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Tirem-me deste filme!

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  • RE: Tirem-me deste filme!

    Minha querida, um grande beijo, um grande abraço.

    Tocou-me muito o que escreveste...nao sabes como vais de encontro ao que ja vivi ha alguns anos...

    ha pessoas que nao conseguem ser felizes com ninguem, que nunca se sentem completas, que nunca valorizam o que têm, que nem para os filhos conseguem ser equlibrados...

    Tu levantaste-te com muita coragem e vais ser muito feliz, garanto-te!
    Veja o novo Blog de Culinária, o Manjar das Deusas

    Presidente da associação de madrinhas da PipocaeCompanhia

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    • RE: Tirem-me deste filme!

      Minha k'rida, li-te com toda a usual atenção q tenho vindo a dar, és um ser humano lindo, cheio d bons valores, vais encontrar a felicidade pura, e tens para sempre contigo o q d mais valioso podemos ter.

      muita força e coragem, és 1 grande mulher

      mts beijinhos para voçes 3
      Mag


      IVI Fev/07 - ICSI 08/Abril - beta dia 21: 592 POSITIVA
      Cesariana 5 Dezembro 2007 MAC 36s5d



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      • RE: Tirem-me deste filme!

        Suhelen



        Esse filho que vai ter coma a actual vai mostrar que quando nasce um filho, as coisas nunca mais são iguais ...



        Eu tb partilho a opinião de que se não quer criar uma relação com o filho não faz falta!





        Beijinhos
        [hr]\"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo\" Raul Seixas

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        • RE: Tirem-me deste filme!

          A semana passada levei um choque. Completamente.



          Tenho amiga com um caso muito semelhante ao meu. Aliás, tornámo-nos amigas por termos histórias de vida praticamente iguais. Ela foi deixada pelo marido quando estava grávida de 4 meses do 2º filho. Já tinham um menino com 2 anos. O idiota nem quis saber se era menino ou menina, ou como é que ela se iria "arranjar" daí para a frente. A menina nasceu em Novembro. Contam-se por pouco mais de uma mão as vezes que o pai a viu. Dá-lhe tanta importância como a que o meu ex dá ao emu filho... Também já andava com outra quando a mulher (a minha amiga) ficou grávida. Tal como o meu, ganha bem e anda na boa (má?!) vida. Deixou de contribuir financeiramente também, mas não deixou de a enfernizar. Muito parecido com o meu ex.



          Ela vive mais longe da família, sozinha com os dois miudos, esteve à beira de um esgotamento. Pareceu-lhe que a forma de sobreviver seria dar a guarda partilhada ao pai. E, por outro lado, "castigá-lo" forçando-o a tratar também de crianças que ele quis abandonar. No entanto, em Junho esse pai raptou por uma semana os miudos sem que a mãe pudesse contactar com eles? Disseram (ele e a família dele) aos miudos que a mãe os tinha abandonado. Ela só os recuperou quando a PJ foi buscá-los a casa. Foi esta semana de terror que a fez acordar e perceber que nunca conseguiria partilhar a guarda com o ex, que não conseguiria separar-se tanto tempo dos filhos.



          Desde esse episódio, o menino (com 3,5 anos) que já não usava fralda passou a voltar a usar, tem terrores nocturnos e anda sempre a dizer à mãe que não quer ir para o pai. A bebé (agora com 8 meses) não sentiu tanto. Nem um nem outro voltaram a estar/ir para o pai. O anormal só foi uma vez ao infantário ver o filho e fazer queixa às educadoras que a mãe não o deixava ver, mas na verdade, nunca mais pediu para ver os filhos nem perguntou por eles. O pequenito, quando o viu teve um ataque de choro e fartou-se de gritar que não queria o pai. Foi a educadora que contou à minha amiga. A bebé nunca mais viu o pai.



