Passados 10 meses e meio cá estou eu para vos contar como foi o meu parto!
Tudo começou na madrugada do dia 20 de Agosto começo com uma espécie de cólicas, uma vontade de fazer cocó… Levantei-me, fui á casa-de-banho, mas não saiu nada. Voltei para a cama e não liguei. Passei a noite nisto, mas nunca pensando que seriam contracções, até pq elas começaram logo de 5 em 5 minutos ou de 10 em 10, não eram nada regulares e a intensidade não era mto forte nem ia aumentando, o contrário do que aprendemos nos livros sobre o inicio das contracções do parto!
O meu marido foi trabalhar e eu fiquei sozinha em casa. Já pela manhã, tornei a ir à casa-de-banho e noto que começou a sair o rolhão. Liguei para a minha médica. Ela disse para não me assustar pq o rolhão pode sair dias antes do parto e eu podia tar assim devido a algum esforço que tivesse feito. Sugeriu que ficasse de repouso, para ver se conseguíamos aguentar até domingo (era 6ª), dia em que ela tava de serviço no HGO, mas se as dores começassem a apertar, para ir às urgências.
Qdo fui para a cama, as contracções espaçaram, mas depois, ora ficavam mais espaçadas, ora menos espaçadas, e à tarde, começaram a aumentar de intensidade…
Qdo o meu marido chegou, por volta das 19h, eu tava na cama. Foi só ele chegar ao pé de mim, que as dores começaram a vir mais ou menos de 5 em 5 minutos e mto fortes. Eu até tinha medo de me mexer, pois se me mexesse, elas apareciam de novo. Fui à casa-de banho e quando voltei, o meu marido notou que eu tava a sangrar e disse para irmos já para o hospital, pois ele não tinha jeito nenhum para parteiro...
Quando chegámos lá, fui à recepção dizer que tava com mtas dores e a sangrar. Pensava que ia entrar logo, mas mandaram-me esperar. Para meu espanto, vi pessoas que já lá tavam, com aparente menos gravidade a entrarem primeiro que eu. Ok, que aquilo é uma urgência obstétrica e daí que, em principio, é tudo urgente, mas eu tava a pontos de parir o miúdo, não sabiam que situação era a minha (pois ainda não me tinham avaliado) e mandam-me esperar???
Bem, esperei, esperei. Cada vez eu tava pior.
Ao fim de 1 hora ou mais, lá me chamaram para me observarem. Já eu estava com 4 a 5 dedos de dilatação. Chamei-lhes a atenção que o meu ortopedista tinha sugerido cesariana por causa do estado da minha anca. Apesar de eu ter carta do médico, eles ainda foram ligar para ele para confirmar.
Depois disseram que ia la ficar e mandaram eu ir meter clisters e tomar um duche. Qdo a rapariga me tava a dizer isto e a explicar tudo o que deveria fazer, veiu-me uma grande contracção e encolhi-me toda. Pensava que ela ia parar de falar até eu me sentir melhor para lhe poder dar atenção, mas qual quê, afastou-me o cabelo da cara e continuou a falar, quer eu a tivesse a ouvir ou não. Deixou-me as coisas ali e foi embora.
Quando a contracção passou, lá fui eu para a casa-de-banho a pensar “Estes tipos são doidos. Eu tou aqui sabe Deus como, e ainda me mandam para a casa de banho sozinha… Eu mal me posso mexer e estão a perder este tempo todo…” Mas por incrível que pareça, enquanto estive na casa-de-banho, as dores tiveram controladas e la fiz tudo, sempre mto devagarinho e tentando manter a calma.
Mal saí da casa-de-banho, já com a farda da praxe, e fui ter com o enfermeiro que tava à minha espera para eu assinar burocracias, apareceu uma daquelas contracções, cada vez mais fortes. Quase não me aguentava em pé.
Claro que nem li nada e assinei logo tudo o que ele disse. Depois ele disse-me para irmos avisar o meu marido que tava lá fora. Assim foi. Despedimo-nos, pois como ia ser cesariana, ele não podia entrar e teria de ficar na sala de espera até chegar noticias…
Lá fui a pé com o enfermeiro para o bloco de partos. Depois alguém perguntou se eu já tinha feito o CTG, e como não tinha feito, ainda tive mais uma boa meia hora, ou mais, no CTG. Eu tava a desesperar cada vez mais. Tanto tempo perdido para quem ia fazer uma cesariana…! Pq tanto sofrimento??? Com o tempo todo que já tinha passado, o miúdo já devia tar mesmo quase a nascer…!
