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Tirem-me deste filme!

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  • Suzhelen,
    1º q tudo
    Eu disse SEM JULGAMENTOS!
    Os comentários q fazemos aqui, eu falo por mim, mas penso q tb pelas outras pessoas é no sentido de tentarmos ajudar, alertar, dar-te ideias e claro força q bem precisas
    Claro q eu tenho noção q qd entregas o teu filho o fazes por ordem do tribunal, e q tens ainda a esperança (eu acho) de amolecer o coração do besta (já disse) e de ainda conseguir estreitecer a relação deles, pq claro ao “não ter um pai quem perde é a criança”, é o sentimento geral

    Mas a partir do momento q essa relação passa sentimentos negativos, provoca sofrimento, baixa a auto-estima da criança, será q vale a pena? Claro q legalmente não te podes negar a deixá-lo ir, eu não disse p não o deixares, apenas p aproveitares q ele não o quer lá mt tempo

    Se bem q esta situação deste pai q só tem direitos e não tem deveres (sim pq qd é q o tribunal vai resolver q o pai tem q contribuir financeiramente p os filhos)
    Isto faz-me cá uma confusão; o tribunal por acaso acha q as crianças vivem do ar?
    A sério q neste momento é a única situação q conheço do género; as q eu conheço, o pai tem q contribuir financeiramente e mts vezes os seus direitos nem sequer são cumpridos (parecido com o q aqui relatou a becas); mães q fazem o q querem com os filhos e sobra-lhes tempo
    E q o único “direito” do pai é contribuir p a subsistência do filho...

    Por acaso eu gostava q a micaela, sendo q deve ter um conhecimento mais aprofundado de situações destas se pronunciasse sobre isto; ninguém me tira da ideia q anda uma mão atrás deste caso
    Tb não concordo q tentes” força-lo” a ficar mais tempo com o filho inventando desculpas, só vai aumentar o sofrimento do menino e isso nem pensar! Nenhuma criança merece o q ele já tem q aguentar desse “pai”

    Vê lá se compreendes a minha linha de pensamento: as crianças q cresceram sem pai (morte p.ex) são piores por isso? Mts deram seres humanos admiráveis
    a minha opinião é q crianças q são violentadas (seja de q forma for) maltratadas, etc melhor estariam sem o progenitor q provoca essa situação
    Peço desculpa se estou a ser mt fria, mas eu sou mm assim
    A pergunta q me faço vezes sem conta, qd leio os teus relatos é: até q ponto faz bem a esta criança conviver com o pai? Desta vez até da tua filha pensei isso
    Fico mt contente q tenhas conseguido acompanhamento finalmente!
    APROVEITA! P os dois
    E desculpa o post ser tão longo, mas senti necessidade de me explicar...e mesmo q fizesses alguma coisa errada estarias sempre a fazê-la pelos motivos certos: tentar defender os teus filhos! E isso é q conta
    Um abraço

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    • sonia ribeiro

      Eu sei que não estavas a julgar-me, que queres ajudar-me e agradeço. Se o que eu escrevi:
      Não sei até que ponto estarão cientes de como a nova lei não apenas insiste mas favorece e protege a figura paterna, de como estão desprotegidas agora as crianças face a estes pais tiranos... O que eu senti, de todas as vezes que estive a ser ouvida, é que a acusada ali sou eu... Eu porque vivo com as crianças e porque qualquer oportunidade que o pai solicite (mesmo que seja a fingir) para estar com os filhos é bem vista, bem acolhida e deferida, ou seja, aprovada. Porque o pai faz falta, o pai é importante... mesmo que seja a conta-gotas e quando e como lhe apetecer, há que aproveitar essa suposta vontade do pai! Isto é um absurdo!!! Mas já passaram por isso?! Só quem por lá passa. Hoje em dia é assim.

