntas o facto da copia do teu processo de ter sido dada rasurada e os registos nao estarem completos. Tu nao tens de saber quem ele é. Tu pensas que seja medico mas em algum momento ele se indentificou como tal? a gente ve as batas e confia mas ate podia ser o porteiro. E contacta a ordem dos medicos para saber como por uma queixa la.

          Beijinhos
          Rute
          Concordo com a Rute.
          Colocares ou não o nome do médico na reclamação, não torna a reclamação mais ou menos importante. Eles tem sempre que averiguar quem estava naquele dia e aquela hora de serviço e na resposta, que tens que ter, virá o nome da pessoa em questão.

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          • #35
            Minha querida: até me vieram as lágrimas aos olhos. Como é possível?????? Isto revolta-me profundamente. Qual é a necessidade de agir assim, de ser tão insensível? Estou sem palavras. Reclama, exige os teus direitos.

            Parabéns pela princesa LINDA, e tudo de bom.


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            • #36
              Inserido Inicialmente por rbalmeid Ver Mensagem
              Ola!

              Fazes a queixa contra o "funcionario" do hospital identificado no teu processo como "Dr xpto". E juntas o facto da copia do teu processo de ter sido dada rasurada e os registos nao estarem completos. Tu nao tens de saber quem ele é. Tu pensas que seja medico mas em algum momento ele se indentificou como tal? a gente ve as batas e confia mas ate podia ser o porteiro. E contacta a ordem dos medicos para saber como por uma queixa la.

              Beijinhos
              Rute
              Concordo a 100% com a Rute. Eles deveriam obrigatoriamente andar todos identificados. Eu trabalho num serviço publico, não tenho contactos com o exterior e mesmo assim tenho de andar sempre com a identificação visivel, caso contrario posso ter um processo disciplinar. Eu tive esta dificuldade no Hospital onde tive o meu bebé, auxilares, médicos e enfermeiros vestiam-se de igual, sem identificação, nunca sabia com quem estava a falar, ou quem estava a fazer a intervenção, podia bem ser o porteiro...


              29/Setembro/2009 - O João António nasceu às 37s+5d, com 2,010kg e 43cm

              18/Outubro/2011 - Adeus estrelinha... viveste 8 semanas, 13 semanas comigo...


              Sócia nº 28
              CAM UNICEF/OMS

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              • #37
                Bug, estou sem palavras, que horror é muito triste, ver o dia mais feliz da nossa vida, trasformado num pesadelo
                Eu sou muito sincera, no teu lugar procurava um advogado e ia para tribunal. É inadmissivel o que te fizeram passar e o que com certeza ainda passas, um dia tão importante deve ser reelembrado pelos melhores motivos, e não pela brutalidade descrita no teu relato.
                Espero que quem te fez passar por isso, pague caro, mas bem caro mesmo.
                Um grande bjinho




                Madrinha querida Caty80
                Madrilhada fofucha Julit

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                • #38
                  Inserido Inicialmente por Bug Ver Mensagem
                  O dia do meu parto assombra-me todos os dias desde que ele aconteceu... Ainda nesta última noite acordei às 4h00 para tratar da minha bebé e, a seguir, desatei a chorar sem conseguir dormir mais. É como se o meu parto fosse um filme de terror que se repete na minha cabeça sempre que fecho os olhos.
                  Eu venho de uma família numerosa nas gerações que me antecedem. Ao longo da minha juventude sempre ouvi relatos de partos, que foram pouco ou nada intervencionados (porque assim era o hábito). Elas têm sempre um brilhozinho nos olhos e dizem que foram os dias mais felizes das vidas delas. Talvez por isto eu considero que fui com uma atitude realista para o meu parto mas nunca o receei.

                  Em contraste, o dia do nascimento da minha bebé foi dos dias em que me senti mais humilhada e desrespeitada em toda a minha vida.

