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Epidural: sim ou não??

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  • RE: Epidural: sim ou não??

    Dulsa (08-07-2009)Anally:



    Obrigada pela resposta. Fiquei esclarecida.



    Agora outro assunto para alguém que escreveu aqui que queria um CTG constante e que isso é muito importante.



    Eu estive com CTG 16 horas, nos quais o meu filho ficou em sofrimento várias horas sem ninguém dar conta porque não olharam para ele. Mais valia ser intermitente e alguém olhar com olhos de ver. Isto não foi num hospital de província, foi na maternidade do Porto.



    Depois entrei em período expulsivo com contracções das mais fortes e o CTG continuava a dar contracções muito leves. As enfermeiras não conseguiram explicar. Se eu tivesse levado epidural aquele aparelho não teria ajudado em nada o meu parto e ninguém saberia que eu estava em período expulsivo, nem mesmo eu.


    É só uma correcção: o ctg não nos diz que estamos em periodo expulsivo ou não. Ele apenas regista a frequencia cardiaca do bebé e das contrações uterinas da mãe.

    Eu também estive sempre com o ctg e este apenas conseguia medir a frequência cardiaca do bebé, as minhas contrações nunca apanhava (parece que a minha camada adiposa abdominal era imensa :w00t:, apesar de só ter engordado 11Kg). Mas a minha preocupação sempre foi o bebé, não as minhas contrações.

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    • RE: Epidural: sim ou não??

      Clara Sophie (07-07-2009)
      danigirl (05-07-2009)Olá!



      Estou grávida de 36s e vim a este tópico por curiosidade, apesar de ter sofrido a desilusão que já estaria à espera: é óbvio se cedo se transformaria num debate aceso. Mas A desilusão prende-se com o facto de me aperceber que as pessoas que defendem com maior fundamentalismo o parto fisiológico e sem epidural armam-se de argumentos e informações que a meu ver até chegam a ser perigosas do tipo "os anestesistas só querem dinheiro e treinar..., a equipa médica quer calar as mães..., e que a mãe deve ter o parto que quiser"



      Isto é tudo mt bonito, mas esquecem-se de coisas mt importantes e foi por isso que não resisti no post:



      - na minha opinião, neste momento e sempre, em 1º lugar penso no bem estar DO MEU BEBÉ, que me deu a sensação que é mt esquecido no meio deste debate! Por isso é q é preciso equipa médica e de estar num hospital!
      A maioria dos partos corre bem mas... às vezes é preciso tomar decisões e não dá para esperar pq realmente o bebé está em sofrimento (e como é q se sabe q o bebé está em sofrimento se num parto dito fisiológico, nem o ctg as mães deixam colocar?), ou a apresentação não é a mais favorável para um evolução do parto (nem sp a epidural tem as culpas todas) e isto não é colocar as culpas no bebé, mas na realidade pode ser um conjunto de factores que não favorece a uma dilatação mais ou menos rápida...



      - outras coisa que não vi é a distinção entre epidural e raquianestesia, dá-me a sensação q a maioria nem sabe q são coisas diferentes e com riscos diferentes.



      - acham mesmo q os anestesistas precisam das grávidas para treinarem epidurais??? é um procedimento feito por um interno de 2ºano... n tem dificuldade, agora as raquianestesias já têm mais q se lhe diga... isso seria a mesma coisa q dizerem que os médicos pediatras fazem ppunções lombares às criancinhas pq precisam de treinar o procedimento e não por suspeita de meningite! Como tds sabemos existem profissionais q deixam a desejar em TD os tipos de profissão e generalizações só desinformam e não contribuem em nada para a relação médico/doente que deve ser baseada em confiança e se houver dúvidas, então que se façam todas as questões antes!



