RE: Desabafo
Bem, depois de ler as vossas respostas a este tópico pensei bastante no que foi escrito. E fico contente por ser tão participado, porque muitas têm-me ajudado bastante.
Sinceramente não me choca nada deixar o D. e o F. com os avós...tenho muita confiança neles e , futuramente, até quando forem maiores, irá acontecer mais vezes. Isto tem várias razões: cansaço (OBVIAMENTE), necessidade de fazer algumas coisas que já não faço desde que fui internada na MAC durante um mês (não para ser rotina, mas para poder ganhar forças e continuar, mas essas explicações não são obrigatórias dar a ninguém) e porque quero salvaguardar a minha vida com o meu marido - não para ir para a borga, mas para fazermos algumas coisas que não fazíamos há mto tempo havendo uma diferença muito grande na expressão "saídas à noite" (para além de pais somos tb um casal e a privação do sono pode trazer situações mto complicadas para os dois incluindo situações de ruptura, mas isso tb todas sabem). Portanto, apesar de ficar a pensar que poderão ser mto pequeninos para ficarem com os avós, tb penso q se n mantenho a minha sanidade mental a situação poderá piorar e esta estratégia é apenas uma estratégia, que pode chocar (como pelos vistos chocou, mas que é adoptada por muitas outras pessoas). E nunca quis, nem quero, constituir uma família numerosa...são opções e a mim não me passa pela cabeça ter mais do que dois filhos que foi o que planeamos (e vieram os dois ao mm tempo).
A mim choca-me ouvir histórias de pessoas que passam a viver para os filhos e que se esquecem da identidade própria; de casais que deixam de ter amigos porque se sentem absorvidos pelos filhos e se afastam de todos, inclusivé um do outro (os meus filhos conhecem todos os nossos amigos e respectivos filhos, não deixamos de falar com as pessoas só porque eles ainda são pequeninos e precisam da nossa atenção total), mas aqui entramos pelo campo da educação e nesse campo, cada um sabe de si.
É óbvio tb que esta situação não é fácil para ninguém...é um estado de graça que por vezes não tem muita graça e acata rabugices e afins, mas como alguém disse é importante ter alguém que nos suporte e, apesar do meu marido não ser "bonzinho demais", é espectacular e assume a responsabilidade que todos os pais devem assumir e o facto de ficar com eles aos fds acaba por fazer parte de um processo tão natural como a parentalidade...a vinculação afectiva tb é importante para o pai e faz parte deixarmos que eles assumam esse papel, e obviamente que acaba por nos aliviar.
Vitimizar? Bem, não é essa a intenção... a intenção é encontrar aqui alguma ajuda e tem ajudado saber que algumas mães passaram pelo mesmo que eu estou a passar e isso já referi em algumas respostas e agradeço imenso as respostas que tenho tido. Não sou a super-mulher e assumo claramente isso, não sou uma super-mãe, mas tento fazer o melhor para os bebes e para mim também, porque não deixei de ser eu própria a partir do momento em que os meus filhos nasceram e acredito que hajam opiniões diferentes, e acredito que a minha opinião mude quando começar a visualizar o desenvolvimento deles, porque, sinceramente e desculpem a expressão, mas não me venham com tretas das "tentativas de"...eles sorriem e eu sei diferenciar o que é um reflexo de uma atitude, e neste momento eles não tentam sorrir...eles têm esse reflexo... é giro e ficamos babados, mas temos que ser realistas para não passarmos para a barreira da nossa projecção...eles tentam palrar??? bem, o choro deles começa a ser diferente e eles refilam tb... se isso é uma tentativa de...acho mto cedo...pto, como vêm o mimo tb dá nisto, e o importante é conhecermos os nossos filhos e descodificarmos as suas necessidades... se precisamos de descansar, de espairecer... isso é com cada um e fazemos da forma que achamos melhor... uma hora para mim pode ser suficiente daqui a uns meses, neste momento é mto pouco...mas lá está, todos somos diferentes.
Desculpem este testamento, por norma não costumo escrever desta maneira, mas os "julgamentos" acabam por ter que ser desconstruídos, porque não nos conhecemos e não sentimos as dores uns dos outros.. ainda bem que assim é, porque ficamos a conhecer pessoas diferentes...mas tb é bom percebermos que não podemos agir da mesma maneira e, acredito que o que importa, é que nos devemos sentir bem connosco, sendo mãe a tempo inteiro, querendo ter 10 filhos, ou apenas um, ou sendo uma mãe com outras actividades, não nos devemos censurar... daí a expressão "julgamentos".
Mais uma vez, e para quem teve paciência de ler esta resposta até ao fim, peço desculpa pelo testamento.
Beijinhos e obrigada a todas.
