RE: Tirem-me deste filme!
Hoje estou um farrapo...
Durante a semana que passou só falei duas vezes com a minha menina. E a segunda vez senti-a menos feliz. Ao despedirmo-nos mandou-me muitos, muitos beijinhos. Nem é o género dela, só o faz quando tem saudades. Eu ainda estava a despedir-me quando o pai desligou a chamada (não fosse a filha dizer algo que lhe convinha...).
Durante o fim de semana não lhe telefonei. Tinha alguma esperança que ela voltasse ontem, domingo. Mas, na verdade, convenci-me logo e ao meu menino que a mana só voltaria daí a uma semana. No entanto, aquela pouca esperança iluminou-me o dia... Com o passar dos minutos, depois das horas, a seguir ao jantar, sem sequer uma mensagem, nada, o meu dia escureceu. Não porque tinha já chegado a noite, mas porque não tinha uma das luzes que me ilumina. Ela não veio. Confirmou-se o que eu já receava. Vamos - eu e o mano - estar sem ela mais uma semana.
Se já era previsível, porque é que me está a custar tanto?? Porque é que esta vontade de a abraçar, de a beijar, de a ouvir está a matar-me. Não posso fazer nada. Continuo sem saber sequer onde ela está. O meu menino também está cheio de saudades dela e eu tenho a certeza que ela também já terá saudades nossas. Isto não se faz. Manter dois irmãos tanto tempo e deliberadamente longe um do outro. E a culpa é minha. Já sabia no que isto ia dar. Não devia tê-la deixado ir. Mas, como? Ela tinha saudades do pai. Seria uma maldade não a deixar vê-lo e estar com ele, é um direito que ela (não ele) tem. Claro que assim que ele a tivesse ia levá-la. E foi o que aconteceu. Estou de pés e mãos atadas. Há quem diga também que eu devia ter "empurrado" o meu filho a acompanhar a irmã. A isto eu respondo "é porque não têm filhos, ou não são os vossos!" Sabendo que o menino é rejeitado, ignorado, sabe-se lá de que maneira seria tratado, pois não havendo amor apenas seria visto como um incómodo. Não, não mandarei o meu filho assim, nem quero, muito menos, que ele sinta que também a mãe o "empurra".
A nível legal também pouco podia fazer para evitar esta situação. Apesar de ainda não estar nada regulado, ele voltou a meter-me em tribunal. E sem o parecer da Segurança Social que, "tanto queria ajudar" mas nada faz até agora, eu não tinha como justificar que os filhos não passassem férias com o pai. Farta deste país, desta justiça podre, e dos que dela beneficiam, realmente o crime compensa. Quem defende as crianças? Esta nova Lei da Parentalidade que vem supostamente defender os direitos das crianças para a não alienação dos pais, vem sim - e não disfarçadamente, mas descaradamente - defender a figura do pai. Seja ele qual for. Bom ou mau. E - inacreditável - mesmo que ele próprio se aliene de um dos filhos porque sim, porque lhe apetece, porque gosta mais de outro...
O meu ex faz o que faz porque tem as costas quentes, porque sabe que não é condenado. Porque no fundo, ao sermos tratados como mais um número de processo, somos tratados como uma situação normal, de pais normais...
Ontem a saudade era muita. Hoje ainda é mais. Mas não podia chorar nem mostrar-me triste ao pé do meu menino. Já basta o que ele sente. Depois de ele adormecer, tive eu dificuldade em chegar-me o sono. Onde é que ela estará, como estará... "quero-te tanto minha pequenina! minha bebé!" Sinto um sufoco, um nó e não consigo chorar. De tanto reprimir e controlar tornei-me um calhau. Não sou nenhuma super mãe nem super mulher. Hoje sinto-me reduzida a uma pedra...
Hoje estou um farrapo...
Durante a semana que passou só falei duas vezes com a minha menina. E a segunda vez senti-a menos feliz. Ao despedirmo-nos mandou-me muitos, muitos beijinhos. Nem é o género dela, só o faz quando tem saudades. Eu ainda estava a despedir-me quando o pai desligou a chamada (não fosse a filha dizer algo que lhe convinha...).
Durante o fim de semana não lhe telefonei. Tinha alguma esperança que ela voltasse ontem, domingo. Mas, na verdade, convenci-me logo e ao meu menino que a mana só voltaria daí a uma semana. No entanto, aquela pouca esperança iluminou-me o dia... Com o passar dos minutos, depois das horas, a seguir ao jantar, sem sequer uma mensagem, nada, o meu dia escureceu. Não porque tinha já chegado a noite, mas porque não tinha uma das luzes que me ilumina. Ela não veio. Confirmou-se o que eu já receava. Vamos - eu e o mano - estar sem ela mais uma semana.
Se já era previsível, porque é que me está a custar tanto?? Porque é que esta vontade de a abraçar, de a beijar, de a ouvir está a matar-me. Não posso fazer nada. Continuo sem saber sequer onde ela está. O meu menino também está cheio de saudades dela e eu tenho a certeza que ela também já terá saudades nossas. Isto não se faz. Manter dois irmãos tanto tempo e deliberadamente longe um do outro. E a culpa é minha. Já sabia no que isto ia dar. Não devia tê-la deixado ir. Mas, como? Ela tinha saudades do pai. Seria uma maldade não a deixar vê-lo e estar com ele, é um direito que ela (não ele) tem. Claro que assim que ele a tivesse ia levá-la. E foi o que aconteceu. Estou de pés e mãos atadas. Há quem diga também que eu devia ter "empurrado" o meu filho a acompanhar a irmã. A isto eu respondo "é porque não têm filhos, ou não são os vossos!" Sabendo que o menino é rejeitado, ignorado, sabe-se lá de que maneira seria tratado, pois não havendo amor apenas seria visto como um incómodo. Não, não mandarei o meu filho assim, nem quero, muito menos, que ele sinta que também a mãe o "empurra".
A nível legal também pouco podia fazer para evitar esta situação. Apesar de ainda não estar nada regulado, ele voltou a meter-me em tribunal. E sem o parecer da Segurança Social que, "tanto queria ajudar" mas nada faz até agora, eu não tinha como justificar que os filhos não passassem férias com o pai. Farta deste país, desta justiça podre, e dos que dela beneficiam, realmente o crime compensa. Quem defende as crianças? Esta nova Lei da Parentalidade que vem supostamente defender os direitos das crianças para a não alienação dos pais, vem sim - e não disfarçadamente, mas descaradamente - defender a figura do pai. Seja ele qual for. Bom ou mau. E - inacreditável - mesmo que ele próprio se aliene de um dos filhos porque sim, porque lhe apetece, porque gosta mais de outro...
O meu ex faz o que faz porque tem as costas quentes, porque sabe que não é condenado. Porque no fundo, ao sermos tratados como mais um número de processo, somos tratados como uma situação normal, de pais normais...
Ontem a saudade era muita. Hoje ainda é mais. Mas não podia chorar nem mostrar-me triste ao pé do meu menino. Já basta o que ele sente. Depois de ele adormecer, tive eu dificuldade em chegar-me o sono. Onde é que ela estará, como estará... "quero-te tanto minha pequenina! minha bebé!" Sinto um sufoco, um nó e não consigo chorar. De tanto reprimir e controlar tornei-me um calhau. Não sou nenhuma super mãe nem super mulher. Hoje sinto-me reduzida a uma pedra...
Comentar