Tirem-me deste filme!

[luciaferreira]

Que lindooooo.

Gosto tanto de ler assim feliz.

Muitossssssss beijosssssss nossos.

[suzhelen]

Como seria de esperar...

O meu ex anda a aprender a ser mais subtil, pai que leva a brincadeiras, aos picadeiros para andarem nos cavalinhos lindos, que até já deixa que os filhos tragam para casa os presentes (rascas, mas os pequenitos sabem lá...) que lhes compra, este pai que se lhes mostra agora como protector contra a maldita e maluca da mãe.

Quando saiu o despacho de acusação do Tribunal de Instrução Criminal, enviei o documento à psicóloga da Segurança Social. Como sempre, disse-lhe a verdade, que as coisas até andavam (até aí) mais calmas desde que eu me tinha deixado de dar ao trabalho de responder às provocações inúteis do idiota. Ela deu-me os parabéns pela atitude mas alertou-me também para ter atenção à raiva que adviria daquela acusação e manter-me forte forte pois sabia-me sozinha na luta pela paz por mim e pelos meus filhos.

Logo a seguir à recepção do tal documento, os meus filhos foram de fim de semana para casa do pai. Aparentemente, foram bem. Na 2ªfeira após esse fim de semana, foi o meu menino o primeiro a dar sinais de mal-estar. Passou o dia na escola a dizer que queria a mamã. Na 3ª igual e na 4ª a professora telefonou-me preocupada com ele pois o seu comportamento mudou do dia para a noite... A partir daquela semana o meu menino que era um sol alegre tornou-se triste, sem sequer ter vontade de brincar com os outros. As idas para a escola tornaram-se numa tortura para ele que chorava quase até ficar rouco e para mim, sem saber bem como ajudá-lo. Combinei uma reunião com a professora e fui até à escola contar-lhe a nossa história, levei também os relatórios da Segurança Social e deixei lá cópias. A professora só sabia que o meu menino era filho de pais separados que mal se falavam mas os contornos da história eram novos para ela. Apesar da professora da minha filha ter muito mais informação, esta não deixa de ser pessoal e não é transmitida para a professora do irmão, a não ser que eu autorize. A professora do meu filho disse-me no final que já percebia assim certas coisas e ia ficar mais atenta.

O meu filho continuou a chorar a dizer que não queria ir, mas foi amenizando pouco a pouco. Ficava ao colo da professora o tempo que fosse necessário para acalmar. Cheguei várias vezes atrasada ao trabalho. A professora sentiu que o meu menino tinha uma grande dificuldade em separar-se da família (eu e o avô materno), que se sente desprotegido e trabalharam nesse sentido.

No último fim de semana que foram para o pai o meu filho não queria ir. Andou a dizer-mo com antecedência e eu respondia-lhe que não o obrigava a ir mas teria de ser ele a dizer ao pai que não queria. E assim foi. Quando o pai chegou, o meu pequeno principe enfrentou o que a si próprio se acha um rei e disse "eu não quero ir!". O (faz-de-conta-que-é) adulto ficou com cara de miudo-peste irritado e cheguei a ver-lhe subirem-lhe as cores. O meu filho agarrado à minha perna dizia quase a gritar que não queria ir. O pai dizia que ia aqui e acolá... mas ele nada. Resolvi aliviar o meu filho e juntei a minha voz à dele "leva o menino daqui a bocado, pode ser que ele já tenha vontade de ir". O pai, numa última tentativa falou-lhe de carros, qualquer coisa com corridas e o meu pequeno lá aceitou ir. O meu coração ficou pesado, talvez não o tenha defendido o suficiente, mas é na presença do bicho que se ganham anticorpos contra este.

E agora a minha filha.

Sempre dormiu tão bem desde bebé! Ao contrário do irmão que não soube dar-me descanso até aos 3 anos, ela dormia a noite inteira, excepto, como é lógico, quando estava doente. No entanto, agora é uma menina assustada. Vir para a minha cama tornou-se um hábito. Como o irmão também já vinha, passámos a dormir a três. Até me habituei... Mas na semana passada o meu pimpolho adoeceu com pneumonia e era um risco mantê-lo a tossir junto à irmã. As minhas noite passaram a ser de pular de cama em cama para adormecer a minha filha e a regressar à minha para acudir à tosse e à toma do antibiótico do meu filho. Mas eu tinha se saber o que estava por trás de tanto medo... Mesmo durante o dia ela está sempre aflita se se sente sozinha, se não me vê, se não me ouve e à noite isto agudiza-se.

Sentei-me com ela numa destas noites até ela conseguir verbalizar o que lhe vai nas batidas rápidas do seu coração que a minha mão pousada no peito dela sente. "São montros, mamã. Que estão cá em casa". "Mas onde estão? Leva-me lá que eu resolvo isso. Onde é que os vês?" E fomos até onde as sombras dos objectos se materializavam aos olhos da minha boneca. Acendi a luz. "Vês o que é afinal?" "Mas estão aí, tenho medo, não me deixes mamã, não consigo dormir, tenho muito medo!".
Quis saber mais. E vim a descobrir que quem lhe diz que há monstros lá em casa é o paizinho dela. Que há monstros - e maus! - na casa da mãe mas que a casa dele é segura... Saiu-me "o único monstro que havia cá em casa já se foi embora..." porém deixei-a vir de novo para a minha cama. A mão dela a tremer a segurar a minha antevia que eu não conseguisse que ela adormecesse facilmente e eram 2h da manhã.

