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  • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
    Bom dia,

    Ontem levei os meus filhos à consulta de pedopsiquiatria. Foi a primeira vez que o meu filho foi avaliado (ele já tinha acompanhado a irmã noutras consultas, mas nunca tinha sido alvo de avaliação). Não posso dizer que fiquei surpreendida com a avaliação. Eu tenho, aliás, a mesma opinião. O meu filho foi visto como um menino normal, com comportamento e reacções normais face às circunstâncias. Essas sim, não são normais muito menos desejáveis. O problema do meu filho não passa então por mudá-lo mas por mudar as circunstâncias. Estas, por sua vez, dependem em larga medida do factor problema: o pai. E este factor não se controla. O que há então a fazer? Segundo a médica, pouco, mas este pouco não é sinónimo de nada. O pouco é o muito carinho que eu como mãe posso dar ao meu filho e a exclusividade de atenção que ele tem da minha parte quando a irmã está com o pai. É notório que ele procura uma figura paterna, que ele procura uma identificação dessa figura naquele que lhe apontam como sendo o pai mas que ele verifica que não se porta como tal. A médica disse-me o que eu nunca pensei ouvir nos dias de hoje! "Na situação do seu filho, o melhor para ele seria desvinculá-lo deste pai (biológico)." Resumida-me isto baseia-se em: o procurar atenção do pai e sofrer consecutivamente rejeição, negligência emocional, falta de afecto e, sobretudo, observar uma abismal diferença de tratamentos entre ele e a irmã, que tem exactamente o mesmo sangue, poderá trazer sequelas graves no crescimento dele. A figura paterna pode ser substituída por outra pessoa que não o pai biológico, pode ser o avô, o tio, um padrasto. As crianças precisam de amor, de identificação mas verdadeiros, não distorcidos.

    O problema é que o contexto legislativo actual não reflecte esta maneira de pensar. Impinge-se o pai biológico à criança independentemente do primeiro ser bom ou mau, presente, ausente ou negligente. As crianças como os meus filhos são, infelizmente, a geração da experiência desta nova forma de "ver" a família de pais separados. Só anos mais tarde, quando já adultos, o estudo que é hoje posto em prática estará terminado para se tirarem conclusões. Serão adultos mais felizes?...
    Isso é óbvio.. Será bastante provável a criança crescer com problemas de baixa auto-estima, problemas de insegurança, se continuar a receber as constantes provas de rejeição do pai.
    Pode-se esperar ate a criança crescer e ver o que acontece; ou pode-se fazer qualquer coisa agora e tentar proteger a criança, dessa pessoa que obviamente não quer fazer parte da vida dela.
    Suzhelen, sei que infelizmente não deves ter o poder para cortar esse vinculo, é pena, porque ou muito me engano ou está a destruir o teu filho lentamente.. Sei que é quase impossível para uma mãe compreender como é que uma pessoa não tem sentimentos nenhuns por um filho, mas é possível.. creio que tu própria disseste que o teu ex-marido queria abortar a criança.. se na vossa relação, tu fosses o homem e ele a mulher (nao te rias já), ou seja, se fosse ele a ter o poder para abortar, sabes o teu filho não estaria hoje a respirar certo? Isso é a maior prova de rejeição possível. Esperar que o amor desse pai floresça, provavelmente será esperar em vão. Resta proteger a criança dessa relação que é negativa e vai continuar a ser negativa no seu crescimento, porque obrigá-la a essas situações, sinceramente, será como a matar por dentro, ir apagando a alma dela aos poucos e poucos..
    Boa sorte
    Ultima edição por carla1; 04-04-2011, 03:58.

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    • Como é que eu protejo o meu filho? Como é que eu o afasto da constante desilusão?...

      No sábado eu sabia que ele voltaria cedo para mim. A noite tinha sido má e ele ia estar cheio de sono, ficando rabujento a seguir ao almoço. Algo que o pai não saberia nem saberá entender pois não o conhece. O meu menino fugiu do quarto porque a irmã com tosse não o deixava dormir. Veio para a minha cama mas eu, também cheia de tosse, não lhe dei um resto de noite melhor.

