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  • Tens razão Laranja, já é uma noite a menos.

    Ontem depois da despedida, tive de levantar-me. Eu não sou nem nunca fui pessoa de ficar no chão... (tantas vezes me apeteceu, mas recear ganhar "raízes" naquele estado assustava-me mais do que a vida em si). A minha amiga levou-me a passear a seguir. Almoçámos fora, pouca comida desceu mas a conversa alimentou-me mais do que o bife...). De regresso a casa, de regresso ao silêncio, aos brinquedos pelo chão, tal como foram deixados, as roupas experimentadas à última da hora, a mala que ficou feita à porta, até os copos de água mesmo antes da viagem e uma bolacha maria roída (pelo meu pisco)... Apeteceu-me atirar o corpo para cima da minha cama e ali ficar só a sentir-lhes as saudades. Decidi que, pelo contrário, tinha de me mexer. Fui para o quarto deles e fiz a limpeza e arrumação como eles nunca "deixam" quando lá estão, sobretudo porque faço reciclagem de brinquedos (que eles não gostam muito "oh mamã, esse não! deixa estar..."). Camas feitas, tudo limpinho e arrumadinho. Bolas! a quantidade de tarecos que se vai acumulando... as recordações... mas há que seguir em frente... quando comecei a escrever aqui tinha dois bebés em casa, agora já não tenho bebés...

    Às 19h resolvi tentar a minha sorte e liguei ao ex. Não sabia se iria atender pois ainda nesse dia eu tinha visto os meninos, mas atendeu. Não perguntei como estavam os meninos, só disse que queria falar com eles. A minha princesa foi a primeira "mamã!" entusiasmada. Perguntei se a viagem tinha corrido bem, se ela não tinha vomitado (sim, correu, nada de vómitos). "O mano está aí?" "mano fala!" diz ela, logo de seguida, a voz do meu principe "mamã, andámos de baloiço!" entusiasmado. O meu coração aqueceu. Senti-os bem. Não quis que o pai pensasse que haveria interrogatório, ei só queria ouvi-los e que eles me ouvissem, que a mãe continua "com eles" mesmo estando longe. Terminei com "só queria dar-vos um beijinho de boa noite antes do jantar, amanhã falamos outra vez" e a minha boneca rematou "mamã! não me esqueci da estrelinha! E digo ao mano". Adorei, ela está tão crescida!

    Custou-me a adormecer, mas dormi a noite seguida. Já não sabia o que isso era...
    Ultima edição por suzhelen; 01-08-2011, 10:01.

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    • Q bom Suz!!!!

      afinal já conseguiste falar com os teus meninos, vês????

      aiii, fiquei de coração cheio ao ler agora o teu post; os teus meninos estão contentes com as férias...nem tudo é mau, afinal

      pensa q na maior parte do dia, ele vai andar a brincar e nem reparará em certas coisas q se calhar te estão a preocupar

      tenta ser feliz estes dias...por eles; pensa q eles se estão a divertir. E insiste em falar com eles, tenta é não ser mt demorada nem fazer grandes interrogatorios p q o pai não implique...afinal, o q tu queres é ouvi-los e sentir q estão bem!

      Um abraço forte!!!

