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Tirem-me deste filme!

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  • Gostei de te ler suzhelen. Gostei das tuas decisões em relação aos teus filhos. Mais uma vez revelas o quanto te preocupas com eles e com o bem-estar deles.
    A maria verde é aquela "coisa" imbatível, também gostei de a ler.

    Só te queria dizer que há sempre um tacho para uma panela... E um dia com certeza estarás pronta para amar e ser amada e esse dia vai ser um dia de renovação para ti.

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    • Sem dúvida... vocês são uma inspiração!


      \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

      \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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      • Os meus amores foram de manhã. O pai veio buscá-los e tocou à campainha 20 minutos antes da hora estipulada pelo tribunal (ele que se atrasa sempre), respondi que ainda não os tinha prontos e o idiota foi tocando à campainha de 2 em 2 minutos, pois "sua excelência" tem de ver a vontade satisfeita e qual miúdo com birra faz por se saber e irritar os outros quando isso não acontece. Os meus meninos foram bem, a minha filha a dizer para o mano "não te preocupes, é só uma noite, amanhã já voltamos para a mamã!"

        Ontem, contudo, ela estava inquieta. Queria que eu lhe garantisse que não ia deixar de lhe telefonar nas férias "mamã, tenho tantas saudades tuas e o pai não me deixa falar contigo, eu peço-lhe e ele diz que não..." Disse-lhe que sim, que ia telefonar para falar com ela e com o mano, que desta vez o pai ia atender. A verdade? Não me parece... Devia estar a prepará-la para isso?

        Na semana passada, quando ela adoeceu, dormi junto a ela na primeira noite. Quando finalmente os vómitos acalmaram, a exaustão orientou-a para o sono, mas as cólicas não a deixavam descansar. Doentinha e cansada, ela gemia e choramingava e eu levava-a ao colo para a casa de banho se pressentia que vinha aí mais um "ataque". Ela, sem perceber bem o que se passava no seu corpo, pedia-me a chorar "ajuda-me a dormir". Numa dessas ocasiões gritou-me "ajuda-me a dormir! Porque não me ajudas, sua grande preguiçosa?" Reconheci a expressão, já a tinha ouvido quando ela me contou que era um dos adjectivos que a madrasta me atribuía... No meio do sofrimento, as palavras de maldade injectadas na memória dela vieram ao de cima. Não me revoltei com ela, coitadinha, não tem culpa nenhuma. Nem de estar doente, nem da sua história de vida. Não lhe mencionei mais tarde, ou no dia seguinte, o que me tinha dito. Mas doeu. Bolas, uma mãe faz o que pode por um filho e depois... enfim...

        Quando foi a vez do meu filhote adoecer, ainda antes de ir de viagem, dei-lhe a atenção que pude e que ele permitiu (porque isto de estar mal disposto às vezes faz-nos até evitar carinhos, só queremos que passe e que ninguém nos chateie...). A mana, que comparativamente já se encontrava melhor que ele, reagiu à minha transferência de cuidados para o irmão "mamã, tu gostas sempre mais do mano!" Embora não me espantasse a crítica pois ela é, de feitio, mais carente que ele, respondi-lhe "não é nada disso, o mano agora precisa mais de mim, ele está doente como tu já estiveste". A contra-argumentação não se fez esperar "não, mamã, o pai diz que tu gostas mais do mano do que de mim por isso é que o queres de volta em casa e eu..." Aqui eu interrompi-a "ei! tu acreditas mesmo nisso filha? Andaram os dois na minha barriga, gosto dos dois igual, nem mais nem menos de um ou outro. Mesmo a tratar do mano gosto tanto de ti como dele". São só 5 anos, mas eu acho que ela, lá no fundo, ainda que a dúvida seja semeada frequentemente pelo pai, sabe que eu lhe digo a verdade, ela só quer ter a certeza, a certeza que a mãe a ama.

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        • Olá suzhelen!

          Em relação ao que perguntaste; sim acho que deves prepará-la. Eu dir-lhe-ia que iria tentar todos os dias falar com ela mas que isso poderia não acontecer.... podes a seguir dar várias desculpas, que eles podem estar a dormir, na casa de banho, a almoçar, a brincar distraídos e que o pai (para não os incomodar não os irá chamar). A seu tempo ela irá exigir ao pai falar contigo. Pode acontecer que ela não consiga vergar a besta de uma vez.... mas o tempo corre a vosso favor.