      -qd falamos com um médico, não conheço nenhum que dê uma opinião fundamentalista do tipo sim nem não qt à epidural, tenta informar e fazer com q a mãe possa escolher; são a favor de forma geral a que as mães façam cursos de preparação para o parto; são sensíveis ao pedido das mães em quererem um parto o mais fisiológico possível (dentro de limites aceitáveis, desde q n seja posta em causa o bem estar do bebé). Mas depois deparo-me com as pessoas que dão esses cursos, são doulas, e que estão a dar formação numa matéria às mães de uma forma geral menos informadas e qual é a informação que passam:



      "-evitar a epidural pq tem riscos, os médicos querem despachar (o q até é contracenso, pq se querem despachar, então a epidural não atrasa?), vocês é que mandam no vosso parto, cesariana a evitar... " uma série de verdades pré-formadas e depois as pessoas acham-se menos boas mães/menos capazes/menos felizes com o parto que tiveram pq "n conseguiram resistir" à mal-fadada epidural como se fosse um pecado e uma fraqueza do espírito.



      Tinha mt mais para dizer e escrever mas gostava de deixar uma mensagem para as mamãs que lerem este tópico pq é isso mmo que eu vou seguir acima de tudo:



      - Pensar sempre no meu bebé (prefiro mil vezes ter de estar deitada em péssima posição e desconfortável a ouvir sp o batimento cardíaco do meu bebé e saber q n tem sinais de sofrimento do que deambular feliz da vida por um corredor a achar que estou a ser uma super-mãe pq vou ter um parto não medicalizado e não fazer ideia de que obebé naquele momento pode estar a sofrer!)



      - Vou evitar touradas acima de tudo, se tiver de ser cesariana, que seja! Se tiver de ser medicada, que seja, como já se disse, eu vou estar numa posição de mãe, não é de médica, nem parteira, nem nada, por isso não vou ter uma posição do tipo "o parto é meu, eu é q mando", uma coisa é colaborar com a equipa, outra é achar q somos nós q mandamos!



      - Ter noção que o parto é sp uma incógnita! Pode evoluir super-rapidamente, sem tempo para epidurais e é 15min ou lentamente com duração de horas infindáveis e só peço para ter coragem para enfrentar qq situação com q me depare...



      PS: vou aceitar epidural se houver tempo, mesmo sabendo que vai haver um risco enorme de não conseguirem atravessar o catéter pelo meio das vértebras por ter problemas ao nível da coluna lombar, portanto, só na hora é q saberei...


      Tinha muito a dizer sobre este comentario mas so vou responder ao que me "chocou mais". Basicamente o que estas a dizer é que pessoas que acreditam no parto fisiologico como parteiras formadas, medicos que apoiam e ate as proprias gravidas nao sabem o que dizem? Sao argumentos fundamentalistas? Armam se de informaçoes perigosas? Talvez se te informares melhor sobre varios estudos feitos ves que talvez nao seja como estas a dizer.



      Eu tive a minha filha em casa, nao tive a minha filha deitada, tive uma parteira e mais duas assistentes ao pe de mim, nao levei epidural, foi um parto totalmente controlado e agora?!



      Talvez devias ter mais "cuidado" com estes tipos de comentarios, praticamente acusas as maes de nao quererem o bem estar para os seus proprios bebes so porque têm prinicipios diferentes dos teus. Eu sempre mas sempre pensei no bem estar da minha filha, ja perdi um filho e a ultima coisa que ia fazer era nao pensar no bem estar dela, nunca pensei primeiro em mim alias uma prova que posso dar foi nao querer epidural logo nao podes dizer que as gravidas que escolhem o mesmo caminho que o meu nao metem o bem estar do bebe em primeiro lugar! Eu tive dores, sofri com as dores mas sei que a minha menina nao sofreu e todo o desenvolvimento do acto foi respeitado.



      Acho que deves te informar melhor sobre o que estas a dizer por o menos sobre o tipo de parto que queres. Muitas das coisas que estas a dizer no teu comentario vao contra estudos mundiais como por exemplo esta tua afirmaçao "Pensar sempre no meu bebé (prefiro mil vezes ter de estar deitada em péssima posição e desconfortável a ouvir sp o batimento cardíaco do meu bebé e saber q n tem sinais de sofrimento do que deambular feliz da vida por um corredor a achar que estou a ser uma super-mãe pq vou ter um parto não medicalizado e não fazer ideia de que obebé naquele momento pode estar a sofrer!)"