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      • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
        Tens razão Laranja, já é uma noite a menos.
        Ontem depois da despedida, tive de levantar-me. Eu não sou nem nunca fui pessoa de ficar no chão... (tantas vezes me apeteceu, mas recear ganhar "raízes" naquele estado assustava-me mais do que a vida em si). A minha amiga levou-me a passear a seguir. Almoçámos fora, pouca comida desceu mas a conversa alimentou-me mais do que o bife...). De regresso a casa, de regresso ao silêncio, aos brinquedos pelo chão, tal como foram deixados, as roupas experimentadas à última da hora, a mala que ficou feita à porta, até os copos de água mesmo antes da viagem e uma bolacha maria roída (pelo meu pisco)... Apeteceu-me atirar o corpo para cima da minha cama e ali ficar só a sentir-lhes as saudades. Decidi que, pelo contrário, tinha de me mexer. Fui para o quarto deles e fiz a limpeza e arrumação como eles nunca "deixam" quando lá estão, sobretudo porque faço reciclagem de brinquedos (que eles não gostam muito "oh mamã, esse não! deixa estar..."). Camas feitas, tudo limpinho e arrumadinho. Bolas! a quantidade de tarecos que se vai acumulando... as recordações... mas há que seguir em frente... quando comecei a escrever aqui tinha dois bebés em casa, agora já não tenho bebés...
        Às 19h resolvi tentar a minha sorte e liguei ao ex. Não sabia se iria atender pois ainda nesse dia eu tinha visto os meninos, mas atendeu. Não perguntei como estavam os meninos, só disse que queria falar com eles. A minha princesa foi a primeira "mamã!" entusiasmada. Perguntei se a viagem tinha corrido bem, se ela não tinha vomitado (sim, correu, nada de vómitos). "O mano está aí?" "mano fala!" diz ela, logo de seguida, a voz do meu principe "mamã, andámos de baloiço!" entusiasmado. O meu coração aqueceu. Senti-os bem. Não quis que o pai pensasse que haveria interrogatório, ei só queria ouvi-los e que eles me ouvissem, que a mãe continua "com eles" mesmo estando longe. Terminei com "só queria dar-vos um beijinho de boa noite antes do jantar, amanhã falamos outra vez" e a minha boneca rematou "mamã! não me esqueci da estrelinha! E digo ao mano". Adorei, ela está tão crescida!
        Custou-me a adormecer, mas dormi a noite seguida. Já não sabia o que isso era...
        Gostei muito de te ler!!! E fiquei entalada e emocionei-me com a tua menina a dizer que não se tinha esquecido da estrelinha, tão fofa! E também deve ter sido um aconchego para ti saber que o teu menino tinha andado distraído com o baloiço e estava bem.
        Um bjinho muito grande para ti!!!! Daqui a nada estão os dois a teu lado

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        • Acabei de falar agora com os meus amores. Foi o pai deles que resolveu telefonar. Por mim, quem telefona não é o mais importante, importante é conseguir ouvi-los e eles a mim. Claro que se é ele que está com eles, terá mais dados para decidir qual a melhor altura. Ou porque dormem a sesta, ou porque estão nalguma actividade em que se estão a divertir, ou porque o telemóvel não está colado às mãos. Isso é perfeitamente natural. Mas... já conheço estes telefonemas... e a altura em que são feitos. E há um outro factor de peso grande: o pai escolhe a melhor altura emocional deles para que transmitam alegria (às vezes ensaiada... quando o pai falava mais do que a própria filha...), bem treinados e advertidos para não dizer algo que traia o progenitor...

          A minha filha estava razoavelmente bem disposta. Ao contrário, senti que o meu filhote triste. Eu sei. Eu conheço-o. Ele tem sempre tanta vontade de falar ao telefone, quer falar com toda a gente, a alegria dele é quase permanente, e se tem queixas, também as faz com a mesma convicção com que manda beijos. Desta vez, estava apagado, sumido. O meu coração diz-me que foi escolhida a altura do telefonema depois de uma acalmia de choro, antes que viesse nova vaga...

          E eu estou como o tempo aqui onde me encontro e lá onde eles estão (a minha menina contou-me que lá também chove). Senti-me arrefecer, esmorecer... estou cinzenta. E hoje o céu não deixa ver as estrelas... Antes de partirem a minha menina disse-me, se algum dia as núvens taparem as estrelas podemos mandar "boa noite" a uma núvem? "Sim, a núvem acaba por vir cá ter e a mamã há-de saber qual é..."

          Espero que o Anjo da Guarda os proteja, os faça adormecer depressa e sem medo do escuro, faça os dias voar... de volta para os meus braços.

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          • Consigo imaginar o que possas estar a sentir... Mas tens acima de tudo que tentar ter calma, e pensar que estão os 2 juntinhos, que se tem um ao outro para se ajudarem, e o facto deles conseguirem falar contigo para eles á muito bom.
            A noite as estrelas, as nuvens eles vão ter esse ritual e isso vai ajuda-los a dormir....
            Ontem o teu menino tava bem disposto, vamos ter fé que amanhã voltará a estar.
            Acima de tudo, vamos esperar que o tempo passe rapido, bem rapido para eles chegarem a tua beira.
            Aproveita este tempo paa fazeres as coisas que com eles não é possivel, tenta ter o teu tempo sempre, sempre ocupado, e a noite aproveita para dormires, que quando eles chegarem vais querer fazer tudo menso dormir, apra aproveitares todo o tempo do mundo com eles!!!

