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Mamãs de Novembro/Dezembro de 2012

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  • Kelly, muitos parabéns
    Como vês correu tudo bem e o Miguel deve ser um lindão!! Estou tão contente
    Logo que possas mostra-nos uma foto desse príncipe

    Bjokas
    Treinante desde 2010 *** 4 abortos repetidos sem causa aparente
    Portadora de mutação MTHFR - variante 677 T/T em homozigotia
    Positivo a 11.12.2014 *** DUM 11.11.2014 *** DPP 18.08.2015

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    • KellyPt, muitos parabéns, fico tão feliz por saber que correu tudo bem! Miguel, sê bem vindo ao mundo e aos braços dos teus pais que tanto te amam!

      Estrelinha, não sou uma especialista no assunto mas penso que os toques não são para puxar o útero mas sim para avaliar o comprimento do colo do útero (que vai diminuindo à medida que se aproxima a altura do parto). Quanto aos toques maldosos, acho que são aqueles em que o médico faz alguma pressão para mexer no rolhão mucoso e, eventualmente, estimular o início do parto. Nas 2 gravidezes fizeram-me vários toques e nunca nenhum me doeu. Tenta não te preocupares excessivamente, até pode ser que a intenção do médico não seja fazer um desses toques malandros mas apenas um toque de avaliação da situação. Além disso, até pode ser que o teu bebé decida nascer antes desse dia da consulta. Um abraço e tudo de bom!

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      • Inserido Inicialmente por KellyPT Ver Mensagem
        Olá a todas,

        Passei num instantinho só para dizer que o Miguel nasceu às 14:32 da passada segunda-feira, dia 29 de Outubro e eu sou oficialmente a mulher mais feliz do mundo. Estava com bastante medo da cesariana, mas parece que não se notou muito. Senti-me bastante mal nos 5 minutos que levou entre a administração da anestesia e a saída dele, mas a equipa médica foi fantástica e correu tudo muito bem. Quando o vi, não pensei em mais nada. É lindo, mama muito bem e, apesar de na primeira noite não nos ter deixado dormir grande coisa, hoje já só acordou uma vez para mamar.

        Eu estou ainda com dores na costura (claro!), mas acabei de lhe dar banho e agora vou pô-lo a mamar.

        Quando puder, volto cá para contar mais coisas.

        Muitos parabéns, Camila, pela tua princesa também e beijos enormes a todas
        Parabéns kelly

        K bom k correu td bem

        Beijinho grande pra ti e para o Miguel

        Kitty*
        Novembro 2011 - deixei a pilula
        Janeiro 2012 - inicio dos treinos
        7 Março 2012 - Positivo
        31 Março 2012 - ab. espontaneo às 7 semanas
        4 Maio 2012 - luz verde para re-iniciar os treinos
        23 Setembro 2012 - Positivo

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        • Ola meninas
          Primeiro de tudo felicitar todas as mamas que felizmente ja podem ter seus rebentos em seus braços sao momentos unicos e especias que devemos aproveitar ao maximo fiquei muito feliz tambem por ler que de uma forma geral todas tiveram um bom parto e recuperam bem desse momento e todos os bebes estao bem
          Segundo tambem peço desculpas pois fiquei algum tempo sem dar noticias o cansaço diario, provocado tambem pelo trabalho nao foi facil segunda f faço 36 semaninhas tenho marcada ecografia e consulta e so conto em que a medica me passe baixa, pois ja nao aguento mais mesmo depois entao ja com mais tempo passo para ver vossas noticias
          Um bjinho enorme para todas voçes
          <a href="http://lilypie.com/"><img src="http://lbdf.lilypie.com/tk1Cp1.png" width="400" height="80" border="0" alt="Lilypie Pregnancy tickers" /></a>

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          • Ai caramba faltam apenas 8 dias

            As mamãs que já tiveram os seus bebés como está a correr a adaptação a casa?