      Penso que fui mal interpretada, longe de mim querer "chocar" alguém, e aqui deixo algumas ideias (algumas penso que já as expressei noutros posts):

      -nunca aprofundei os meus conhecimentos científicos acerca do parto dito fisiológico, por isso, o que sei foi o que li neste tópico (por isso não posso dizer mal nem bem) nem tão pouco nunca critiquei ninguém que tenha a opção por este tipo de parto nem as pessoas que querem ou não epidural; eu limito-me a conversar sobre isso com a minha obstetra e com a parteira porque acho que são realmente as pessoas que têm experiência real e é essencial e relação com base na confiança, eles têm uma opinião moderada, aceitavam obviamente a minha decisão inicial de tentar ou não parto fisiológico, mas eu opto por um "meio termo", qt à epidural depois vê-se se vai ser possível administrar ou não.

      -o que eu critiquei foram os argumentos e a forma como as pessoas q o defendem o fazem; escreveram-se coisas neste tópico que achei serem até ofensivas para a classe médica e outras.

      - não posso negar que me mete mt impressão não ter o bebé sempre monitorizado (independentemente se há relatos que dizem que ninguém liga ao ctg - isso é má prática, senão, só pq ninguém liga então deixa-se de fazer, mesmo nos lados em q alguem liga?); e nunca escrevi o que devem fazer, escrevi simplesmente o que vou optar por fazer, porque julgo ser o que é mais importante pra mim.

      - eu sei que as mães devem decidir o "tipo" de parto mas deviam ter a noção que a sua "decisão" tem limites, chega a uma altura que não possuem conhecimentos suficientes para continuar a sua decisão apenas com o que aprenderam na preparação para o parto, por vezes existem factos que surgem no intra-parto que muda tudo... sei de acontecimentos em que as mães ficam com uma aversão tal a tudo o que é procedimento médico que chegam a recusar uma cesariana qd ela tem indicação mais do que formal e emergente (chega a haver situações de autêntico delírio psicótico durante o parto e são situações mt difíceis de resolver, pq n é só a saúde da mãe que está em risco, mas tb a do bebé e isto acontece!); o que gostava é de ver uma maior moderação nas afirmações, é obvio que um parto normal pode ser puramente fisiológico, mas qd vamos iniciá-lo nunca sabemos mt bem para q lado é q vai "virar" e acho que enquanto formadores de preparação para o parto é importante tb passar a ideia que pode ser preciso parto instrumentado e que isso não é derrota nenhuma para a mãe...



      quanto aos partos em casa, isso já é outras questão...

      e aí ei digo mesmo que nunca conseguiria (infelizmente sei demais para algum dia vir a conseguir fazê-lo). Então eu ando aqui cheia de problemas de consciência por ir ter o meu bebé na Casa de Saúde (em vez do hospital) pq sei q se for preciso alguma coisa, eles até têm uma unidade de neonatologia com 1 cama, mas sei q não têm médico a 24h e sei q se houver problemas o bebé tem de ser transferido...). Em casa nunca seria capaz, desculpam-me, mas é verdade que nem todos os bebés nascem bem e se a nossa taxa de mortalidade neonatal reduziu em relação a antigamente foi devido tb aos cuidados prestados na altura perinatal...



      quero só acrescentar mais uma coisa:

      Vi mtos partos (há alguns anos), principalmente num hospital de uma zona bastante pobre, em que as mães não tinham gd informação nem gd papel no parto, estavam lá e pronto. Nesse hospital não era possível garantir a disponibilidade de epidural a todas as mães (era uma questão de sorte) e eu não nego que vi partos muito bonitos e outros horríveis. Notei mt a diferença para alguns pais que apareciam mais informados e preparados, notei acima de tudo uma maior tranquilidade, mas honestamente na altura não me apercebi de gd diferença relativamente com epidural/sem; vi partos fantásticos com epidural e sem!

      A minha irmã teve dois partos, os dois induzidos e com epidural e foram os dois 15min. A verdade é q o momento da indução já devia estar mesmo em cima de w de parto, qd começou o período expulsivo foram 3 contracções para nascer o primeiro e 2 contracções para nascer o segundo e os pequenitos super-bem! Eu até acho que vendo à posteriori ela nem precisaria de epidural... mas nunca se sabe, não há dois partos iguais!

