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Tirem-me deste filme!

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  • RE:

    Inserido Inicialmente por callgirl
    acabei de ler este tópico tudinho e não sei que diga...
    tenho muita pena que estejas a sofrer tanto e admiro os conselhos que te dão de incentivar a menina e o menino a gostarem do pai, sei que isso talvez seja o correcto, mas eu acho não conseguia fazê-lo!!!
    (atenção, se visse que era um pai que realmente gostasse dos filhos obvio que não o ia impedir de estar com eles)
    Posso estar a ser baixa e reles, mas se ele já deu uma bofetada à menina (pra mim não tem desculpa - como pode ter perdido a paciencia se passa só umas horinhas com ela) e se comporta como dizes com o menino - com essa indiferença toda, eu ia era arranjar maneira de o ferrar bem ferrado, ia pô-lo mais raso que o chão na consideração de todos!!!
    Não dizes que ele inventa coisas a teu respeito e é impostor pós outros???
    Ai minha querida, se fosse comigo...
    Ia inventar ainda mais que ele e se tivesse oportunidade ainda arranjava umas nódoas negras para o culpar...
    desculpem, mas eu descontrolada sou um bicho...
    Percebo o que dizes, mas isto é reagir a quente. E acima de tudo, o que qualquer boa mãe quer para os filhos é que eles estejam bem e felizes, passando esta felicidade por estar bem tanto com a mãe como com o pai. Por mais que nos magoe, temos que passar por cima de muita coisa para ver que os nossos filhos estão bem. Suzhelen, sei que o teu ex tem muitas vezes agido como uma besta e que tudo isto é muito difícil; mas a prioridade são os teus filhos, e se tiveres que ser tu a fomentar a relação entre eles e o pai, principalmente o menino, que o seja, pois são eles o principal. Sei que não és a super-mulher para passar por cima de tudo, que te deve magoar imenso ficar sem os teus meninos, ver o pai a ignorar o menino, mas tu ÉS superior a isso tudo e como até agora, vais concerteza mostrar que o importante são os teus filhos, e não a mágoa que sentes em relação ao pai deles (com toda a razão, diga-se de passagem).

    Um grande beijo para ti e muita força. Acredita que melhores dias virão.

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    • RE:

      Inserido Inicialmente por becas
      Nunca escrevi aqui, mas tenho acompanhado a tua história de longe. Acho que tens todas as razões e mais algumas para estares magoada com o teu ex-marido, mas tenta preservar a tua filha dessa mágoa e dessa raiva, é esse o conselho que te dou.
      No mais recente episódio da bofetada, é evidente que ele agiu mal, mas deves evitar criticá-lo à frente da filha. Felizmente ela já desvalorizou o sucedido, reforça essa atitude e incentiva-a a ir com o pai...para bem dela! Acredita que um pai ausente é bem pior que um pai que erra (se os erros não forem trágicos, claro). E se ele reclama por não estar com o filho (acredito qd dizes qui é ele que não lhe liga), deixa-o levar por algumas horas...quem sabe se a relação deles não começava a ser mais forte?
      Acredito que não sejam estas as palavras que querias ouvir...mas um pai é fundamental na vida dos filhos e fomentar essa relação é uma das maiores provas de amor que podes dar aos teus filhos, sobretudo quadno tudo na tua alma "pede" para fazer o contrário!
      Não acompanhei o tópico desde o início, mas vim aqui parar hoje e estive a ler as últimas páginas. Não quero de forma alguma deitar achas para a fogueira, nem pouco mais ou menos. Peço que aquelas que estão com problemas sérios de regulação da guarda e com os contactos com os pais das crianças lerem isto com algum distanciamento. Mas não consegui deixar de dar a minha opinião sincera.

      Vou ser curta e grossa: quem diz que o mais importante para as crianças é ter ambos os pais presentes, que se deve incentivar as crianças a conviver com ambos os progenitores mesmo que seja contra vontade delas, etc.. é porque definitivamente NÃO foi filha de pais divorciados com conflitos pelo meio.