      Passava pouco das 14h quando o pai mo entregou. Ele vinha, como eu esperava, cheio de sono e cheio de fome. Dormiu mais de 3h de sesta. E quando acordou... Meu Deus... "a mana? Onde é que está a mana?" Não foi pelo pai que perguntou. "Está com o pai, vem amanhã!" E ele chora, chora. "Eu quero a mana! Vai buscá-la mamã!" Mas eu não tenho esse poder. Aliás, eu não tenho poder nenhum!!! Andam os relatórios, metem-se os processos, vou às consultas, invento passeios, mas cada vez mais me sinto impotente. Sabem o que é isso? Amaparar a dor do coração de um filho pequenino? A dor que tem uma razão de ser tão grande, tão desproporcinadamente enorme em relação ao tamanho dele...

      A minha menina voltou ontem à noite e vinha a dormir no colo do pai. Acordou mesmo à minha frente, e quando me viu começa a chorar. Dois segundos depois percebo porquê. Não queria deixar o pai. O pai desgraçado, o paizinho dela, coitadinho, que é tão bom para ela... e agora volta para a mãe. Na miscelânia de sono e tristeza que trazia, nem viu o irmãozinho que ansiosamente a esperava. Ela sabe lá o que é esperar pelo irmão... Mas não tem culpa. Nenhuma. Veio primeiro ao mundo e assistiu a tudo aos 2 anos. O pai saiu. O mano chegou. Será que o head count lá de casa são só 3 e algum tinha de sair?

      Com este desequilíbrio de 15/15 dias perpetuado, torna-se difícil, para não dizer impossível agir de igual modo com um e outro filhos. O meu filho fica a perder o pai. A minha filha acaba por ficar a perder a mãe.

      Perdoa-me minha pequenina. Tens um feitio diferente do teu irmão. És mais auto-centrada, mais ciumenta que ele. Mas és também mais revoltada. Não basta tudo o que aconteceu e assististe, ainda terás, por ventura, más linguas nos teus ouvidos e a soprar ao teu coração de cada vez que estás longe de mim. Se eu, já crescidinha, não tive discernimento para perceber a má pessoa que era o teu pai, como terás tu que és pequenina e filha dele?

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      • suzhelen nem tenho palavras... só desejo que a força que tens nunca acabe, muita força amiga
        Rita


        Madrinha: ICA
        Afilhada estrellavera já espera a sua estrelinha um menino o DINIS

        Faço contabilidade de PME
        Apoio ao inicio de actividade

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        • Não vais conseguir proteger o teu filho nem afastá-lo da desilusão.

          Este caso tem uma complexidade fora do normal porque tendo por base o que a suzhelen conta, o pai realmente gosta da filha. Lida com a situação de uma forma distorcida, mas gosta da filha e provavelmente também gosta da mais nova. Como é possível não ter qualquer tipo de sentimento pelo filho?
          Ele é que devia estar a fazer terapia.

          Eu tenho uma menina com quase 3 anos e meio, um pouco mais velha que o da suhelen. As crianças nesta fase percebem tudo o que se passa à sua volta e fazem muitas deduções na sua cabecinha. Não é justo o que este menino tem de passar, mas uma vez que o pai gosta da irmã e gosta de passar tempo com ela, nunca será possível uma desvinculação.

          A terapeuta que os segue terá de te ajudar a lidar com a situção. Os problemas de auto-estima vão estar sempre presente, talvez quando for mais velhinho um deporto ajude, mas nesta fase o único 'concelho' que posso dar é aquele que já fazes. Muito amor e muita interacção com a irmã nos dias em que estão juntos.

          Muita sorte para ti e para os teus meninos.

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          • Minha querida amiga,
            percebo as tuas questões,era tão bom ter-mos respostas para tudo na nossa vida..era perfeito.

            Uma amiga minha disse-me:"Deus só nos dá o que sabe que conseguimos carregar",penso nisto muitas vezes.