      Além do meu advogado, consultei outros, amigas em situações semelhantes. Todos confirmaram, e eu própria, o mesmo: o contacto entre pai e filhos é altamente bem visto. Claro que depois não vai lá estar nenhum magistrado, psicólogo, whoever, a ver como tal acontece. Resolveu-se a questão burocrática e fim da história para o tribunal. Neste momento, todos me dizem "não há saída, o filho mais tarde ou mais cedo será levado pelo pai... até pode ser que venham a ter uma boa relação..." E perante tal sentença, o que fazer? Eu tenho a certeza que, do lado do anormal, o menino só lhe conheceria a cara como o individuo que vem buscar a irmã. Mas e no dia que ficasse escrita a data em que ele iria com o tal desconhecido que lhe rouba a irmã aos fins de semana. Era só um desconhecido que o levava...

      Por outro lado, o que faço eu aos "porquês" do meu filho? Os "porque não vou? porque está lá a mana? porque... (tanta coisa)", o que devia ter feito no dia em que ele me disse (2 anos e meio) que "não quero ir com o pai não gosta de mim!" e um dia, já crescido, lhe surgisse a dúvida que a mãe não lhe tinha dado a conhecer o pai, que a mãe não tinha dado ao pai a tal carta branca para que ele fosse para casa do pai?
      não foi claro, repara: eu preferia manter o meu filho comigo SEMPRE porque não vejo benefício nenhum emocional para ele agora em enviá-lo ao pai. Ele não tem nem estrutura psicológica nem outra qualquer defesa para se defender de tanta estupidez que lhe acontece naquelas poucas horas. Mas, à luz do contexto legal actual, não tenho escolha. No dia em que o pai disser à minha porta "eu não o levo", tudo bem, melhor!! Mas se for eu a impedir isso vou ter dois porquês: o do juiz e, mais importante, o do meu filho.

      Espero que a médica pedopsiquiatra possa realmente ajudar o meu filho, saber fazê-lo com apenas 3 anos relativizar e desdramatizar a falta do afecto paterno. Mas não há milagres. E se há expressão que eu mais odeio desde que começou este "molho de bróculos" é que as crianças têm grande poder de encaixe e adaptação, maior que o dos adultos. Mas quem é tem responsabilidades e deveres?

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      • Podes odiar a expressão... mas a verdade é que têm realmente um poder de adaptação espantoso devido à sua inocência...
        Claro que a responsabilidade e deveres é dos pais... não temos que os sujeitar às "maluqueiras" dos adultos...


        \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

        \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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        • "E se há expressão que eu mais odeio desde que começou este "molho de bróculos" é que as crianças têm grande poder de encaixe e adaptação, maior que o dos adultos. Mas quem é tem responsabilidades e deveres?"

          Compreendo que não gostes da expressão, eu tb não a aprecio porque desresponsabiliza, até certo ponto, os adultos. O que posso dizer, com conhecimento de causa, é que as sequelas da alienação parental, como de todas as outras situações traumáticas, dependem muito de um conjunto de circunstâncias, incluindo a própria estrutura genética da pessoa.
          Pela minha experiência, os teus filhos têm a seu favor a idade. No nosso caso, a filha que na altura tinha 6 anos não se apercebeu nem de metade das coisas que se passaram na altura mais crítica do divórcio. Ouvia as mesmas coisas que as irmãs (incluindo as instruções explícitas para me odiar, como antes relatei) e isso passou por ela de forma muito superficial. Tem muito poucas lembranças desse tempo e desvalorizou sempre muito mais os comentários e as acções da mãe contra nós.
          Quanto ao "nenhum pai é melhor que um mau pai", não sei mesmo. Perdi o meu pai com 10 anos e isso não me impediu de ser uma adulta optimista, com muita garra (passe a imodéstia). Mas o que mais marcou foi ver a minha mãe sempre triste...o silêncio que havia naquela casa...isso eu não consigo esquecer e tive um grande trabalho interior para me libertar (parcialmente) da carapaça emocional que criei ao longo de anos.
          Ultima edição por Pureza; 24-02-2011, 12:33.