      Os meus pais divorciaram-se tinha eu 6 anos, mas na prática há já pelo menos um ano que o meu pai pouco parava lá em casa. Os meus irmãos tinham 2 anos e meio e 1 ano e pouco. A minha mãe sempre desvalorizou as nossas queixas, sempre nos obrigou a ver o meu pai sempre que ele queria, a ir com ele passar o fim-de-semana e sempre lhe abriu a porta de casa. Ele sempre foi desrespeitador e irascível, e o resultado foi três crianças crescerem a ter pavor do pai, a evitarem-no sempre que possível, a não quererem ir passar fins de semana com ele, e até, pior ainda, a sentirem que nem em casa da mãe tinham um reduto de segurança, já que ele entrava a qualquer hora conforme queria, e ninguém tinha mão nele. E isso tem consequências para o resto da vida, que nenhuma de vós que afirma de forma tão veemente que se deve "forçar" as criancinhas faz ideia. Não estou a querer criticar ninguém, é um facto.

      Não fazem ideia do que é crescer a sentir medo do pai, e a não ter qualquer respeito pela mãe por ela ser fraca, influenciável e incapaz de interceder por nós.

      Hoje em dia tenho uma boa relação com ambos, mas cada um na sua casa. Quanto às visitas, quando tinha 10 anos emigrámos, e voltámos quando tinha 15 (e os meus irmãos cerca de 11 e 10 anos). Mas a partir dessa altura, acabaram-se os fins-de-semana de tortura em casa do pai. Basta dizer que ele nos fechava no quarto horas a fio enquanto lia, estudava ou tocava piano; que se esquecia por vezes das refeições; que nos batia e não tinha a mínima pachorra; ou então que nos obrigava a fazer o que ele gostava, isto é, andar a pé horas a frio em qualquer clima. Nunca mais nenhum de nós quis lá ir, e por sorte nossa, ele deixou de querer também. Visitas, só no próprio dia.

      Tanto eu como a minha mana e o meu mano sofremos ainda hoje de todo o sofrimento e condicionantes que implica o pavor que tínhamos (e temos, tenho de o reconhecer) dele. No meu caso, que já saí de casa da minha mãe há quase 6 anos, que sou casada e tenho a minha vida, foi necessário um ano de corte total de contacto, e muita conversa forçada por mim, para conseguir recuperar um pouco.

      Por favor, não vejam as coisas dessa forma preto-no-branco. É desejável sim que ambos os progenitores estejam presentes, mas não a qualquer custo, e sobretudo, não "à força" nem ignorando os apelos das crianças. Num mundo ideal, uma criança jamais seria obrigada a estar onde é maltratada ou ignorada, onde se sente infeliz.
      Alexandra aka Samsara



      Treinos adiados: diagnóstico de SOMP, tenho de fazer pelo menos seis meses de pílula.. Madrinha linda: Margarida&Guigo

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      • RE:

        Inserido Inicialmente por Terpsichore
        Vou ser curta e grossa: quem diz que o mais importante para as crianças é ter ambos os pais presentes, que se deve incentivar as crianças a conviver com ambos os progenitores mesmo que seja contra vontade delas, etc.. é porque definitivamente NÃO foi filha de pais divorciados com conflitos pelo meio.

        ...

        Por favor, não vejam as coisas dessa forma preto-no-branco. É desejável sim que ambos os progenitores estejam presentes, mas não a qualquer custo, e sobretudo, não "à força" nem ignorando os apelos das crianças. Num mundo ideal, uma criança jamais seria obrigada a estar onde é maltratada ou ignorada, onde se sente infeliz.
        Não podia concordar mais com tudo o que escreveste. É preciso não ultrapassar a fronteira entre o fomentar o convívio e obrigar uma criança a ir com um pai ou mãe contra vontade.

        Já manifestei a minha opinião sobre este pai, que bateu na filha e não contou à mãe. Também já percebi que a acham exagerada. Espero que sim, que realmente as coisas não piorem.

        Cada um faz o que acha melhor para si e para os filhos, embora nem sempre as decisões sejam as melhores.

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        • RE:

          Inserido Inicialmente por Terpsichore
          Inserido Inicialmente por becas
          Nunca escrevi aqui, mas tenho acompanhado a tua história de longe. Acho que tens todas as razões e mais algumas para estares magoada com o teu ex-marido, mas tenta preservar a tua filha dessa mágoa e dessa raiva, é esse o conselho que te dou.
          No mais recente episódio da bofetada, é evidente que ele agiu mal, mas deves evitar criticá-lo à frente da filha. Felizmente ela já desvalorizou o sucedido, reforça essa atitude e incentiva-a a ir com o pai...para bem dela! Acredita que um pai ausente é bem pior que um pai que erra (se os erros não forem trágicos, claro). E se ele reclama por não estar com o filho (acredito qd dizes qui é ele que não lhe liga), deixa-o levar por algumas horas...quem sabe se a relação deles não começava a ser mais forte?
          Acredito que não sejam estas as palavras que querias ouvir...mas um pai é fundamental na vida dos filhos e fomentar essa relação é uma das maiores provas de amor que podes dar aos teus filhos, sobretudo quadno tudo na tua alma "pede" para fazer o contrário!
          Não acompanhei o tópico desde o início, mas vim aqui parar hoje e estive a ler as últimas páginas. Não quero de forma alguma deitar achas para a fogueira, nem pouco mais ou menos. Peço que aquelas que estão com problemas sérios de regulação da guarda e com os contactos com os pais das crianças lerem isto com algum distanciamento. Mas não consegui deixar de dar a minha opinião sincera.