            bjs e bom domingo
            a Clara chegou

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            • Inserido Inicialmente por CamilaG Ver Mensagem
              Ups! Carreguei no botão errado e postei sem ter acabado. Aqui vai a continuação:
              Quando cheguei ao hospital já ia com 7cm de dilatação. Levei a epidural e rapidamente cheguei aos 10cm mas a bebé ainda estava muito subida. Deram-me um soro com oxitocina para estimular contrações que a fizessem descer mas ao fim de 2 horas ela ainda estava no mesmo sítio... Entrou então ao serviço a médica que me havia feito o parto do Gonçalo. Quando ela entrou no quarto senti uma alegria enorme, com ela eu sabia que estava nas melhores mãos possíveis. Depois de me observar concluiu que a Catarina estava mal posicionada, com a cara virada para cima. Tentou que ela desse a volta mas só conseguiu pô-la com a cabeça de lado, numa posição transversal ao canal vaginal. A descida continuava a ser difícil mas não impossível. Disse-me então para, sempre que viesse uma contração, me pôr de cócoras agarrada à cama e fazer força. A médica e uma enfermeira estiveram comigo durante todo este processo, ajudando-me a identificar as contrações. A bebé desceu um bocado mas, devido à sua posição, ficou entalada numa zona da bacia. Fui então para o bloco de partos, continuei a fazer mais umas forças de cócoras até que, já deitada a médica viu que, para ajudar à festa, a bebé tinha 2 voltas cordão umbilical à volta do pescoço... Não sei explicar que voltas é que a médica deu à bebé na minha barriga, mas o que é certo é que depois dessas voltas, com a ajuda de uma ventosa, com a enfermeira a carregar na minha barriga e comigo a fazer toda a força que podia, a Catarina nasceu cheia de saúde e perfeitinha. Num ambiente muito descontraído e ao som dos U2 (a sala de partos tinha uma pequena aparelhagem de som ) a minha menina veio ao mundo, enchendo o coração dos pais de uma alegria sem tamanho!!! Graças à perícia e grande experiência da médica, à enfermeira que foi um verdadeiro anjo, ao apoio psicológico do maridão e ao ambiente de apoio e tranquilidade que me transmitiram, recordarei este momento como uma dos mais sublimes da minha vida. Do fundo do coração, desejo que todas vós vivam momentos tão bons como estes. Um grande abraço.
              Parabens Camila e Benvinda Catarina.
              Pelo que percebi nasceu no dia da Ema


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              • Olá, lindas

                O Miguel dorme aqui ao lado, depois de termos dado hoje o nosso primeiro passeio.

                Muito obrigada a todas que desejaram felicidades. Não consigo responder a todas. As que já são mães percebem porquê e as outras em breve perceberão.

                Ora então cá vai o relato do meu Dia D. Começou mal, porque descobrimos ao sair para o hospital que tinham assaltado o carro do meu marido na noite anterior e partido um vidro. Além da irritação e do atraso que isto provocou, colocou-nos um imediato problema logístico, porque precisávamos do carro para deixar a bagagem que não podíamos levar para a sala de partos e com o vidro partido era difícil. Mas teve a vantagem de me deixar ocupada com outros pensamentos que não a cesariana na viagem para o hospital. Lá chegados, tivémos a sorte de arranjar um lugar perto do quiosque de segurança e o problema lá se resolveu.

                Depois subimos e fizemos o internamento. Eu entrei primeiro, despi-me e vesti a bata do hospital. Chegaram umas enfermeiras que me fizeram várias perguntas, me mediram a glicémia e colocaram a soro e ligada ao CTG. Deram-me 2 clisteres para fazer e lá fui ao WC. Entretanto, chegou o marido e estivemos a conversar e a ver TV. Eu estava razoavelmente calma nesta fase. Ainda fui mais 3 vezes ao WC, já com a entrada de soro colocada (e consequentemente enrolada nos fios).

                Cerca das 13:30, uma enfermeira vem avisar-me de que vou entrar para a cesariana. A minha adrenalina começa a subir em flecha e o marido tira-me as últimas fotografias de grávida. Entretanto, a Dr.ª Ana Chung chega à porta e avisa-me de que o anestesista ainda não pode vir e que vai demorar "mais uns 20 minutinhos". A minha adrenalina sobe ainda mais...

                Às 14:10, vêm mesmo buscar-me para me levar para a sala de cesarianas. Só eu, porque o marido ficou lá fora a vestir a bata verde dele. Ao entrar na sala, a primeira coisa que vi foram as primeiras roupinhas que escolhi para o bebé com tanto carinho, penduradas em cima da "fonte de calor" onde eu sabia que colocavam e examinavam os recém-nascidos logo após o parto. Vieram-me as lágrimas aos olhos ao ver aquelas coisinhas no meio de todo o aço de uma sala de cirurgia e não consegui desviar os olhos delas. Deve ter-se notado, porque uma enfermeira veio dizer-me que eu tinha escolhido umas roupas muito bonitas...