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      • RE: Epidural: sim ou não??

        Mimocas (08-07-2009)
        Dulsa (08-07-2009)Anally:



        Obrigada pela resposta. Fiquei esclarecida.



        Agora outro assunto para alguém que escreveu aqui que queria um CTG constante e que isso é muito importante.



        Eu estive com CTG 16 horas, nos quais o meu filho ficou em sofrimento várias horas sem ninguém dar conta porque não olharam para ele. Mais valia ser intermitente e alguém olhar com olhos de ver. Isto não foi num hospital de província, foi na maternidade do Porto.



        Depois entrei em período expulsivo com contracções das mais fortes e o CTG continuava a dar contracções muito leves. As enfermeiras não conseguiram explicar. Se eu tivesse levado epidural aquele aparelho não teria ajudado em nada o meu parto e ninguém saberia que eu estava em período expulsivo, nem mesmo eu.


        É só uma correcção: o ctg não nos diz que estamos em periodo expulsivo ou não. Ele apenas regista a frequencia cardiaca do bebé e das contrações uterinas da mãe.



        Eu também estive sempre com o ctg e este apenas conseguia medir a frequência cardiaca do bebé, as minhas contrações nunca apanhava (parece que a minha camada adiposa abdominal era imensa :w00t:, apesar de só ter engordado 11Kg). Mas a minha preocupação sempre foi o bebé, não as minhas contrações.


        Exactamente! qd disse q para mim era importante a monitorização do bebé com ctg era precisamente pelo ritmo cardíaco do bebé, não é pelo ctg que se identifica a evolução do trabalho do parto (ou n devia ser...). Na minha opinião ctg de 20 em 20 min ou noutros intervalos não me descansa o suficiente, um bebé pode entrar em desacelerações importantes que o deixam no "limite" para depois aguentar o pior período, o expulsivo... ou então qd fizesse um ctg intermitente q mostrasse desacelerações, ia ficar sp a pensar elas já se podiam ter iniciado há pelo menos 20 min e que podia ter sido diagnosticado mais cedo...



        Eu realmente sou uma medricas em relação ao bebé, pode ser exagerado, mas já vi mts coisas... Qd digo que para mim o mais importante é o bebé, não quero ofender ninguém nem quero dizer q as outras pessoas q optam por alternativas n estejam a pensar no bebé delas... por exemplo, acho que é mais imp ter ctg a monitorizar bebé do que propriamente com ou sem epidural...



        Bjs

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        • RE: Epidural: sim ou não??

          [quote]danigirl (08-07-2009)[quote]Mimocas (08-07-2009)
          Dulsa (08-07-2009)Anally:







          Qd digo que para mim o mais importante é o bebé, não quero ofender ninguém nem quero dizer q as outras pessoas q optam por alternativas n estejam a pensar no bebé delas... por exemplo, acho que é mais imp ter ctg a monitorizar bebé do que propriamente com ou sem epidural...







          Bjs


          Exactamente! Para mim o mais importante também é o ctg. No meu primeiro parto e porque o aparelho me estava a magoar, tiraram e estive um pedaço sem ele, embora sempre com a parteira ao meu lado. Quando tive a expulsão de mecónio a parteira voltou logo a pôr e no primeiro minuto não se conseguiu ouvir nada... Imaginam como é que me senti??

          Graças a Deus foi só um susto, mas também graças a Deus que já estava no hospital e foi só descer para o bloco e passou-se logo à cesariana.

          bjs

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          • RE: Epidural: sim ou não??

            A mim também não me parece que eles administrem a epidural a alguém cujo bébé não esteja sempre ligado ao ctg, até porque esta pode de alguma forma interferir com o ritmo cardiaco e tem que se ter a certeza de que isso não está a acontecer e se acontecer tem que intervir o mais rápidamente possivel. O meu bébé esteve sempre ligado ao ctg, desde que entrei na sala de parto até este terminar, só assim é que se pode ter a certeza de que está tudo bem.
            r@quel

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            • RE: Epidural: sim ou não??