            Sabes que vos desejo o melhor e acima de tudo paz.

            Beijos muitoooo grandessss de nós 2 para os 3.
            __________________________________________________ ____________________
            Para o meu maior,unico e grande amor:
            Estou aqui. Sempre.Conta comigo.Amo-te Muitooooooo Di.

            Gabby: amiga especial, companheira, tens e terás sempre um local do meu coração.Muitosssss Parabens pelo Salvador,o teu principe.

            "O primeiro passo para conseguir algo é desejá-lo.\" OBRIGADA,o Desejo tornou se realidade e que boa realidade.
            "Os amigos são anjos que nos ajudam a voar.\" Obrigada, vocês são únicas

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            • Suzhelen, vai ser preciso teres (ainda) mais força para lidares com isso tudo, a situação é complexa . Concordo com o que diz a dra. , no caso do menino em particular, ele vai ser sempre exposto a esta dualidade, de ter um pai que quer a irmã e não o quer a ele. é muito cruel só de pensar (e isto só para quem está de fora, por dentro será ainda pior) mas é a vossa realidade e terão que encontrar a melhor maneira de lidar com isso, de uma forma que permita que ele cresça e se torne um individuo confiante dele próprio. A menina, concordando com o que diz a Dulsa, a seu tempo, verá tb as coisas à sua maneira, e compreenderá a situação no seu todo e fará as escolhas dela.
              O teu apoio e dos terapeutas serão onde eles se agarram, o amor que tens pelos teus filhos serão o sustento deles. Coragem grande mãe, tu és capaz de tudo.

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              • Eu também faço uso da frase "se Deus me deu esta cruz é porque acha que consigo carregá-la" para conseguir arranjar força para os meus dias.

                A questão é que os meus filhos, sem culpa nenhuma pois não pediram para nascer, não escolheram a mãe nem o pai, ou fizeram qualquer outro tipo de escolha, acção consciente com a natural consequência, também eles já têm a sua cruz. E saberão carregá-la???

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                • Não, não sabem carregá-la.
                  É, infelizmente, muito grande, para dois corações tão pequeninos.
                  Felizmente, têm.te a ti, para os ajudar, nessa caminhada. Para lhes dares a mão.
                  Bj e abraço.

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                  • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
                    Eu também faço uso da frase "se Deus me deu esta cruz é porque acha que consigo carregá-la" para conseguir arranjar força para os meus dias.

                    A questão é que os meus filhos, sem culpa nenhuma pois não pediram para nascer, não escolheram a mãe nem o pai, ou fizeram qualquer outro tipo de escolha, acção consciente com a natural consequência, também eles já têm a sua cruz. E saberão carregá-la???
                    Suzhelen, resposta para questões tão complexas não existem assim formatadas (digo eu) ... Mas eu acredito num grande potencial em cada um de nós, mesmo em crianças tão pequenas. Basta que sejam bem encaminhadas por alguém ou "alguéns" , mostrando-lhes o exemplo certo. Com o tempo eu acredito que tb aprendem com os maus exemplos e será a escolha deles de se distanciarem dos mesmos ou de encontrarem meios para os transformar.
                    Não te deixes levar pela cruz, não acredito que devas alimentar a tua culpa, uma vez que eu pessoalmente acredito que temos os pais que temos para aprendermos uma lição de vida, acredito numa conjugação de factores que determina nascermos em certas condições, com certos pais, para aprendermos e ensinarmos.
                    Mas pronto... isto é apenas aquilo em que eu acredito ...
                    um abraço

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                    • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
                      Mas eu não tenho esse poder. Aliás, eu não tenho poder nenhum!!! Andam os relatórios, metem-se os processos, vou às consultas, invento passeios, mas cada vez mais me sinto impotente.
                      Tu tens muito poder sim, és a Mãe... e a mão que embala o berço é a mão que governa o mundo.