          Vou ser curta e grossa: quem diz que o mais importante para as crianças é ter ambos os pais presentes, que se deve incentivar as crianças a conviver com ambos os progenitores mesmo que seja contra vontade delas, etc.. é porque definitivamente NÃO foi filha de pais divorciados com conflitos pelo meio.

          Os meus pais divorciaram-se tinha eu 6 anos, mas na prática há já pelo menos um ano que o meu pai pouco parava lá em casa. Os meus irmãos tinham 2 anos e meio e 1 ano e pouco. A minha mãe sempre desvalorizou as nossas queixas, sempre nos obrigou a ver o meu pai sempre que ele queria, a ir com ele passar o fim-de-semana e sempre lhe abriu a porta de casa. Ele sempre foi desrespeitador e irascível, e o resultado foi três crianças crescerem a ter pavor do pai, a evitarem-no sempre que possível, a não quererem ir passar fins de semana com ele, e até, pior ainda, a sentirem que nem em casa da mãe tinham um reduto de segurança, já que ele entrava a qualquer hora conforme queria, e ninguém tinha mão nele. E isso tem consequências para o resto da vida, que nenhuma de vós que afirma de forma tão veemente que se deve "forçar" as criancinhas faz ideia. Não estou a querer criticar ninguém, é um facto.

          Não fazem ideia do que é crescer a sentir medo do pai, e a não ter qualquer respeito pela mãe por ela ser fraca, influenciável e incapaz de interceder por nós.

          Hoje em dia tenho uma boa relação com ambos, mas cada um na sua casa. Quanto às visitas, quando tinha 10 anos emigrámos, e voltámos quando tinha 15 (e os meus irmãos cerca de 11 e 10 anos). Mas a partir dessa altura, acabaram-se os fins-de-semana de tortura em casa do pai. Basta dizer que ele nos fechava no quarto horas a fio enquanto lia, estudava ou tocava piano; que se esquecia por vezes das refeições; que nos batia e não tinha a mínima pachorra; ou então que nos obrigava a fazer o que ele gostava, isto é, andar a pé horas a frio em qualquer clima. Nunca mais nenhum de nós quis lá ir, e por sorte nossa, ele deixou de querer também. Visitas, só no próprio dia.

          Tanto eu como a minha mana e o meu mano sofremos ainda hoje de todo o sofrimento e condicionantes que implica o pavor que tínhamos (e temos, tenho de o reconhecer) dele. No meu caso, que já saí de casa da minha mãe há quase 6 anos, que sou casada e tenho a minha vida, foi necessário um ano de corte total de contacto, e muita conversa forçada por mim, para conseguir recuperar um pouco.

          Por favor, não vejam as coisas dessa forma preto-no-branco. É desejável sim que ambos os progenitores estejam presentes, mas não a qualquer custo, e sobretudo, não "à força" nem ignorando os apelos das crianças. Num mundo ideal, uma criança jamais seria obrigada a estar onde é maltratada ou ignorada, onde se sente infeliz.
          A tua opinião expressa a tua experiência, muito má por sinal; a minha opinião expressa a minha experiência. E nunca referi que o pai tem que estar presente a qq custo; alías, se o pai não quiser, nem sequer está presente (como o caso do pai dos filhos da Suzehlen já fez) e é lógico que não acho que devam ficar com o pai para serem maltratados física e psicologicamente.

          E também não me parece que a Suzehlen esteja a exagerar; apesar de confiar plenamente no meu pai do meu filho, o que não acontece com ela, também não me agradaria a ideia de deixar o meu filho 1 fim de semana sozinho com ele; sou daquelas que acha que a pessoa mais competente para cuidar do meu filho sou eu própria e pronto. Mas na medida do razoável, acho que o ideal é a convivência com os 2 progenitores; claro que isto não se aplica quando o pai se esquece das refeições, fecha os filhos horas a fio e outras situações referidas pela Alexandra.