                A Dr.ª Ana Chung veio perguntar-me se eu estava nervosa. "Um pouco", respondi eu e ela confortou-me dizendo que isso era perfeitamente normal. Depois, uma enfermeira muito simpática explicou-me como me havia de colocar para me administrarem a epidural e todo o procedimento que se seguiria (tombar para o lado e virar depois de barriga para cima). Voltaram a avisar-me de que era natural que me sentisse mal durante a cirurgia e a enfermeira pediu-me para, nesse caso, dizer imediatamente, para ter tempo de fazer alguma coisa. Aqui, comecei a entrar numa fase de quase pânico, que se agravou quando o anestesista entrou e me começou a mexer. Ainda assim, tentei manter-me imóvel, porque sei bem as dores que provoca uma epidural mal ministrada. Quando me deu a injecção, gritei que me estava a doer (vendo bem, acho que não era bem dor, mas uma sensação muito breve de choque eléctrico nas pernas), o médico deu-me mais 1 ou 2 toques e disse que já tinha acabado. Tombei e virei-me como me mandaram, cheia de medo.

                Pouco depois, comecei a sentir-me mal, enjoada e com falta de ar (há vários meses que não suportava estar de barriga para cima, por causa da pressão do bebé sobre a veia cava). Este foi de longe o momento mais difícil, porque comecei a deixar de ver e chegou a passar-me pela cabeça que morreria ali. Pelo menos desmaiaria, com certeza. Mas avisei as enfermeiras e, de facto, rapidamente a sensação de desmaio e os enjoos passaram. A falta de ar nem por isso. Tentei respirar pausadamente, mas sem grande êxito, porque estava mesmo nervosa.

                Chamei então pelo marido, que ainda não tinha entrado (estou convencida de que, se não o tivesse feito, se tinham esquecido dele). Pouco depois, reconheço os seus olhos sob uma bata e barrete verdes. Ficámos uns momentos de mãos dadas, com ele a sussurrar-me umas palavras doces ao ouvido.

                De repente, ouço um choro de bebé. Alguém grita: "olhe, mamã" e de trás do pano verde que me impedia de ver os médicos surge um corpinho ensanguentado mas muito branquinho, com uma cara redondinha muito perfeita. O meu coração deu um salto e dei um grito. Acho que até coloquei uma mão na boca, não sei bem qual, porque deviam estar as duas imóveis. Não estava nada à espera que fosse tão rápido. O Miguel nascia assim, 3610kg e 50cm de gente, às 14:32 do dia 29 de Outubro de 2012, ao som de Sónia Tavares a cantar "Perfeito coração" (esta parte, segundo o pai, que eu não me lembro da música).

                Fiquei em alerta total, para ver se voltava a ouvir o choro dele. E ouvi, 5 ou 6 vezes, mas nada de berraria pegada. O pai deu-me mais um beijo e levantou-se para o ver melhor e tirar as primeiras fotografias. Do lado de trás do pano, a médica disse-me que me iam começar a “limpar” e que isso me poderia fazer alguma impressão. Não fez impressão nenhuma, estava demasiado excitada e contente. Mesmo assim, ainda me voltei a sentir enjoada (e dei pequenos vómitos) duas vezes, mas avisei sempre as enfermeiras e rapidamente melhorei. O papá voltou para junto de mim e uma senhora de bata verde que percebi ser a neonatologista veio dizer-me: “Parabéns, mamã! Está tudo bem com o seu bebé”.

                Pouco depois, ouço a voz da Dr.ª Ana Chung a dizer: “Vem aí um embrulhinho”. E colocam-me sobre o peito o embrulhinho mais bonito do mundo: lindo, perfeito, pele muito branca e rosadinha, vestido com a roupa que eu escolhi, de olhos abertos mas muito calmo e a cheirar a bebé. Foi a maior emoção da minha vida e perdi completamente a compostura: desatei a chorar, num pranto incontrolável, abraçando-o com a mão que me tinham deixado soltar. Só conseguia dizer: “Oh, meu amor, meu amor, meu amor!”. Tenho fotografias com o bebé, eu a chorar compulsivamente e ele calmíssimo

                A cirurgia terminou entretanto. Já tinham começado a coser-me sem que eu me tivesse sequer apercebido. Todos me deram os parabéns e a Dr.ª Ana Chung disse-me que eu me tinha portado muito bem. Já fora da sala, colocaram o Miguel na minha mama e apercebi-me de que a amamentação seria bem mais dolorosa do que eu tinha pensado…

                Ficámos os três um bom bocado na sala de recobro, com o Miguel a dormir placidamente no meu seio. Foi, talvez, o momento mais absolutamente feliz da minha vida. Uma enfermeira levou-o para medir a glicémia e voltou dizendo que estava tudo bem Depois, o meu marido saiu para dar a notícia à família mais próxima e voltou dizendo que os meus pais estavam do outro lado da parede, a chorar de alegria. Mais lágrimas, lágrimas e lágrimas...

