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Tirem-me deste filme!

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  • Inserido Inicialmente por Dulsa Ver Mensagem
    Olá!

    Eu não tenho lido o teu tópico desde o ínicio mas já comecei a lê-lo há algum tempo. Como queria compreender melhor a tua situação e a forma como lidaste com ela, resolvi ler para trás todas as tuas mensagens e fiquei com uma espécie de dúvida.
    Tu só respondes se quiseres, claro, e se não quiseres , ficamos assim.

    A minha dúvida reside nisto: o porquê do comportamento aberrante do teu ex-marido. Sim ele é anormal e isso é dizer pouco mas por trás do comportamento dele, tão discrepante em relação aos dois filhos não estará um objectivo fixo que não apenas o seu comportamento desviante?
    Pergunto isto porque o meu marido tem um colega a divorciar-se, aliás está divorciado, mas tem feito a vida negra á ex-mulher, trata-a mal, humilha-a, apenas e somento com o intuito, diz ele (a todos os colegas que quiserem ouvir) que pretende deixá-la tão desiquilibrada ao ponto de depois poder usar isso contra ela em tribunal e ficar com a filha só para ele. (no meu ponto de vista este homem é muito desiquilibrado e um pai que deseja separar a filha da sua mãe é mau pai. Pura e simples.)

    Portanto será que o comportamento do teu ex no inicio não tinha um quê de te deixar completamente exausta com o intuito de ficar com a menina e não com o menino? Ou até com o tempo ficar com os dois (mas isso apenas porque ele deve ter dado conta que a justiça por mais mal que ande nunca iria separar os dois irmão...)?

    No fundo o meu post é uma pergunta mas também algo para tu reflectires. Ele é um anormaloide, até aí já todas sabemos.... mas se ele tem um objectivo subjacente ainda mais vil?

    E para terminar... eu li o teu caminho ao longo destes anos e tem sido notável. E espero que encontres em breve a paz que necessitas.
    Olá Dulsa,

    Já perdi tempo a pensar qual seria/será o objectivo dele ao longo destes anos. Esse tempo "perdido" desgastou-me, e ainda desgasta mas menos, fui-me treinando a ignorar a estupidez aberrantemente natural dele. Tem a quem sair (e aqui findam os comentários a quem nem me merece qualquer memória!). Como foi avaliado, e bem, pela psicóloga da Segurança Social, ele actua como actua para esconder através de tanto "show off", simpatia e eloquência, uma personalidade no fundo depressiva, de reduzido ego... Enfim. Para mim, há pessoas boas, há pessoas más e, qual curva de Gauss, as outras que têm uma proporção maior ou menor de cada uma das partes. Este idiota, como amostra de um grupo de idiotas cuja satisfação é retirada do controlo sobre as mulheres, odeia-me de morte. Mesmo. Porque, apesar de tudo o que me faz e aos filhos, sabe que não detem o controlo que outrora teve sobre esta parvinha que um dia se encantou por ele... mas isso foi há muitos anos atrás. Hoje sou outra pessoa. Se ele faz o que faz é em grande parte porque o contexto jurídico mudou e veio favorecê-lo infelizmente.

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    • Suzhelen

      Pois há gente má e anormal e ponto final.
      Se calhar não vale mesmo a pena consumires energia a tentar perceber algo que se calhar não tem mesmo mais nada para ser percebido.
      Tem esperança , o vinculo entre irmãos é muito forte, em breve os teus filhos verão o pai com outros olhos e nessa altura a autonomia deles falará mais alto do que qualquer mentira que ele conte. Infelizmente tem um pai assim.. mas eles estão a ser criados por uma mãe que os posiciona bem na vida, que os orienta, que os ama e que está lá para eles, todos os dias. Com o tempo , eles verão isso e saberão dar valor a tudo o que tem.

      a minha experiencia diz-me que as crianças começam a questionar as atitudes dos pais quando começam a perceber que os amigos tem pais que ajem de maneira diferente. Ainda falta para os teus filhso terem essa capacidade, mas esse dia vai chegar... e apesar de todo o sofrimento deles, teu, daquilo que eles vão pensar pela vida fora, aquilo que eles vão ser. Tu fizeste o correcto e portante estás de consciência tranquila e limpa.