                  Eu acredito na boa intenção das pessoas. Fiz um plano de parto em que não escrevi muito porque achei que escrever coisas como reduzir o nº de toques ao mínimo possível seria ofensivo para os profissionais que o lessem que, com certeza, não se divertem profundamente a cada toque que fazem por isso eu não tinha motivo para me preocupar com isso (pensava eu!). De qualquer forma, o meu plano de parto ficou sem efeito porque eu enviei-o na véspera de ir para a maternidade (o meu parto foi prematuro) pensando que o estava a enviar com antecedência. Enquanto eu lá estive e pedi algumas coisas ABSOLUTAMENTE NADA dos meus pedidos foi considerado e, curiosamente, quando eu recebi a resposta ao plano (já estava em casa com a minha bebé) foi-me respondido que todo o meu plano era possível.

                  Dia 23 de Setembro pelas 20h00 comentei com o meu marido que desconfiava que tinha uma ruptura na bolsa. Olhámos mil e uma vezes para as cuecas sem ter a certeza se seria suor ou se era mesmo uma ruptura. Liguei para a Saúde 24 e pelas 22h00 chegámos ao HGO. A médica das urgências fez-me uma ecografia e disse: "Ruptura de bolsa? O seu bebé está todo contente a nadar em tanto líquido! A bolsa não está rota." Entretanto, ia fazer-me um toque de observação e chamou uma colega: "Olha, afinal parece mesmo que tem uma ruptura, o que achas?" E lá concluíram que tinha mesmo Era pequenina e alta por isso do mal o menos... A médica já nem fez o toque porque disse que não queria mexer-me muito para não estimular o parto uma vez que eu estava de 33 semanas. Fez-me outra eco para ver se eu tinha dilatação e não tinha. Foi-me explicado que eu ia ser levada para o internamento das grávidas e iam manter-me deitadinha a antibiótico, já sabia que não tinha infecção (fizeram-me análises) mas tínhamos que prevenir. Fui ter com o meu marido, dei-lhe todos os meus pertences (como me disseram) e disse-lhe para voltar no dia seguinte à hora da visita. Mal ele se foi embora, a médica disse-me que iam colocar-me na sala de dilatação do bloco de partos, ligada ao CTG para fazer uma avaliação melhor antes de me porem no internamento. E lá fui eu para o bloco...

                  Passei lá a noite inteira. Pedi para comer mas recusaram-se a dar-me o que fosse. Eu sabia que estava com hipoglicémia porque foi um problema que me acompanhou toda a gravidez. Antes de saber que estava grávida já me levantava de noite com uma vontade "cega" de comer e a única noite da gravidez que passei em jejum foi precisamente aquela. Quando falei com a enfermeira sobre isto é que ela foi ver as análises e disse: "Realmente não pode estar assim." E pôs-me um soro mais glicosado. E se eu não lhe tivesse dito nada??? Entretanto fecharam a porta da sala para eu e outra senhora conseguirmos dormir mas começámos a congelar com o ar condicionado. As campainhas por cima das camas estavam avariadas. Como estávamos imobilizadas pelo soro e pelo CTG e com a porta fechada tivemos que ir gelando... Sem conseguir dormir (quem conseguiria?) pensei sobre os acontecimentos e invadiu-me uma profunda tristeza.
                  As horas foram passando e, pelas 8h da manhã chega uma amiga que é enfermeira noutra área do hospital e tinha andado à minha procura porque o meu marido disse-lhe que eu estava lá internada. “Queres que lhe telefone a dizer que estás no bloco de partos?” perguntou ela. Claro que queria, não tinha forma de o contactar. Ainda bem que ela telefonou…

                  Pelas 8h30 (após a mudança de turno) vem o médico chefe de equipa avaliar-me e disse-me que o CTG estava despreocupante e eu ia sair dali para o internamento. Eu perguntei se não ia tomar pequeno-almoço e ele ficou muito admirado por eu não ter comido e mandou que me fossem buscar comida. Comi tudinho mesmo sem me apetecer metade, com medo de não voltar a ter oportunidade.
                  Entretanto 3 ou 4 pessoas diferentes fizeram-me toques. Eu não disse nada. Sentia-me triste, desamparada, pequenina,… Até que vem um médico que me faz um toque que não foi de observação. Começa a magoar-me imenso e eu recuei, ele agarrou-me numa perna com uma mão e continuou com a outra. Quando ele acabou eu fiquei esvaída em sangue (ainda não tinha deitado uma gota). Fiquei chorar, a olhar para o sangue todo por baixo de mim sem reacção. Ele voltou atrás e disse-me para não me preocupar, que o sangramento se devia ao toque (!!!!). Ainda sem reacção para mais, pedi-lhe para me ajudar a vestir as cuecas ao que me respondeu que não valia a pena. Mandou mudar o resguardo por baixo de mim e segurar um penso com as pernas. As águas rebentaram alguns minutos depois.