                Depois, subimos para o quarto e nessa tarde já recebi as primeiras visitas: pais, irmão, cunhada, sobrinho e uma tia. Ao início da noite, enviei um sms com a notícia a vários amigos e começaram a chover as mensagens de parabéns. Às 23:00 tive a segunda grande alegria do dia, quando uma enfermeira entrou no quarto e me perguntou se queria fazer o levante. Como não há nada que mais deteste do que estar imóvel e completamente dependente de terceiros, até dei um salto e disse logo que sim (apesar de que, na verdade, a força nas minhas pernas ainda não estava nessa altura reestabelecida a 100%). A única má notícia foi que a médica me veio dizer que, à palpação, tinha sentido a presença de vários miomas “lá para cima”. Voltámos ao mesmo, portanto

                Tivemos alta do hospital na quinta-feira, dia 1 de Novembro. Eu, que toda a vida receei a maternidade por temer o parto, a perda de liberdade e as noites sem dormir, descobri que nada disso importa e só tenho uma dificuldade grave: a amamentação, que está a ser muito dolorosa e é uma grande preocupação já que o Miguel perdeu mais peso do que devia nos primeiros três dias de vida. Mas, como diz o outro, isso agora não interessa nada…

                E pronto, cá está o relato do dia mais feliz da minha vida. Beijos
                Ultima edição por KellyPT; 18-11-2012, 20:00.
                KellyPT
                Nov 2010: exames pré-natais (polipose do endométrio); 15Fev2011: histeroscopia cirúrgica; 26Jul2011: miomectomia + histeroscopia cirúrgica; Agosto a 30Dez2011: pausa nos treinos (pílula); 9Mar2012: POSITIVO

                O meu príncipe, Miguel, chegou a 29 de Outubro de 2012




                Orgulhosa madrinha das minhas queridas S. e TelmaGD
                Madrilhada da muito especial Angie

                Comentar


                • Mas o que eu já chorei á conta deste relato Kelly.... emocionante demais ou sou eu que estou hipersensivel.... que lindo!!

                  Muitos parabéns aos dois e felicidades!!!

                  Obrigada por partilhares!!

                  O melhor do mundo para vocês **************



                  Inserido Inicialmente por KellyPT Ver Mensagem
                  Olá, lindas

                  ...

                  E pronto, cá está o relato do dia mais feliz da minha vida. Beijos
                  Ultima edição por Angie¨; 06-11-2012, 11:59.


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                  • Querida Kelly: passei o fim de semana a espreitar para ver se lia notícias vossas. Não pude deixar de me comover com o teu relato . Maravilha, ter finalmente o nosso filho saudável e lindo nos braços!!

                    Quanto à amamentação, sim, pode ser muito dolorosa, mas depois o peito habitua-se e não custa nada. Há alguns truques para aliviar a dor (lanolina, bicos de silicone, etc.). Espero que em breve ultrapassem todas as dificuldades normais dos primeiros tempos.

                    Um grande beijinho para ti, e tudo de bom para o nosso sobrinho virtual.


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                    • Inserido Inicialmente por KellyPT Ver Mensagem
                      Olá, lindas

                      O Miguel dorme aqui ao lado, depois de termos dado hoje o nosso primeiro passeio.

                      Muito obrigada a todas que desejaram felicidades. Não consigo responder a todas. As que já são mães percebem porquê e as outras em breve perceberão.

                      Ora então cá vai o relato do meu Dia D. Começou mal, porque descobrimos ao sair para o hospital que tinham assaltado o carro do meu marido na noite anterior e partido um vidro. Além da irritação e do atraso que isto provocou, colocou-nos um imediato problema logístico, porque precisávamos do carro para deixar a bagagem que não podíamos levar para a sala de partos e com o vidro partido era difícil. Mas teve a vantagem de me deixar ocupada com outros pensamentos que não a cesariana na viagem para o hospital. Lá chegados, tivémos a sorte de arranjar um lugar perto do quiosque de segurança e o problema lá se resolveu.

                      Depois subimos e fizemos o internamento. Eu entrei primeiro, despi-me e vesti a bata do hospital. Chegaram umas enfermeiras que me fizeram várias perguntas, me mediram a glicémia e colocaram a soro. Deram-me 2 clisteres para fazer e lá fui ao WC. Entretanto, chegou o marido e estivemos a conversar e a ver TV. Eu estava razoavelmente calma nesta fase. Ainda fui mais 3 vezes ao WC, já com a entrada de soro colocada (e consequentemente enrolada nos fios).

                      Cerca das 13:30, uma enfermeira vem avisar-me de que vou entrar para a cesariana. A minha adrenalina começa a subir em flecha e o marido tira-me as últimas fotografias de grávida. Entretanto, a Dr.ª Ana Chung chega à porta e avisa-me de que o anestesista ainda não pode vir e que vai demorar "mais uns 20 minutinhos". A minha adrenalina começa a subir, a subir...