              Mimocas:



              Quem leva epidural como sabe que tem que puxar? Há mulheres que não sentem nada, logo alguém tem que lhe indicar que tem que puxar. Com base em quê é que o fazem? Em que aparelho?

              Em relação ao aparelho eu estive ligada a um CTG e quando finalmente deram conta que o bebé estava alterado passaram-me para a sala de partos e colocaram uma sonda na cabeça do bebé que monotorizava, supostamente, melhor o ritmo cardíaco (quero acreditar que sim) e as contracções uterinas. O espanto da enfermeira foi tanto que ligou e desligou o aparelho duas vezes porque não estava a funcionar. O meu marido disse-me que este aparelho comunicava com a sala das enfermeiras (é mesmo assim??).



              Caalex:



              pois não concordo contigo. Uma mulher durante a gravidez tem ritmos cardíacos muito diferentes: quando dorme, quando faz exercício físico, quando chora, quando ri. E comunica o seu estado de espírito, se está feliz ou infeliz, se está a falar ou calada, se ouve música.... Portanto o bebé sabe quando a mãe está a sofrer, porque conhece-a. Pelo menos eu acredito nisto.



              desculpem mas ainda não percebi como se copiam as mensagens do outros !!:P


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              • RE: Epidural: sim ou não??

                Dulsa: exacto, o rítmo cardiaco não é sempre o mesmo, o tal se passa durante o parto. Lá por levares a epidural, o teu ritmo cardiaco não vai desaparecer, poderá ser mais lento, tão lento como foi inúmeras vezes durante o tempo da gestação. Daí que não entendo como o bebé possa pensar que a mãe morreu.



                Esta discussão é muito subjectiva. Não tarda muito estamos a discutir o sexo dos anjos.

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                • RE: Epidural: sim ou não??

                  Pois depois de escrever também pensei que fosses dizer isto e é verdade.



                  Mas também pode ser confuso para o bebé, sei lá!....

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                  • RE: Epidural: sim ou não??

                    Olá Anally,



                    Bem...eu li as primeiras páginas do tópico e passei para a última por isso não sei se já tomaste uma decisão...mas já te apercebeste com certeza que este assunto gera sempre muitas opiniões...e polémica!



                    Escrevo para deixar aqui a minha opinião e experiência pessoal.

                    Tive 2 partos, o 1º sem epidural na maternidade Júlio Dinis e o 2º com epidural no Sto António (note-se que agora o Sto António e a Maternidade Júlio Dinis e outro hospital que agora não me lembro o nome fazem parte de um centro hospitalar, por isso o pessoal é o mesmo).



                    No meu 1º parto correu tudo bem até à altura do nascimento propriamente dito (os médicos acham que o nascimento correu bem...eu acho que podia ter corrido melhor! ), as contracções foram-se aguentando, o meu marido estava comigo, eu tinha tido aulas de preparação para o parto...enfim, estava tudo controlado

                    Como não estava a avançar a dilatação, a parteira que estava na sala "resolveu" rebentar-me a bolsa de águas (acho que não é este o termo correcto, mas dá pr perceber a ideia) e aí doeu mesmo, passado pouco tempo entrei no período expulsivo, 3 puxões e tinha a minha princesa nos braços. A mesma parteira fez-me episotomia e quase nem me apercebi...o pior veio depois! foi necessário coser-me, a médica esteve mais de 1 hora nisto, e eu cheia de dores! tantas que não conseguia estar quieta, e lá tiveram que me dar anestesia, que me deixou completamente aluada , não me lembro do que me disseram durante umas horas e da minha cachopa lembro-me vagamente

                    Conclusão: se me tivessem dado a epidural, não me tinha custado tanto o toque que finalmente pôs o parto a andar e não me tinha custado nada enquanto me estavam a coser, tinha ficado muito mais desperta e consciente para poder tomar conta da minha bébé (nem fui eu que lhe dei a mama no iníco porque não tinha força nos braços)



                    No meu 2º parto, já estava mais ou menos assente que ia ter epidural, só se o anestesista não estivesse disponível (pode acontecer nos hospitais públicos...)