          A semana passada foram a tribunal porque o pai queria 15 dias (8+8) de férias com os filhos. E conseguiu-o!!! Não interessa que o menino não queira o pai ou tenha medo dele, que nem ele nem a irmã bebé nunca mais tenham tido contacto com ele e agora vão já 8 dias seguidos com um estranho; não interessa que o pai os tenha raptado, ou que há meses não contribua com um tostão para eles comerem, vestirem ou para os infantários... Ela pediu ao tribunal que solicitasse/considerasse a avaliação do mais velho por um psicólogo infantil e o juiz respondeu “isso é complicar o que é simples, os miudos adaptam-se”; Ela pediu que a bebé não fosse ainda dormir porque já está na fase de reacção ao estranho e o ministério público respondeu “isso passa-lhe, se já não mama, pode ir com o pai!”



          A minha amiga só chora. Não sabe como vai dizer ao filho que vai ter de passar tantos dias com o pai anormal. Mas este, saiu da sala de audiência a sorrir desdenhosamente da cara dela.



          Justiça?? Ninguém quer saber! O crime compensa. E nós somos só um número de processo...





          Como será comigo???? A minha confiança está muito abalada. Já depois deste, ouvi casos piores ainda.



          O meu ex veio na semana passada pedir para passar a 2ª metade de agosto com os filhos (obviamente que quando ele escreve filhos quer dizer apenas filha). Já em Março lhe tinha comunicado as minhas férias por email como a 1ª quinzena. Ele nunca me respondeu. Mesmo assim, aguardei (sem marcar oficialmente)... E o meu local de trabalho acabou por me obrigar a marcar as 3 primeiras semanas de agosto. Quando confirmei que ele ia ser pai outra vez no fim de agosto, achei que já nem me iria pedir férias e confirmei no trabalho que ia de facto usar a 3ª semana. Aliás, nesta altura do ano já nem posso fazer alterações, não posso mexer com as férias das outras pessoas. Não me faz agora sentido estar de férias uma semana sem os meus filhos!



          Se ele quiser que use a última semana de Agosto (ele queria a última e a penúltima) com os meus dois filhos. Vão de manhã e voltam à noite. Claro que ele está a contar que o menino não queira ir, apesar de ter escrito que levaria os dois... Então com um bebé quase a nascer estariam eles para aturar um menino que não os conhece e não gosta deles? Nunca obrigarei o meu filho a ir, mesmo que isso um dia esteja escrito num papel. Também tenho a certeza que o mesmo papel não fará o pai ter vontade de levá-lo, por isso a situação vai manter-se na mesma. Por mais que eu tente compensar o meu filho, ele sofrerá sempre com esta rejeição do pai. Infelizmente, já sei que vai ser esse o destino da relação entre os dois.



          Uma das vezes que eu andava a dormir em pé porque o meu filho bebé constipadito vomitava com a tosse e a expectoração, obrigando-me a mudar-lhe o pijama e a roupa de cama mais que uma vez de noite, noites seguidas no inverno chuvoso...

          ... disse-me um grande amigo meu "um dia, quando o pai dele for velho, sem nunca se irmportar com o filho, e estiver a babar por um dos cantos da boca, quem ele acarinhou que lhe limpe a baba"...



          As Leis não são justiça!!! A nova Lei da Perentalidade vem dar mais direitos à figura do pai (seja ele quem for), quando o objectivo deviam ser as crianças.



          Nestas situações de conflito, além do pai “agressor”, também a mãe se sente impotente e muitas vezes não consegue esconder dos filhos a sua própria tristeza, raiva e impotencia. Também a mãe, sem querer afecta os filhos. No princípio da minha separação foi muito difícil esconder da minha filha o que me ia na alma. Ficava à espera que ela adormecesse depressa no berço, a segurar-lhe na mão, para depois poder chorar (eu dizia que tinha horas para chorar). Mas às vezes a minha menina pedia-me para lhe cantar uma canção de embalar e a minha alma sentia-se tão triste, tão negra, tão doente... Fazia das tripas coração e tentava. Era tão difícil! A voz tremia-me e ela acabava por perceber, apesar da escuridão que eu estava a chorar. Levantava-se, limpava-me as lágrimas com a mãozinha e se eu sucumbia a abraçá-la para me sentir acarinhada, ela chorava também... “Não chores mamã! Porque é que tás triste?” e a resposta parecia óbvia “porque o papá foi embora! Eu quero o papá!” Aquilo matava-me ainda mais. Não sabia proteger a minha filha do meu sofrimento e atenuar o dela.