      Eu vejo o teu sofrimento por aqui e sinto-me até, muitas vezes, atordoada. Fico sem palavras. mas vou tentar ser mais interventiva e pelo menos dar-te opiniões construtivas.

      um abraço

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      • Inserido Inicialmente por guialmi Ver Mensagem
        A propósito das questões levantadas pela Dulsa...
        Sem o dramatismo dos problemas vividos pela Suz, tenho-me confrontado ao longo da vida com pessoas que me fizeram ou tentaram fazer muito mal...pessoas que têm em comum o facto de agirem "pela calada", não assumindo as suas posições, não verbalizando, de forma frontal, os conflitos e as verdadeiras razões dos seus actos. Fui aprendendo que de pouco vale consumir-me com as motivações mais profundas dessas pessoas porque isso é destruidor, consome-nos por dentro e não resolve nada. Acabo por me centrar, tanto quanto possível, num controlo dos danos, vigiando os actos, procurando limitar os estragos...e fugindo de um pensamento obsessivo que, em última análise, nos leva à loucura. Os cobardes serão sempre cobardes, falta-lhes a empatia, são incapazes de olhar o outro como pessoa - os outros servem-lhes de instrumento para satisfazer os seus impulsos egoístas...
        O ex da Suz é um cobarde, é uma pessoa insensível e egoísta que é incapaz de ver o sofrimento que causa naqueles que é suposto proteger - os filhos. Não sei se vale a pena questionar se todas estas manobras são meios para atingir um fim ainda mais pérfido - não é possível entrar na sua mente distorcida e as conjecturas farão mal sobretudo à Suz..ele é imune ao sofrimento alheio.
        Controlo dos danos, portanto...é o que a Suz tem tentado fazer. Posso não concordar com todas as tuas palavras, posso até tentar mostrar-te um outro lado das coisas, mas não duvides que estou solidária com a tua luta.
        Um abraço.
        Acho que tens razão, de facto o essencial é controlar os danos. Até porque ele não vai conseguir muito mais do que conseguiu até agora e portanto é minimizar os danos e seguir em frente.
        Mas espanta-me estes comportamentos aberrantes, de gente sem nome, sem nada.

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        • Sem dúvida Dulsa e guialmi.

          É impossivel mudar tamanho estafermo.
          Tudo o que ele possa vir a fazer já é só mais uma gota nas monstruosidades que já fez...
          Agora a Suz precisa sem dúvida de força para minimizar os danos e para conseguir seguir em frente.
          Já o disse várias vezes... precias ainda de mais força do que a que já tens tido (e tens tido tanta...) mas tens que tentar seguir em frente... por ti e pelos teus meninos!


          \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

          \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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          • Inserido Inicialmente por MBprincesa Ver Mensagem
            O objectivo não é desvirtuar tópicos é ajudar, discutir ideias, desabafar...
            Mas se é só um tópico do diário da Suz... muito bem! No que me diz respeito não volto a comentar... mas de qualquer forma para esse efeito sugiro um blog onde não sejam permitidos comentários...
            MBprincesa

            A ideia nunca foi que parassem de comentar...qual seria a lógica???? Claro que o fórum é para debatermos mas...de preferência sobre os assuntos discriminados.

            Como disse anteriormente leio com bastante assiduidade o fórum, particularmente, alguns tópicos onde te leio com bastante frequência e gosto do que escreves a maior parte das vezes e, por isso, nunca foi minha intenção que te sentisses "Chateada".

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            • Inserido Inicialmente por minamika Ver Mensagem
              MBprincesa

              A ideia nunca foi que parassem de comentar...qual seria a lógica???? Claro que o fórum é para debatermos mas...de preferência sobre os assuntos discriminados.