Bem, depois de ler as vossas respostas a este tópico pensei bastante no que foi escrito. E fico contente por ser tão participado, porque muitas têm-me ajudado bastante.
Sinceramente não me choca nada deixar o D. e o F. com os avós...tenho muita confiança neles e , futuramente, até quando forem maiores, irá acontecer mais vezes. Isto tem várias razões: cansaço (OBVIAMENTE), necessidade de fazer algumas coisas que já não faço desde que fui internada na MAC durante um mês (não para ser rotina, mas para poder ganhar forças e continuar, mas essas explicações não são obrigatórias dar a ninguém) e porque quero salvaguardar a minha vida com o meu marido - não para ir para a borga, mas para fazermos algumas coisas que não fazíamos há mto tempo havendo uma diferença muito grande na expressão "saídas à noite" (para além de pais somos tb um casal e a privação do sono pode trazer situações mto complicadas para os dois incluindo situações de ruptura, mas isso tb todas sabem). Portanto, apesar de ficar a pensar que poderão ser mto pequeninos para ficarem com os avós, tb penso q se n mantenho a minha sanidade mental a situação poderá piorar e esta estratégia é apenas uma estratégia, que pode chocar (como pelos vistos chocou, mas que é adoptada por muitas outras pessoas). E nunca quis, nem quero, constituir uma família numerosa...são opções e a mim não me passa pela cabeça ter mais do que dois filhos que foi o que planeamos (e vieram os dois ao mm tempo).
A mim choca-me ouvir histórias de pessoas que passam a viver para os filhos e que se esquecem da identidade própria; de casais que deixam de ter amigos porque se sentem absorvidos pelos filhos e se afastam de todos, inclusivé um do outro (os meus filhos conhecem todos os nossos amigos e respectivos filhos, não deixamos de falar com as pessoas só porque eles ainda são pequeninos e precisam da nossa atenção total), mas aqui entramos pelo campo da educação e nesse campo, cada um sabe de si.
É óbvio tb que esta situação não é fácil para ninguém...é um estado de graça que por vezes não tem muita graça e acata rabugices e afins, mas como alguém disse é importante ter alguém que nos suporte e, apesar do meu marido não ser "bonzinho demais", é espectacular e assume a responsabilidade que todos os pais devem assumir e o facto de ficar com eles aos fds acaba por fazer parte de um processo tão natural como a parentalidade...a vinculação afectiva tb é importante para o pai e faz parte deixarmos que eles assumam esse papel, e obviamente que acaba por nos aliviar.
Vitimizar? Bem, não é essa a intenção... a intenção é encontrar aqui alguma ajuda e tem ajudado saber que algumas mães passaram pelo mesmo que eu estou a passar e isso já referi em algumas respostas e agradeço imenso as respostas que tenho tido. Não sou a super-mulher e assumo claramente isso, não sou uma super-mãe, mas tento fazer o melhor para os bebes e para mim também, porque não deixei de ser eu própria a partir do momento em que os meus filhos nasceram e acredito que hajam opiniões diferentes, e acredito que a minha opinião mude quando começar a visualizar o desenvolvimento deles, porque, sinceramente e desculpem a expressão, mas não me venham com tretas das "tentativas de"...eles sorriem e eu sei diferenciar o que é um reflexo de uma atitude, e neste momento eles não tentam sorrir...eles têm esse reflexo... é giro e ficamos babados, mas temos que ser realistas para não passarmos para a barreira da nossa projecção...eles tentam palrar??? bem, o choro deles começa a ser diferente e eles refilam tb... se isso é uma tentativa de...acho mto cedo...pto, como vêm o mimo tb dá nisto, e o importante é conhecermos os nossos filhos e descodificarmos as suas necessidades... se precisamos de descansar, de espairecer... isso é com cada um e fazemos da forma que achamos melhor... uma hora para mim pode ser suficiente daqui a uns meses, neste momento é mto pouco...mas lá está, todos somos diferentes.
Desculpem este testamento, por norma não costumo escrever desta maneira, mas os "julgamentos" acabam por ter que ser desconstruídos, porque não nos conhecemos e não sentimos as dores uns dos outros.. ainda bem que assim é, porque ficamos a conhecer pessoas diferentes...mas tb é bom percebermos que não podemos agir da mesma maneira e, acredito que o que importa, é que nos devemos sentir bem connosco, sendo mãe a tempo inteiro, querendo ter 10 filhos, ou apenas um, ou sendo uma mãe com outras actividades, não nos devemos censurar... daí a expressão "julgamentos".
Mais uma vez, e para quem teve paciência de ler esta resposta até ao fim, peço desculpa pelo testamento.
Beijinhos e obrigada a todas.
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