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          • Ele não tem nem estrutura psicológica nem outra qualquer defesa para se defender de tanta estupidez que lhe acontece naquelas poucas horas

            Suz, parece-me q agora, sim, foste clara; eu não diria melhor
            e parece-me q essas poucas horas como dizes, serão suficientes p o teu filho se sentir discriminado perante as irmãs (neste caso)
            pq afinal de contas, ele é tratado de maneira mt diferente das duas irmãs, uma de uma maneira, outra doutra
            e aí sim, como acontece com o não dormir lá, mts vezes não vais ter respostas p os porquês dele...
            não sei até q ponto vai esse esquecimento ou desvalorização...e qd ficam traumas? a palavra diz tudo ficam
            mas p te ajudar nisso, mt melhor saberão as pedopsiquiatras do q eu
            em relação ao testemunho da becas (q agradecemos, pq nestas coisas é sp bom estar informado, mm qd ainda não é connosco) ela própria reconhece q perder o pai não a impediu de ser uma adulta optimista e o q ficou? a tristeza da mãe...
            q por acaso era de ter perdido o marido, mas e se a causa fosse outra? e se a mãe tivesse conseguido ultrapassar?
            ela já não guardava essa tristeza...não sei se me conseguem compreender, mas não faço a ligação directa de uma coisa a outra

            eu sei q tens q mandá-lo por ordem do tribunal, mas tive a sensação q no fundo, como boa mãe q és esperavas q isso tivesse os seus frutos, q o pai viesse a aceitar o filho, q podia ser só um capricho inicial p te irritar e digamos, fosse passando
            e aqui nunca consigo deixar de me irritar...mas e tu só tens deveres? de entregar, de colaborar, de informar
            e o pai de contribuir, nada?para quando isso?
            se o tribunal não lhe mostra essa responsabilidade, vai-lhe mostrar a de ser pai? de como sê-lo?
            pois aqui estou como tu...não há milagres

            espero q ao menos os pedopsiquiatras venham mudar alguma coisa nesta tua história
            e desculpa, desculpa, desculpa se te magoei em alguma coisa
            bjs

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            • sonia ribeiro
              Não me magoaste. No fundo, eu penso como tu.

              Tenho estado a trabalhar com o meu advogado no pedido urgente da pensão de alimentos. Não posso continuar à espera que o tribunal me chame. A psicóloga demora e demora a enviar o relatório. As razões dela ultrapassam-me... não são, por certo, as que me deu...

              São centenas de páginas de despesas. Só minhas. Não posso continuar a suportar tanta despesa, não posso mesmo. Os meus filhos não vivem do ar, nem só de amor que, por inquantificável que eu sinta que tenho por eles não os faz crescer fisicamente.

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              • Olá Suz,
                estava hesitante sobre se deveria ou não escrever mas cá vai. O país (ou o mundo) está numa convulsão que nunca antes presenciei (esta situação do avô que mata um pai de uma criança tb por causa de um divórcio então dá-me a volta ao estomago ) , é bom partilharmos sobre as emoções nestas situações mais dificeis de gerir, porque vemos outros pontos de vista e quem sabe encontraremos novos caminhos.

                Vou-me focar só sobre o aspecto emocional.

                Como mãe, percebo o que estás a sofrer.
                Tudo o q queremos para os nossos filhos é q eles não sofram de forma alguma.
                Muito menos queremos que sofram por causa daquela pessoa com quem um dia quisemos partilhar a vida e de quem achámos Amar e foi com ela que quisemos ter um filho.
                É horrível só de pensar nisso ... que aquela pessoa q um dia amámos, hoje seja aquela pessoa que maltrata os nossos filhos (mesmo q seja "só" psicologicamente/emocionalmente) .

                E por isso como Mulher, te digo que TUDO o q ele fez e faz e que tu sentes como maltratos aos teus filhos, são só para te atingir a TI .
                É uma forma de poder que ele ainda julga ter sobre ti e usa-a.
                São sentimentos de raiva, de frustações e sei lá mais o quê, que ele ainda tem sobre TI . São sentimentos e emoções distorcidas lá no intimo dele, provavelmente misturadas com educação e modo de estar na vida, que ele descarrega como pode (em ti e nas crianças) naquilo q ele considera ser mais fraco e sobre o qual ainda quer ter poder.

                O meu pai teve a coragem de me dizer isso mesmo: "não faço isto ou aquilo para atingir a tua mãe" .

                No fundo, mesmo no fundo, se formos à raiz, eles ficam magoados , não conseguem gerir as emoções ou a vida de forma mais justa ou pacifica e reagem a medo, em confronto, em batalha, erguem muros.