              Como disse anteriormente leio com bastante assiduidade o fórum, particularmente, alguns tópicos onde te leio com bastante frequência e gosto do que escreves a maior parte das vezes e, por isso, nunca foi minha intenção que te sentisses "Chateada".
              Estou sensível... deve ser de saber que vou estar longe da minha filha quase um mês...
              Agora a sério, pareceu-me que achavas a discussão das pensões "desvirtuar o tópico" e eu acho todas os debates de ideias (principalmente sobre temas tão delicados e subjectivos) uma grande oportunidade de aprendermos e melhorarmos.

              Pelo 2º dia seguido...desculpa se intrepertei mal! (bolas...isto é cada tiro cada melro... estou mesmo linda!)


              \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

              \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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              • Há tempos enviaram-me um email com um texto de José Saramago:

                Definição de "Filhos", segundo Saramago
                "Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
                Isto mesmo!
                Ser pai ou mãe é o maior acto de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
                Perder?
                Como?
                Não é nosso, recordam-se?
                Foi apenas um empréstimo."

                Alguém me alertou há tempos para o que eu já me tinha lembrado: haver olhos ou ouvidos perigosos para o que eu vou escrevendo aqui. Como disse ontem,
                Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
                Hoje estou muito triste... Mas como já olho por cima do ombro, conto-vos amanhã porquê... perceberão.
                O “amanhã” é quando for possível... contar. Só adianto que estou a preparar os meus filhos, sim, os DOIS, para os 8 dias com o pai.

                Venho falar-vos deles, das minhas criações. Os meus filhos. Acho que cada mãe, no momento em que vê o rosto de um filho pela primeira vez, o sente como um milagre. O nosso milagre, criado por nós e tão real, tão extraordinário o quanto é difícil de descrever essa sensação. Ao longo dos séculos muitos tentaram definir o amor, mas quem conseguiu? Terá definição? É algo maior que nós, que nos transcende, como colocá-lo em palavras pois se uma definição tem limites?...

                Quando a minha menina nasceu, eu era uma mãe receosa. Estava perante a minha maior criação, a minha maior responsabilidade e ela era um ser tão pequenino! Nunca tinha tratado de um bebé. E agora? Tinha medo de errar e cada “erro” (naturalíssimo, diga-se) era um reforço negativo para mim. Acho que passei por um baby blues sem que ninguém desse por isso. Lamento todas as vezes que me irritei com ela por não parar de chorar (quase 4 meses sem descanso, sem 5 minutos de sesta, o que vale é que dormia bem de noite). Era um bebé e eu uma mãe cansada. Ela era ainda um bebé quando o mano nasceu. Mas depois parecia-me tão grande ao pé dele recém-nascido. Já não senti os receios para cuidadar dele como senti com ela. Além de ser o segundo, o contexto adverso que rodeou o nascimento, fez com que essas preocupações passassem para segundo plano. Felizmente, ele era um bebé calmo, nada chorão. Dei sempre colo à minha menina, até ao dia em que o mano nasceu e logo que saí da maternidade (e isso custou-me a recuperação do parto, mas valeu pelo que sinto que foi importante para ela). Logo nessa altura, confirmei que uma filha era amada e o outro não. Apesar do conceito de amor distorcido do pai, achava que ele não lhe faria mal e que ela precisava de continuar a estar com ele. Fui aconselhada legal e psicologicamente a isso e ela própria me mostrou que queria. Tinha eu alternativa? Infelizmente, vejo que foi (quase) sempre usada pelo pai quer para seu (dele) próprio consolo, quer para me atingir ao não ma trazer, ao contar-lhe mentiras, ao discriminá-la pseudo-positivamente em relação ao irmão. Deu-lhe atenção, habituou-a a ser a “special one” e agora despreza-a tantas vezes (sabem ler os vossos filhos nas entrelinhas do que vos contam?) porque tem mais uma filha, quando a mais velha precisava de sentir que não perdeu nada... A minha bonequinha sofre em silêncio. Amordaçada pelo receio que qualquer coisa que me diga ou conte faça o pai afastar-se mais ainda. Ela precisa do irmão com ela. Não é só o irmão que precisa dela. O irmão, é tal como ela, outro dos meus preciosos “empréstimos” que a liga a mim, a casa.