                  A maca para me levarem para o internamento foi levada de volta. Eu já não ia sair dali.
                  Na hora seguinte assisti a um parto ali na sala de dilatação. Não sei porque é que o fizeram ali. A mãe foi maltratada por ter defecado durante o parto. Eu só chorava a pensar que a seguir era eu.
                  Perguntei a uma enfermeira porque é que eu não tinha levado a injecção de maturação pulmunar uma vez que a bebé ia nascer de 33 semanas. Ela foi perguntar a outra enfermeira que lhe respondeu: “Não sei, porque decidiram não dar. Essa andou a ler demais.”.
                  Pelas 12h chega o mau marido e deixaram-no entrar para a sala de dilatação a pedido especial da minha amiga. O parto continuou a desenrolar-se. Tive vontade de vomitar e pedi à enfermeira que me desse, depressa, um saco. E ela perguntou-me se eu a estava a mandar trabalhar depressa, eu ainda pedi desculpa e respondi que estava aflita. Hoje arrependo-me de lhe ter pedido desculpa e acho que ela merecia era que eu vomitasse para o chão. As outras parturientes que lá estavam na dilatação a assistir a isto também devem ter começado a entrar em pânico, só me levaram para a sala de parto uns 20 minutos antes de a bebé nascer, pelas 15h20.
                  Entretanto pedi para não me oferecerem mais a epidural, foi o mesmo que nada, estavam constantemente a perguntar-me se tinha a certeza.

                  Quando cheguei à sala de partos, estava à minha espera o médico do relatado toque. Eu não queria acreditar em tão pouca sorte! Eu não escondi o meu desagrado ao vê-lo e ele também não estava de boa vontade. Eu estava de cócoras na cama. Ele perguntou que posição era aquela e ordenou-me que me pusesse de barriga para cima. Eu pedi para não ter que ficar a passar o tempo de barriga para cima e ele respondeu-me que era a posição de nascer, agarrou-me numa perna e puxou-me para ficar deitada. Mandou a enfermeira fazer força a minha barriga. Eu empurrei-a e disse que quem paria era eu!
                  Nisto vem outra médica substituir aquele médico porque estávamos numa discussão pegada. Vi-a pôr a mão e perguntei-lhe se já sentia a cabeça da bebé. Ela riu-se e disse-me que já via o cabelo. Era o que eu precisava de ouvir!! A seguir a isto a minha filha nasceu em menos de nada. Chegaram-na perto de mim para lhe dar um beijinho e levaram-na porque estava com dificuldade respiratória.
                  A médica começou ao puxão à placenta e aos solavancos à minha barriga imediatamente após a bebé nascer. Ainda perguntei se ela não podia aguardar um pouco a ver se se soltava melhor ao que me respondeu que era mesmo assim e eu tinha andado a ler demais. A placenta lá saiu…
                  Por fim, esta médica perguntou ao 1º médico se ele ia dar pontos, ele olhou e disse que não era necessário, então ela própria se encarregou de me dar 4 pontos. (Afinal era preciso ou não?)

                  Passadas umas horas fui ver a minha filha aos cuidados intensivos da neonatologia. Disseram-me que nunca tinha entrado em sofrimento fetal mas estava com dificuldade respiratória devido à prematuridade. Tinha 1930gr, estava toda ligada e tinha o nariz inchado do ventilador. Tinha um aspecto muito diferente do que eu tinha imaginado ao longo da gravidez mas era a minha bebé e achei-a linda.
                  Ficou internada 19 dias. Chorei muito por querer pô-la de volta na minha barriga e não ter como.
                  Hoje, a bebé está bem. Eu fiquei com restos placentários.