Pergunto: como é que se enfrenta um monstro destes?
Se me leres, idiota, fica sabendo que não tenho medo! Tenhas tu! E que os teus filhos não saem a ti! Serão fortes pois, no que depender de mim, é assim que vou ensiná-los. Tiras-me o sono mas só me dás força para te enfrentar, idiota!

[suzhelen]

Só a acrescentar que, também a sugestão da professora do meu filho, tentei uma consulta para a médica pedopsiquiatra. Não fui ainda mas ela telefonou-me e contei-lhe a história. Ela não tem dúvidas que está claramente relacionado com a revolta do pai ao ver-se levado a julgamento, a besta enfurecida. E vai acompanhar o caso e dar-nos apoio.

[anibla]

Como diz o povo: A justiça tarda, mas não falha.

Alegro-me de te ver forte, decidida e sempre lúcida. Foste juntando as pedras no teu caminho... Está para breve o dia em que subirás a elas para prosseguir o caminho (se o outro não se põe a pau, ainda sobra uma pedra para lhe atirar à tola).

Beijinho e força!

[Maria Verde]

Olá Suz,

Com a minha enteada houve também uma tentativa desse género, a mãe dizia-lhe para não vir para cá nem comer connosco que a comida estava envenenada. Coitada da menina, corriam-lhe as lágrimas à mesa, confusa se havia de agradar ao pai ou atender aos avisos da mãe. Depois passou... passou porque ela começou a dar um "desconto" ao que a mãe dizia, ora se nenhum de nós caia para o lado depois da refeição!

São as idades dos medos mas também do raciocínio lógico entre idéias, eles acabam por deduzir bem. Não conseguimos evitar que tenham medos, podemos sim ajudá-los a ser corajosos apesar dos medos, isso é que me parece importante, e tu és a mãe certa "for the job".

[suzhelen]

Acho esta merecia ser contada...

A minha filhota continua a queixar-se do medo que sente pelos monstros, têm sido noites difíceis pois nunca mais me deixaram a cama. Passou a ser ela a vir primeiro (ainda que passe uma eternidade a adormecê-la de joelhos junto à cama dela) e depois o mano. Tento não desvalorizar o medo que ela sente pois em pequeninos queremos protecção e não ser desacreditados daquilo que realmente nos assusta. Os meus filhos já ouviram falar em monstros, em fantasmas, em bruxas, vampiros e do Papão. Mas sempre achei que devia contar-lhes a verdade, sobre o que é real e imaginário, sobre o que foi inventado para assustar as crianças e fazê-las - perante a ameaça do monstro/bicho/papão que lá fosse evocado - cumprir o que a falta de tempo, de jeito ou paciência não soubessem fazer cumprir... Alerto-os sim para a existência de pessoas más, mal intencionadas, para não falarem com desconhecidos, para desconfiarem de determinadas conversas e perguntas. Sim, há papões na vida real disfarçados de pessoas normais.

Mas o que merece ser contado é outra coisa. A minha princesa tem estado com gripe (e que gripe!!) desde quase o início da semana. Avisei o pai logo no dia seguinte. Perguntou "está melhor? As melhoras!" E só ontem voltei a ter resposta do fulano sobre este assunto. Tive de levar a filhota ao hospital. Eu sabia que era gripe mas queria despistar que não agravasse para outra coisa. Diagnóstico confirmado. A médica foi bem clara "proibição de sair de casa, não pode apanhar frio nem qualquer corrente de ar, senão segue-se a pneumonia e esperar 5 ou 6 dias assim". Ai, isso é que não! Já me bastou um filho. Avisei o pai deles e disse que este fim de semana ficariam comigo pois estava abrangido o período crítico. E não é que o fulano não ligou nenhuma e disse que vinha na mesma. Disse porque não sabe o que é ouvir a filha gemer com dores no corpo e na cabeça, com febre de 4/4 horas, não sabe o que é uma noite destas em que me levanto ora para a tapar ora para destapar, para dar xarope, para levar água, para sossegar e dar a mãozita que fica gelada quando a febre sobe. Não sabe o que são as queixas de um narizito que de tanto se assoar já está ferido. Não sabe o que é inventar a melhor refeição e a filha não ter apetite para a comer. Mais, o meu filhote tem ficado resguardado/isolado com os meus pais para eu poder tratar da mana. Já faltei ao trabalho dois dias (vou fazendo o que posso a partir de casa). E só hoje porque a minha mãe ficou com a neta fui abastecer a despensa.