                Camões salvou a maior obra que perdura pelos séculos até aos nossos dias, após um naufrágio, diz-se que nadando só com um braço. Tinha alternativa? Deixaria a sua criação dissolver-se no oceano e nadaria mais depressa menos cansado. Eu tenho dois braços, um para cada uma das minhas criações. Mas eu não tenho alternativa, nunca nadarei sem eles, mas tenho de prepará-los e ensiná-los a nadar. Se boiamos num oceano, seja esta mais ou menos revolto e violento algum dia alcanceremos terra. Espero.

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                • Não há amor maior que o amor de Mãe!

                  Muitos, muitos beijinhos
                  :kitty:

                  http://<a href="http://foruns.pinkbl... alt="" /></a> Sócia n.º 22





                  Companheira de barriga: s&du

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                  • Boa tarde,

                    Como é sabido por todas as pessoas que acompanham este tópico o teu ex. é uma pessoa com mau fundo, egoísta e que não consegue colocar o interesse dos filhos à frente, nem sequer ao lado, dos interesses dele. Mas como já disse antes, ele não é incapaz de amar, ele gosta das duas filhas, de um jeito meio torto, mas gosta e é possível que uma semana de convívio diário lhe permita criar laços com o teu menino.

                    Acho que mais uma vez estás a fazer um trabalho heróico de o preparares para essa semana e desejo sinceramente estar certa e que ele volte com histórias divertidas para te contar, o que também iria ajudar muito a irmã.

                    Quanto a dizeres tudo ou não neste fórum, acho que fazes bem em não dizer, principalmente o que se refere a advogados ou tribunais, excepto as decisões. Não sabes quem lê e também não nos podemos esquecer que há um tempo atrás uma menina, que até estava muito revoltada com a tua situação, um dia disse neste teu tópico que não podia voltar a escrever. Como se manteve muito activa e polémica principalmente no ‘off’ eu pensei que poderia ser alguém com ligações ao teu ex. Quanto aos teu estados de alma podes escrever o que quiseres que nada será usada contra ti, uma vez que, segundo escreves, o teu comportamento com os teus filhos relativamente ao teu ex. tem sido exemplar.

                    Boa sorte e continua a tua luta pela felicidade dos teu filhos.

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                    • Bem tentei reler tudo para trás, a ver se encontrava a tal menina que tinha dito que não podia voltar a escrever... Ao fim de umas páginas desisti da minha investigação...
                      Um dia também hei-de chegar ao meu jardim... por enquanto, vou apanhando as pedras, uma a uma..

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                      • anibla, fui eu.

                        Confesso que nem queria responder, para não monopolizar a atenção do tópico.....

                        Mas já que respondo, posso dizer também que nao tenho nenhuma ligação.... Disse que nao participava mais no tópico, depois de ler uma situação extremamente triste, em que uma das crianças foi humilhada pelo pai, na altura do seu aniversário..... o menino.
                        Disse que levava as coisas à comunicação social, e não conseguia responder mais a este tópico.

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                        • Suz!

                          Não tens aparecido...E a Maria também não!
                          Como tens estado? Li que estavas triste, há uns dias...Espero que estejas agora com mais força, novamente. Já tiveste alguma novidade do tribunal? Sempre vai ficar como acordado provisoriamente? Espero que os meninos estejam bem, nada de viroses chatas...Gostei muito do teu último texto, gosto de te ler!