          De facto deve ser muito duro ouvir determinadas coisas mesmo quando sabemos que eles não tem culpa de serem injectados constantemente com veneno. Em relação a isso não sei que te dizer, acho que cada mãe arranja a sua própria forma de comunicar com os filhos, consoante as situações que vão vivendo. Como estou longe de viver a tua realidade tenho muita dificuldade em saber o que diria na tua situação. Caso uma filha me magoasse dizendo algo que eu sabia que tinham sido palavras ouvidas pela madrasta e pelo pai.
          E tu , acho eu , tens-te saído muito bem na tarefa de seres mãe.... é tudo o que tenho a dizer.

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          • Olá Suz

            (eu na SS acho que desatinava logo com os ares condicionados, mas se achares conveniente manda-me o ex que eu faço-lhe aqui umas terapias boas... já vou pôr a enxada na água para o pau aguentar trabalho intenso. eheheheheh)

            O pai veio buscá-los e tocou à campainha 20 minutos antes da hora estipulada pelo tribunal (ele que se atrasa sempre), respondi que ainda não os tinha prontos e o idiota foi tocando à campainha de 2 em 2 minutos
            E não ias sempre à porta perguntar quem é? LOL.

            Os meus meninos foram bem, a minha filha a dizer para o mano "não te preocupes, é só uma noite, amanhã já voltamos para a mamã!"
            É tão querida essa menina.


            Ontem, contudo, ela estava inquieta. Queria que eu lhe garantisse que não ia deixar de lhe telefonar nas férias "mamã, tenho tantas saudades tuas e o pai não me deixa falar contigo, eu peço-lhe e ele diz que não..." Disse-lhe que sim, que ia telefonar para falar com ela e com o mano, que desta vez o pai ia atender. A verdade? Não me parece... Devia estar a prepará-la para isso?

            Se não deixar, olha para a lua e diz boa noite à mamã... ou então à estrela mais brilhante que houver no céu, que a mãe vai fazer o mesmo. E também pode fazer um lindo desenho... nem que seja a fingir ou a sonhar, caso não lhe dêem papel e lápis... que a mãe até se vai sentir feliz, sem saber porquê.

            Reconheci a expressão, já a tinha ouvido quando ela me contou que era um dos adjectivos que a madrasta me atribuía... No meio do sofrimento, as palavras de maldade injectadas na memória dela vieram ao de cima. Não me revoltei com ela, coitadinha, não tem culpa nenhuma. Nem de estar doente, nem da sua história de vida. Não lhe mencionei mais tarde, ou no dia seguinte, o que me tinha dito. Mas doeu. Bolas, uma mãe faz o que pode por um filho e depois... enfim...
            É apenas uma tabuada... papagueiam conforme ouvem. E olha dito assim num momento agudo, a palavra sai disparada, saiu... e já passou. Como a maçã da Branca de Neve.
            A escola tem contribuido para que os meus filhos tenham variantes aos seus modos normais e ao seu vocabulário, uma coisa maravilhosa. Há poucos dias e por causa duma ferida que eu estava a fazer curativo diz o meu filhote entre os gritos de dor - "vê lá se te despachas com isso, oh sua grande estúpida, não vês que estou a sofrer!" LOL


            São só 5 anos, mas eu acho que ela, lá no fundo, ainda que a dúvida seja semeada frequentemente pelo pai, sabe que eu lhe digo a verdade, ela só quer ter a certeza, a certeza que a mãe a ama.
            Sim, no fundo ela sabe, mais que isso, ela sente, as crianças sentem até melhor que nós. Eu acho que o pai acaba por "empurrá-la" para ainda mais momentos de confirmação - que todos os nossos pequenos fazem só que ela precisa de mais - e tal como nas sinapses nervosas do cérebro das crianças, quantas mais, maior o desenvolvimento.

            Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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            • Suzhelen, vim deixar um grande beijinho, estive a ler para trás e não consigo deixar de pensar no sofrimento dos teus meninos, porque me identifico com algumas situações. Desejo que continues com a força para manter a lucidez .
              Um dia ... um dia vai ser tudo revisto de uma nova perspectiva vais ver ... esse dia chegará.

              Adorei a sugestão da Maria Verde, de lhes deixares um abraço à Lua, qd não conseguem falar por telefone.