Ontem, cansada e farta de noites mal/não dormidas, ranhocas e xaropes, ainda pensei responder ao progenitor dos meus filhos "ok, leva-os". Então, pai também tem de saber destas coisas, era só uma noite. E vai-me chatear a cabeça se eu não os deixar ir. Mas busquei um momento para mim, para o meu ser de mãe. Não, não vão! O que quer que ele diga. Sugeri-lhe trocarmos os fins de semana. Não sei qual foi a razão (talvez cair em si e pensar no trabalho que ia ter, na provavel contaminação da filha mais nova... não interessa) mas telefonou e deixei que a minha filha lhe respondesse. O acordo ficou pela troca dos fins de semana, mas viria também no dia seguinte para ver os filhos.

Sem grande vontade, mas por eles, demos um "jeito" no quarto deles para poderem receber o pai. Chegou pontual. E vinha acompanhado pela parvinha da namorada do irmão. Já não perco tempo a pensar porquê, mas a minha filha deve ter-se interrogado. Convidou o pai a entrar para ir ao quarto dela. O pai respondeu que estava acompanhado da tia e só vinha dar-lhe um beijo. Vi desapontamento no olhar da minha bebé. Desapontamento mas não surpresa. O pai foi-se embora e ela agarrou-se a mim "mamã, ainda bem que fiquei contigo!". Ela já me tinha dito quando ficou doente que se estivesse assim no fim de semana para eu dizer ao pai que ela queria ficar com a mãe. E agora vou ver se invento mais alguma coisa para o jantar. Estou mesmo sem ideias.

[Mag]

Suz,
esse ser é mesmo asqueroso.... enfim... mais do mesmo...
espero q a tua princesa recupere rápido, mt força p ti p cuidares dos teus tesouros.
um grande abraço minha querida

[_fada sininho_]

Olá,
fizeste mt bem impores a tua vontade!
esse criançola não pode levar sp a melhor!
e ninguém ia cuidar dos teus meninos melhor do q tu!!!!!
é mm ao jeito de um covarde ir sp acompanhado de um/a palerma qualquer...haja paciência!
as melhoras

[sancha]

Confesso que na minha ingenuidade,desconhecia pais assim...pois como mãe os meus filhos são tudo para mim...mas por vezes os pais ( claro que não são todos!), são assim,desligados..não criam esta ligação tão especial entre filho/mãe..eu tenho 2 meninos,claro que preferem a mãmã, mas se uns dias o marido está bem disposto até brinca com eles ,mas na maioria das vezes vem mal-disposto e mal lhes liga!Nunca é capaz de os levar sozinhos a passear,ao café,nada..antes pelo contrário das poucas vezes que o mais velho quer ir com ele, ele inventa uma desculpa para ir só.Não quero com isto dizer que não goste deles mas é um gostar diferente do nosso...
Admiro muito a tua coragem e força e continua a tua luta com toda a força que até nós desconhecíamos que a temos mas nunca desistas de lutar..e quanto ao teu ex..ele que lute com alguém do seu tamanho e não com as crianças que em nada tem a culpa disto acontecer!
BJ

[suzhelen]

Nem quero acreditar. Chamaram-me esta tarde à escola porque o meu filho estava cheio de febre. Trouxe-o para casa (e a mana também). Pelos sintomas, é gripe. Ai Nossa Senhora!!

[Lótus]

Nem quero acreditar. Chamaram-me esta tarde à escola porque o meu filho estava cheio de febre. Trouxe-o para casa (e a mana também). Pelos sintomas, é gripe. Ai Nossa Senhora!!

E este fim-de-semana é do pai, por causa da troca, não é? :|
Um beijinho muito grande, Suz, e que o menino melhore

[_fada sininho_]

Olá,

até eu nem quero acreditar no q estou a ler...será recaída?????????????

tem mt cuidado com isso...e força, q bem precisas

q coisa, pah

[Mag]

Nem quero acreditar. Chamaram-me esta tarde à escola porque o meu filho estava cheio de febre. Trouxe-o para casa (e a mana também). Pelos sintomas, é gripe. Ai Nossa Senhora!!

Suz,
calma querida, vai c ele ao médico, os meus tb andaram assim e com o antibiótico recuperaram rápido.
N quero ser má, mas s este fim d semana «é do progenitor´ele q cuide das crianças q é p'ra ver cm é....
rápidas melhoras
beijocas :*

[suzhelen]

Bom dia,

Espressei-me mal. O filhote adoeceu, a princesa recuperou. Mas tinha de ir buscar os dois. Tive uma noite de m* mas ao menos já sabia com o que contar. Vá lá que este ano levei a vacina senão estava de molho eu também.

Assim, a fazer febre de 4/4 horas ele não vai para o pai. É que ele já passou por uma pneumonia há cerca de 1 mês. A mana ouviu e disse que se o mano não ia ela também não quereria ir.

Desde que mandei o sms a avisar do filho doente às 18h de ontem, nem uma pergunta do paizinho deles até agora.

[_fada sininho_]

Desde que mandei o sms a avisar do filho doente às 18h de ontem, nem uma pergunta do paizinho deles até agora.

claro, querida...com este tempinho tão bom, achas q ele vai querer estar "preso" com o filho doente?????

pleeeeease!
e olha, é mais trabalho p ti, mas deixa lá :| ao menos tu tratas deles, senão acho q nem ficavas descansada :/