                  Penso muito neste dia porque estou convicta de que a minha filha não tinha nascido naquele dia se não fosse o toque daquele médico. Gostava de perceber o motivo, mas não percebo. Assim como não sei porque é que não me deram a injecção de corticóides, etc… Pedi o meu processo clínico, tem muitas omissões, muitas rasuras, coisas por preencher e, curiosamente, não vem o apelido do tal médico.
                  Estou completamente atónita! Até chorar eu chorei... Fez-me lembrar um campo de concentração em várias partes.
                  Leste muito? Ainda bem! Assim soubeste detectar o que estava certo e errado....
                  Muita força e faz o que for necessário para que esses canalhas sofram na pele um castigo... mas que raio... devem pensar que somos animais.

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                  • #39
                    olá BUG, nem sei que diga...fiquei revoltada com tudo o que te aconteceu!!! Parir no hospital faz-nos sentir humilhadas!! Vem um mexe, vem outro manda-nos calar, vem outro pergunta se não temos vergonha...enfim. Raça de médicos (deviam fazer um estágio com veterinários, tratam melhor os animais que as pessoas) que só sabem cumprir o regulamento, não sabem respeitar os ritmos naturais de quem está a parir! è nestas alturas que me sinto abençoada pela natureza, tenho partos muito rápidos, os meus dois primeiros partos foram no hospital, claro que tenho queixas também, mas faço por as esquecer...especialmente a episiotomia, que brutalidade ultrapassada mas que os nossos médicos não conseguem deixar de fazer pois está no regulamento, em Dezembro tive a minha 3ª filha que por sorte nasceu na ambulância, quando cheguei ao hospital ela já estava mesmo a sair...em conversa com o médico obstetra, enquanto me observava, não rasguei, logo nem tive de ser cozida, eu comentei a minha sorte que tinha tido, e ele diz-me, se tivesse chegado a tempo tinha sido cortada, eu não arrisco o meu contrato não cumprindo o regulamento até me arrepiei. Assim que a bebé nasceu eu fiquei super bem, não tem nada a ver com partos com episiotomia, no dia seguinte sempre que eu via as outras mulheres agarradas á parede e a andar todas tortas e cheias de dores, ainda me sentia mais grata á natureza. Qual a necessidade de mutilar todas as mulheres? Nem todas necessitam. Não li as respostas todas, já fizeste queixa?
                    Um beijo grande para ti
                    Ultima edição por BekaBeka; 28-05-2011, 10:40.

                    Comentar


                    • #40
                      BUG antes demais quero dizer-te que além da queixa que deves sim apresentar, há uma outra questão que só o tempo se vai encarregar de amenizar. O meu filho já te 4 anos e 4 meses, nasceu a beirar as 37 semanas. Eu costumo dizer que o meu parto foi digno de um filme de terror por todo o sofrimento que tive, pelo arrastar das horas e por o meu filho ter nascido desanimado já. No entanto apesar de todos os pesares eu fui sim muito bem acompanhada, mas realmente as enfermeiras nºao podiam fazer mais por mim do que o que fizeram. passando a parte das horas que tive em trabalho de parto sem conseguir fazê-lo nascer e saltando directamente para a hora que as coisas se desenrolaram, hoje passado 4 anos o que me lembro bem foi da calma da enfermeira que me disse, mãe eu vou lá fora ver as outras mães, está tudo bem eu volto já se precisar chame, ela não demorou nem dois minutos a entrar na sala com uma batalhão de médicos inluindo pediatra para me fazerem o parto naquela hora. Eu já estava a oxigênio à umas horas, o ctg não parava de apitar e curiosamente no meio de tanta dor e sofrimento eu nem racicionava já direito para não me ter feito valer de tudo o que li, sim eu li bastante, informei-me de tudo e na hora eu não consegui perceber que o meu filho estava em sofrimento. Ele lá nasceu com ventosa e eu com um belo mas belo corte mesmo. Ele ou nascia nessa hora ou seria cesariana e pior cesariana como se a epidural "não pegou" como é que me iam cortar se a anestesia não fazia efeito? A minha placenta também rasgou mas como te digo tive todo um bom acompanhamento, as enfermeiras duas, a Graça e a Carla foram incansáveis no meu bem estar, mas as coisas estavam destinadas a serem dificeis e assim foram, mas no fim, no fim mesmo de tudo isso não importa nada, porque o meu filho nasceu, é saudável e enche-me de alegria à 4 anos. E tu verás que com o tempo essa dor vai passar, não tens porque te agarrar a esse sofrimento todo, o parto assim como a gravidez é só um meio para atingir um fim que é ser mãe, e isso tu já conseguiste, então o que importa se foi mau? nada, o fim foi atingido. Agora no teu caso com tanta negligência importa sim reclamar mas não para te aliviar e sim para evitar que outras mães passem pelo mesmo e sobretudo que nenhuma delas não tenha a tua sorte de no fim até ter corrido tudo bem. Para perceberes como o tempo apaga tudo eu estou neste momento a tentar engravidar de novo, e quando resolvi ter outro filho e falei com o meu marido sobre o tema ele muito sério (de quem acompanhou todo o terror de perto) pergunta-me como eu tenho coragem de ter outro filho depois de quase ter batido a bota no primeiro e a minha resposta é em tom de brincadeira, se não morri no primeiro não é o segundo que me vai derrubar.