                          Um grande beijinho, dá notícias vossas.
                          [hr]

                          Laranja

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                          • Olá Suzhelen!


                            Fiquei um pouco atónita com esta solução provisória, desconhecia esta versão de curto-prazo, e o timing para a adaptação do menino às férias com o pai, my god.
                            É assaz surpreendente porque quem lê uma decisão destas não supõe que haja incompetência paternal, parece um normalíssimo acordo de 2 pais divorciados em que tudo é pacífico. Os relatórios sociais foram um pro-forma, o seu conteúdo é relevante ou só interessava se dissesse que o pai é pachola? (E se não conseguia que o menino lá ficasse, de repente no dia seguinte à decisão afinal já consegue que fique?!) Se ao menos o tribunal tivesse provas do perfil agressivo dele, talvez se fizesse mais justiça. E que uma estrela ilumine o juiz... e o teu advogado.



                            Olha eu vejo assim, tu és a mãe, e desenho um grande círculo a traço firme e bem preenchido, com dois círculos pequenos lá dentro... e o pai não tem forma geométrica, é um sentimento mais ou menos não (ainda) definido. Desculpa-me, o indíviduo não é um pai é um ATL, é uma pessoa que tem que ficar com os teus filhos de 15 em 15 dias, porque tem que ser (e ainda por cima com metade da responsabilidade parental... mas provisória). Portanto, numa 1ª análise, o que eu faria era facilitar-lhe a vida e enviava-lhe um prático e despretencioso rol de dicas para o filhote comer, dormir a sesta, acalmar um choro ou birra, filmes preferidos, hábitos de higiene, interesses de brincadeiras, etc... e que tudo corra bem e obrigada (porque vai tomar conta dos teus filhos).

                            Mas vamos com serenidade, quantas vezes acontece que antes de uma melhoria há uma pioria.

                            Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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                            • Sobre a insistente anormalidade do senhor que a Dulsa levantou, eu vejo a questão do seguinte ângulo - o que faz um homem destes na vida da Suz?
                              Se formos ler os posts iniciais, em 2008, e em seguida lermos os de 2011, é uma outra mulher. A actual Suzhelen tem muito mais consciência de si, tem muito mais estrutura e não se "faz farinha" com ela às boas! O ex é apenas um objecto de "morte e renascimento"... de metarmofose. Se não fosse este homem em particular, ela ter-se-ia atraido por outro semelhante. Este crescimento tinha que acontecer, e só com uma experiência destas isso seria possível. Ainda haverá algo mais a aprender e por isso é que ele ainda por aqui anda com tanto protagonismo. O senhor é execrável, é verdade, mas a Suz tem vindo a gerir a adversidade que é ter um pai dos filhos assim - estúpido como uma porta (um pouco desbocada, é do avançado da hora) - com muita resiliência e nobreza de caracter.
                              Deus, os astros, o Universo, ou seja quem for, sabe muito bem amarrar-nos às situações que temos mesmo que resolver. Repare-se que se o conflicto fosse apenas quem fica com os móveis da sala, a Suz até pagava a transportadora de bom grado... e vai e leva saudades. Mas não, a questão de fundo são as crianças, não é à toa, para uma mãe que é tão mãe, que me parece até que colocou a sua vida em stand-by com receio que algo estrague ainda mais a situação (permitam-me o desabafo, mas 3 anos depois já podia ter refeito a sua vida com alguém que trouxesse alguma estabilidade, ajuda, apoio... amor. Pois, a Suz prefere ser ela a arrumar as malas no carro quando vai de férias. ponto parágrafo, fim de atrevimento).
                              Como eu dizia, o facto de as crianças serem o alvo principal das maldades, obriga a Suz a estar bem presente e em alerta amarelo quase permanente, de outro modo poderia dar de mão beijada ou deixar-se a sofrer... só que sendo com os filhos, automaticamente o assunto tem a sua máxima atenção porque tem que protegê-los. Portanto, mesmo que esta mãe lhe apetecesse tirar um tempo para espairecer, não sentir com ânimo para continuar, perder a calma e seguir a via olho por olho... não faz nada disto, porque sabe que seria tudo pior, e assim sendo, vai descobrindo em si sempre mais força, mais tenacidade, mais defesas... mais valor. (Se fosse voluntariamente alguém se proporia a semelhante cruzada?)

