RE: Tertúlia das Cerejas
E prontes... agora estou com remorsos! (não te preocupes que já passa...)
Sou mesmo filha da minha mãe, também já preciso que me chamem para a realidade!!!
Agora a sério... tu e a Caalex têm razão, claro. Acho que hoje já passei dos limites, no pressuposto do que me dizem...
Vou ter de me redimir... não sei como mas alguma coisa há-de aparecer
OBRIGADA!!!!
EliGee (03-03-2010)
Sim, deixas. Tão simples como isso. Achas que se ela estivesse institucionalizada, algum profissional de saúde ou auxiliar estaria a rebater argumentos com ela? Essa é uma tentação em que caem frequentemente os familiares, porque acima de tudo, de forma mais ou menos consciente têm dificuldade em aceitar que a pessoa que vive com eles, que é mãe ou pai ou avó, possa estar a atacá-los daquela maneira e querer magoar... vêm maldade e desamor, onde só há loucura e onde esses conceitos já nem sequer encaixam...
... não é possível chamar a atenção sem melindar. Porque tudo o que tu digas que faça correspondencia com a realidade, para ela é um atentado á sua inteligência. O quadro de referencias dela mudou... a realidade para ela confunde-se. Confunde-se nos delírios, no desejo de reter atenções, na vontade de ser amada e compreendida e na profunda incapacidade de reverter a situação.
Aos olhos dela, o mais é obvio para ti é o mais impossível para ela, apenas porque não é isso que ela quer ou consegue já ver... ela até pode saber que os senhores da TV cabo não a vão levar para o espaço. Até pode saber que não há perseguições e que está a dizer uma tremenda estupidez... mas neste estado de coisas, a única coisa que ela pretende é perceber se acreditam nela e é provavel que o não acreditarem desencadeie reacções ainda mais estranhas... digo eu. Suponho que faz parte da complexidade deste tipo de perturbações mentais...
Lanuga (03-03-2010)
Sem dúvida, tens razão! Ela é doente da cabeça!
Claro que também não levo a sério (bem, àparte de hoje) o que ela diz. É uma deturpação da realidade. É o eterno chamar de atenção!
Até hoje, passei paninhos quentes, tentei chamá-la para a realidade sem a melindrar (que não é nada fácil, é um jogo de cintura do caraças). Sabes porquê? Porque a psicóloga dela me disse para o fazer.
Se deixo de o fazer, o que faço? Ignoro? Deixo-a continuar a dizer todas as barbaridades que lhe vierem à cabeça?Amiga, sei que pirou de vez e aceito-o. Acredita!
(segundo o que a Mimi me mandou por PM, não há forma de a conseguir internar)
EliGee (03-03-2010)
Oh Lany, mas tu achas mesmo que uma pessoa que se dá ao trabalho de encenar todas essas coisas é boa da cabeça??? Não há quadro nenhum de coisa nenhuma falseada... o simples falsear é doentio!
não leves a sério o que ela diz/escreve/faz... porque não tem a mínima correspondencia com a realidade e estás a argumentar com uma pessoa que não está ao mesmo nível... não faz sentido.
a menos que o facto de não desistires de lhe responder (alimentando de certa forma o delírio dela) seja uma forma subconsciente de preservar a ideia que ainda a podes trazer de volta á realidade... é como se não o fizesses estivesses a encerra-la de vez na masmorra da loucura. E se calhar ainda não estás preparada para aceitar que a tua mãe (desculpa a expressão) pirou de vez...
Lanuga (03-03-2010)
Amiga, já o faço.
Quando ela entra no papel de "esquizofrenia/psicose/bipolaridade falseadas" eu pura e simplesmente não ligo.
Mas está constantemente, mas constantemente, a dizer ou a dar a entender que os filhos nada valem e ela é uma mãe perfeita e exemplar... por favor! Acorde para a vida!
Hoje já me colocou meia "desorientada". Quase que a afirmar que eu sou má mãe, quando ela nem sequer me conhece "dentro da minha casa". Tirou-me do sério, pois claro!
Em vez de ver uma Paula a passar mãozinhas pelo pelo e a acalmar a fera, levou com uma Paula que lhe disse umas verdadinhas. Resum: deve estar num pranto, e ela é um monstro, e os filhos não prestam, e ela vai morrer e desaparecer e vai deixar uma carta a dizer que a culpa é nossa...
Amiga, sim devo relativizar, mas tem dias muito difíceis. E a minha paciência está no limiar dos limiares
Enfim... Adelante!