          Suzehlen, só desejo que tu e os teus filhos fiquem o melhor possível, dentro do que for possível.

          Beijo grande

          Vera

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          • RE:

            Inserido Inicialmente por Terpsichore
            Inserido Inicialmente por becas
            Nunca escrevi aqui, mas tenho acompanhado a tua história de longe. Acho que tens todas as razões e mais algumas para estares magoada com o teu ex-marido, mas tenta preservar a tua filha dessa mágoa e dessa raiva, é esse o conselho que te dou.
            No mais recente episódio da bofetada, é evidente que ele agiu mal, mas deves evitar criticá-lo à frente da filha. Felizmente ela já desvalorizou o sucedido, reforça essa atitude e incentiva-a a ir com o pai...para bem dela! Acredita que um pai ausente é bem pior que um pai que erra (se os erros não forem trágicos, claro). E se ele reclama por não estar com o filho (acredito qd dizes qui é ele que não lhe liga), deixa-o levar por algumas horas...quem sabe se a relação deles não começava a ser mais forte?
            Acredito que não sejam estas as palavras que querias ouvir...mas um pai é fundamental na vida dos filhos e fomentar essa relação é uma das maiores provas de amor que podes dar aos teus filhos, sobretudo quadno tudo na tua alma "pede" para fazer o contrário!
            Não acompanhei o tópico desde o início, mas vim aqui parar hoje e estive a ler as últimas páginas. Não quero de forma alguma deitar achas para a fogueira, nem pouco mais ou menos. Peço que aquelas que estão com problemas sérios de regulação da guarda e com os contactos com os pais das crianças lerem isto com algum distanciamento. Mas não consegui deixar de dar a minha opinião sincera.

            Vou ser curta e grossa: quem diz que o mais importante para as crianças é ter ambos os pais presentes, que se deve incentivar as crianças a conviver com ambos os progenitores mesmo que seja contra vontade delas, etc.. é porque definitivamente NÃO foi filha de pais divorciados com conflitos pelo meio.

            Os meus pais divorciaram-se tinha eu 6 anos, mas na prática há já pelo menos um ano que o meu pai pouco parava lá em casa. Os meus irmãos tinham 2 anos e meio e 1 ano e pouco. A minha mãe sempre desvalorizou as nossas queixas, sempre nos obrigou a ver o meu pai sempre que ele queria, a ir com ele passar o fim-de-semana e sempre lhe abriu a porta de casa. Ele sempre foi desrespeitador e irascível, e o resultado foi três crianças crescerem a ter pavor do pai, a evitarem-no sempre que possível, a não quererem ir passar fins de semana com ele, e até, pior ainda, a sentirem que nem em casa da mãe tinham um reduto de segurança, já que ele entrava a qualquer hora conforme queria, e ninguém tinha mão nele. E isso tem consequências para o resto da vida, que nenhuma de vós que afirma de forma tão veemente que se deve "forçar" as criancinhas faz ideia. Não estou a querer criticar ninguém, é um facto.

            Não fazem ideia do que é crescer a sentir medo do pai, e a não ter qualquer respeito pela mãe por ela ser fraca, influenciável e incapaz de interceder por nós.

            Hoje em dia tenho uma boa relação com ambos, mas cada um na sua casa. Quanto às visitas, quando tinha 10 anos emigrámos, e voltámos quando tinha 15 (e os meus irmãos cerca de 11 e 10 anos). Mas a partir dessa altura, acabaram-se os fins-de-semana de tortura em casa do pai. Basta dizer que ele nos fechava no quarto horas a fio enquanto lia, estudava ou tocava piano; que se esquecia por vezes das refeições; que nos batia e não tinha a mínima pachorra; ou então que nos obrigava a fazer o que ele gostava, isto é, andar a pé horas a frio em qualquer clima. Nunca mais nenhum de nós quis lá ir, e por sorte nossa, ele deixou de querer também. Visitas, só no próprio dia.

            Tanto eu como a minha mana e o meu mano sofremos ainda hoje de todo o sofrimento e condicionantes que implica o pavor que tínhamos (e temos, tenho de o reconhecer) dele. No meu caso, que já saí de casa da minha mãe há quase 6 anos, que sou casada e tenho a minha vida, foi necessário um ano de corte total de contacto, e muita conversa forçada por mim, para conseguir recuperar um pouco.

