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o meu parto de 14 dias (Espanha)

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  • marcelproust
    respondeu
    RE: o meu parto de 14 dias (Espanha)

    GRANDE, GRANDE RUTE!!!

    Já sabia que eras uma mulher de armas mas... agora tive a certeza absoluta!!!
    Elogio e tiro o chapéu:
    *à tua força,
    *à tua esperança,
    *ao teu (sempre presente) optimismo!

    Que bom haver mães como tu!!!!!!!!!!!!!!!

    Beijinho,
    MP

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  • lena.pereira
    respondeu
    RE: o meu parto de 14 dias (Espanha)

    Olá,
    a tua história comoveu-me, nem quero imaginar a dor de não puder ver ou segurar a minha filha mal ela nasceu.
    Uma beijoca e o que interessa é que correu tudo bem

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  • ani_luci
    respondeu
    RE: o meu parto de 14 dias (Espanha)

    Ainda dizem que em Portugal temos uma assistência má, bolas!
    Mas olha o que interessa é que agora está tudo bem e agora só pensamentos positivos,
    Beijocas

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  • mpyres
    respondeu
    RE: o meu parto de 14 dias (Espanha)

    É triste que tenha sido assim

    Felizmente tudo correu bem mas de facto não era necessário tanto sofrimento.

    Aqui em Portugal, pelo menos no meu caso, estive em repouso até hoje, após completar as 37 semanas. Estive para ser internada às 32 semanas por menos motivos que os que indicaste mas como fiquei em repouso total e a coisa evoluiu favoravelmente, não foi necessário mais nada.

    Ainda dizem que em Portugal a saúde é má e que nos outros paises é que é bom.... enfim...

    Felicidades

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  • LUISA CARVALHO
    respondeu
    RE: o meu parto de 14 dias (Espanha)

    Minha querida, antes de mais parabens pelo teu filhotelindo e pela tua coragem!
    Não te culpes por teres tido o teu bebe em Espanha, se calhar se o tivesses em Portugal e acontecesse algo semelhante, culpavas-te do contrário!
    O que interessa é que apesar de todos os asares e a falta de profissionalismo hoje tens o teu bebe lindo contigo e essa dor com o tempo vai ficando mais leve!

    Muitos beijos e parabens pela coragem, que esse seja o ultimo susto das vossas vidas!:angelyel:

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  • rbalmeid
    iniciou o tópico o meu parto de 14 dias (Espanha)

    o meu parto de 14 dias (Espanha)

    A pedido de varias familias aqui esta o (longo) relato do fim da minha gravidez, nascimento do Bruno e dos dias que se seguiram.



    Então eu estava grávida de cerca de 30 semanas quando fiz a minha ultima ecografia em Portugal, nas ferias de Natal. A médica assustou-me tanto que fui fazer outra a seguir. Segundo ela, o bebe estava com baixo peso, pouco liquido amniótico e com a placenta comprometida. Ainda por cima foi detectada uma forte possibilidade de um sopro cardíaco e mantinha-se dilatação renal... Aconselhou-me a repousar muito e ser vigiada. O segundo medico desvalorizou e disse que não era nada alarmante e foi nesse espírito de confusão que voltei para Espanha. O meu medico de ca não ligou nenhuma e disse que estava tudo bem.

    Por precaução tive uma conversa com o chefe expliquei-lhe a situação e ele pôs-me a vontade para trabalhar essencialmente desde casa e foi assim que a partir de Janeiro com 30 semanas fiquei em repouso relativo. So ia ao departamento 1 vez por semana.



    As 32 semanas tive a eco do terceiro trimestre aqui e mostrei-lhe os relatórios de Portugal. Ela confirmou os problemas (o bebe estava no percentil 19 e o liquido no índice 7-8, limite inferior do normal) e mandou-me repetir a eco em 2 semanas. Quando fui repetir o percentil tinha descido para 17 o que não era mau por significava que bebe tinha crescido mas o liquido desceu para 4-5 um nivel preocupante. Era uma sexta feira e fiquei referenciada para consulta de alto risco na segunda seguinte.