            Beijinhos grandes e muita força.
            Vânia

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            • Inserido Inicialmente por suzhelen Ver Mensagem
              Acabei de falar agora com os meus amores.
              A minha filha estava razoavelmente bem disposta. Ao contrário, senti que o meu filhote triste. Eu sei. Eu conheço-o. Ele tem sempre tanta vontade de falar ao telefone, quer falar com toda a gente, a alegria dele é quase permanente, e se tem queixas, também as faz com a mesma convicção com que manda beijos. Desta vez, estava apagado, sumido. O meu coração diz-me que foi escolhida a altura do telefonema depois de uma acalmia de choro, antes que viesse nova vaga...
              Embora compreenda perfeitamente o q queres dizer e saiba q em momento nenhum escolheria estar no teu lugar, penso q deves tentar compreender o seguinte:

              o dia de ontem foi a mudança, a surpresa...1 dia...eles não têm noção de "vários dias"
              ontem ainda não havia "espaço" p saudades...hoje com certeza já terão saudades, principalmente o teu filho q não está habituado a estar longe de ti; mas até aí, é normal e deves-te preparar p a eventualidade até de um destes dias ele chorar ao ouvir-te ou no fim de falar contigo...as saudades vão aumentar

              isto faz-me lembrar a minha filhota; à 2ª feira, apesar de ser o 1º dia de creche, ela até vai...sem grande vontade, mas pronto
              pq é o 1º dia da semana, dps do fds e ela até tem saudades dos amiguinhos...mas à 3ª é quase certo ela ficar a chorar; e porquê? pq já não tem tt saudade dos amigos e tb pq já sabe p onde vai e q eu vou embora por umas horas

              isto é até onde vai a minha compreensão, pq não passo de uma leiga, mas achei esta explicação útil p a tua situação
              agora o q acho é q deves, conforme forem passando os dias, explicar ao pequenino q já só faltam 2 dias, ou 1 p voltar p a mamã
              embora ele ainda não tenho noção do tempo, acho q o falares em voltar, casa, eventualmente mais qq coisa q o faça entender q ele vai voltar seja útil, p q ele não fique com a ideia q vá ficar lá ou assim

              embora eu pense q lhe tenhas explicado isso, como eles não têm noção de tempo, não sei de q forma possam assimilar isso
              eles estão p voltar quando?
              outra coisa: não há limite e chamadas por dia, certo? podes sp tentar uma chamadita mais à noite, assim como quem não quer a coisa...ele pode não atender, mas podes tentar

              afinal, tu gostas de falar com eles antes de se deitarem...saber se jantaram bem...essas coisa

              tenta animar-te, vá!

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              • Obrigada, do fundo do coração, pelo apoio!

                Contando um bocadinho de mim, da minha infância.
                Eu e minha irmã nascemos na cidade, e a minha mãe ficou connosco em casa até começar a trabalhar, não tínhamos ainda 3 e 1 ano. Nessa altura, eu e a minha mana fomos viver para o campo com os nossos avós maternos, que ainda hoje não só são referência e pilar da minha vida como ajudam, com mais de 80 anos a tomar conta e a alimentar (a minha querida avozinha que cozinha com amor, por isso tudo lhe sai bem!) os meus filhos, seus bisnetos. Eu tive uma infância feliz, com muita liberdade, ar puro, junto da natureza (aprendi a amá-la e a respeitá-la e a temê-la, quando necessário). Ainda hoje adoro pássaros, andar descalça na terra (em pequena valeu-me uns incidentes...) e comer pêssegos directamente apanhados da árvore... Tenho muitas histórias, que os meus filhos não se cansam de ouvir antes de dormir. Via os meus pais só aos fins de semana, quando deixavam o trabalho. Estávamos nos anos 80 e saía mais barato e mais saudável ficar com os meus avós que num infantário. Além disso, a minha irmã sempre foi um pisco e por qualquer coisa vomitava. Ainda se fez a experiência mas ela definhou numa anorexia nervosa...