                      Eu penso na mesma linha da Patims, aliás, nos meus posts este entendimento da vida ora está implícito ora bem explícito. Há padrões familiares que vão passando até que determinada geração consegue finalmente superá-los e ultrapassá-los, mas para isso as circunstâncias da vida acontecem de forma a que se revivam essas contrariedades ou obstáculos. Não é forçosamente necessário que se entenda a vida de um modo mais místico porque até geneticamente, hormonalmente nós herdamos comportamentos, medos e predisposições.

                      Penso que neste momento está-se dentro de uma janela de tempo até ao julgamento em que determinadas atitudes da tua parte poderiam ser prejudiciais e interpretadas como alienantes, como até já explicaste aqui. Mas depois deste período haverá um novo formato em que estarás mais solta e puderás protege-los melhor - o que não tem que ser necessariamente alienar - mas antes teres um protagonismo junto do pai que as crianças vão observar, interiorizar e imitar. Positiva, firme e pacificamente não permitir despedidas lamuriosas de 10 minutos à porta de casa, por exemplo, ou sempre que consideres o comportamento de abuso, manipulação ou maus tratos psicológicos. Eles só vão entender que estão a ser maltratados quando alguém aplacar o pai. Mas para esvaziar o pai de poder de retaliação, age-se sempre pela via pacifica, sábia (e aqui ganhas-lhe aos pontos).

                      Eu tenho uma filha que fez 6 anos recentemente, não sei se é especialmente curiosa ou se são todas assim, mas cada vez me faz perguntas mais dificeis (porque não estou à espera, não pensei muito no assunto ou não sei a resposta/não me lembro) sobre tudo - porque é que os macacos bebés não evoluem para pessoas e ficam sempre macacos, onde vamos dar se formos sempre em frente no espaço, porque é que choramos quando estamos tristes, e muitas mais. E dou comigo a sentir a necessidade de ter os temas "fechados e concluidos" para lhe poder providenciar as melhores explicações... sobre tudo.

                      No teu caso, acho que tens a parada ainda mais alta... porque tens que ter as explicações (positivas) para os porquês deles. Tens que ser clarividente, confiante, minimizadora de dramas emocionais, e timoneira da alegria ainda mais do que qualquer uma de nós... para eles crescerem na maior paz possível. Como eu já te tinha dito a resposta está em ti e no modo como encaras a vida e o teu papel de mãe, o teu poder, o teu ascendente sobre eles, a tua força de viver e de reagir às adversidades e não de sobreviver a tudo isto. Mas é claro que também precisas de ajuda - de alguém sábio em "crianças" mas também que saiba muito de pessoas e de vida.

                      Ultima edição por Maria Verde; 05-04-2011, 01:22.
                      Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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                      • Há padrões familiares que vão passando até que determinada geração consegue finalmente superá-los e ultrapassá-los, mas para isso as circunstâncias da vida acontecem de forma a que se revivam essas contrariedades ou obstáculos. Não é forçosamente necessário que se entenda a vida de um modo mais místico porque até geneticamente, hormonalmente nós herdamos comportamentos, medos e predisposições.
                        Olá Maria Verde
                        Gostava que explicasses melhor isto... Terei força em mim que desconhecia?

                        Uma coisa é certa. Os filhos, seja acerca de problemas graves como os que atravesso, seja acerca de questões banais e aparentemente simples, conseguem pôr-nos a pensar em perspectiva e a questionar o que antes davamos como certo ou como verdadeiro. Como mães apercebemo-nos muitas vezes que as explicações nem sempre são simples, ou têm falhas. E eu já chego a dizer aos meus filhos "a mamã não sabe tudo". Acho que mais vale isso do que uma explicação incorrecta ou desadequada.

                        Os porquês mais difíceis e aqueles com que lido mais frequentemente que a maioria das mães são os porquês sobre a condição e comportamento humano. E mais difícil ainda se torna quando nem são propriamente porquês mas já assunções não propriamente de factos mas de mentiras que lhes são contadas ao desbarato, por despeito, por insegurança, e por ódio...

                        Por vezes, e ultimamente cada vez mais, sinto a minha filha a distanciar-se de mim. Quase que visualizo pontos de interrogação a bailar na cabeça dela. Não é fácil conviver com duas histórias diferentes, ou a mesma história contada de duas maneiras diferentes.