                      Às 14:10, vêm mesmo buscar-me para me levar para a sala de cesarianas. Só eu, porque o marido ficou lá fora a vestir a bata verde dele. Ao entrar na sala, a primeira coisa que vi foram as primeiras roupinhas que escolhi para o bebé com tanto carinho, penduradas em cima da "fonte de calor" onde eu sabia que colocavam e examinavam os bebés logo depois de nascer. Vieram-me as lágrimas aos olhos ao ver aquelas coisinhas no meio de todo o aço de uma sala de cirurgia e não consegui desviar os olhos delas. Deve ter-se notado, porque uma enfermeira veio dizer-me que eu tinha escolhido umas roupas muito bonitas...

                      A Dr.ª Ana Chung veio perguntar-me se eu estava nervosa. "Um pouco", respondi eu e ela confortou-me dizendo que isso era perfeitamente normal. Depois, uma enfermeira muito simpática explicou-me como me havia de colocar para me administrarem a epidural e todo o procedimento que se seguiria (tombar para o lado e virar depois de barriga para cima). Voltaram a avisar-me de que era natural que me sentisse mal durante a cirurgia e a enfermeira pediu-me para, nesse caso, dizer imediatamente, para ter tempo de fazer alguma coisa. Aqui, comecei a entrar numa fase de quase pânico, que se agravou quando o anestesista entrou e me começou a mexer. Ainda assim, tentei manter-me imóvel, porque sei bem as dores que provoca uma epidural mal ministrada. Quando me deu a injecção, gritei que me estava a doer (vendo bem, acho que não era bem dor, mas uma sensação muito breve de choque eléctrico nas pernas), o médico deu-me mais 1 ou 2 toques e disse que já tinha acabado. Tombei e virei-me como me mandaram, cheia de medo.

                      Pouco depois, comecei a sentir-me mal, enjoada e com falta de ar (há vários meses que não suportava estar de barriga para cima, por causa da pressão do bebé sobre a veia cava). Este foi de longe o momento mais difícil, porque comecei a deixar de ver e chegou a passar-me pela cabeça que morreria ali. Pelo menos desmaiaria, com certeza. Mas avisei as enfermeiras e, de facto, rapidamente a sensação de desmaio e os enjoos passaram. A falta de ar nem por isso. Tentei respirar pausadamente, mas sem grande êxito, porque estava mesmo nervosa.

                      Chamei então pelo marido, que ainda não tinha entrado. Pouco depois, reconheço os seus olhos sob uma bata e barrete verdes. Ficámos uns momentos de mãos dadas, com ele a sussurrar-me umas palavras doces ao ouvido.

                      De repente, ouço um choro de bebé. Alguém grita: "olhe, mamã" e de trás do pano verde que me impedia de ver os médicos surge um corpinho ensanguentado mas muito branquinho, com uma cara redondinha muito perfeitinha. O meu coração deu um salto e dei um grito. Acho que até coloquei uma mão na boca, não sei bem qual, porque deviam estar as duas imóveis. Não estava nada à espera que fosse tão rápido. O Miguel nascia assim, às 14:32 do dia 29 de Outubro de 2012, ao som de Sónia Tavares a cantar "Perfeito coração" (esta parte, segundo o pai, que eu não me lembro da música).

                      Fiquei em alerta total, para ver se voltava a ouvir o choro dele. E ouvi, 5 ou 6 vezes, mas nada de berraria pegada. O pai deu-me mais um beijo e levantou-se para o ver melhor e tirar as primeiras fotografias. Do lado de trás do pano, a médica disse-me que me iam começar a “limpar” e que isso me poderia fazer alguma impressão. Não fez impressão nenhuma, estava demasiado excitada e contente. Mesmo assim, ainda me voltei a sentir enjoada (e dei pequenos vómitos) duas vezes, mas avisei sempre as enfermeiras e rapidamente melhorei. O papá voltou para junto de mim e uma senhora de bata verde que percebi ser a neonatologista veio dizer-me: “Parabéns, mamã! Está tudo bem com o seu bebé”.