    Aproveitei o fim-de-semana para acabar os preparativos e chorar muito. Tinha um mau pressentimento... Não disse nada a ninguém mas deixei a mala pronta... Na segunda fui a consulta, repetiram eco e internaram-me logo. Não acreditavam que não estava a perder liquido... pois mas eu não estava! Fizeram-me o cardio e estava tudo óptimo. So isso me salvou de ir logo para o bloco! Deixaram-me almoçar e fiquei com a cesariana marcada par o dia seguinte porque o bebe estava sentado e não me provocavam assim o parto. O marido veio buscar a mala e telefonei ao meu chefe que apareceu logo la! Falou com médicos que conhecia, consolou-me enfim, foi incansável! MAS eu estava preocupadíssima... estava grávida de 35 semanas e tinha a percepção de que aquilo era uma precipitação e que podiam e deviam esperar. Deu-me vontade de fugir, largar tudo e vir para casa, para Portugal...



    Fui operada no dia seguinte e o Bruno nasceu as 9:45 do dia 12 de Fevereiro, com 2200 (mais 200 gramas que o previsto) e apgar 9. Não pude ver o meu filho porque o levaram logo mas sosseguei porque ele chorou logo. 10 min depois a enfermeira da pediatria fez questão de mo vir mostrar para desagrado da anestesista que a queria fora dali. A primeira imagem que tenho do meu filho e de um cara redondinha e rosada no meio de um embrulho enorme de mantas que me foi permitido olhar por 30 segundos. Disseram-me que afinal estava tudo bem e que ele ia para neonatologia para não arrefecer e subiria logo comigo para o quarto.



    Aparentemente a cirurgia correu toda bem, apesar de não terem conseguido encontrar um quisto que tenho que era suposto remover e ter acabado com uma anemia tremenda. Aquela hora no recobro custou imenso a passar porque queria estar com o meu filho. Não sabia se o meu marido o tinha visto e estava com ele, não sabia nada. Quando fui para o quarto meu marido estava a minha espera a porta do elevador e disse que o tinha visto de relance. Eu so perguntava pelo meu filho e ninguém me respondia. Entramos no quarto e entra uma enfermeira a procura do pai do bebe e saíram todos. Eu pensei que o tinham chamado para o ir buscar... Santa ingenuidade.



    Fiquei ali. Uma hora, sozinha sem me conseguir mexer ainda da anestesia, sem ninguém a quem perguntar nada sem noticias.... Foi horrível! A pior sensação da minha vida. Sentia-me vazia, faltava-me o meu filho, faltava-me tudo! Eu queria ve-lo, tocar-lhe. Queria fazer o que tantas vezes me repetiram que era importante abraça-lo, sentir-mos o cheiro um do outro, alimenta-lo... e nada so os minutos a passarem...



    Quando o meu marido chegou com os olhos em lágrimas eu estava prestes a sair da cama! Ele explicou-me que o bebe estava com dificuldades respiratorias e tinha de ficar na incubadora. E foi atrás de alguém que me pudesse levar la abaixo... Em vão. Ninguém me deixava sair da cama. Eu soluçava e gritava descontrolada e so queria o meu bebe. Tentei sair da cama, ja era gente a segurar-me, falavam em calmantes, mas não me davam solução. E eu ja não queria saber de nada so ver o meu filho. O meu marido foi tirar-lhe uma foto para eu ver. A única porque era proibido tirar fotos aos bebe na neonatologia. Mantive ate ao fim do dia a esperança de me deixarem ir ver o meu filho, mas não. Nem

    . Entretanto o Bruno foi transferido para os cuidados intensivos e o meu marido era quem andava a tratar dos papeis e a levar processos. Os médicos nem sequer vinham falar comigo. Foi preciso o meu marido pedir varias vezes para as 11 da noite uma pediatra vir ao serviço explicar-me o que se passava como meu filho! Mantiveram.me ali ate ao dia seguinte. Foi um dia horrível, o pior da minha vida.