As dores já estavam mesmo insuportáveis. Eu gemia um pouco alto, eu que não sou nada dessas coisas e tou mto habituada a controlar a dor à calada…! Agarrava-me aos cabelos numa tentativa de me controlar. Já tava a ter daquelas dores de fazer força. Ainda fiz força para aí umas 3 vezes…! Disse à enfermeira que tava a doer mto e ela disse “É natural, pois tá em trabalho de parto” e foi embora. Olha, que novidade…!!! Tava cada vez mais frustrada… Nunca pensei que com uma cesariana, tivesse de ser sujeita àquilo tudo!!!
Finalmente lá fui para a sala de cesariana. Deitei-me na mesa. Pensam que me deram logo a epidoral? Enganam-se! Acreditam que ainda tiveram a discutir na brincadeira onde é que eu tinha feito os exames (ou tido as consultas, sei la já)? Uns diziam que era num sitio, outros noutro, depois vieram-me perguntar a rir onde é que tinha sido feito, para tirarem as teimas… e eu ali a contorcer-me de dores!!!!
Depois, ainda me trouxeram outro papel com os riscos da epidoral para eu ler e assinar. Sim, sim, ia ler mesmo aquilo naquele momento… Procurei o sitio onde assinar, apoiei o papel na palma da mão e assinei com rabiscos, pois como devem calcular, não dá mto jeito escrever deitada, sem nada para apoiar o papel e com dores de morte…
Finalmente la me deram a bendida epidoral. Qdo a tavam a dar, vieram-me umas quantas contracções e eu avisei, para ver se elas paravam, pois pensei que pudesse ser perigoso elas a darem aquilo, vir uma contracção e eu mexer-me sem querer com as dores. Mas elas não quiseram saber e disseram para eu soprar com força e rápido. Isso ajudou-me.
Qdo a epidoral começou a fazer efeito, parece que tinha caído no Céu! A sensação foi indescritível! Sempre me fez mta impressão a ideia de me meterem algálias, de não sentir as pernas e todas essas coisas, mas naquele momento, nada mais me interessava! As dores tinham desaparecido e eu parece que tava extasiada a curtir uma granda “moca” ahahahah! Nem sei o que isso é, mas imagino eheheheh
O Alexandre saiu da minha barriga em 5 minutos, se tanto (às 22h32). Não o vi, não chorou, mas disseram-me que tava tudo bem. Levaram-no para outra sala,acho eu, pois tinha um pano à frente e não via nada. Ainda ficaram um bocado a tirarem-me a placenta e a cozerem-me. Enquanto isso, o Alexandre ainda foi passear e conhecer o colinho do papá.
Qdo me despacharam, meteram-me no corredor, por acaso, voltada para a parede. Tinha de lá ficar até começar a sentir as pernas. Eu tava bem, tranquila… Daí a um bocado la me trouxeram o Alexandre para mamar. A enfermeira ajudou-me a metê-lo ao peito. Sempre temi mto a amamentação, mas depois dele tar no meu peito, pensei “Ah, afinal é so isto? Então é canja!” Mal sabia eu o que me esperava…!
Daí a cerca de 2 horas, comecei a sentir as pernas e levaram-nos para o quarto. O papá estava no corredor à espera que passássemos.