                      Pouco depois, ouço a voz da Dr.ª Ana Chung a dizer: “Vem aí um embrulhinho”. E colocam-me sobre o peito o embrulhinho mais bonito do mundo: lindo, perfeito, pele muito branca e rosadinha, vestido com a roupa que eu escolhi, de olhos abertos mas muito calmo e a cheirar a bebé. Foi a maior emoção da minha vida e perdi completamente a compostura: desatei a chorar, num pranto incontrolável, abraçando-o com a mão que me tinham deixado soltar. Só conseguia dizer: “Oh, meu amor, meu amor, meu amor!”. Tenho fotografias com o bebé, eu a chorar compulsivamente e ele calmíssimo

                      A cirurgia terminou entretanto. Já tinham começado a coser-me sem que eu me tivesse sequer apercebido. Todos me deram os parabéns e a Dr.ª Ana Chung disse-me que eu me tinha portado muito bem. Já fora da sala, colocaram o Miguel na minha mama e apercebi-me de que a amamentação seria bem mais dolorosa do que eu tinha pensado…
                      Ficámos os três um bom bocado na sala de recobro, com o Miguel a dormir placidamente no meu seio. Foi, talvez, o momento mais absolutamente feliz da minha vida. Uma enfermeira levou-o para medir a glicémia e voltou dizendo que estava tudo bem

                      Depois, subimos para o quarto e nessa tarde já recebi as primeiras visitas: pais, irmão, cunhada e sobrinho e uma tia. Ao início da noite, enviei um sms com a notícia a vários amigos e começaram a chover as mensagens de parabéns. A única má notícia foi que a médica me veio dizer que, à palpação, tinha sentido a presença de vários miomas “lá para cima”. Voltámos ao mesmo, portanto

                      Tivemos alta do hospital na quinta-feira, dia 1 de Novembro. Eu, que toda a vida receei a maternidade por temer o parto, a perda de liberdade e as noites sem dormir, descobri que nada disso importa e só tenho uma dificuldade grave: a amamentação, que está a ser muito dolorosa e é uma grande preocupação já que o Miguel perdeu mais peso do que devia nos primeiros três dias de vida. Mas, como diz o outro, isso agora não interessa nada…
                      E pronto, cá está o relato do dia mais feliz da minha vida. Beijos

                      Ola Kelly, antes demais mtos parabens, portaste-te mto bem e ja tens o teu lindo menino nos braços, é tao bom. Queria so dizer-te k em relaçao à amamentaçao tb passei por isso, a Leonor nasceu gordinha (3,850kg) mas desde logo k foi dificil para mamar e tb perdeu mais de 10% do peso logo na maternidade. Estes 2 meses e meio k amamentei foi com mto esforço e paciencia pq ela n pega bem larga imenso o peito e mama pouco (e tenho bons bicos e tive bastante leite), simplesmente ela n o ker. Foi um stress pq depois engordava mto pouco, tive k começar a dar suplemento e agora estamos na fase em k ta msm a largar o peito, tira a boca e chora e n pega msmo. Tenho pena mas sei k me esforcei, so para te dizer k tenta n stressar c a amamentaçao, se correr bem maravilha, se correr mal n é o fim do mundo (mas insiste c ele) eu se n tivesse tido as aulas de preparaçao para o parto tinha desistido de amamentar na primeira semana pq consegue ser msm desgastante. Beijinho grande e td de bom

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                      • Que lindo relato Kelly!

                        Sabe sempre tão bem ler-te e saber de vós.

                        Beijos grandes linda, para ti e para o teu Miguel!



                        O meu gráfico POSITIVO Foram 11 meses à tua espera, mas finalmente POSITIVO a 19 de Dezembro!
                        Hipotiroidismo e SOP. Com Duphaston desde 09/12, Metformina desde 10/12 e Dufine desde 10/12


                        Orgulhosamente afilhada da KellyPT
                        Madrilhadas do meu coração: AnaBS e Angie"
                        Afilhadas lindas, maravilhosas e super-mulheres: Caty80 (A torcer muito pela minha Catxinha+++++++++++) e Miss Dior!

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                        • Parabens Kelly ainda bem que esta td optimo com o teu teste de ovulaçao negativo
                          Aí está ele a provar que tava td errado ehehe

                          Qto a amamebtaçao fala com a BABS aqui do foeum. Ela é conselheira de amamentaçap da OMS pode te ajudar DE CERTEZA! Assim k ultrapassares as dificuldades vais ver que é o melhor do mundo...ainda hj sinto falta e amamentei imenso!

                          Felicidadea e td a correr bem!

                          Inserido Inicialmente por KellyPT Ver Mensagem
                          Olá, lindas

                          O Miguel dorme aqui ao lado, depois de termos dado hoje o nosso primeiro passeio.

                          Muito obrigada a todas que desejaram felicidades. Não consigo responder a todas. As que já são mães percebem porquê e as outras em breve perceberão.