                E às vezes são somente novas pessoas, ou novos acontecimentos da vida no limite que conseguem fazer com q eles abram o coração e mudem o rumo.

                Tens que achar dentro de ti uma forma de ser livre desse jogo de poder dele.


                Como filha de pais divorciados, não consigo imaginar o sentimento de saber q minha mãe me quer impedir de ver o meu pai. É muito forte imaginar isso ... mesmo quando alegas q é para o bem deles .
                A diferença entre ser a mãe a dizer ou a filha a realizar, a sentir que não quer ver o pai, é abismal.
                A primeira via não é compreendida, só acatada e disfarçada.
                A segunda via é realizada, ainda q com algum sofrimento.
                A segunda via vai permitir à tua filha, saber gerir melhor as frustações com o progenitor, saber fazer-lhe frente e pensar por ela própria.
                Como não é fácil (mas como mãe tb não deixamos de lhes dar as vacinas só pq dói (malcomparando...) ) , tu serás o pilar dela (deles) , onde ela encontra refugio e conversam, tentam encontrar melhores formas de ultrapassar as dificuldades com as visitas ao pai.
                Qd ela for mais crescida, já saberá proteger-se melhor.

                Se eles crescem mais rápido do q deviam ? Crescem . Se precisam de apoio para enfrentar isto tudo ? Precisam e muito, de ti , de uma pessoa especial q vos conheça, dos psiquiatras, etc .
                Como são pequeninos, precisam de encontrar formas positivas de dirigir as emoções fortes que vão surgindo com estes conflitos e é para isso que estão lá os psiquiatras (penso eu) ou aquele livro que a Maria verde falou, tb parece ser uma forma mais adaptada à idade deles, de encaixar as coisas que não se podem explicar de forma adulta.

                Eu consegui manter o discernimento, não larguei a escola, tinha boas notas (mas não excelentes eheh) passámos dificuldades económicas pq o meu pai tb dava pouquissimo para o nosso sustento, mas fomos ultrapassando as dificuldades.

                Por fim, como eu gostaria que nenhum filho tivesse q passar por isto ... como eu gostaria que todos os pais e mães se entendessem a bem, q seguissem a sua vida sem tornar os filhos um campo de batalha. Como eu gostaria que o sistema funcionasse melhor ...

                Por fim tb digo, que escrevi sem julgamentos, tu é q estás por dentro da situação para avaliares o todo, eu só vejo um bocadinho e desse bocadinho falei da minha experiência, para te dar uma outra perspectiva.
                Espero que não me entendas mal, às vezes é dificil colocar na escrita certos assuntos que são mais do coração q da mente.

                Bjs e coragem

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                • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
                  sonia ribeiro
                  Não me magoaste. No fundo, eu penso como tu.

                  Tenho estado a trabalhar com o meu advogado no pedido urgente da pensão de alimentos. Não posso continuar à espera que o tribunal me chame. A psicóloga demora e demora a enviar o relatório. As razões dela ultrapassam-me... não são, por certo, as que me deu...

                  São centenas de páginas de despesas. Só minhas. Não posso continuar a suportar tanta despesa, não posso mesmo. Os meus filhos não vivem do ar, nem só de amor que, por inquantificável que eu sinta que tenho por eles não os faz crescer fisicamente.
                  , espero q assim as coisas se resolvam rapidamente . Tb não consigo perceber como é q o tribunal é célere para as visitas ao pai mas contorna e contorna a pensão de alimentos.
                  Devia existir um fundo comum para estas situações, tanto dinheiro do estado q se desperdiça por má gestão e tanto onde o aplicar

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                  • Inserido Inicialmente por Patims Ver Mensagem
                    Tens que achar dentro de ti uma forma de ser livre desse jogo de poder dele.
                    Uma frase que considero fundamental...

                    Adorei ler-te!

                    beijos!