Quando me deram ordem para levantar, custou-me muito mais do que eu estava à espera. A recuperação não foi fácil…
Tb tive mta dificuldade com a amamentação, pois o leite custava muito a sair, as enfermeiras magoavam-me o peito e isto atingiu o pico ao 3º dia com a subida do leite. O peito ficou em pedra, as enfermeiras levavam-me para as bombas eléctricas e pouco ou nada saia. Tiveram de andar a espremer os peitos mais que uma vez ao dia, o que custava horrores. Eu chorava dia e noite devido a estas torturas todas. Dor e mais dor! Não me sentia bem nem física nem emocionalmente. Quase nem me podia mexer por causa da costura, os peitos naquele estado com elas sempre a massacrarem-me, a transbordar de medos por todo o lado,…
O Alexandre tb chorava cada vez mais. Geralmente, qdo ele vinha ao meu peito, passados uns segundos de meter a boca no peito, tirava logo e chorava. Eu chamava-as para elas me ajudarem, pois eu não sabia o que se passava com ele. Elas vinham, metiam-no ao peito de novo e iam-se embora. Assim que viravam costas, a mesma cena se repetia. Isto vezes sem conta. Até que desisti de as chamar… Em vez de ficarem ali cmg a tentar perceber o que se passava, queriam era despachar-se… E o miúdo com fome, pois o que se tava a passar é que ele não tava a conseguir sugar o leite, pois ele era muito difícil de sair da mama. Talvez fosse devido ao meu nervosismo extremo! E assim sendo, ele irritava-se e chorava…
Se me tivessem dado mais atenção, concerteza que me teriam sugerido consultas de psicologia, pois quando contei o sucedido á minha obstetra, ela disse-me logo “E pq é que não me contactou? Eu encaminhava-a logo para um psicólogo… Não havia necessidade de tar a sofrer dessa maneira…”. Mas na maternidade queriam la saber… Era tudo ao despacha…
Qdo saí da maternidade e fui ao Centro de Saude fazer o teste do pezinho, a enfermeira até se assustou, pois o bebé tinha perdido mto mais peso além daqueles 10% normais que perdem depois de nascer…! Aconselhou a iniciar imediatamente suplemento e deu-me uma lata! Disse ainda que na maternidade não o deviam ter deixado sair sem dar conta disto…! Pois, mas eles querem lá saber…
Não fui maltratada lá, é verdade, mas senti o ambiente sempre muito frio e com muita falta de atenção e disponibilidade para com as mamãs e bebés…
Nesse 1º mês em casa foi horrível. Continuei a chorar bastante, senti-me mais perdida e sozinha que nunca, só me apetecia desaparecer, não sentia nada pelo bebé e afastava-me dele sempre que podia, o meu casamento teve por um fio…
Passado esse mês, mto mas mesmo mto lentamente, fui começando a olhar para o bebé com outros olhos e curiosamente ele tb foi acompanhando o meu ritmo… Á medida que eu me ia sentindo melhor, ele tb ia ficando melhor e menos chorão. A partir daí começou a ser um anjinho autêntico até aos dias de hoje.
Hoje tudo mudou, sou mais agarrada a ele que tudo e acho que já não saberia viver sem o meu pequeno príncipe…
Tudo começou na madrugada do dia 20 de Agosto começo com uma espécie de cólicas, uma vontade de fazer cocó… Levantei-me, fui á casa-de-banho, mas não saiu nada. Voltei para a cama e não liguei. Passei a noite nisto, mas nunca pensando que seriam contracções, até pq elas começaram logo de 5 em 5 minutos ou de 10 em 10, não eram nada regulares e a intensidade não era mto forte nem ia aumentando, o contrário do que aprendemos nos livros sobre o inicio das contracções do parto!
O meu marido foi trabalhar e eu fiquei sozinha em casa. Já pela manhã, tornei a ir à casa-de-banho e noto que começou a sair o rolhão. Liguei para a minha médica. Ela disse para não me assustar pq o rolhão pode sair dias antes do parto e eu podia tar assim devido a algum esforço que tivesse feito. Sugeriu que ficasse de repouso, para ver se conseguíamos aguentar até domingo (era 6ª), dia em que ela tava de serviço no HGO, mas se as dores começassem a apertar, para ir às urgências.
Qdo fui para a cama, as contracções espaçaram, mas depois, ora ficavam mais espaçadas, ora menos espaçadas, e à tarde, começaram a aumentar de intensidade…
Qdo o meu marido chegou, por volta das 19h, eu tava na cama. Foi só ele chegar ao pé de mim, que as dores começaram a vir mais ou menos de 5 em 5 minutos e mto fortes. Eu até tinha medo de me mexer, pois se me mexesse, elas apareciam de novo. Fui à casa-de banho e quando voltei, o meu marido notou que eu tava a sangrar e disse para irmos já para o hospital, pois ele não tinha jeito nenhum para parteiro...
Quando chegámos lá, fui à recepção dizer que tava com mtas dores e a sangrar. Pensava que ia entrar logo, mas mandaram-me esperar. Para meu espanto, vi pessoas que já lá tavam, com aparente menos gravidade a entrarem primeiro que eu. Ok, que aquilo é uma urgência obstétrica e daí que, em principio, é tudo urgente, mas eu tava a pontos de parir o miúdo, não sabiam que situação era a minha (pois ainda não me tinham avaliado) e mandam-me esperar???