                      Dá tempo ao tempo e agarra-te ao que é precioso, um parto é só um parto.

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                      • #41
                        Ola Bug

                        Venho cá dizer que sei bem o que sentes porque tambem o vivi na pele. Nao nesse hospital, o meu parto foi no HSFX, ha 4 anos... conheço táo bem esse sentimento de abandono, de vazio, de humilhaçao, de ter perdido o momento mais feliz na vida... eu tambem vomitei, tambem fui mal tratada e desrespeitada. Tambem fui dilacerada com toques que me reviraram as entranhas e ainda fui repreendida por me mexer na cama... ate murros na barriga levei depois de fazer uma cesariana!... enfim, quero apenas te dizer que foste mais esperta que eu, em estares a tomar uma atitude agora, tanto em te juntares a um grupo de apoio, como a procurar responsaveis. Eu fiquei no meu canto quieta, a curtir a minha depressao pós parto. Graças a Deus o teu bebe está bem e vai ser uma grande força para esqueceres tudo.

                        beijinho

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                        • #42
                          Ah queria dizer mais uma coisa: sinto no teu discurso mágoa até por na altura nao teres tido uma atitude, nao teres por exemplo questionado porque te forçaram o parto quando outros medicos tinham dito que ficavas internada... pois eu tambem sinto uma certa revolta de mim mesma com varias coisas que NAO fiz: por exemplo, quando me destrataram devia ter posto a cabra da enfermeira no lugar dela; devia ter ligado à minha obstetra e nem me lembrei (incrivel, nao e? estive 20 horas deitada e nunca me lembrei disto!) e devia ter gritado com dores e imposto que me ajudassem,quando na realidade fiquei quietinha, bem comportadinha... enfim

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                          • #43
                            Muito obrigada a todas pelas vossas palavras.

                            Eu ainda não fiz queixa. Há dias em que me sinto predisposta a agir, nesses dias vou buscar o processo, reúno + papelada, escrevo mails e faço telefonemas a obter informações,... Entretanto há outros em que me apetece evitar o assunto e paro por uns tempos. Sei que não tenho prazo para apresentar a queixa. Hei-de apresentá-la brevemente.

                            Realmente fiquei com uma péssima ideia do procedimento hospitalar. E, já que a BekaBeka falou em animais, já pensei várias vezes que tenho muita inveja de alguns primatas que já vi, em filmagens, parir nos zoológicos. Existem médicos veterinádios "de olho" mas que não intervêm a não ser que haja necessidade. Era o meu parto de sonho! Ter um profissional que só agisse me caso de alguma coisa estar a correr mal, de resto, podia estar a um cantinho do quarto, sentado a ler uma revista. Mas eles não resistem...

                            Admiro quem parte para uma nova gravidez depois de uma experiência traumática. sojo, votos de um parto que recordes com alegria. Eu quero partir para outra, daqui a uns anos. Mas só se me sentir certa que que não volto a ser desrespeitada. Que não fazem o que lhes apetecer sem acharem que me devem 1 min de explicação (que chatice esta mania de agora andarmos a ler durante a gravidez!). Que não fico a passar frio, fome e a ser violada com brutalidade pelas mãos de todos.