          Caramba, estou mesmo a precisar de ir de férias para longe!!!






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          • RE: Tirem-me deste filme!

            Deixaste-me novamente em lágrimas, nã há justiça neste pais, apenas robots a inventar regras... entendo bem as lágrimas q te corriam no rosto quando tentavas q te saisse uma canção p adormecer a tua menina, os abracinhos dela foram o teu conforto e serão toda a vida, os teus filhos serão os teus tesouros para sempre, a tua fonte de energia...

            um grande abraço

            Célia
            Mag


            IVI Fev/07 - ICSI 08/Abril - beta dia 21: 592 POSITIVA
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            • RE: Tirem-me deste filme!



              Eu no teu lugar faria o mesmo, seguia com as férias q já tens marcadas e mai nada!!!
              Mag


              IVI Fev/07 - ICSI 08/Abril - beta dia 21: 592 POSITIVA
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              • RE: Tirem-me deste filme!

                Suzhelen





                Acompanhei a tua história(a maior parte, digo eu) e sempre que te li, fiquei com um aperto no coração.

                A tua história, só vem provar que és, de facto, uma mulher com M maiúsculo, com uma força gigante, maior que a tua própria pessoa!

                Não consigo sequer imaginar a dor que sentiste ao saber, grávida, que o teu marido tinha outra e, ainda mais, que desde sempre rejeitou o filho.

                Um filho é um filho e, se porventura o pai está doente psicologicamente, se que se trate e que não deixe que essa "loucura" ou seja lá o que for se reflicta no seu papel de pai.

                (In)Felizmente já passaste por muito e isso, que de ínicio, fez com que fosses ao fundo, tornou-te forte e só veio mostrar que, é possível, pelos filhos, uma mãe erguer-se contra tudo e contra todos e fazer das tripas, coração.

                E que grande esse teu coração!

                Admiro-te, especialmente, pelas noites mal dormidas, em que sózinha, com dois meninos a teu cargo, te levantavas, para adormecer, embalar, cantar uma canção, ou simplesmente mudar uma fralda...e as noites em que choraste por ti e pela tua separação... Tinhas tempo para pensar um pouquinho em ti?...não deveria ser muito, não...Como passavas os dias, com estas noites?

                Há pessoas, realmente que passam por coisas, para outras , inimagináveis!

                Mas estás cá, não estás?

                E, certamente, terás muito orgulho em ti...afinal, não é fácil.

                Daqui a uns anos(poucos, espero!), vais olhar para trás e pensar que foi uma fase muito má da tua vida, mas que já passou.

                O meu pai disse-me, há uns anos, algo que retive:" o Dr Tempo cura tudo!"

                E este "Dr" vai também, ajudar-te a esquecer ou, pelo menos, atenuar a tua dor, que é tão grande...sim, não tiveste apenas que lidar com uma traição, já de si tão dolorosa....

                Como se não chegasse, eis que se te apresenta uma dor muito maior:a rejeição de um filho, vindo do próprio pai.

                Tenho a certeza de que, se até agora a história que constaste, não te deixou louca, nada o fará!

                E os meus parabéns pela tua postura correcta e sã.

                Continua assim. Um dia, vais ser muito feliz! Tenho a certeza.

                Um abraço muito apertado.

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                • RE: Tirem-me deste filme!

                  1Mummy (27-07-2010)Suzhelen

                  Admiro-te, especialmente, pelas noites mal dormidas, em que sózinha, com dois meninos a teu cargo, te levantavas, para adormecer, embalar, cantar uma canção, ou simplesmente mudar uma fralda...e as noites em que choraste por ti e pela tua separação... Tinhas tempo para pensar um pouquinho em ti?...não deveria ser muito, não...Como passavas os dias, com estas noites?


                  Obrigada 1Mummy pelas tuas palavras que me chegam ao coração. Julgo que as noites mal dormidas, os colos que cansadas damos aos filhos, os carinhos e sacrifícios, são o que mais tarde nos dão a satisfação de pensarmos que fomos boas mães. Isso para mim é muito importante.