                    \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

                    \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

                    Comentar


                    • Inserido Inicialmente por sonia ribeiro Ver Mensagem
                      [em relação ao testemunho da becas (q agradecemos, pq nestas coisas é sp bom estar informado, mm qd ainda não é connosco) ela própria reconhece q perder o pai não a impediu de ser uma adulta optimista e o q ficou? a tristeza da mãe...
                      q por acaso era de ter perdido o marido, mas e se a causa fosse outra? e se a mãe tivesse conseguido ultrapassar?
                      ela já não guardava essa tristeza...não sei se me conseguem compreender, mas não faço a ligação directa de uma coisa a outra
                      bjs
                      Desculpem regressar ao tópico, mas o que queres dizer com o "ainda"? Não percebi mesmo...
                      Eu só comecei a escrever neste tópico porque acho que estas questões têm muito a ver com a minha experiência pessoal...mas retiro-me se a Suzhelen quiser...não fico ofendida...
                      Perder o pai é uma experiência que nos marca para sempre. Tudo na minha vida mudou porque não tive o meu pai comigo E porque a minha mãe fez um luto muito difícil. Mesmo que ela tivesse refeito a sua vida, a perda acompanhar-me-ia para sempre. Agora...nós também somos o que fazemos de nós, com as nossas perdas, com as nossas conquistas. Uma infância dura (por divórcio, morte, pobreza...), felizmente, não é uma condenação para a vida...e essa mensagem eu posso dá-la: porque passei pela perda e porque vejo duas jovens adultas que sofreram uma chantagem emocional terrível e ultrapassaram isso.
                      Já agora: concordo inteiramente com a Patims quando diz "E às vezes são somente novas pessoas, ou novos acontecimentos da vida no limite que conseguem fazer com q eles abram o coração e mudem o rumo.". Neste caso concreto: nem casada as ofensas acabaram (a nova pessoa não acabou com a necessidade de agredir o ex-marido)...acabaram quando uma das filhas ficou gravemente doente com um problema do foro psicológico e NÓS estivemos na linha da frente para a tirar do fundo do poço. Mas era preciso isto?!

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                      • Inserido Inicialmente por becas Ver Mensagem
                        Desculpem regressar ao tópico, mas o que queres dizer com o "ainda"? Não percebi mesmo...
                        Eu só comecei a escrever neste tópico porque acho que estas questões têm muito a ver com a minha experiência pessoal...mas retiro-me se a Suzhelen quiser...não fico ofendida...
                        Perder o pai é uma experiência que nos marca para sempre. Tudo na minha vida mudou porque não tive o meu pai comigo E porque a minha mãe fez um luto muito difícil. Mesmo que ela tivesse refeito a sua vida, a perda acompanhar-me-ia para sempre. Agora...nós também somos o que fazemos de nós, com as nossas perdas, com as nossas conquistas. Uma infância dura (por divórcio, morte, pobreza...), felizmente, não é uma condenação para a vida...e essa mensagem eu posso dá-la: porque passei pela perda e porque vejo duas jovens adultas que sofreram uma chantagem emocional terrível e ultrapassaram isso.
                        Já agora: concordo inteiramente com a Patims quando diz "E às vezes são somente novas pessoas, ou novos acontecimentos da vida no limite que conseguem fazer com q eles abram o coração e mudem o rumo.". Neste caso concreto: nem casada as ofensas acabaram (a nova pessoa não acabou com a necessidade de agredir o ex-marido)...acabaram quando uma das filhas ficou gravemente doente com um problema do foro psicológico e NÓS estivemos na linha da frente para a tirar do fundo do poço. Mas era preciso isto?!
                        Becas acho que interpretaste mal o que a sonia disse.
                        Posso estar enganada mas quando a Sonia referiu que era bom estar informada ( e ter outro ponto de vista) mesmo quando ainda nao é connosco, ela se referia a ela propria...pois ela nunca passou por isso...
                        Acho que aqui ninguem te condena.
                        Foste bem explicita ao contar o teu caso. Nem sempre os maus da fita sao os pais...é verdade. Muitas vezes sao as maes que utilizam esse poder de manipular...
                        Veja o novo Blog de Culinária, o Manjar das Deusas

                        Presidente da associação de madrinhas da PipocaeCompanhia

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                        • Olá mais uma vez,
                          Tou quase a monopolizar o tópico, eu sei, acho q depois deste post não tenho autorização p postar uns dias 