            Por favor, não vejam as coisas dessa forma preto-no-branco. É desejável sim que ambos os progenitores estejam presentes, mas não a qualquer custo, e sobretudo, não "à força" nem ignorando os apelos das crianças. Num mundo ideal, uma criança jamais seria obrigada a estar onde é maltratada ou ignorada, onde se sente infeliz.
            Acho que as minhas palavras foram mal interpretadas. Eu nunca disse que os filhos deviam ficar à força com o pai, aliás, ´nem é isso que penso. Neste caso concreto, escrevi em reacção a um post da suzhelen em que ela dizia que a filha queria ir com o pai (já depois do triste episódio da bofetada), ela (mãe) é que estava com dúvidas em deixá-la ir...´A menina queria ir com o pai, repito!
            Lamento muito a tua má experiência com o teu pai, callgirl, mas nem uma má relação com o pai é exclusivo de filhos de pais divorciados nem todos os pais divorciados maltratam os filhos. Realmente foste "curta e grossa" quando disseste que quem defende que as crianças devem conviver com ambos os pais não passou pelo divórcio dos pais. No meu caso, tens razão. Os meu pais não se divorciaram...o meu pai morreu quando eu tinha 10 anos e a sua ausência ensombrou a minha vida desde aí. Sei o que é crescer sem pai. Por outro lado, casei com um homem que já tinha 3 filhas e também conheço o "outro lado" da questão. Felizmente a ex-mulher do meu marido nunca lhe levantou obstáculos de maior no convívio com as filhas (nem tinha razões para tal!) mas há muitas pequenas coisas que magoam e que foram feitas sem pensar no bem-estar das crianças. Por ex. o meu marido nunca era convidado para as festas de aniversário, primeira comunhão, etc. Ia lá, estava com elas o tempo que a ex decidisse (sem entrar em casa, isso não lhe era permitido) e depois elas tinham as festas com a mãe e os restantes familiares (quase todos família do ex-marido). É um pequeno ex...haveria muitos...
            Uma conhecida minha passou um domingo, com o filho de 5 anos, a recortar o pai de todas as fotos. Acham isto normal? Mesmo que o pai não seja grande coisa...
            Repito que a minha intervenção apenas foi no sentido de apelar a alguma serenidade, nada mais. Não vejo as coisas a preto e branco. Nem considero que o divórcio deva ser uma luta cujo trófeu será, no fim de contas, os filhos...

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            • RE:

              No fim de semana passado ele não veio. Não veio porque eu lhe disse para não vir. Arranjei bilhetes para um espectaculo no domingo (que só podia ser no domingo) e no sabado também fomos passear. Ele ficou passado e reagiu dizendo que vem então buscar a filha na sexta feira santa. Que venha então.

              A minha menina não pergunta pelo pai. Eu pensava que ela já se tinha esquecido daquele episódio da estalada mas às vezes durante as brincadeiras com os bonecos fala disso. Diz, agarrando num boneco, "tens de comer a sopa senão fazes doi-doi". Mas já não está zangada com o pai. As crianças não guardam rancor e têm um grande coração.

              Não sei porquê mas esta semana sinto-me profundamente angustiada. O meu filhote faz um aninho este mês. O meu advogado diz que com um ano feito vai ser muito dificil impedir o pai de levar o filho pelo menos por umas horas. O meu menino, o meu bebé! Que não conhece o pai, que para ele é um estranho! Como vai ser? Aquele dador de esperma que nunca lhe deu amor, que nunca lhe deu nada nem sequer perguntou se ele precisava de leite para se alimentar, é essa pessoa que agora à luz dos direitos que um juiz (que não conhece o meu filho nem se preocupa com isso) lhe vai dar, vai arrancar-mo dos braços? Ainda que eu acreditasse que era para lhe dar miminho mas nem isso acredito. Não o fez até agora! Só o quer porque tem direito a ele, é como se fosse uma promoção de um produto qualquer. Que angústia!

              E a minha filhota que está a fazer três anitos, também irá começar a passar fins de semana na casa dele. Sabe-se lá com que vontade, ela que nunca mais dormiu com o pai depois de ele sair de casa, que nunca mais dormiu fora de casa sem mim. E um pai que não tem paciência, que reage mal com uma pequena birra. Como será se ela começar a chorar que quer vir para casa? Que angústia!