                              O que faria a Suz - hoje - a um homem que se insinuasse agressivo e rude? Acho que ninguém tem dúvidas.



                              Por outro lado, e a propósito de se estar a falar da raiva toda que corre naquelas veias, parece-me que a existência do filho - para ele - representa uma contra-prova do seu "indiscutível" poder autoritário, ele não o queria e a sua vontade valeu zero (porque será que há homens que só pensam no seu papel na fertilidade do casal a posteriori?!), isto deve-lhe ter sabido a um aviltante ultraje - como é que alguém, ainda por cima mulher, se atreve a condicionar a sua vida! E o pai dele se é castrador da auto-estima do filho deve-lhe ter passado alguma mensagem desmoralizadora tipo - "és um palerma, como é que te deixaste enrolar assim!!" (isto sou eu a fazer psicodrama) O que o deve deixar ainda mais neurótico.
                              Tal como, este caminho da paternidade que ele se viu obrigado a seguir, sentir-se-à como aqueles miúdos que não querem ir tomar banho e têm que ser arrastado até ao duche à força. Isto foi só um introito para chegar aqui: Parece-me útil na definição das estratégias para o futuro, e para a tal gestão (minimização) dos danos que falavam ali atrás, as razões de ser do pai. Se o objectivo for obrigá-lo a cumprir os seus deveres parentais, os meninos serão os primeiros prejudicados porque são a única via que o pai tem de exprimir a sua insubmissão, portanto, quanto mais leve a carga melhor, neste ponto de vista. Por exemplo, se ele pagasse mais dinheiro, será que não seria ainda mais veperino com o filho? Estou a expor uma idéia, como que uma 1ª leitura, não sei se oportuna ou não, contudo, sinto que não estou a ver todas as equações deste sistema, precisava de pensar mais sobre isto.
                              (com os 3 miúdos em casa, um ambiente mais pró-reflectivo passa a paradigma LOL)

                              Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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                              • Obrigada por tudo o que têm escrito entretanto. Sinto a vossa compreensão, solidariedade e carinho. Atenção que não sou medium (antes fosse que a minha vida não teria dado no que deu), mas quando partilhamos a nossa vida, seja acontecimentos ou sentimentos (tão íntimos alguns, que nem daqui saem... do fórum, leia-se) acho que - perdoem-me o convencimento - já temos entre nós a tal "comunicação invisível" para lá dos rostos (pois não vos conheço pessoalmente) e das palavras.

                                Já tinha pensado na possibilidade de alguém "inconveniente" ler o que escrevo, mas a necessidade de escrever para desabafar, pedir conselhos, era e é tão grande que não deixei de por no papel (virtual) o que ia acontecendo, sentindo... A verdade é que tenho ponderado mais e, tomando maior consciência do número de visitas ao meu tópico, tenho de ter cuidado... Afinal são 3 anos e tal... Histórias destas haverá muitas, melhores, piores, mas cada uma terá os seus pormenores, palavras de busca bem introduzidas por Google-dependentes podem encontrar-me... É por isso que volto a escrever hoje, mas não tudo, contarei depois.

                                Escrevi que estava triste e assim continuo, mas de uma forma melhor... Pensarão "mas como? que raio?" Eu também tenho a minha dose de estupidez natural, que uso quando a racionalidade dá cabo de mim.