    So consegui que me deixassem sair para ver o meu bebe ao meio dia do dia seguinte. Estava na incubadora com CPAP, e todo monotorizado e a espera de melhorias. Tinha imaturidade pulmonar pela idade gestacional e pelo facto de não me terem dado a medicação para a maturação pulmonar. Não lhe faziam nada so esperavam... Na UCI so podíamos entrar 2 vezes por dias por 1 hora e assim nos primeiros dias de vida do meu filho foram um espera tremenda pelos minutos em que podia estar com ele. E estiveram 36 horas a espera ate o começarem a tratar com surfactante. So o começaram a alimentar via soro ao fim de 72 horas. E quando finalmente o trataram ele começou a melhorar. Com 4 dias de vida tiram o CAP e no dia seguinte pode vir ao meu colo e passou a ser alimentado com sonda. Pelo meio fez fototerapia e antibiótico (sem nunca ter tido sinais de infecçao). E eu tive alta um dia antes do previsto (queriam que eu la estivesse 5 noites)



    E depois voltamos ao mesmo: esperar. Ninguém dizia ero de que. O relatório medico 1 vez ao dia dizi que estava tudo bem agora e em breve passaria para a neonatologia de novo. Mas não nos diziam o que faltava... Foram mais 3 dias a agora em casa a espera de poder ve-lo. Finalmente passou para os cuidado intermédios e ja no berço. E aqui podíamos entrar mais vezes: 0-1, 3-4, 6-7, 9-10, 12-13, 15-16, 18-19, 20-22. Eu so ia durante o dia e mesmo assim estava exausta. Porque uma vez la ou vinha para casa aa cada visita ou ficava as 2 horas no meio no corredor a olhar para aporta fechada. Estava como um anemia tremenda, ate os 2 kg que ele pesava me custavam a segurara. Não conseguia dormir e so chorava.



    E foi a mudança. A pediatra a primeira vez que o viu (no dia seguinte) fartou-se de protestar por estar um bebe com tao bom peso e tantos dias a ser alimentado por sonda. E foi logo na hora ja nem deixou porem aquela mamada na sonda, foi logo de biberão. E ate queria que fossemos nos a dar-lhe a enfermeira e que pediu para ser ela porque achava que ia ser difícil. E foi, coitadinho, não sabia mamar! Mas os biberões seguintes ja demos nos! E então o meu marido lembrou-se de perguntar se como ele mamava podia experimentar-se dar o peito e a enfermeira disse que sim. E foi assim que ao 11º dia de vida, finalmente pude amamentar o meu filho.

    Foi tão bom! E dos momentos em que tenho mais pena de não ter fotos, mas como era proibido a única foto que tenho desses dias foi a tal primeira tirada por especial favor. Foi numa sexta feira e a pediatra deu ordem para lhe tirarem o resto das tralhas durante o fim de semana a manter-se tudo assim. E que o podiamos levar para casa no inicio da semana seguinte...



    Eu não queria ter muitas esperanças mas na segunda-feira seguinte apanhamos a pediatra a meio da visita medica.... E ela virou-se para nos e disse, pronto logo ja podem leva-lo!!!! E ao fim de quase 2 semanas podemos finalmente ter o nosso filho todo para nos!



    Se eu soubesse o que sei hoje tinha-me escapulido para Portugal, ou melhor tinha ficado por ai logo no Natal e as coisas podiam ter sido diferentes. A política por ai seria internarem-me sob vigilância para tentar completar as 37 semanas. Se mesmo assim o meu filho tivesse ficado na incubadora eu sei que ao fim de algumas horas poderia estar ao lado dele o tempo que me apetecesse! Sinto que me roubaram o final da minha gravidez e o nascimento do meu filho. Sinto que fomos impedidos eu e o meu filho de ter uma relação próxima logo no início desnecessariamente e que nada fizeram para a promover a relação mãe filho ou a amamentação. Sinto que o tratamento que dão aqui as mães é desumano. Enfim, não vale a pena chorar agora, mas filhos aqui em Espanha nunca mais.



    Beijinhos e desculpem o testamento.



    Rute

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