                        Ontem à noite a minha filhota parecia ela outra vez, não a menina triste e chorosa que recebi em casa no domingo. Estava a brincar e a rir com o mano no chão do quarto. A minha mãe foi ao encontro dos dois e a minha filha pergunta-lhe "avó, porque é que o avô X (avô paterno) diz que tu és uma pessoa muito má?". A minha mãe nem teve reacção...

                        À noite, estava ela quase a dormir e conta-me "mamã, dizem coisas más de ti". "O quê filha? Queres contar-me?" "Que tu és feia, és má e preguiçosa" "quem diz?" perguntei, "a madrasta, ela diz que um dia vem falar contigo!". O tempo, a idade, ou o calo nestas coisas fez-me responder "filha, quando ela te disser alguma coisa da mamã, responde-lhe que se quiser dizer-me alguma coisa, venha então ter comigo e não te use como menina de recados." "Eu amo-te mamã!" "Eu sei". Dei-lhe um beijo e adormeceu. Acho que aliviou a pressão. Guardar para nós conversas destas não nos pode fazer bem. Como é que alguém faz isto a uma criança? (É uma pergunta retórica... Está mais que provado)
                        Ultima edição por suzhelen; 05-04-2011, 11:47.

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                        • Realmente..como é possivel.

                          Mas a vida ensina-nos todos os dias,por vezes da forma que não queriamos..um dia a vida vai lhes ensinar (vão ver o mal que vos fizeram).

                          "O Homem faz planos e Deus ri".

                          Beijossss grandeeesssss para os 3,mas um muito especial do Dinis.
                          __________________________________________________ ____________________
                          Para o meu maior,unico e grande amor:
                          Estou aqui. Sempre.Conta comigo.Amo-te Muitooooooo Di.

                          Gabby: amiga especial, companheira, tens e terás sempre um local do meu coração.Muitosssss Parabens pelo Salvador,o teu principe.

                          "O primeiro passo para conseguir algo é desejá-lo.\" OBRIGADA,o Desejo tornou se realidade e que boa realidade.
                          "Os amigos são anjos que nos ajudam a voar.\" Obrigada, vocês são únicas

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                          • Olá,

                            ontem li a correr os desenvolvimentos e estive vai-não-vai p responder e acabei por desistir

                            mas como pelos vistos não devemos guardar coisas más dentro de nós e eu tão pouco sei dizer/escrever coisas bonitas como a maria verde e sou mais p o "curto e grosso" (embora goste de pensar q sou só mt honesta), quero-te dizer

                            eu não te disse q a minha opinião neste caso é q mais valia q os teus filhos (principalmente o menino) não tivessem pai?
                            é q tb a menina vai ter q aguentar mt pressão com essa coisa da discriminação do irmão, de quem ela gosta, naturalmente

                            foi ou não nesse sentido q a psicóloga falou?
                            (agora não tenho tempo p fazer quote) e agora a parte grossa:

                            e pensar q parte tanta gente q faz tanta falta, puffffffffffff
                            deve ser por estas coisas q Deus me castiga...

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                            • Olá suzhelen,

                              Mal sabe a madrasta X que um dia, quando o companheiro se cansar de vos atormentar, é ela que fica na berlinda. Bem, mas até lá também vai espalhando o seu veneno.

                              Sabes, quando eu mais atrás aludi aos contos de fadas era a pensar em várias circunstâncias mas também estes episódios que se podem converter em oportunidades de anular ou diminuir as agressões daquele casal.

                              Fico a pensar se em vez de mandar também um recado, havendo o risco de a menina ficar exposta a uma contra-resposta tão agressiva quanto a inicial (estou a imaginar que seja pessoa para - "ai sim, ai a tua mãe quer falar comigo, olha então diz lá que isto e que aquilo... " - enfim, percebe-se o género), não seria uma alternativa abordar a questão assim: "Sabes, filha, há pessoas que andam muitas vezes zangadas, nós nem sabemos bem porquê, e a madrasta X é assim, olha, estas pessoas são assim como o lobo mau do Capuchinho, parecem ser muito simpáticas mascaradas de avózinha mas também fazem um bocadinho de mal, e o melhor que temos a fazer é só falar de coisas boas e alegres com elas, as coisas más nós não falamos ou fingimos que não ouvimos porque não precisamos de ficar zangados como ela. As coisas alegres é que são importantes."