                          Ora então cá vai o relato do meu Dia D. Começou mal, porque descobrimos ao sair para o hospital que tinham assaltado o carro do meu marido na noite anterior e partido um vidro. Além da irritação e do atraso que isto provocou, colocou-nos um imediato problema logístico, porque precisávamos do carro para deixar a bagagem que não podíamos levar para a sala de partos e com o vidro partido era difícil. Mas teve a vantagem de me deixar ocupada com outros pensamentos que não a cesariana na viagem para o hospital. Lá chegados, tivémos a sorte de arranjar um lugar perto do quiosque de segurança e o problema lá se resolveu.

                          Depois subimos e fizemos o internamento. Eu entrei primeiro, despi-me e vesti a bata do hospital. Chegaram umas enfermeiras que me fizeram várias perguntas, me mediram a glicémia e colocaram a soro. Deram-me 2 clisteres para fazer e lá fui ao WC. Entretanto, chegou o marido e estivemos a conversar e a ver TV. Eu estava razoavelmente calma nesta fase. Ainda fui mais 3 vezes ao WC, já com a entrada de soro colocada (e consequentemente enrolada nos fios).

                          Cerca das 13:30, uma enfermeira vem avisar-me de que vou entrar para a cesariana. A minha adrenalina começa a subir em flecha e o marido tira-me as últimas fotografias de grávida. Entretanto, a Dr.ª Ana Chung chega à porta e avisa-me de que o anestesista ainda não pode vir e que vai demorar "mais uns 20 minutinhos". A minha adrenalina começa a subir, a subir...

                          Às 14:10, vêm mesmo buscar-me para me levar para a sala de cesarianas. Só eu, porque o marido ficou lá fora a vestir a bata verde dele. Ao entrar na sala, a primeira coisa que vi foram as primeiras roupinhas que escolhi para o bebé com tanto carinho, penduradas em cima da "fonte de calor" onde eu sabia que colocavam e examinavam os bebés logo depois de nascer. Vieram-me as lágrimas aos olhos ao ver aquelas coisinhas no meio de todo o aço de uma sala de cirurgia e não consegui desviar os olhos delas. Deve ter-se notado, porque uma enfermeira veio dizer-me que eu tinha escolhido umas roupas muito bonitas...

                          A Dr.ª Ana Chung veio perguntar-me se eu estava nervosa. "Um pouco", respondi eu e ela confortou-me dizendo que isso era perfeitamente normal. Depois, uma enfermeira muito simpática explicou-me como me havia de colocar para me administrarem a epidural e todo o procedimento que se seguiria (tombar para o lado e virar depois de barriga para cima). Voltaram a avisar-me de que era natural que me sentisse mal durante a cirurgia e a enfermeira pediu-me para, nesse caso, dizer imediatamente, para ter tempo de fazer alguma coisa. Aqui, comecei a entrar numa fase de quase pânico, que se agravou quando o anestesista entrou e me começou a mexer. Ainda assim, tentei manter-me imóvel, porque sei bem as dores que provoca uma epidural mal ministrada. Quando me deu a injecção, gritei que me estava a doer (vendo bem, acho que não era bem dor, mas uma sensação muito breve de choque eléctrico nas pernas), o médico deu-me mais 1 ou 2 toques e disse que já tinha acabado. Tombei e virei-me como me mandaram, cheia de medo.

                          Pouco depois, comecei a sentir-me mal, enjoada e com falta de ar (há vários meses que não suportava estar de barriga para cima, por causa da pressão do bebé sobre a veia cava). Este foi de longe o momento mais difícil, porque comecei a deixar de ver e chegou a passar-me pela cabeça que morreria ali. Pelo menos desmaiaria, com certeza. Mas avisei as enfermeiras e, de facto, rapidamente a sensação de desmaio e os enjoos passaram. A falta de ar nem por isso. Tentei respirar pausadamente, mas sem grande êxito, porque estava mesmo nervosa.

                          Chamei então pelo marido, que ainda não tinha entrado. Pouco depois, reconheço os seus olhos sob uma bata e barrete verdes. Ficámos uns momentos de mãos dadas, com ele a sussurrar-me umas palavras doces ao ouvido.

                          De repente, ouço um choro de bebé. Alguém grita: "olhe, mamã" e de trás do pano verde que me impedia de ver os médicos surge um corpinho ensanguentado mas muito branquinho, com uma cara redondinha muito perfeitinha. O meu coração deu um salto e dei um grito. Acho que até coloquei uma mão na boca, não sei bem qual, porque deviam estar as duas imóveis. Não estava nada à espera que fosse tão rápido. O Miguel nascia assim, às 14:32 do dia 29 de Outubro de 2012, ao som de Sónia Tavares a cantar "Perfeito coração" (esta parte, segundo o pai, que eu não me lembro da música).