              Sei dessas teorias todas sobre os filhos conviverem com ambos os progenitores. Até comprei um bom livro sobre isso. Cheguei a tentar pôr em prática o que era aconselhado: chegar a um acordo que fosse bom para as crianças, uma habituação gradual, calma, tentei criar uma aproximação entre pai e filho, falar a bem com uma pessoa que me traiu, que renegou a própria família (a filha e o filho por nascer)... mas nada resultou. Ele não quis. Continuou a querer atingir-me mais e mais. Porquê tanta crueldade. Que monstro aquele! E 10 anos da minha vida a amá-lo!

              Agora é pelos meus filhos que vou vivendo. Tudo por eles. Quando ficar sem eles e, pior, sem saber se eles estarão bem, vou morrer por dentro. Já morro, já sofro por antecipação, como dizem, mas não consigo evitá-lo!

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              • RE:

                Olá...
                Só hoje é que conheci a tua história, e fiquei tão triste, tão triste por não saber que dizer numa situação destas. É que não sei mesmo...
                Até poderia dizer que se fosse comigo fazia assim ou assado, mas a verdade é que só passando pelas situações é que vamos agindo, e eu nem quero pensar o que faria.
                Gostava muito de te puder ajudar, mas a verdade é que não sei como.
                Acho que é como as outras mamãs te têm dito, tens mesmo que ser forte e coragosa e pensar em ti e nos teus bebés, que já que o pai não presta têm uma mãe que os ama muito e que vai estar sempre aí para eles.

                Um grande beijinho e muita muita força!:arose:
                Sónia

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                • RE:

                  Já pensaste em colocar uma distância física entre vocês? Mudar de zona poderia ser uma opção?
                  Sempre tornava as visitas mais "difíceis"...

                  Não é grande solução, eu sei, mas não consigo sequer imaginar o teu sofrimento

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                  • RE:

                    Mudar-me de casa agora seria difícil. Seria mais uma confusão na minha vida já complicada. Eu até gostava de sair daqui, de todos os lugares que estão carregados de memórias, dos cantos onde ainda se escondem fantasmas, começar de novo... Era bom mas, ao mesmo tempo, não tenho força, nem tempo nem finanças para tal. E mesmo que fosse para mais longe, aquele monstro irá sempre perseguir-me até se fartar... ou não se fartar. Foi ele quem fez toda a asneira, porque não me deixa em paz??

                    Há dois dias mandou uma mensagem a dizer que vinha buscar os filhos (sim! os dois!) na sexta e vinha trazê-los no sabado à noite. Ele que nem meia hora seguida cá em casa esteve com o filho bebé, agora levava-o para dormir também? Ele não quer o filho nem se preocupa com o bem-estar da filha (à mínima contrariedade bate-lhe, não respeita os horários de dormir e comer, não lhe dá os medicamentos, fala-lhe mal de mim, diz que a mãe é má, esquece-a a fazer a sesta e tem comportamentos impróprios com a **** que ele arranjou em frente à menina)... pois, este pseudo-pai agora quer levar os meus filhos? É só para me obrigar a dizer NÃO para que ele possa provar junto de um juiz que eu "o privo de estar com os filhos". mas como deixá-los ir? Nestas condições? Já basta o que terá de ser por imposição do tribunal.

                    Continuo em baixo, triste, angustiada. Ajudem-me! Preciso de animo, de consolo. Posso vir buscá-lo aqui?

                    Comentar


                    • RE:

                      Inserido Inicialmente por suzhelen
                      Mudar-me de casa agora seria difícil. Seria mais uma confusão na minha vida já complicada. Eu até gostava de sair daqui, de todos os lugares que estão carregados de memórias, dos cantos onde ainda se escondem fantasmas, começar de novo... Era bom mas, ao mesmo tempo, não tenho força, nem tempo nem finanças para tal. E mesmo que fosse para mais longe, aquele monstro irá sempre perseguir-me até se fartar... ou não se fartar. Foi ele quem fez toda a asneira, porque não me deixa em paz??