                                O Juiz não teve qualquer atenção às provas que apresentei ao tribunal nem ao relatório social que, simplesmente, não foi lido. No que toca às despesas com os meus filhos é apontado o meu ordenado actual mas, no caso do ex, é apontado o ordenado que declarou (não o real na altura) no requerimento que ele submeteu em 2008. Não houve qualquer rigor ou verificação. O juiz escreveu que o pai podia começar a pernoitar com o filho pois desde 2009 tem havido contacto regular entre um e outro?? Durante meses houve interrupção das saídas do menino com o pai. As saídas só recomeçaram no ano passado e com pressão da minha parte. E até numa das páginas do maldito regime provisório o meu filho tem nome de menina! Concluo que a decisão do juiz não se baseou em nada, foi apenas um copy-paste do processo que anteriormente deverá ter sido redigido. Da mesma forma, a decisão sobre o período de férias baseou-se lamentável, única e exclusivamente no parecer da Procuradora do Ministério Público.

                                O que sei é que os juizes têm um tempo limite para darem seguimento aos processos, ou são sancionados, e este devia estar com “a corda ao pescoço”, fez copy-paste e pira-se para férias. Até o pedido do relatório social foi um clock stop para ganhar tempo...

                                Aturdida pela realidade que é o nosso sistema judicial (copy-paste até nos exames dos futuros magistrados do nosso país é normal, só que às vezes sabe-se mais e a televisão lá nos dá conhecimento), recusei-me ainda assim a baixar os braços. Recorri, mais uma vez, à psicóloga da Segurança Social. Enviei-lhe o Regime provisório e questionei-a quanto às férias. Ela corroborou o que antes já havia dito, que é uma violência grande para o meu filho, que isto só devia acontecer através de um processo gradual de vários fins de semana bem sucedidos. Confessei-lhe que planeava recorrer urgentemente dessa parte da decisão (as outras partes depois) para impedir os tais 8 dias. Ela deu-me um conselho: para não perder o meu tempo, dinheiro e esperança num pedido que claramente ia ser recusado. Então já se viu que o juiz está-se nas tintas! Da experiência de duas décadas que tem nestas coisas, um juiz com aquele perfil não volta atrás, não tem “tempo”... Pior, ainda lhe restam dúvidas sobre quem está a dizer a verdade: a mãe que alega que é o pai que não quer o filho, o pai que alega que a mãe é que não deixa ir o filho. Restava-me uma saída: preparar o meu filho para ir sugerindo ao pai que o menino (e a mana, claro) dormissem mais vezes em casa dele para facilitar a adaptação. Parece um contrassenso, mas o meu objectivo final é a felicidade e tranquilidade dos meus filhos. Mandá-los para o pai é uma prova de amor por eles... e as provas de amor têm o seu quê de sofrimento. Também percebi, como já escrevi anteriormente, que a minha filhota precisa do mano, assim como ele precisa dela.

                                Assim, sugeri ao anormaloide que os dois filhos dormissem lá mais vezes até Agosto. O pai que tantas vezes escreve que a mãe não lhe dá mais tempo com os filhos recusou. Achou desnecessária a minha preocupação e que “já vinha tarde”...

                                Só aceitou uma noite a meio desta semana porque fazia anos e, levando-os a jantar anuiu em deixá-los lá dormir. Para mal de todos, a minha filhota adoeceu a meio da semana passada, chegou a faltar à escola. Regressou no último dia de escola pois pareceu-me que já estava bem mas voltou a adoecer lá. Quando fui buscá-la até foi um menino colega dela que me deu o alarme. Eu adoeci no fim de semana. E o meu filhote de domingo para 2ª. Nesta 2ª feira precisamente tive de viajar para o estranjeiro a trabalho. Já estava tudo programado e pago. O meu menino estava razoavelmente bem disposto quando saí de casa, a minha menina chorava pendurada em mim tentando que eu não alcançasse a porta. Ao descer o elevador chorei as lágrimas que não podia mostrar a ela (mãe transmite confiança, certo?)... O avião, para não variar, atrasou-se. Já na fila para embarque telefono para casa dos meus pais, a quem os meus filhos ficaram confiados (e sempre muito bem), e fico a saber que o meu amor pequeno (grande!) estava a arder em febre. Apeteceu-me dar meia volta e correr para casa, dar-lhe o colo, dar-lhe amor, a minha saúde (menos a mental, que aí ele ficava a perder...). Um dilema, um peso no peito. A minha vida, a deles... Mas eles dependem de mim e eu do meu trabalho. Confio nos meus pais mas acho sempre que o meu colo é melhor... Fui. Ao ver-me afastar-me do solo escorreram-me as lágrimas sem um som. O senhor ao meu lado sorriu, talvez a pensar que me encorajava a esquecer uma suposta fobia de voar. Nada disso. Bem sei que um dia me vou deste mundo, mas nem penso no assunto. É uma certeza que todos temos. Eu tenho duas, a outra certeza que tenho é que amo os meus filhos mais que tudo na vida. O sentimento de culpa por separar-me deles entranhado em mim.