              Existem outros (se calhar já sabes!) , como eles levarem uma caixinha "cheia" de beijos e abraços teus, de cada vez que tiverem saudades vão lá buscar um, até podem levar uma foto tua ou da familia;
              fazer um desenho, um coração grande, e escrever lá dentro os nomes de quem gostam e que estão sempre presentes no vosso coração mesmo qd não vemos as pessoas.

              Desejo que tudo corra bem, dentro dos possíveis.

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              • Tenho um aperto no peito, um sufoco... está quase... vão no domingo. De repente, todas as razões que arranjei até aqui para me acalmar e convencer, para acalmá-los e convencê-los me parecem... insuficientes...

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                • Olá Suz,

                  eu posso ter uma ideia da tua dor...uma ideia

                  quem sabe dps deles irem e começares a falar com eles e "senti-los" bem o teu coração não comece a acalmar

                  p já estás apreensiva, pq claro, tens razões p isso

                  Um abraço forte p ti!!!

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                  • Infelizmente não ha muito que se possa dizer....Pensamento Positivo, que os dias passem a voar...
                    Beijinhos muito grandes e muita força.
                    Vânia

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                    • Um beijinho grande para os 3 e vamos esperar que corra pelo melhor. Uma semana passa a correr. Aproveita para tratar um bocadinho de ti.

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                      • Compreendo o teu receio...
                        ...mas imagina que até corre tudo bem???!!
                        Pensamento positivo

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                        • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
                          Tenho um aperto no peito, um sufoco... está quase... vão no domingo. De repente, todas as razões que arranjei até aqui para me acalmar e convencer, para acalmá-los e convencê-los me parecem... insuficientes...
                          Acho que qualquer mãe fica assim a primeira vez que os seus rebentos vão para o pai um pouco mais de tempo (numa situação de divórcio, claro está).
                          No teu caso em particular as dúvidas e aflições acredito sejam ainda maiores.

                          mas tenta acreditar com todas as tuas forças que vai ser bom, que vai correr bem, que vai criar laços...e aproveita estas dias também para ti. Mereces mais do que ninguém!


                          \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

                          \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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                          • Suzhelen,

                            De todo o coração espero que estes dias passem muito, muito rápido para vocês e que corra tudo bem para os teus filhos.

                            Se eu fico com aperto no coração de ficar "apenas" um dia inteiro sem o meu filho (a mudança está a ser gradual e sei que é bem cuidado) e fico apreensiva ao pensar que vai passar a ser um fim-de-semana inteiro e seu tempo férias também, não imagino sequer a tua dor.

                            Beijinhos e que tudo se equilibre para vosso bem, que ninguém merece viver tanto tempo com o coração apertado dessa forma.

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                            • Os meus amores já foram...

                              Preparei-os o melhor que soube e pude. Tentei que a nossa rotina destes dias que antecederam a partida não fosse muito diferente do que sempre foi. Acho que as crianças, cuja capacidade para detectar alterações subliminares no mundo à sua volta, tal como a natureza selvagem o faz antes de uma tempestade, iriam perceber que algo estava para vir, algo "pesado" que inquieta a mãe deles... A minha menina detectou sinais em mim, mais que o irmão, que pela idade e pelo feitio mais descontraído, não repara ou valoriza. Ela rodeou-me mais vezes, abraçou-me mais vezes, quis ainda mais carinho. Numa ocasião chegou a dizer-me "não te preocupes mamã, vai passar depressa..." e então detestei-me e achei-me uma porcaria de mãe ainda a ser consolada pela filha. Onde é que eu já vi isto? A diferença é que o pai o fazia deliberadamente e daí tirava prazer. Disfarcei o melhor que pude, mas nem sempre consegui que quando os olhos deles pousavam nos meus, os meus não se molhassem...

                              Em consciência que o tribunal está-se cag***o para os meus filhos, meter um recurso para impedir estas férias era perda de tempo, dinheiro e esperança que eu podia e, sim, devia usar a favor de prepará-los... para o resto da vida deles... Mas uma coisa eu tinha de garantir à minha menina, que não seria como nos anos anteriores. Submeti então um requerimento ao tribunal a solicitar o mais básico, o que a qualquer ser humano, seja pai ou mãe, com bom senso não pensaria sequer em recusar (mas o pai dos meus filhos é uma espécie à parte...). Pedi que este fosse obrigado a informar para onde levaria os filhos e ficasse também obrigado a deixar-me falar com eles diariamente. O tribunal lá decidiu a meu favor?! Decidiu a favor dos meus filhos na 2ªfeira. Já sei para onde eles vão e o pai teve de dar o número de telefone. Só não ficou combinada hora, que ele esquivou-se sempre a qualquer compromisso... isso pode valer-lhe desculpa para alguns dias não atender?! Não sei... há sempre a chamada de volta... mas com aquele estupor só porcaria se espera...