                            Um parto remete à nossa intimidade. Um parto que corre mal não tem o mesmo impacto psicológico do que uma intervenção numa outra qualquer parte do corpo.

                            deinhac, não há um tempo limite para procurar apoio. Se ainda sentires que te pode ajudar, então ainda estás a tempo. Claro que sentimos mágoa. Eu sinto que fui má mãe para a minha filha porque, no meu caso, aquilo a que me sujeitei resultou no nascimento prematuro dela. Todos os dias penso no que poderia ter dito, no que poderia ter feito diferente.

                            Beijinhos a todas.
                            Ultima edição por Bug; 10-06-2011, 10:27.
                            . . . .

                            Comentar


                            • #44
                              Bom, hoje o dia foi difícil.

                              Após contactos com o HGO fui convidada a reunir-me com a directora do serviço de obstetricia com intenção de discutir alguns procedimentos adoptados durante o meu parto. Foram 3h30min de debate. Acho que saí de lá mais magra, lol.

                              No final, o balanço é complicado de fazer... Se valeu a pena, é uma pergunta cuja resposta muda consoante o ponto de vista. Claro que nada altera o passado e o que foi mal feito. Mas havia uma indignação entalada na garganta, um murro na mesa por dar, uma necessidade de discutir as coisas em circunstância mais justa. Isso ficou, hoje, resolvido.

                              O próximo passo é a queixa formal.

                              O último há-de ser deitar-me na cama, ter o sono dos justos e, quem sabe, sonhar. Sonhar que um dia consigo prosseguir com o meu projecto de avançar para outra gravidez, sem ficar condicionada pelo passado.

                              Beijinhos
                              . . . .

                              Comentar


                              • #45
                                Querida BUG,
                                Não tenho vindo aqui, e só agora é que vi a mensagem recente que escreveste no teu tópico... E que mensagem...! À medida que ia lendo, ia ficando cada vez mais em suspense com o que ias escrever a seguir...
                                Achas que para eles adiantou alguma coisa o que disseste? Deram-te rezão? Arranjaram "desculpas"?
                                Bolas... 3h30 de conversa foi mta tempo...
                                Foste sozinha?
                                Gostava de saber mais, qual foi a posição deles fase ao que tu disseste... se não é ser abelhuda demais (se for, desculpa a minha invasão no teu espaço...).
                                Disseste que o proximo passo é fazeres queixa... Queixa como? No livro de reclamações? No tribunal?
                                Desculpa se ja tou a fazer perguntas a mais... mas o teu caso interessa-me...
                                Mtos bjs para ti e força nina! O que interessa é ficares bem ctg própria...
                                Madrinhas lindas: Piriqu1ta / Anjodiogo / Bonekinha79 :sunny: POSITIVO a 09/05/2009 :banana: / mapm :sunny: POSITIVO :banana: / PinkPanter / Mamy_flower / sunset0206 :sunny: POSITIVO e já com o seu bebé Henrique nos braços MTOS PARABÉNS!:banana:



                                Madrilhada: Sonya Carmo / Jão / Sofiaptm / Lennita

                                Afilhadas queridas: Totissa / sora21



                                Fevereiro de 2008: fui à GO e parei de tomar a pilula

                                Março de 2008: Tudo bem com os exames e sinal verde para engravidar

                                Junho de 2008: inicio dos treinos :love2:

                                Agosto de 2009: fui à GO. Repetição de testes e inicio de Utrogestan (apenas durante 1 ciclo)

                                Setembro de 2009: Espermograma do marido detectou astenoteratozoospermia :-(

                                Setembro de 2009: Inscrição no HSM e MAC para consulta de infertilidade. Consulta de homeopatia com Dra. Manuela Morgado e inicio de tratamento homeopático.

                                Dezembro de 2009: 1ª consulta de infertilidade na MAC

                                POSITIVO A 24-12-2009!!!! :banana:



                                Com a nossa corrente positiva, todas iremos conseguir Estou com vocês amigas, agora e sempre... :friends: :smooch:



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