                    Fiz a dilatação num quarto até chegar a altura de ir para a sala de partos, só estive 4 horas nisto mas já ia cheiinha de dores. Deram-me a epidural quando tinha 3,5 cm, não custou nada, apesar da minha dificuldade em manter-me quieta quando vinha a contracção, passado poucos minutos perguntaram-me "sentiu a contracção?", "Qual contracção" - pergunto eu.... aí mais uma vez a enfermeira fez-me o "toque" e passado 30 minutos e um puxão tinha a minha princesa nos braços!!

                    Da cintura para baixo não sentia nada, mas senti perfeitamente a necessidade de puxar. Tive logo no início um segundo de quase aflição porque comecei a sentir formigueiro nas pernas e não sentia nada nas contracções (depois de umas horas naquilo assustei-me! )



                    Por isso, da minha experiência pessoal, penso o seguinte:

                    Epidural - SIM

                    Se não puder ser...também não é uma desgraça!

                    O importante é manter-nos calmas durante o processo e procurarmos não nos concentrarmos muito na dor...é complicado, mas consegue-se



                    Tudo de bom pr ti.



                    beijinhos,

                    cafapv


                    A felicidade completa

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                    • RE: Epidural: sim ou não??

                      Epidural? Graças a Deus que alguém a inventou!



                      Decidi tomar, tomei e tive um parto natural maravilhoso!... As contracções foram seguidas pelo monitor, pelo que fazia força quando era necessário; e sente-se a expulsão o que é um momento verdadeiramente único.



                      A medicina evolui é para ajudar!... As dores são variáveis de mulher para mulher e há muitas que não tomam a epidural e aguentam-se perfeitamente; outras têm trabalhos de parto muitissimo dolorosos. Antigamente todas as mulheres tinham bebés em casa sem anestesia, é certo, mas todas sabemos que se muitas tinham 8, 10 ou 12 filhos sem grandes problemas, outras morriam logo ao primeiro parto, ou ao segundo... ou morriam os bebés!...



                      No meu caso, já trepava pelas paredes e a epidural foi muito bem vinda. Nem quero imaginar o que ainda estava para vir. Até se ter o primeiro filho ninguém sabe qual a intensidade de dores que vai ter, portanto, para quê arriscar?... Para quê sofrer?...



                      Não me parece que o facto de ter dores faça de um parto um acto mais bonito, emotivo e maravilhoso!...



                      Felicidades a todas as barriguinhas!
                      Eu e o meu maridinho levamos algum tempo a assumir que algo estava errado!

                      As diferentes GO que consultei ou diziam que eu não engravidava por stress ou mandavam-se fazer testes ligeiros que nada indicavam.

                      Ao fim de 5 anos de casados (???) - a conselho de um amigo que passou pelo mesmo - consultamos pela primeira vez um especialista em infertilidade. Devia ter sido o 1º sítio a ir depois de percebermos que algo estava errado.

                      Depois de muitos testes, contratempos, medicação, desilusões, isto e aquilo...



                      1ª ICSI - Fev/Mar 2005 - NEGATIVO

                      2ª ICSI - Junho/Julho 2005 - POSITIVO

                      O meu bebé nasceu em Março de 2006!



                      Ainda hoje olho para ele e acho que é um milagre nas nossas vidas!




                      -----------------------------------------------------------

                      Afilhada querida: Rivdreamer (o teu sonho já está nos teus braços...)

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                      • RE: Epidural: sim ou não??

                        Eu também estive muitas horas em trabalho de parto, tive um parto vaginal maravilhoso, mas só lhe posso atribuir o nome de Maravilhoso, graças à epidural.

                        Levei 3 doses e estava a pedir a 4ª qd me fizeram pela milésima vez o toque e já tinha a dilatação suficiente. :P

                        Fiz a força necessária, senti a expulsão do meu filho, tudo perfeitamente normal e digo-te q é um momento único e indescritivel.

                        Mas cada caso é um caso e só qd se entra em trabalho de parto é q podemos decidir se existe necessidade de epidural ou não.