                          Fiquei em alerta total, para ver se voltava a ouvir o choro dele. E ouvi, 5 ou 6 vezes, mas nada de berraria pegada. O pai deu-me mais um beijo e levantou-se para o ver melhor e tirar as primeiras fotografias. Do lado de trás do pano, a médica disse-me que me iam começar a “limpar” e que isso me poderia fazer alguma impressão. Não fez impressão nenhuma, estava demasiado excitada e contente. Mesmo assim, ainda me voltei a sentir enjoada (e dei pequenos vómitos) duas vezes, mas avisei sempre as enfermeiras e rapidamente melhorei. O papá voltou para junto de mim e uma senhora de bata verde que percebi ser a neonatologista veio dizer-me: “Parabéns, mamã! Está tudo bem com o seu bebé”.

                          Pouco depois, ouço a voz da Dr.ª Ana Chung a dizer: “Vem aí um embrulhinho”. E colocam-me sobre o peito o embrulhinho mais bonito do mundo: lindo, perfeito, pele muito branca e rosadinha, vestido com a roupa que eu escolhi, de olhos abertos mas muito calmo e a cheirar a bebé. Foi a maior emoção da minha vida e perdi completamente a compostura: desatei a chorar, num pranto incontrolável, abraçando-o com a mão que me tinham deixado soltar. Só conseguia dizer: “Oh, meu amor, meu amor, meu amor!”. Tenho fotografias com o bebé, eu a chorar compulsivamente e ele calmíssimo

                          A cirurgia terminou entretanto. Já tinham começado a coser-me sem que eu me tivesse sequer apercebido. Todos me deram os parabéns e a Dr.ª Ana Chung disse-me que eu me tinha portado muito bem. Já fora da sala, colocaram o Miguel na minha mama e apercebi-me de que a amamentação seria bem mais dolorosa do que eu tinha pensado…
                          Ficámos os três um bom bocado na sala de recobro, com o Miguel a dormir placidamente no meu seio. Foi, talvez, o momento mais absolutamente feliz da minha vida. Uma enfermeira levou-o para medir a glicémia e voltou dizendo que estava tudo bem

                          Depois, subimos para o quarto e nessa tarde já recebi as primeiras visitas: pais, irmão, cunhada e sobrinho e uma tia. Ao início da noite, enviei um sms com a notícia a vários amigos e começaram a chover as mensagens de parabéns. A única má notícia foi que a médica me veio dizer que, à palpação, tinha sentido a presença de vários miomas “lá para cima”. Voltámos ao mesmo, portanto

                          Tivemos alta do hospital na quinta-feira, dia 1 de Novembro. Eu, que toda a vida receei a maternidade por temer o parto, a perda de liberdade e as noites sem dormir, descobri que nada disso importa e só tenho uma dificuldade grave: a amamentação, que está a ser muito dolorosa e é uma grande preocupação já que o Miguel perdeu mais peso do que devia nos primeiros três dias de vida. Mas, como diz o outro, isso agora não interessa nada…
                          E pronto, cá está o relato do dia mais feliz da minha vida. Beijos
                          Madrinhas: AL77 e Mãe LaraMadrilhada:CarlaVCAfilhadas:floribella; diaba; pinipom; belas; Vamos Conseguir; sfiasaramago; rafalum; ligma; Matheriz;nokas4;ccmct; Patrícia79; paty.d O meu Positivo A minha experiência de Parto

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                          • Kelly é mesmo bonito ler-te.
                            Muitos beijinhos e muitas felicidades

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                            • Kelly, obrigada por partilhares connosco este momento tão teu!
                              A ti e ao Miguel desejo toda a felicidade do mundo!

                              Bjx
                              Treinante desde 2010 *** 4 abortos repetidos sem causa aparente
                              Portadora de mutação MTHFR - variante 677 T/T em homozigotia
                              Positivo a 11.12.2014 *** DUM 11.11.2014 *** DPP 18.08.2015

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                              • Olá mamãs

                                O tempo tem sido pouco e ainda por cima o pouco tempo que tenho livre aproveito para descansar, uma vez que aqui em casa as cólicas já começaram!! Ela choraminga a noite toda (quando não é berrar mesmo) e durante o dia dorme o dia todo, é mesmo enervante. Mas, apesar de tudo é uma fofinha tão linda que estou encantadíssima com ela. Já demos uns passeios, mas entre chuva e frio, até me custa sair com ela.

                                Kelly emocionei-me ao ler o teu relato, mtos parabéns.

                                às outras meninas que tiveram os seus rebentos, mtos parabéns.

                                às que ainda não tiveram, uma hora pequenina. À Patita, está quase a chegar o dia, amanhã estarás no meu pensamento.

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