                  Os maridos, companheiros, amigos vão e vêm... ou, muitas vezes, não voltam mais, mas os filhos serão sempre o nosso prolongamento para o futuro, a prova da nossa passagem pelo mundo - e julgo que falo pela maioria das mães - como pessoas que os amaram e tentaram servir-lhes de exemplo.



                  Quanto ao tempo para mim, não era muito não, a tratar de duas crianças pequenas. Mas isso até se converteu numa vantagem, para não pensar tanto nos problemas. A minha familia sempre me ajudou e continua a ajudar, apesar de eu sentir que já deveria ser mais autónoma!



                  Sobre o pedido de férias do ex, ainda lhe escrevi, por sugestão de advogado, para usar a 1ª semana de Setembro (que eu também tenho marcada para férias... ia estar à espera dele até agora??), acabaria por ter os 15 dias que me pediu. Nada está escrito, nada está regulado. O meu receio é que ele, assim que se apanhe com a filha, desapareça com ela durante duas semanas sem que eu saia para onde ou consiga falar com ela... Isso aconteceu no ano passado. Já depois fomos a tribunal. Não só não pude contar em primeiro lugar tal atrocidade, como o meu ex se adiantou e fez-se de desgraçado a dizer que quando tinha estado de férias com a filha tinha sido constantemente incomodado pelos meus telefonemas e tinha atendido sempre, aliás, ele é que referia ter-me telefonado todos os dias, mas a menina nunca queria falar comigo. Nada podia ser mais falso!! Quando me deram a palavra (mal pude dizer duas frases, enquanto ele falou o que quis, com direito a lágrimas de crocodilo), convidei-o a apresentar prova desses telefonemas e a representante do ministério público interpelou-me "você aqui não sugere nada! quem decide é o juiz!" e pronto!



                  O que é grave não é que ele queira passar férias ou estar com a filha. Ainda bem para ela que assim é. O que é grave é que ele seja "zarolho" e só veja um filho, que cimente no coração e na cabeça de um menino inocente - O PRÓPRIO FILHO!! - o sentimento da rejeição, de ser preterido, de ser invisível!!! Ou queria os dois filhos ou não ligava a nenhum. Ainda no passado fim de semana, quando veio trazer de volta a filha, colou-se a ela a chorar baba e ranho (cena teatral que ele faz muitas vezes, da qual já foi chamado à atenção pela psicóloga da segurança social por ser prejudicial para a menina, criando-lhe um sentimento de culpa e aflição pelo pai... o objectivo dele é esse mesmo). O filho, que veio receber a irmã comigo, chegou a cantar para chamar a atenção do pai. E este nem sequer olhou para ele!!!??!



                  Os dois irmãos abraçam-se e beijam-se e pulam agarrados rindo quando se reencontram. Como é que eu aceito separá-los?? Mas sei que um será levado pelo pai e o outro fica... Não vou de todo "empurrar" o menino a ir com o pai, que, aliás, não o quer levar (quando vem buscar a filha, diz logo a esta "vai lá despedir-te do mano"). Por outro lado, não posso ou não devo, aos olhos dos juizes impedir a menina de passar férias com o pai. Mas este dilema é só meu. Não é daquele anormal. Para ele é tudo fácil.

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                  • RE: Tirem-me deste filme!

                    Pois é...

                    novo aperto no peito, só de ler as atrocidades desse pai.

                    "Vai-te lá despedir do mano"....valha-me Deus!

                    Parece que só tem uma filha e que o outro menino não é dele.

                    Imagino que fiques com o coração partido em mil pedaços...Meu Deus! Como é possível?

                    mas eu faria o mesmo que tu: não insistiria a que o menino fosse levado. Fica uns tempinhos sem a mana, é verdade!

                    Mas fica melhor junto da mãe, que é quem lhe quer bem!

                    É uma grande mãe e uma grande mulher!

                    E és tudo para o teu menino.

                    Quando precisares, estou aqui, ou por Pm.

                    Um beijo grande para ti.

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                    • RE: Tirem-me deste filme!

                      Suzhelen:



                      Leio-te sempre, e sempre que há um poste teu faço o link com o coração cheio de esperança que a tua vida seja já mais suave. E sempre me surpreendo e angustio com o teu sofrimento.