                          Eu já tive oportunidade de ver o q escreveu a evian, e acho q ela entendeu o q quis dizer (obrigada evian) mas tenho q responder à becas:

                          Quero começar por dizer q fiquei feliz por ler “uma infância dura não é uma condenação p a vida”; q bom q dizes isso, isso só vem reforçar a minha ideia 
                          O q eu depreendi das tuas palavras é q nesse processo o q acabou por te (qual será a palavra mais adequada aqui, traumatizar?) mais foi o luto difícil da tua mãe

                          Com o ainda, quis dizer q não sou filha de pais separados, ainda (lá está) sou casada, mas não estou livre de passar por isso; sabes, eu tenho colegas q vêem o casamento ainda como sendo p a vida inteira e eu acho até engraçado elas verem as coisas assim, pq hoje vê-se tt coisa e p um casamento funcionar são precisos 2-dois!
                          A minha sogra p.ex fala dos filhos dos pais separados com mta peninha, p ela são uns coitadinhos (mentalidades) e eu não acho nada disso!
                          Acho q essas crianças são tão capazes como as outras, tão inteligentes como as outras e se não são...é pq já não eram, sei lá!

                          Como vem a propósito, vou contar aqui uma coisa
                          Outro dia li uma entrevista ao Francisco Mendes, onde dizia q ser filho de pais separados lhe deu a possibilidade de ver o mundo com a perspectiva do pai...e da mãe (ou seja perspectivas diferentes, não sei se ele disse bem assim, mas resumindo era isto)
                          Sabes eu fiquei encantada com aquela afirmação...ele conseguiu ver na separação dos pais uma oportunidade, não é fantástico?
                          Claro, q p ele falar assim as coisas devem ter corrido bem, mas não deixa de ser uma perspectiva optimista da vida, certo?

                          Falando por mim e não pela suzhelen a quem pertence o tópico, acho q podes e deves partilhar a tua experiência, o facto de teres passado por uma situação semelhante acho q só enriquece a forma como podes contribuir p o tópico

                          De resto, peço desculpa se te sentiste de alguma forma ofendida (pq parece-me q sim), eu só referi o teu post pq me pareceu importante e espero ter conseguido ser mais explícita agora

                          Um abraço!

                          Comentar


                          • Está tudo esclarecido, Sónia...foi mesmo uma pergunta, eu calculei logo que o "ainda" era um "até agora"! Achei bem perguntar só mesmo por isso...
                            E tb não quero monopolizar o tópico..ups...vou continuar a trabalhar!
                            Tudo de bom para a Suz e os filhos!

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                            • Ninguém merece ver-se neste "filme".

                              Espero do fundo do coração que a situação melhore e que se resolvam os assuntos pendentes.

                              O triste do seu ex-marido e pai dos seus filhos ainda vai dar muita cabeçada na parede. Vai-se arrepender tanto do que tem feito aos meninos, e vai ser tarde demais. Mas a vida é feita de escolhas. Ele escolheu ser a pessoa que está a ser agora, escolheu fazer sofrer o bebé, escolheu usar a menina para atingi-la a si, escolheu agredi-la com a menina ao colo. Enfim...

                              Por outro lado o seu sofrimento não foi escolha sua. Mas é esta Mãe e esta Mulher que lemos aqui de que os seus filhos se vão orgulhar. Escolheu sempre o melhor para eles, deixando de lado qualquer egoísmo. Eles vão percebendo as coisas e sabem perfeitamente quem está lá SEMPRE (em todos os sentidos) para eles.

                              Abraço e muita força.

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                              • Olá Suzhelen,

                                (não foi bem abanões... queria-te levar ao colo um bocadinho, o caminho não é liso e tu és pesada)


                                Há em ti muita clareza e força positiva e todavia apetece-te, e bem, desabafar, deitar fora, desintoxicar o teu sentir do momento... não percebi assim à partida (ler quase de seguida sem ver datas também não ajudou).


                                (Completando a pergunta...)