                              Haverá história/personagem mais assertiva talvez (agora não me ocorre melhor que estive a fazer o Census e aquilo é uma seca, desculpa-me o desabafo) que uma psicoterapeuta com formação em contos de fadas habilmente encontraria, assim como também compunha melhor o conteúdo.

                              Seria também uma maneira de puxar de novo a menina para o mundo do imaginário mágico que é onde "andam" as meninas dessa idade, contrariando a indução de realidade que aqueles dois lhe inflingem.

                              Fica a sugestão. Amanhã respondo à tua questão que tenho o joão pestana a fechar-me os olhos.
                              Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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                              • Inserido Inicialmente por Maria Verde Ver Mensagem
                                Tu tens muito poder sim, és a Mãe... e a mão que embala o berço é a mão que governa o mundo.


                                Eu penso na mesma linha da Patims, aliás, nos meus posts este entendimento da vida ora está implícito ora bem explícito. Há padrões familiares que vão passando até que determinada geração consegue finalmente superá-los e ultrapassá-los, mas para isso as circunstâncias da vida acontecem de forma a que se revivam essas contrariedades ou obstáculos. Não é forçosamente necessário que se entenda a vida de um modo mais místico porque até geneticamente, hormonalmente nós herdamos comportamentos, medos e predisposições.
                                Penso que neste momento está-se dentro de uma janela de tempo até ao julgamento em que determinadas atitudes da tua parte poderiam ser prejudiciais e interpretadas como alienantes, como até já explicaste aqui. Mas depois deste período haverá um novo formato em que estarás mais solta e puderás protege-los melhor - o que não tem que ser necessariamente alienar - mas antes teres um protagonismo junto do pai que as crianças vão observar, interiorizar e imitar. Positiva, firme e pacificamente não permitir despedidas lamuriosas de 10 minutos à porta de casa, por exemplo, ou sempre que consideres o comportamento de abuso, manipulação ou maus tratos psicológicos. Eles só vão entender que estão a ser maltratados quando alguém aplacar o pai. Mas para esvaziar o pai de poder de retaliação, age-se sempre pela via pacifica, sábia (e aqui ganhas-lhe aos pontos).

                                Eu tenho uma filha que fez 6 anos recentemente, não sei se é especialmente curiosa ou se são todas assim, mas cada vez me faz perguntas mais dificeis (porque não estou à espera, não pensei muito no assunto ou não sei a resposta/não me lembro) sobre tudo - porque é que os macacos bebés não evoluem para pessoas e ficam sempre macacos, onde vamos dar se formos sempre em frente no espaço, porque é que choramos quando estamos tristes, e muitas mais. E dou comigo a sentir a necessidade de ter os temas "fechados e concluidos" para lhe poder providenciar as melhores explicações... sobre tudo.

                                No teu caso, acho que tens a parada ainda mais alta... porque tens que ter as explicações (positivas) para os porquês deles. Tens que ser clarividente, confiante, minimizadora de dramas emocionais, e timoneira da alegria ainda mais do que qualquer uma de nós... para eles crescerem na maior paz possível. Como eu já te tinha dito a resposta está em ti e no modo como encaras a vida e o teu papel de mãe, o teu poder, o teu ascendente sobre eles, a tua força de viver e de reagir às adversidades e não de sobreviver a tudo isto. Mas é claro que também precisas de ajuda - de alguém sábio em "crianças" mas também que saiba muito de pessoas e de vida.

                                Ora nem mais, é bom encontrar alguém que fala a mesma língua que eu . Infelizmente tenho pouco tempo para responder e felizmente tu fazes isso mt bem .

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