                        Mas sou 100% de acordo com o q aqui já foi dito, "sofrer para quê?".

                        Um beijinho e uma hora mto pitinina!!!

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                        • RE: Epidural: sim ou não??

                          Encontrei este texto interessante sobre o CTG, e como se tem falado disso aqui, decidi colocá-lo aqui:



                          “Ligada ao CTG”



                          “O CTG (Cardiotocógrafo) regista a regularidade e intensidade das contracções, mas também a forma como o ritmo cardíaco fetal reage a cada contracção. É preciso colocar eléctrodos na barriga da grávida, presos com umas faixas elásticas, e ligados por fios ao aparelho. Os resultados surgem em dois gráficos diferentes: um relativo à intensidade das contracções, o outro relativo ao batimento cardíaco do feto.



                          Estes dados são importantes para avaliar a forma como o trabalho de parto está a progredir e permitem também avaliar o bem-estar fetal. De resto, o CTG não é usado apenas durante o parto, mas também no final da gravidez, para avaliar o bem-estar do bebé.



                          Contínuo ou intermitente?

                          O registo contínuo das contracções através do CTG é a rotina nos hospitais portugueses. Ou seja, assim que a grávida chega é ligada ao CTG e só depois de o bebé nascer é liberta dos eléctrodos. No entanto, a Organização Mundial de Saúde considera que o CTG não deve ser usado de forma contínua em gravidezes de baixo risco. O CTG limita os movimentos da grávida o que pode ter mais desvantagens do que a monitorização contínua, sobretudo quando se trata de gravidezes de baixo risco.



                          Se não existe risco acrescido no parto para si e para o seu bebé, pode solicitar no seu plano de parto que a monitorização com o CTG não seja contínua, mas apenas esporádica, de forma a avaliar pontualmente a intensidade das contracções e o bem-estar fetal.



                          «Fazer monitorização fetal com auscultação intermitente» é uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde para o Atendimento ao Parto Normal. A monitorização electrónica fetal é considerada no mesmo documento uma conduta frequentemente usada de forma inapropriada.



                          As melhores provas

                          No livro «As melhores provas» (Temas e Debates) pode ler-se:



                          «Não há dúvida de que a utilização de um monitor electrónico fetal para observar continuamente os ritmos cardíacos dos bebés durante o parto aumenta o número de cesarianas sem benefício para os bebés. Isso significa que alguns bebés monitorizados de forma contínua nascem por cesariana sem que seja necessário. Infelizmente, não sabemos quais. As pesquisas estão a tentar definir quais os ritmos cardíacos fetais que indicam asfixia fetal. Até à data, todos os ritmos considerados “preocupantes” continuam a incluir muitos bebés saudáveis.



                          A recomendação mais correcta destinada a reduzir as cesarianas desnecessárias (…) parece ser a seguinte: não utilizar a monitorização contínua durante o parto em casos de gravidez normal.»“



                          Texto: Ana Esteves

                          Revista IOL Mãe
                          Patrícia Paiva
                          - Educadora Perinatal
                          - Conselheira em Aleitamento Materno
                          - Professora Ginástica para Bebés

                          BLOG Perfeito, Perfeito é MAMAR AO PEITO! ; BLOG Amigo dos Bebés ; SITE Mamar ao Peito; Preparação para o Parto - Margem Sul

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                          • RE: Epidural: sim ou não??

                            Obrigada APPM.



                            Já que a Mimocas não me respondeu (pode não ter lido ou não ter tido tempo) eu resolvi pesquisar por mim, mas como não estou para ler artigos em inglês, encontrei um relato num blogue muito interessante.



                            Este é o link: http://madeiraclick.blogspot.com/200...sim-ou-no.html



                            E transcrevo aqui uma parte:"Chefe, um parto é mais fácil com ou sem epidural" , e a chefe respondeu "é mais fácil para nós , para o bébe sem a epidural, porque a mãe faz a força na altura certa, na altura da dor, os musculos moldam-se mais facilmente para a passagem do bébe, e o parto torna-se mais curto, se levarem a epidural, trona-se mais díficil par nós assistirmos ao parto porque a mãe não sente a dor e temos de seguir-mos pelo CTG, contracções e dilatação , mas ajuda muito a mãe de certa forma também ao bébe"



                            Ora bem, como o meu aparelho não funcionou sempre gostava de saber o desfecho do meu parto.....