                                O que acreditamos sobre nós próprios, os outros e a Vida condiciona o que pensamos. O que pensamos (condiciona) o que sentimos, e o que sentimos (condiciona) o que, e como, fazemos, e isso por sua vez (condiciona) os resultados que obtemos como ressonância ao que nós próprios chamamos “realidade” (este raciocínio não é meu, mas faz-me sentido).
                                Sendo assim, ser feliz com ISTO, não é ignorá-lo, é ir espremendo o "ISTO" para "isto", acreditando que o teu Amor, o teu maternar, o amor dos avós maternos e mais família, a ajuda da(s) pedopsiquiatra(s) e a esperança de um futuro cheio de Sol faz toda a diferença. Em suma é ser racionalmente optimista, que eu acho que tu já és (principalmente depois de ler os teus últimos posts), mas cabia aqui a explicação.

                                O vosso sofrimento vai acabar um dia, até lá há este caminho tão difícil para os meninos (e para ti), mas têm-te a ti para os ajudares. É como se estivesse combinado, vamos viver juntos e ajudarmo-nos em família, mas perdeu-se a memória da combinação, desse bonito conluio e até o propósito, de outro modo, não seria a vida um artifício teatral em que ninguém se entregava verdadeiramente a qualquer sentimento, experiência ou missão. Vocês são três almas corajosas! (mas vou mudar de assunto... que ainda pareço a minha sogra )


                                A Patims (que gostei muito de ler) aborda um aspecto fundamental, o jogo de poder dele.

                                O que é que fizeram a esta "criança" quando era criança?! Não há adjectivos que cheguem para o (des)classiflicar (bem como à companheira) mas no fundo talvez seja um patinho feio. Tentar ter alguma empatia ou compaixão, contudo, com a consciência de que isto seria um enorme meta-objectivo, pelo menos para mim seria, eu não sou (ainda?) uma bem sucedida a atingir este propósito, é um osso duro de roer! pacificar-me com quem faz mal aos meus ou a mim)

                                E com que objectivo vamos ter compaixão e compreender o anormal que nos magoa os filhos, parece até contra-natura! Porque esses sentimentos são tóxicos, nos roubam energia vital, força anímica, disponibilidade emocional (se estou triste não estou contente) e mesmo até saúde celular, e porque a cura das feridas das crianças também vai passar por compreender (com a tua ajuda).
                                Compreender o pai é uma triangulação do amor que sentes pelos teus filhos. O indivíduo sente o teu desprezo, a tua secura, antipatia ou seja lá o que fôr que te passa na alma quando ele está presente ou tens que o contactar, mesmo que não o demonstres. Se ao inviés sentisses compaixão, agisses com hospitalidade e gentileza (como quem diz, engolir um enorme sapo), tiravas-lhe imenso poder agressivo, com significativo benefício para os meninos.

                                Estou a dar um mote, um alvitre, mas na perfeita noção que muitos caminhos vão dar a Roma, este é apenas um, terá tradução pragmática possível? Fará sentido? Traria resultados? Não sei, é este o meu entendimento do comportamento humano... mas ressalve-se, sou apenas uma alegre viticultora.

                                (ontem pensei nisto: em todo o elenco alargado do "filme" não há alguém "elemento neutro" que possa ter algum papel de negociador, sensibilizador e (quem sabe) orientador sobre as consequências nas crianças do comportamento do pai, junto do pai?)


                                O nosso amor pelos filhos tem outra magnitude nos momentos de sofrimento. Realizei esta grande verdade com a minha filha mais velha (que tem historial de asma), nas crises, na convalescença, no entre-crises, apesar dos apertos e do "não sentir chão" foi um período muito especial, precioso (digo foi, porque tem vindo a evoluir bem). Cresci tanto como mãe, realizei-me tanto nas vigílias, no colo, a contar-lhe histórias, nas palavras confiantes "amanhã já vais estar muito melhor"... e descobri que tenho um poder curativo. Não sentes isto também? (eu fiz um cesto, tu fazes um cento)

                                E como diz o provérbio, “confia em Alá, mas amarra o camelo”. Que é como quem diz, faz o que está ao teu alcance, o que depende de ti, faz a tua parte. Nem tudo depende de ti - mas naquilo que depende de ti, sê impecável (que já és). E ""Alá"" recompensar-te-à.


                                Ultima edição por Maria Verde; 28-02-2011, 00:52.
                                Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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