                      Não sei o que escrever que possa amenizar a tua angustia, e essa é a razão de nunca ter intervido. Mesmo hoje só posso deixar um abraço solidário do fundo do meu coração de mãe... não consigo imaginar... é demasiado mau. Já merecias paz!



                      Coragem :arose:
                      [hr]



                      \"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?\"

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                      • RE: Tirem-me deste filme!

                        suzhelen (06-10-2008)Obrigada Teacher, as tuas palavras dão-me sempre consolo.



                        Quem anda inconsolável é a minha filha. Com este afastamento prolongado do pai (três semanas) não queria deixá-lo ir no sabado. Disse "papá fica cá em casa". Parte-se-me o coração vê-la sofrer e não poder fazer nada (ainda por cima sofre por alguém que não a merece de todo!!).







                        Desde que eu comecei a trabalhar parece que ainda está mais pegada a mim. Chego a a casa e não me larga, até vai atrás de mim para a casa de banho. Ontem saiu sozinha da cama de grades (até agora estou para perceber como e como é que não caiu) e hoje saltou da banheira cheia de espuma para vir atrás de mim. Ela tem tanto medo de ser abandonada. como é que eu a descanso que nunca a deixarei?






                        realmente, ele nao a merece!!







                        ate chorei a ler este post. espero que ela ja esteja mais calminha agora..



                        EDIT:

                        Li o resto dos teus posts suzhelen e muitos parabens pela força..

                        Espero que continues assim forte e que te prepares para o futuro..

                        Nem sequer te conheço e tive pena quando li que a tua filha tinha dito que «preferia estar com o pai», ja que com ele pode fazer tudo.. É completamente natural que ela tenha dito isso, tal como afirmaste, mas é tao injusto para ti ouvir..

                        A melhor coisa nesses casos talvez seja nao dizer nada, e ficar em silencio, quem sabe mais tarde, com mais idade e maturidade, os miudos vejam quem é que tinha razão e quem nao tinha..

                        Boa sorte e força!

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                        • RE: Tirem-me deste filme!

                          Suzhelen,



                          Como estão as coisas?

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                          • RE: Tirem-me deste filme!

                            Suz,

                            onde andas, como estás tu e os teus tesouros?

                            beijinhos
                            Mag


                            IVI Fev/07 - ICSI 08/Abril - beta dia 21: 592 POSITIVA
                            Cesariana 5 Dezembro 2007 MAC 36s5d



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                            • RE: Tirem-me deste filme!

                              Olá,

                              Regressei ao trabalho, depois de 3 semanas de supostas férias...



                              No último dia o pai dos meus filhos deixou-me com a ameaça que iria buscá-los (ou melhor, buscar a filha) na 3ª semana de Agosto como ele queria. Trocas de correspondência com insultos e acusações da parte dele, a exultar os direitos todos que ele entende que tem, mas nada de falar em deveres.



                              Na primeira semana, a mais cansativa, de praia intensiva, apanhei dois sustos com os meus amores, embora nenhum deles tivesse a ver com o pai, aliás, nem lhe dei conhecimento. Para ele vir depois a usar isso contra mim? Apesar de serem coisas que acontecem. O primeiro foi com a filhota. Perdi-a por uns segundos na praia. É o que acontece quando há vários adultos a olhar por várias crianças. Todos pensam que os pequenitos estão a ser vigiados e "baixam a guarda". Creio que não chegou a um minuto, mas foi o mais longo da minha vida. Quando dei por falta dela, o meu coração disparou. Gritei a chamá-la. Não a via. Senti as pernas fraquejarem, senti falta de ar. Tudo me passou pela cabeça nesses segundos. Que se tivesse afogado, que alguém a tivesse levado, que andasse perdida à minha procura... Todo o grupo de amigos à procura dela, mas fui eu quem, no meio da multidão à beira mar, a descobriu a pouco mais de 50 metros de mim. Corri para ela e gritei-lhe, ralhei com ela de tal maneira que até quem estava perto se voltou para ver. Ela nem se tinha apercebido que se tinha afastado, nem percebeu se tinha feito algo de errado. Só andava a apanhar conchinhas para o balde. Coitadinha, chorou tanto. Vi que eu tinha sido bruta, estava tão nervosa. Abracei-a e senti então que todo o meu corpo tremia. Ela é o meu tesouro. Nesse dia percebi que há coisas muito piores do que deixá-la ir para o pai (mesmo sem saber por quanto tempo nem para onde) porque sei que mesmo que me custe muito estar sem ela, ela voltará para mim.