                      Há dois dias mandou uma mensagem a dizer que vinha buscar os filhos (sim! os dois!) na sexta e vinha trazê-los no sabado à noite. Ele que nem meia hora seguida cá em casa esteve com o filho bebé, agora levava-o para dormir também? Ele não quer o filho nem se preocupa com o bem-estar da filha (à mínima contrariedade bate-lhe, não respeita os horários de dormir e comer, não lhe dá os medicamentos, fala-lhe mal de mim, diz que a mãe é má, esquece-a a fazer a sesta e tem comportamentos impróprios com a **** que ele arranjou em frente à menina)... pois, este pseudo-pai agora quer levar os meus filhos? É só para me obrigar a dizer NÃO para que ele possa provar junto de um juiz que eu "o privo de estar com os filhos". mas como deixá-los ir? Nestas condições? Já basta o que terá de ser por imposição do tribunal.

                      Continuo em baixo, triste, angustiada. Ajudem-me! Preciso de animo, de consolo. Posso vir buscá-lo aqui?
                      Claro que podes vir buscar aqui. Se te serve de consolo, os filhos vão crescer e saber fazer a distinção. Ele certamente vai "esfriar" as visitas com o tempo. Acontece com todos os pais como o teu ex marido e nessa altura vais viver mais sossegada.

                      Sou capaz de apostar que um dia que a namorada tenha filhos ele nunca mais (ou muito raramente) vem busca-los

                      Beijinho
                      [hr]\"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo\" Raul Seixas

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                      • RE:

                        concordo com a Sunrise. Só descobri teu tópico ontem. O ex-marido da minha cunhada faz o mesmo com os filhos... felizmente, os meninos já são maiores (um tem 10 e outra tem 7). Há 4 anos que não pagava pensão de alimentos. Pagou nos últimos 2 meses e os meninos vieram logo com o recado de que o pai dava mto dinheirinho à mãe para as despesas (100 euros por cada um... ui que fortuna... foi mesmo com 400 euros que a minha cunhada sustentou as crianças nos últimos 4 anos). Ela tem batalhado mto na justiça, que é infelizmente lenta. ele começou a pagar agora porque o tribunal já decretou que, se não pagasse, o dinheiro iria ser retirado do ordenado. Vamos lá ver por qto tempo é que paga. Ficou meses sem ver os filhos e depois disse que foi a mãe que o proibiu de ver. Queria que ela estivesse sempre disponível para que ele lá fosse buscar os miúdos qd quisesse. Umas vezes, telefonava a dizer que os ia buscar... qd estavam fora, a minha cunhada dizia onde estavam e tb dizia smp que se ele quisesse que os fosse buscar... mas não... ele achava que a mãe tinha de os vir trazer a Lisboa, qd era suposto o fim-de-semana dele começar às 20h de sexta e terminar às 20h de Domingo e ele só ligava ao Sábado. Enfim...
                        Sinceramente, não acredito que nenhum juíz te retire os teus filhos. E, acredita, eles podem até gostar mto do pai e acho que, a não ser que ele os trate realmente mal, os deves deixar conviver com ele, mas qd crescerem conseguirão perfeitamente perceber quem é o mau da fita. Tenho vários amigo(a)s filhos de pais separados q, dps de adultos, sabem bem reconhecer os sacrifícios que um dos pais fez por ele e q o outro não fez.
                        Confesso é que acho que o teu advogado não se está a mexer bem. Tu foste agredida. Apresentaste queixa. tens testemunhas. Isso podia jogar mto mais a teu favor. E acho que deves tb ter sempre alguém presente qd ele vai buscar os filhos. O ideal é que essa pessoa esteja lá, mas, por exemplo, nua divisão diferente... para ver se ele se revela.

                        Muita força e um beijinho

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                        • RE:

                          Se este país não fosse uma república das bananas, este artigo até intimidava!

                          Artigo 250.º
                          [...]
                          1 — Quem, estando legalmente obrigado a prestar
                          alimentos e em condições de o fazer, não cumprir a obrigação
                          no prazo de dois meses seguintes ao vencimento,
                          é punido com pena de multa até 120 dias.
                          2 — A prática reiterada do crime referido no número
                          anterior é punível com pena de prisão até um ano ou
                          com pena de multa até 120 dias.
                          3 — (Anterior n.º 1.)
                          4 — Quem, com a intenção de não prestar alimentos,
                          se colocar na impossibilidade de o fazer e violar a
                          obrigação a que está sujeito criando o perigo previsto
                          no número anterior, é punido com pena de prisão até
                          dois anos ou com pena de multa até 240 dias.

                          in: http://dre.pt/pdf1sdip/2008/10/21200/0763307638.pdf (página 7638 )

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                          • RE:

                            Inserido Inicialmente por suzhelen
                            No fim de semana passado ele não veio. Não veio porque eu lhe disse para não vir. Arranjei bilhetes para um espectaculo no domingo (que só podia ser no domingo) e no sabado também fomos passear. Ele ficou passado e reagiu dizendo que vem então buscar a filha na sexta feira santa. Que venha então.