                              Fazer-lhes a mala, desta vez com a roupa dos dois (sempre pensada para andarem confortáveis, mas também felizes por usarem longe de casa as roupas e calçado favoritos) foi dos maiores sacrifícios que tive de fazer... Pois hoje de manhã, assim que chegou, o idiota declarou logo que não ia levar a mala que eu tinha feito para os filhos. Vinha acompanhado da namorada do irmão, como sempre, que desta vez quebrou o silêncio de múmia dizendo que não havia mais espaço no carro (o quê?! num jipe da Mercedes?!)... Mas desta vez, além dos meus pais, eu também tinha cá em casa uma querida amiga que verificou que o pai não levou a mala (para depois poder ir dizer ao tribunal que a mãe não mandou nada e que ele, desgraçado, tem sempre de comprar roupa aos filhos, "ainda a mãe procura aproveitar-se do valor exorbitante da pensão de alimentos que pede para fazer uma rica vida que pretende que ele pague..."). Este anormal nem sabe como o filho gosta da sua t-shirt com o dinossauro, ou como a filha gosta do vestido que faz mais roda, mas sobretudo, este anormal nem se apercebe que sandálias ou ténis já habituados a pés pequeninos e tenros serão muito mais adequados para brincar do que porcarias de sandálias brilhantes de plástico que esfolam calcanhares ou sapatos que só servem para as fotografias...

                              O que ele não conseguiu evitar que os filhos levassem de casa foi o boneco que cada um escolheu e achou melhor para adormecer. As vossas sugestões no fórum foram-me valiosas. "Carreguei" cada um dos bonecos com 7 beijinhos, um para cada noite que estiverem longe da mãe. E fi-lo à frente deles. Ontem à noite a minha filhota escolheu uma estrela que ficará encarregue da nossa correspondência. A minha menina enviará "boa noite à mamã" e a estrela vai brilhar mais e e mamã saberá qual é. Pedi para ela depois contar ao mano, que adormeceu mais cedo. Também lhe disse que, sempre que quisesse falar comigo pedisse ao pai. Vou ter sempre o telefone ao pé de mim, ligado noite e dia, com som alto (ando a sofrer de perde de audição progressiva de há uns meses para cá e ainda não tive "tempo" para fazer exames, mas os meus amores já se queixam que a mamã anda a ouvir mal). "Mas mamã, como é que eu sei quando é que o pai está só a fingir que telefona?"...

                              Eles saíram e eu escorreguei pela parede a chorar. Sentada no chão...

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                              • Minha querida Suz!

                                Quero-te deixar um abraço muito muito apertadinho. Sei que custa (na verdade, não sei...), mas também sei que a esta hora a nossa guerreira já enxugou algumas lágrimas, sim. Pelo menos as que se vêem! Esta semana não vai ser fácil, mas no desanimo, lembra-te que terás sempre o tempo a teu favor. Cada minuto, mesmo que mais triste, é sempre um minuto, uma hora, um dia que te aproxima das tuas estrelinhas lindas. E o reecontro vai ser fantástico! Não te deixes muitas horas sozinha, combina com essa querida amiga, marca aquelas coisas que andas a adiar (e essa história da audição, suz...cuida-te, por favor.). Mesmo que não apeteça muita diversão, que compreendo, mantém-te ocupada, pelo menos na maior parte do tempo. Mais uma vez acho que foste muito sensata a analisar o questão do recurso e depois a tua decisão. Saberes para onde vão já te alivia parte da angústia. Quanto aos telefonemas, não penses já nisso, não te assombres de coisas más que aches que ele pode fazer...Pensa que vai correr bem, que ele vai atender e logo se vê o que acontece. Comovi-me com os carregamentos de beijinhos nos bonequitos, mais as estrelas-correio, que ideia maravilhosa. Vai correr tudo bem, Suz, estou a torcer muito pelos teus amores (fico tão contente que as ideias que te dão aqui continuem a fazer a diferença...). Entretanto irei de férias, talvez consiga espreitar, ou não, por isso aqui fica um "carregamento" de abraços para esta MÃE!
                                [hr]

                                Laranja

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