                                Assim que cheguei ao meu destino liguei de imediato e soube que a febre tinha cedido. Senti-me uma criança a abrir um presente de Natal. Dormi mais descansada. No dia seguinte, porém, as notícias eram alarmantes. O meu menino tinha voltado a piorar e a mana ainda estava adoentada. Resolvi avisar por email o pai pois ele iria buscá-los antes de eu regressar a Portugal e eles poderiam não estar em condições. Se eu só o dissesse à “última da hora” podia soar a desculpa para não os deixar ir quando até tinha sido eu a propô-lo. Só no dia seguinte é que me respondeu que “mais uma vez lamentava que eu inventasse aquilo para o impedir de estar com os filhos, que tinha informações que eles estavam óptimos, e que ia dar conhecimento do assunto ao tribunal”. Mas que monte de m**** que este indivíduo saiu! Ao olhar para as minhas crias custa-me a crer que metade do ADN deles vem dali! Passada a fúria, esfriei e resolvi não responder a nenhuma das provocações ou destapar-lhe as mentiras. Limitei-me a fazer um update da saúde dos filhos que, felizmente, já estava a evoluir favoravelmente e disse que era da responsabilidade dele levá-los naquelas condições. Claro está que se algum tivesse febre à hora combinada, nenhum dos dois iria. Vendo-se sem “material mal cheiroso” para continuar a discutir respondeu no final que iria levá-los. E foram.

                                Ao que soube, o meu filhote quase já não chorou nessa noite em casa do pai, o que é bom sinal. Ontem à noite, já nós 3 juntos de novo, foi pouco o tempo para matarmos as saudades e amanhã já vão no “tradicional” fim de semana com o pai. Só teremos mais uma semana para estarmos juntos antes da separação dos 8 dias. Procuro entusiasmá-los. Tenho de o fazer. Planeio mandar ao estupor uma lista de recomendações, como sugere a Maria Verde, o que aliás, já fiz nos anos anteriores para a minha menina. E, como diz a psicóloga da Segurança Social, esperemos que corra bem...

                                Tenho uma confidência que ando há tempos a ponderar se aqui faço ou não. Ainda não refiz a minha vida, é verdade. Para mim, começar qualquer coisa sobre outra que não está encerrada não é boa política. De qualquer forma, também me tornei uma pessoa muito mais exigente e tenho uma enorme dificuldade em voltar a confiar e, sobretudo, em voltar a acreditar. Quem estiver disposto a fazer essa “viagem” comigo terá de estar à altura dos meus filhos. E essa pessoa ainda não apareceu. Ainda... O meu coração está parcialmente entregue, mas só um bocadinho (o que eu nem pensar voltar a acontecer)... e isso não é suficiente...

                                Maria Verde, explica-me lá como é que fazes uma análise tão certeira das pessoas. O grupo de psicólogos da Segurança Social teria muito, imenso mesmo, a beneficiar contigo. Mas é preciso que os tribunais não peçam relatórios só para adiar decisões. Obrigada!

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