                            A minha menina não pergunta pelo pai. Eu pensava que ela já se tinha esquecido daquele episódio da estalada mas às vezes durante as brincadeiras com os bonecos fala disso. Diz, agarrando num boneco, "tens de comer a sopa senão fazes doi-doi". Mas já não está zangada com o pai. As crianças não guardam rancor e têm um grande coração.

                            Não sei porquê mas esta semana sinto-me profundamente angustiada. O meu filhote faz um aninho este mês. O meu advogado diz que com um ano feito vai ser muito dificil impedir o pai de levar o filho pelo menos por umas horas. O meu menino, o meu bebé! Que não conhece o pai, que para ele é um estranho! Como vai ser? Aquele dador de esperma que nunca lhe deu amor, que nunca lhe deu nada nem sequer perguntou se ele precisava de leite para se alimentar, é essa pessoa que agora à luz dos direitos que um juiz (que não conhece o meu filho nem se preocupa com isso) lhe vai dar, vai arrancar-mo dos braços? Ainda que eu acreditasse que era para lhe dar miminho mas nem isso acredito. Não o fez até agora! Só o quer porque tem direito a ele, é como se fosse uma promoção de um produto qualquer. Que angústia!

                            E a minha filhota que está a fazer três anitos, também irá começar a passar fins de semana na casa dele. Sabe-se lá com que vontade, ela que nunca mais dormiu com o pai depois de ele sair de casa, que nunca mais dormiu fora de casa sem mim. E um pai que não tem paciência, que reage mal com uma pequena birra. Como será se ela começar a chorar que quer vir para casa? Que angústia!

                            Sei dessas teorias todas sobre os filhos conviverem com ambos os progenitores. Até comprei um bom livro sobre isso. Cheguei a tentar pôr em prática o que era aconselhado: chegar a um acordo que fosse bom para as crianças, uma habituação gradual, calma, tentei criar uma aproximação entre pai e filho, falar a bem com uma pessoa que me traiu, que renegou a própria família (a filha e o filho por nascer)... mas nada resultou. Ele não quis. Continuou a querer atingir-me mais e mais. Porquê tanta crueldade. Que monstro aquele! E 10 anos da minha vida a amá-lo!

                            Agora é pelos meus filhos que vou vivendo. Tudo por eles. Quando ficar sem eles e, pior, sem saber se eles estarão bem, vou morrer por dentro. Já morro, já sofro por antecipação, como dizem, mas não consigo evitá-lo!

                            Linda não deixes que esse patife te tire o sono...não permitas que ele arraze contigo!!!
                            És uma grande MULHER, uma exelente mãe, como pode ele pensar que os teus filhos vão deixar de gostar de ti só pq ele lhe apetece dizer que a mãe é má...por favor ele deve de ter nascido de uma caixa de fruta....tu és superior a isso...e até podes te roer toda de raiva, mas controla-te...e não mostres fraqueza...
                            Envio pm...

                            Bjs tita







                            De volta aos treinos para a menina:
                            1º ciclo: de 22/01/2009 a 17/02 (28 dias); 2º ciclo: de 17/02 a ...


                            Em busca da cegonha até á Páscoa de 2009: Sócia nº 138


                            Madrinha: Pipa

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                            • RE:

                              olá suzahlen,

                              Costumo vir ler-te embora não comente muito. Não sei o que hei-de comentar realmente. Não deve ser nada fácil aquilo pelo qual estás a passar...

                              Desejo apenas saúde e sorte para ti e para as tuas crianças. Acredito que as coisas hão-de melhorar e provavelmente acontecerá o que outra forista disse, ele comecará a desistir de visitar os filhos. Quem sabe até será melhor assim?

                              Bjinho forte e coragem

                              Carla


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                              • RE: Tirem-me deste filme!

                                Olá Suz!



                                Estive a ler este tópico (demorei alguns dias, porque não deu para ler de uma só vez) e na altura tive vontade de deixar uma mensagem, mas depois, não sei porquê, não deu. Ontem, estava a fazer um zapping e vi um bocadinho de um debate sobre divórcio e lembrei-me deste tópico. Como estás? Há novidades? Espero que haja boas notícias.



                                Um beijinho
                                [hr]

                                Laranja

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