EliGee (03-03-2010)
Lany, querida. Na sequencia do que disse à Mamãcoelha... acho que também tu deverias começar a construir uma postura mais defensiva em relação aos disparates da tua mãe. Ás tantas não faz muito sentido levares a sério uma pessoa (mesmo sendo a tua propria mãe) com uma tão grave descompensação emocional!
Relativiza as coisas, encara tudo como algo que apenas deriva da sua condição médica e não de qualquer coisa pessoal... ela não é má mãe, nem chega a ser! Ela é doente! E sim, acho que fazes muito bem em acompanhá-la á proxima consulta... manipuladora como ela é, é possivel que esteja a enviesar o tratamento...:doze:
Lany, querida. Na sequencia do que disse à Mamãcoelha... acho que também tu deverias começar a construir uma postura mais defensiva em relação aos disparates da tua mãe. Ás tantas não faz muito sentido levares a sério uma pessoa (mesmo sendo a tua propria mãe) com uma tão grave descompensação emocional!
Relativiza as coisas, encara tudo como algo que apenas deriva da sua condição médica e não de qualquer coisa pessoal... ela não é má mãe, nem chega a ser! Ela é doente! E sim, acho que fazes muito bem em acompanhá-la á proxima consulta... manipuladora como ela é, é possivel que esteja a enviesar o tratamento...:doze:
Quando ela entra no papel de "esquizofrenia/psicose/bipolaridade falseadas" eu pura e simplesmente não ligo.
Mas está constantemente, mas constantemente, a dizer ou a dar a entender que os filhos nada valem e ela é uma mãe perfeita e exemplar... por favor! Acorde para a vida!
Hoje já me colocou meia "desorientada". Quase que a afirmar que eu sou má mãe, quando ela nem sequer me conhece "dentro da minha casa". Tirou-me do sério, pois claro!
Em vez de ver uma Paula a passar mãozinhas pelo pelo e a acalmar a fera, levou com uma Paula que lhe disse umas verdadinhas. Resum: deve estar num pranto, e ela é um monstro, e os filhos não prestam, e ela vai morrer e desaparecer e vai deixar uma carta a dizer que a culpa é nossa...
Amiga, sim devo relativizar, mas tem dias muito difíceis. E a minha paciência está no limiar dos limiares
Enfim... Adelante!
não leves a sério o que ela diz/escreve/faz... porque não tem a mínima correspondencia com a realidade e estás a argumentar com uma pessoa que não está ao mesmo nível... não faz sentido.
a menos que o facto de não desistires de lhe responder (alimentando de certa forma o delírio dela) seja uma forma subconsciente de preservar a ideia que ainda a podes trazer de volta á realidade... é como se não o fizesses estivesses a encerra-la de vez na masmorra da loucura. E se calhar ainda não estás preparada para aceitar que a tua mãe (desculpa a expressão) pirou de vez...
Claro que também não levo a sério (bem, àparte de hoje) o que ela diz. É uma deturpação da realidade. É o eterno chamar de atenção!
Até hoje, passei paninhos quentes, tentei chamá-la para a realidade sem a melindrar (que não é nada fácil, é um jogo de cintura do caraças). Sabes porquê? Porque a psicóloga dela me disse para o fazer.
Se deixo de o fazer, o que faço? Ignoro? Deixo-a continuar a dizer todas as barbaridades que lhe vierem à cabeça?Amiga, sei que pirou de vez e aceito-o. Acredita!
(segundo o que a Mimi me mandou por PM, não há forma de a conseguir internar)
... não é possível chamar a atenção sem melindar. Porque tudo o que tu digas que faça correspondencia com a realidade, para ela é um atentado á sua inteligência. O quadro de referencias dela mudou... a realidade para ela confunde-se. Confunde-se nos delírios, no desejo de reter atenções, na vontade de ser amada e compreendida e na profunda incapacidade de reverter a situação.
Aos olhos dela, o mais é obvio para ti é o mais impossível para ela, apenas porque não é isso que ela quer ou consegue já ver... ela até pode saber que os senhores da TV cabo não a vão levar para o espaço. Até pode saber que não há perseguições e que está a dizer uma tremenda estupidez... mas neste estado de coisas, a única coisa que ela pretende é perceber se acreditam nela e é provavel que o não acreditarem desencadeie reacções ainda mais estranhas... digo eu. Suponho que faz parte da complexidade deste tipo de perturbações mentais...
Sou mesmo filha da minha mãe, também já preciso que me chamem para a realidade!!!
Agora a sério... tu e a Caalex têm razão, claro. Acho que hoje já passei dos limites, no pressuposto do que me dizem...
Vou ter de me redimir... não sei como mas alguma coisa há-de aparecer
OBRIGADA!!!!
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