                Eu lembro-me da cadeira pequenina em madeira, pintada de vermelho, feita pelo meu pai, onde me sentava à 6ªfeira à tarde no verão (quando os dias eram tão deliciosamente longos, menos essas 6ªs, em que o fim do dia demorava demasiado a chegar) e esperava ansiosamente que o carro começasse a aparecer a fazer pó no caminho que levava à quinta. A minha irmã sentava-se a meu lado, mas da cadeira dela já não me lembro... Os 2 dias seguintes (sábado e domingo) eram sempre curtos. A tarde de domingo colocava na cara da minha mãe um sorriso triste e, ao aproximar da hora, nem isso. O meu pai sempre foi mais controlado (quase nunca o vi chorar), mas sei que também lhe pesavam as despedidas. O pó que se levantava no caminho, quando o carro se afastava para mais 5 dias de intervalo (às vezes mais...), tornava as minhas lágrimas espessas, mas eu não arredava pé dali. A ver desaparecer o carro na curva... Habituei-me. A minha irmã também. Era assim a nossa vida. Acho que nessa altura pensei para comigo que não valia a pena chorar, não mudava a situação, eles não voltavam mais depressa. Não havia telemóveis. E nem tinhamos telefone na casa dos meus avós. Mas havia uma coisa essencial, fundamental: a confiança que os meus pais tinham que não podiamos estar mais bem entregues!

                É curioso como encontramos formas de nos auto-confortar em pequenos. De certeza que toda a gente tem exemplos. A distância era "encurtada" ao dizermos que o barulho que ouviamos dos camiões e motorizadas que passavam na estrada secundária mais próxima eram os barulhos dos carros da cidade. E, se eram, não podiamos estar longe dos nossos pais, pois era na cidade que eles viviam.

                Da mesma maneira, cada vez que iamos de férias com os nossos pais, era terrível deixar os avós, tantas saudades! Estranhava sempre as casas, as camas, os locais de férias... aquilo não era meu, o meu ambiente, as minhas coisas. O que me valia era ter comigo as pessoas em quem eu confiava, que eu amava: os meus pais, a minha mana.
                Mesmo quando as férias eram passadas na casa dos meus avós paternos, que eu só via amiúde e pouca (com o meu avô nenhuma) ligação emocional tinha, estranhava e desejava não ir (deixei todos à minha procura durante mais de uma hora escondida dentro da arca da minha avó materna só com um cm de tampa aberta para entrar ar). Os meus pedidos para não ir, ou depois, para vir embora de nada serviam. Os adultos é que mandavam. E eu sabia que eles gostavam de mim...

                ... E quando somos pequenos e não temos essa certeza se somos amados? (Só porque somos aceites?) E quando somos pequenos e um sítio nos é estranho, mas não está lá a mãe (ou um pai à sua semelhança em amor e cuidado, mas apenas um progenitor)? E quando queremos queixar-nos e o problema não é ninguém nos atender, mas sim, ninguém permitir que o façamos?...

                Sejam fortes meus amores, que ninguém chora para sempre.

                Obrigada pelos conselhos. Da próxima vez, vou começar a falar-lhes de casa e do regresso. Muito subtilmente, como em ultra-sons que o "peixe vulgar" não apanha, mas os meus golfinhos vão perceber.
                Ultima edição por suzhelen; 01-08-2011, 19:12.

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                • Inserido Inicialmente por sonia ribeiro Ver Mensagem
                  eles estão p voltar quando?
                  Voltam no próximo domingo à noite, perfaz os 8 dias.
                  Inserido Inicialmente por sonia ribeiro Ver Mensagem
                  não há limite e chamadas por dia, certo? podes sp tentar uma chamadita mais à noite, assim como quem não quer a coisa...ele pode não atender, mas podes tentar
                  afinal, tu gostas de falar com eles antes de se deitarem...saber se jantaram bem...essas coisa
                  Sim, há limite. O tribunal concedeu uma chamada diária. Já se gastou a de hoje. E eu gostaria muito de ouvi-los antes de dormir, mas isso sossegaria mais a mim do que a eles. A psicóloga da Segurança Social aconselhou-me a ligar antes de jantar porque é à noite, precisamente, que as crianças mais sentem falta de casa. Pode parecer uma contradição, mas ao ouvirem-me iam perceber que não podiam de imediato voltar para mim e isso cria-lhes mais angústia do que mandar boa noite a uma estrela…
                  Inserido Inicialmente por sonia ribeiro Ver Mensagem
                  tenta animar-te, vá!
                  Sónia, és uma querida! Vou tentar. Hoje que se lixem as limpezas. Vou ver se durmo cedo.

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                  • Olá Suz,

                    Estava a ler os teus últimos posts e de repente o ecran ficou todo turvo, é difícil não me emocionar com essas crianças tão giras.

                    Viste bem o raciocínio da tua filha, logo rápido a pensar em cenários alternativos e lembrar-se que podia haver nuvens, deve ser astuta.

