Olá Sandra,
Pois, as hormonas fazem-nos andar numa montanha russa... ficamos mais sensíveis, é verdade, mas é importante que assim seja, esse estado de hiper-sensibilidade dificulta-nos um pouco a coabitação com os outros, designadamente, maridos que não percebem como é que um atraso de 20 min no jantar pode ser razão de enorme arrelia, e outras pérolas do género... mas é exactamente esse estado de alma mais vulnerável que também nos ajuda a apurar os sentidos para estar em perfeita sintonia com o bebé.
Sabes que a composição do LM vai mudando ao longo do dia (e também ao longo do tempo, adaptando-se às necessidades do bebé), esta é uma das razões para amamentar sem horários.
A biodisponibilidade dos nutrientes é quase 100% (o que não acontece com leite em pó), por exemplo, 95% do cálcio presente no LM é totalmente absorvido pelo organismo do bebé, enquanto que no LA é cerca de 15 a 20%, portanto, nos leites de formula as quantidades de nutrientes têm que ser muito maiores, mas não necessariamente mais assimiladas. Está demonstrado que os bebés a LM exclusivo e que mamam eficazmente, aumentam mais de peso do que os que não estão.
Sabes que há muitas décadas atrás, saiu um estudo que afirmava que as crianças que fossem alimentadas em intervalos inferiores a 3 horas podiam morrer (porque vomitavam e podiam sufocar com o vómito) o impacto deste estudo foi enorme e ficou mesmo calcado nas culturas um pouco por todo o lado... e passou a formato de horário de mamadas, os que aguentavam óptimo, os que não aguentavam... o leite era fraco.
Com a industrialização da alimentação infantil, este tema do peso (e sua evolução) ganhou um protagonismo nunca visto, hoje em dia é ainda uma fixação para muitos pediatras, eles, para além de homens da ciência, também são seres culturais e como tal têm a postura adoptada pela sociedade, e em especial a que terão vivenciado enquanto crianças - eles, os irmãos, os primos e os vizinhos tomaram biberão em pequeninos e engordaram todos muito bem.
Não se estuda aleitamento materno no curso de medicina! Por enquanto...
O peso do bebé passou a ser um dos indicadores mais importantes para avaliar o estado geral de saúde do bebé em consulta, e o que é desconcertante, é que não é assim tão relevante quanto isso... qualquer bom manual de pediatria atribui-lhe uma importância de alguns parágrafos, a ampla abordagem vai para o desenvolvimento motor, cognitivo, a capacidade de percepção, o temperamento, o sono, a vivacidade, o vínculo com a mãe, o choro, etc.. e o que influencia positiva e negativamente a sua saúde física e psíquica. O papel do pediatra deveria passar mais por aqui... até porque esta questão do peso acaba por se tornar numa pressão enorme na mãe e no bebé, com benefícios para ninguém... mas é para vermos até onde conseguiu chegar a incrível e tentacular máquina do marketing da indústria dos leites de formula ao longo das últimas décadas.
Queria apenas acrescentar, não te deixes absorver de mais com isto do peso, lembrando-te que há que aproveitar as tuas energias, tempo e atenção para viver estes momentos que deveriam ser só de carinho e enamoramento... e que passam tão depressa. Amamentar um filho quando é assim bebé pequenino é dos momentos mais preciosos que guardo na lembrança, quase que os sinto ao peito, quase que lhes sinto o cheiro.
Pois, as hormonas fazem-nos andar numa montanha russa... ficamos mais sensíveis, é verdade, mas é importante que assim seja, esse estado de hiper-sensibilidade dificulta-nos um pouco a coabitação com os outros, designadamente, maridos que não percebem como é que um atraso de 20 min no jantar pode ser razão de enorme arrelia, e outras pérolas do género... mas é exactamente esse estado de alma mais vulnerável que também nos ajuda a apurar os sentidos para estar em perfeita sintonia com o bebé.
Sabes que a composição do LM vai mudando ao longo do dia (e também ao longo do tempo, adaptando-se às necessidades do bebé), esta é uma das razões para amamentar sem horários.
A biodisponibilidade dos nutrientes é quase 100% (o que não acontece com leite em pó), por exemplo, 95% do cálcio presente no LM é totalmente absorvido pelo organismo do bebé, enquanto que no LA é cerca de 15 a 20%, portanto, nos leites de formula as quantidades de nutrientes têm que ser muito maiores, mas não necessariamente mais assimiladas. Está demonstrado que os bebés a LM exclusivo e que mamam eficazmente, aumentam mais de peso do que os que não estão.
Sabes que há muitas décadas atrás, saiu um estudo que afirmava que as crianças que fossem alimentadas em intervalos inferiores a 3 horas podiam morrer (porque vomitavam e podiam sufocar com o vómito) o impacto deste estudo foi enorme e ficou mesmo calcado nas culturas um pouco por todo o lado... e passou a formato de horário de mamadas, os que aguentavam óptimo, os que não aguentavam... o leite era fraco.
Com a industrialização da alimentação infantil, este tema do peso (e sua evolução) ganhou um protagonismo nunca visto, hoje em dia é ainda uma fixação para muitos pediatras, eles, para além de homens da ciência, também são seres culturais e como tal têm a postura adoptada pela sociedade, e em especial a que terão vivenciado enquanto crianças - eles, os irmãos, os primos e os vizinhos tomaram biberão em pequeninos e engordaram todos muito bem.
Não se estuda aleitamento materno no curso de medicina! Por enquanto...
O peso do bebé passou a ser um dos indicadores mais importantes para avaliar o estado geral de saúde do bebé em consulta, e o que é desconcertante, é que não é assim tão relevante quanto isso... qualquer bom manual de pediatria atribui-lhe uma importância de alguns parágrafos, a ampla abordagem vai para o desenvolvimento motor, cognitivo, a capacidade de percepção, o temperamento, o sono, a vivacidade, o vínculo com a mãe, o choro, etc.. e o que influencia positiva e negativamente a sua saúde física e psíquica. O papel do pediatra deveria passar mais por aqui... até porque esta questão do peso acaba por se tornar numa pressão enorme na mãe e no bebé, com benefícios para ninguém... mas é para vermos até onde conseguiu chegar a incrível e tentacular máquina do marketing da indústria dos leites de formula ao longo das últimas décadas.
Queria apenas acrescentar, não te deixes absorver de mais com isto do peso, lembrando-te que há que aproveitar as tuas energias, tempo e atenção para viver estes momentos que deveriam ser só de carinho e enamoramento... e que passam tão depressa. Amamentar um filho quando é assim bebé pequenino é dos momentos mais preciosos que guardo na lembrança, quase que os sinto ao peito, quase que lhes sinto o cheiro.
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