                              O segundo susto foi com o filhote, um dia à noite. Fez uma reacção alérgica fortíssima ainda não sei a quê, supostamente a um alimento, ou combinação deles. Ele terá de fazer testes para descobrir o que lhe provocou isto e não voltar a acontecer. Fui a correr com ele para a urgência, cheio de borbulhas, comichão, tão inchado que um dos olhos nem abria, e já estava a começar com falta de ar, era uma questão de tempo. Levou duas injecções, coitadinho, queixou-se tanto, e eu a fazer força para o segurar, pedia-lhe desculpa por estar a fazê-lo passar por aquilo. Sentia-me à beira das lágrimas e, no entanto, não me saiu nenhuma. Não consegui chorar porque a minha cabeça dizia ao meu coração que o meu filho precisava de mim. Depois, enquanto esperava que o tratamento fizesse efeito, o que incluia pô-lo a dormir, olhava para ele, ainda bastante inchado, mas a achar que tinha sorte por ter um filho tão lindo, o meu segundo tesouro. Estarei sempre com ele, para ele, porque sei, infelizmente, que nunca contará com a preocupação ou ajuda do pai. Senti-me duas pessoas, mãe e pai (sem barba). Quando me deitei, chegando a casa de pois de ele ter alta, parecia que me tinha passado um camião por cima. Nem dormi o resto da noite a vigiar-lhe o sono. Mas nunca dou por perdidas estas horas acordada.



                              A meio da segunda semana de férias, concretizou-se o que eu temia. Recebo um telefonema do advogado a informar que o meu ex tinha metido ao tribunal um requerimento com carácter urgente para que os filhos lhe fossem entregues para 15 dias de férias com ele na semana seguinte, a minha 3ª semana de férias. Dado o prazo que legalmente tenho para responder, ele nunca iria a tempo de conseguir essa 3ª semana de agosto e ele, de certeza, sabia-o.



                              Contudo, o objectivo era mesmo chatear, escrever mais uma catrefada de mentiras, descrever-se mais uma vez como o pai desgraçadinho vitima da mãe dos filhos tirana. E pedia para levar os dois! Além de distorcer a verdade, alegando que aquela a 2ª quinzena já tinha sido combinada entre nós como sendo para ele (o que nunca aconteceu, só no fim de Julho é que ele lá se lembrou que queria esse período e tinha de ser como ele quer nem que tal implicasse alterações na organização da minha vida), fez uma série de acusações. Que eu não o tinha deixado levar os filhos em datas importantes, como o Natal ou o dia do pai (mentira, levou, mas só a filha), que não era informado sobre o calendário escolar da menina, das reuniões, das avaliações (tudo o que a isso diz respeito sempre lhe enviei a tempo por email, tenho todas as provas, muitas vezes era informado e nem respondia se ia ou não, e eu já nem dizia nada à minha pequenita para não a sentir desiludida... embora para tudo o pai tenha sempre perdão..., por acaso não contou ele que não paga a escola da filha, pelos vistos essa obrigação é só da mãe), que não era informado das decisões que eu tomava sobre os filhos (quais? Pergunto eu! Se os levo ou não ao médico, a uma urgência, se compro ou não um medicamento, se precisam de roupa porque não lhes serve a do ano anterior? E ele, sabendo de tudo, nunca pagou um tostão...)



                              Fui obrigada a regressar a casa para tratar da minha defesa, a vir ao trabalho, onde guardo os emails de provas para os anexar ao processo, a andar com os meus filhos para trás e para a frente – porque não os deixo – para repor a verdade. No dia que ele tinha ameaçado ir buscar os filhos, inicio da 3ª semana, veio mesmo tocar-me à porta. Enviou-me mensagens furioso a dizer para lhos entregar. Acabou por desistir porque eu não abri. Os meus filhotes nem perceberam, entretidos a ver um filme. Nada me pesava na consciência a não ser saber que a minha boneca ia passar mais tempo que o habitual intervalo dos 15 dias sem ver o pai. Porém, se o visse, ele levar-ma-ia, na certa.