                    Lembra-te sempre que eles estão um com o outro, hão-de fazer de "mãezinha" em reciprocidade, todo este tempo que te observam e te bebem os gestos e os comportamentos, vão copiá-los e bem, ora não são "barro do teu barro"?!

                    Gostei de te ler mais animada e serena, a dominar o sofrimento, os quase 6 dias que faltam vão passar a correr... especialmente a correr, se desaprenderes um bocadinho de ser só mãe e centrares alguns holofotes para ti. É importante. Descansa, medita num passeio a pé, com muitas árvores, bem deves saber que nos ajudam a recarregar baterias e a "desintoxicarmo-nos", a recentrarmo-nos em nós mesmos.

                    E faz o que te der na "real gana" mas vai ao otorrino!!!

                    Olha mãe, a lua! Está redonda e branca... podes ir lá pintá-la?

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                    • Olá Suz, embora e felizmente não costume andar por estas bandas, keria mesmo dar uma força, e pela emoção k se nota ao ler os post ( confesso k rolaram umas lagrimitas e eu k sou uma pessoa difícil..) mas sou mãe e como mãe entendo o k estejas a passar ....força e aproveita bem os teus filhotes( por vezes nós os temos o tempo todo connosco e não sabemos lhes dar o devido valor) bj e muita força e PAZ..

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                      • então suz,

                        ontem não falaste com os teus meninos?

                        conta lá coisas c'a malta quer saber...

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                        • Acabei de falar com os meus pimpolhos há minutos. E ontem também falei com eles.

                          Cronologicamente, ontem liguei para o pai deles à hora do dia anterior. Não atendeu. Voltei a tentar passado um quarto de hora, estava interrompido, era ele que estava a tentar ligar, suponho, pois logo de seguida recebo a chamada. Ouvi os dois e pareceram-me suficientemente bem (para os níveis de mãe galinha que eu sou...) mas estavam a ser totalmente controlados pelo pai. Após cada pergunta minha - nada de especial (dormiram bem, não foram picados pelas melgas...) - seguiam-se uns segundos de silêncio em que ouviam o pai (eu oiço mal, mas não tanto!) a segredar-lhes a resposta ou a autorização de responder... Fiquei mais descansada e até fui jantar fora com uns amigos sem me preocupar a que horas chegava. Confesso que me soube bem e por momentos, a recordarmos tempos da adolescência às gargalhadas, até me esqueci que sou mãe...

                          ...Regresso a casa. Foi a 3ª noite sem eles, mas ainda me levanto em piloto automático a meio da noite dirigindo-me ao quarto deles e só depois me lembro que não estão lá... torna-se mais difícil adormecer. Também eu não me esqueci da promessa, vou à procura da estrela que a minha filhota escolheu no sábado à noite e desejo-lhes que durmam melhor que eu.

                          Hoje recebi o telefonema ainda antes das 17h. A minha filhota, como sempre, é que inicia a conversa. Estava animada porque ia para a equitação e ela gosta. Quis falar com o mano. Não são as respostas que ele(s) me dá(dão), mas a forma como o fazem e, sobretudo, o tom de voz. Ele estava outra vez mais tristinho. Aguenta meu amor pequenino (grande!) que estamos quase a meio. Perguntei-lhe pelo boneco que tinha levado, se ainda o tinha com ele. Disse que sim, e foi aí que o senti vacilar. Sei que é à noite quando mais sente a minha falta. Ai se eu tivesse asas já estaria a voar para ele!

                          E agora a parte "engraçada" da história: perguntei ao meu filhote se ele tem comido bem e ele respondeu "batatas fritas", ao que eu retorqui, a ver se o animava "só batatas fritas? interessa é que comas!" Já estava a despedir-me deles, dizendo que daqui a uns dias estão em casa (verdade para todos os interlocutores, mas que os pequenos precisam mais de ouvir), quando o pai deles me surpreende a começar a falar "olha, é só para dizer que o menino não tem comido só batatas fritas, tem comido muito bem! Tem dormido a sesta todos os dias, tem feito cocó sem problemas..." "ok, eu só estava a falar com ele, gosto de ouvi-lo..." "mas eles estão bem" insistiu antes que os golfinhos voltem à sua baía e contem à mãe o que realmente aconteceu... se quiserem... se não quiserem, tudo bem, estão comigo e o que tiver acontecido será parte do passado...