Bem, esperei, esperei. Cada vez eu tava pior.
Ao fim de 1 hora ou mais, lá me chamaram para me observarem. Já eu estava com 4 a 5 dedos de dilatação. Chamei-lhes a atenção que o meu ortopedista tinha sugerido cesariana por causa do estado da minha anca. Apesar de eu ter carta do médico, eles ainda foram ligar para ele para confirmar.
Depois disseram que ia la ficar e mandaram eu ir meter clisters e tomar um duche. Qdo a rapariga me tava a dizer isto e a explicar tudo o que deveria fazer, veiu-me uma grande contracção e encolhi-me toda. Pensava que ela ia parar de falar até eu me sentir melhor para lhe poder dar atenção, mas qual quê, afastou-me o cabelo da cara e continuou a falar, quer eu a tivesse a ouvir ou não. Deixou-me as coisas ali e foi embora.
Quando a contracção passou, lá fui eu para a casa-de-banho a pensar “Estes tipos são doidos. Eu tou aqui sabe Deus como, e ainda me mandam para a casa de banho sozinha… Eu mal me posso mexer e estão a perder este tempo todo…” Mas por incrível que pareça, enquanto estive na casa-de-banho, as dores tiveram controladas e la fiz tudo, sempre mto devagarinho e tentando manter a calma.
Mal saí da casa-de-banho, já com a farda da praxe, e fui ter com o enfermeiro que tava à minha espera para eu assinar burocracias, apareceu uma daquelas contracções, cada vez mais fortes. Quase não me aguentava em pé.
Claro que nem li nada e assinei logo tudo o que ele disse. Depois ele disse-me para irmos avisar o meu marido que tava lá fora. Assim foi. Despedimo-nos, pois como ia ser cesariana, ele não podia entrar e teria de ficar na sala de espera até chegar noticias…
Lá fui a pé com o enfermeiro para o bloco de partos. Depois alguém perguntou se eu já tinha feito o CTG, e como não tinha feito, ainda tive mais uma boa meia hora, ou mais, no CTG. Eu tava a desesperar cada vez mais. Tanto tempo perdido para quem ia fazer uma cesariana…! Pq tanto sofrimento??? Com o tempo todo que já tinha passado, o miúdo já devia tar mesmo quase a nascer…!
As dores já estavam mesmo insuportáveis. Eu gemia um pouco alto, eu que não sou nada dessas coisas e tou mto habituada a controlar a dor à calada…! Agarrava-me aos cabelos numa tentativa de me controlar. Já tava a ter daquelas dores de fazer força. Ainda fiz força para aí umas 3 vezes…! Disse à enfermeira que tava a doer mto e ela disse “É natural, pois tá em trabalho de parto” e foi embora. Olha, que novidade…!!! Tava cada vez mais frustrada… Nunca pensei que com uma cesariana, tivesse de ser sujeita àquilo tudo!!!
Finalmente lá fui para a sala de cesariana. Deitei-me na mesa. Pensam que me deram logo a epidoral? Enganam-se! Acreditam que ainda tiveram a discutir na brincadeira onde é que eu tinha feito os exames (ou tido as consultas, sei la já)? Uns diziam que era num sitio, outros noutro, depois vieram-me perguntar a rir onde é que tinha sido feito, para tirarem as teimas… e eu ali a contorcer-me de dores!!!!
Depois, ainda me trouxeram outro papel com os riscos da epidoral para eu ler e assinar. Sim, sim, ia ler mesmo aquilo naquele momento… Procurei o sitio onde assinar, apoiei o papel na palma da mão e assinei com rabiscos, pois como devem calcular, não dá mto jeito escrever deitada, sem nada para apoiar o papel e com dores de morte…
Finalmente la me deram a bendida epidoral. Qdo a tavam a dar, vieram-me umas quantas contracções e eu avisei, para ver se elas paravam, pois pensei que pudesse ser perigoso elas a darem aquilo, vir uma contracção e eu mexer-me sem querer com as dores. Mas elas não quiseram saber e disseram para eu soprar com força e rápido. Isso ajudou-me.