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                            • RE: Epidural: sim ou não??

                              A questão do CTG é, para mim, exactamente o que escreveu a APPM (ou melhor, a Ana Esteves )



                              Com tanto falso alarme, podem ocorrer 2 situações completamente diferentes:



                              *Não ligam nenhuma (como aconteceu comigo) pois é habitual - e no meio de alguns... podem-se perder casos graves...



                              *Qualquer falha pode levar a uma cesariana - e no meio de muitas, podemos estar a fazer uma cesariana complementa desnecessária...



                              Bjs

                              BABS

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                              • RE: Epidural: sim ou não??

                                Dulsa



                                No momento expulsivo a mulher que levou epidural tem que estar atenta ao seu corpo e ao mesmo tempo colaborar com quem lhe está a fazer o parto. É verdade que não temos dor mas sentimos as mudanças no nosso corpo quando a contração vem, nomeadamente a barriga fica dura e sentes aquela necessidade involuntária de fazer força. Isto foi o que aconteceu comigo. Não tinha dor mas percebia quando a contração vinha e dizia à enfermeira. Nesse momento a minha função era fazer força até que a enfermeira me dissesse para parar e descansar. Em 3 "puxadelas" o meu filho nasceu.

                                Não sei se é regra em todos os hospitais mas no meu as mulheres só ficam com o ctg enquanto estão a dilatar, na altura que vão para a sala de partos já não estão monitorizadas. Por isso a colaboração mãe/profissionais de saúde tem que ser a melhor.

                                Quanto à epidural atrasar ou não o trabalho de parto, não se pode considerar como um dado adquirido. Cada caso é um caso. É verdade que muitas mulheres demoram mais a dilatar e outras até param a dilatação. Será da epidural? Não sei.

                                No meu caso demorei mais tempo a chegar aos 3 cm, altura em que finalmente me deram epidural, que a completar a dilatação.







                                APPM



                                A postura da OMS sobre o ctg (que não conhecia) deixa muito a desejar na minha opinião.

                                Penso assim porque, para mim, não existem partos de baixo risco, existem sim gravidezes de baixo risco. Um parto, aconteça ele em que condições for, é sempre uma incógnita. Felismente a grande maioria decorre de forma "normal", mas quem nos diz que é o nosso que vai fugir dessa "normalidade".

                                Aconselham monitorização intermitente, mas com que frequência? Em minutos as coisas podem mudar.

                                Podem ocorrer muitas alterações no ritmo cardiaco do bebe, muitas delas fisiológicas, reactivas ao próprio trabalho de parto e por consequência inofensivas. É por isso que não se parte para uma cesariana à primeira bradicardia ou taquicardia, ou outra oscilação qualquer. Essas arritmias tem que ser avaliadas durante algum tempo, ver a sua frequencia e duração e só depois avançar para uma cesariana.

                                Não é logo à primeira alteração que entra tudo em pânico e toca de ir para o bloco. De qualquer forma e nestes casos ou prefiro sempre pecar por excesso do que por defeito.

                                A medicina é actualmente praticada de forma muito defensiva e talvez por isso muitas vezes não se espere tanto como algumas de vós gostariam que fosse. Mas se as coisas correm mal e nos nasce um filho em paragem cardio-respiratória, ou que esteve privado durante algum tempo da oxigenação correcta por alterações do ritmo cardiaco, ou seja o que for, como é que é? A mãe vai dizer "não foi culpa do dr., fui eu que não quis monitorização, fui eu que quis esperar, fui eu que não quis a cesariana"?

                                É tudo muito bonito quando corre bem mas, infelismente, os problemas acontecem e eu prefiro confiar em quem tem mais conhecimentos que eu em determinada área, do que manter uma postura de teimosia e egoismo (são termos fortes eu sei, mas muitas posturas parecem-me reflectir isso mesmo).

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