                          Gostava de ter sentido o meu pimpolho mais animado, como ontem. Agora deu-me uma neura. Ainda por cima não estamos em tempos de despesas para andar nas compras (confesso que sempre me alegra qualquer coisa...) e já está tudo escolhido dos saldos. Isto sou eu a convencer-me que tenho de continuar as limpezas em casa. A verdade é que custa-me aquele silêncio.

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                          • suz, provavelmente ele estava tristinho pq a irmã ia p a equitação e ele não...
                            afinal se bem me lembro a irmã tem um cavalo, mas ele não

                            e naturalmente as saudades apertam cada vez mais...se vai estando bem durante o dia já não é mt mau, certo?
                            não o sentes mais alegre qd dizes q volta, q só faltam uns dias?

                            pois, nesta altura precisavas era de sair do ambiente em q eles estão q te trás lembranças deles e naturalmente o silêncio incomoda; dps das limpezas feitas tenta mm sair, se não for p compras (pois tá mau) q seja p um passeio, apanhar ar faz sp bem

                            mta força! p semana eles estarão contigo

                            Comentar


                            • Bom dia suz,

                              sabes, estou aqui a escrever pq esta manhã pensei em ti e nos teus meninos...todos os dias a minha filha se recusa a ir p a creche
                              por este motivo ou por aquele, ela tenta sp arranjar desculpas, enfim

                              mas então, lá lhe comecei a falar das férias, q ela vai estar de férias com a mamã e dps não vai p os meninos, vai estar sp com a mamã, vai ao parque à praia, aos avós, etc
                              vai daí, lembrei-me de ti e daquela conversa de lhes explicar q daqui a uns dias regressam e tal

                              p ver se os dias passam mais depressa, também p eles...

                              um abraço!

                              Comentar


                              • Bom dia Sónia, um dia reclamo mesmo esse abraço :-)

                                Já passou mais de metade. Eles já têm menos noites para dormir do que aquelas que lá passaram. Há quem me diga que é bom que passem por isto para darem mais valor à mãe, que comigo dão tudo por adquirido, fazem mais birras e pedidos... Discordo, acho que isso se faz para adultos, não para crianças. Quando se portam mal, há que mostrar que mau comportamento tem consequências. Mas não é o caso...

                                Ontem recebi do meu advogado o documento que o estupor enviou ao tribunal no qual, além da morada e número de telefone, colocava por escrito a matéria mal cheirosa de que é feito e tem a quem sair. Uns excertos:
                                "a menina sempre que tem de regressar a casa da mãe pede insistentemente para ficar em casa do pai, tendo crises de choro quando percebe que tem de regressar a casa da mãe, o que pode ser testemunhado por todo o agregado familiar e amigos do pai" Conhecem a minha história, isto dispensa comentário...
                                "os meninos têm um relação de grande afecto com o pai e, em particular, com os avós paternos", até parece que se dão melhor com os avós (que vêem quando o rei faz anos) que com o pai...
                                O idiota acha absurdo o meu simples pedido de falar diariamente com os meus filhos porque "seria de todo o interesse dos meninos, que os 8 dias fossem passados em paz e harmonia com a prática da equitação que tanto adoram" Adoram??? O meu menino só se for em sonhos... Com certeza que a suposta professora de equitação também recebe uns "trocos" para dizer que o meu filho já lá vai "há que tempos"...
                                "Os meninos não precisam de ser acalmados (pela mãe, pois eu escrevi que acha que eles, em especial o meu filho, poderia sentir-se inquieto com o choque dos 8 dias) porque vão passar os melhores 8 dias, que nunca tiveram, com o pai e com a família do pai". Ó pá! Esta mata-me!
                                "A mãe pode deslocar-se à casa dos avós paternos e conviver com os filhos se o seu único interesse é o bem-estar destes, o que o pai não acredita". Primeiro: só se fosse para facilmente provocar o vómito no caso de eu andar mal-disposta. Ver a cara da família Adams é algo que profundamente lamento que os meus filhos sejam obrigados a fazer, e eu, se puder, nunca mais. Mas basta um "passarinho verde" me dizer que as minhas crias estão em perigo que os enfrento, sim. Por acaso, tinha certa piada se seguisse a sugestão que uma vez foi aqui deixada e levasse comigo a televisão (escondida atrás dum arbusto) e tocasse à campainha para... não me abrirem a porta, claro!

                                O que me consola? Que acabado este período, acabam-se este ano as férias com pai. E, aposto, eles serão os mais felizes com isso. Espero que o telefonema de logo me deixe mais descansada que ontem...

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