                              No dia seguinte, novo telefonema do advogado anunciando que o prazo de resposta fora encurtado para apenas 24 horas, em vez dos restantes 5 dias da primeira notificação. Se ele “mexeu cordelinhos”? Não sei. Por mais que me assegurassem que a razão estava do meu lado, havia sempre a possibilidade de nos dias seguintes, em qualquer altura, vir a ser obrigada a entregar os meninos ao pai. Eu nem podia ouvir o toque do telefone, receava ir à caixa do correio. Não veio nenhuma decisão do tribunal.



                              A hora da entrega chegou no passado domingo. Passei o dia se sábado com uma angústia indescritível. Não sabia – e ainda não sei – para onde ia e por quanto tempo me ia despedir da minha filha. De repente, tudo me pareceu ter passado demasiado depressa, com tanto stress pelo meio. Só queria mais um dia com ela, mais umas horas, uns beijinhos, uma noite... Antes de se ir embora, ela veio agarrar-se à minha perna e confessou “mamã, vou ter muitas saudades tuas”. Chorei, mas abracei-a e disse-lhe “vai divertir-te, não penses nisso e tem os cuidados que já te falei, vou estar sempre à tua espera quando quiseres voltar”.

                              Como sempre o meu menino ficou comigo. O pai chegou e agarrou ao colo a filha. Ela estava cheia de saudades dele. Bem o sei. O mano, ficou a olhar a cena, a querer chamar a atenção. Continua a fazer-lhe confusão como é que aquele indivíduo que tem o nome de “pai” é a única pessoa que ele conhece que não lhe liga nenhuma. E porque é que a mana gosta tanto dele? O “pai” pediu-lhe um beijo que ele a principio recusou mas depois foi dar. Perguntou ao filho se queria ir, sabendo de antemão que com tanto “esforço paterno convicto” o menino diria que não. Comentário seguinte para a filha “dá um beijo ao mano para irmos embora”. E assim foi. Tudo despachado em menos de 5 minutos.



                              Logo na 2ª feira telefonei para a psicologa da Segurança Social que nos avaliou de Março a Maio. Eu a pensar que era o tribunal que tinha as coisas empatadas e afinal ela ainda não remeteu o relatório ao tribunal! Deu-me razão, mas de que é que isso me serviu? Se o relatório já tivesse sido enviado, eu não estaria a passar, sobretudo os meus filhos não estariam a passar por um afastamento por tempo indeterminado.



                              Os primeiros dois dias longe da princesa passaram-se como um fim de semana normal. Mas no final do 3º dia, o meu menino começa a insistir mais a perguntar pela irmã. Liguei para o pai. Não atendeu, desviava as chamadas. Mandei-lhe uma mensagem a dizer que o filho queria falar com a mana. E que voltaria a telefonar no dia seguinte e indiquei-lhe a hora. O meu principezinho ficou tão triste. Consolei-o dizendo que a mana já devia estar a dormir (eu sabia perfeitamente que não estava). Não valia a pena insistir.



                              Ontem, passados 4 dias, foi ele quem resolveu telefonar ainda antes da hora combinada. Ele sabe perfeitamente que se não o fizesse isso iria pesar muito contra ele. Pude ouvir a minha princesa, e os manos, mal ou bem lá trocaram umas palavras. Senti que ela estava bem, acalmei. Tenho de aceitar certas coisas como elas são. E, como me disseram uma vez, deixar de procurar respostas para as questões que não as têm...



                              Só quero que ela volte. Só quero ver os irmãos juntos. Só quero ver restituida a (aparente) normalidade dos meus dias.

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                              • RE: Tirem-me deste filme!

                                Que susto Suhelen



                                Não deste nada nese dia ao teu filho pela 2ª vez, por exemplo. POde não fazer reacção a primeira e reagir à segunda. E pondera a hipótese de ter sido mordido por algum bicharoco (aranha por exemplo)



                                Melhoras para o pequeno e força para ti
                                [hr]\"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo\" Raul Seixas

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