Qdo a epidoral começou a fazer efeito, parece que tinha caído no Céu! A sensação foi indescritível! Sempre me fez mta impressão a ideia de me meterem algálias, de não sentir as pernas e todas essas coisas, mas naquele momento, nada mais me interessava! As dores tinham desaparecido e eu parece que tava extasiada a curtir uma granda “moca” ahahahah! Nem sei o que isso é, mas imagino eheheheh
O Alexandre saiu da minha barriga em 5 minutos, se tanto (às 22h32). Não o vi, não chorou, mas disseram-me que tava tudo bem. Levaram-no para outra sala,acho eu, pois tinha um pano à frente e não via nada. Ainda ficaram um bocado a tirarem-me a placenta e a cozerem-me. Enquanto isso, o Alexandre ainda foi passear e conhecer o colinho do papá.
Qdo me despacharam, meteram-me no corredor, por acaso, voltada para a parede. Tinha de lá ficar até começar a sentir as pernas. Eu tava bem, tranquila… Daí a um bocado la me trouxeram o Alexandre para mamar. A enfermeira ajudou-me a metê-lo ao peito. Sempre temi mto a amamentação, mas depois dele tar no meu peito, pensei “Ah, afinal é so isto? Então é canja!” Mal sabia eu o que me esperava…!
Daí a cerca de 2 horas, comecei a sentir as pernas e levaram-nos para o quarto. O papá estava no corredor à espera que passássemos.
Quando me deram ordem para levantar, custou-me muito mais do que eu estava à espera. A recuperação não foi fácil…
Tb tive mta dificuldade com a amamentação, pois o leite custava muito a sair, as enfermeiras magoavam-me o peito e isto atingiu o pico ao 3º dia com a subida do leite. O peito ficou em pedra, as enfermeiras levavam-me para as bombas eléctricas e pouco ou nada saia. Tiveram de andar a espremer os peitos mais que uma vez ao dia, o que custava horrores. Eu chorava dia e noite devido a estas torturas todas. Dor e mais dor! Não me sentia bem nem física nem emocionalmente. Quase nem me podia mexer por causa da costura, os peitos naquele estado com elas sempre a massacrarem-me, a transbordar de medos por todo o lado,…
O Alexandre tb chorava cada vez mais. Geralmente, qdo ele vinha ao meu peito, passados uns segundos de meter a boca no peito, tirava logo e chorava. Eu chamava-as para elas me ajudarem, pois eu não sabia o que se passava com ele. Elas vinham, metiam-no ao peito de novo e iam-se embora. Assim que viravam costas, a mesma cena se repetia. Isto vezes sem conta. Até que desisti de as chamar… Em vez de ficarem ali cmg a tentar perceber o que se passava, queriam era despachar-se… E o miúdo com fome, pois o que se tava a passar é que ele não tava a conseguir sugar o leite, pois ele era muito difícil de sair da mama. Talvez fosse devido ao meu nervosismo extremo! E assim sendo, ele irritava-se e chorava…
Se me tivessem dado mais atenção, concerteza que me teriam sugerido consultas de psicologia, pois quando contei o sucedido á minha obstetra, ela disse-me logo “E pq é que não me contactou? Eu encaminhava-a logo para um psicólogo… Não havia necessidade de tar a sofrer dessa maneira…”. Mas na maternidade queriam la saber… Era tudo ao despacha…
Qdo saí da maternidade e fui ao Centro de Saude fazer o teste do pezinho, a enfermeira até se assustou, pois o bebé tinha perdido mto mais peso além daqueles 10% normais que perdem depois de nascer…! Aconselhou a iniciar imediatamente suplemento e deu-me uma lata! Disse ainda que na maternidade não o deviam ter deixado sair sem dar conta disto…! Pois, mas eles querem lá saber…
Não fui maltratada lá, é verdade, mas senti o ambiente sempre muito frio e com muita falta de atenção e disponibilidade para com as mamãs e bebés…
Nesse 1º mês em casa foi horrível. Continuei a chorar bastante, senti-me mais perdida e sozinha que nunca, só me apetecia desaparecer, não sentia nada pelo bebé e afastava-me dele sempre que podia, o meu casamento teve por um fio…
Passado esse mês, mto mas mesmo mto lentamente, fui começando a olhar para o bebé com outros olhos e curiosamente ele tb foi acompanhando o meu ritmo… Á medida que eu me ia sentindo melhor, ele tb ia ficando melhor e menos chorão. A partir daí começou a ser um anjinho autêntico até aos dias de hoje.
Hoje tudo mudou, sou mais agarrada a ele que tudo e acho que já não saberia viver sem o meu pequeno príncipe…
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