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Testemunho

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  • RE: Testemunho

    Baby Mine (05-08-2009)Confesso que não me revejo na vossa forma de ver esta questão, embora compreenda os diferentes pontos de vista.







    Aqui fica o meu testemunho, for all it's worth:







    Engravidei a meio da licenciatura, mesmo estando a tomar a pílula há seis anos e não me tendo esquecido de nenhuma toma. O pai era o homem que hoje é o pai do meu filho e com quem já namorava desde os 16 anos.







    Nenhum de nós pôs a hipótese de levar a gravidez adiante. Tínhamos cursos por terminar e planos a realizar, fora do país, para depois dos cursos. Eu não me sentia minimamente preparada para ser mãe e ele não se sentia minimamente preparado para ser pai (e a verdade é que só decidimos sê-lo quase 9 anos mais tarde).







    Sem sentimentos de culpa, falámos com os nossos pais e conseguimos que um obstetra amigo da família me fizesse a IVG na clínica onde trabalhava. Embora clandestinamente, fui tratada com todo o respeito e medicamente a coisa não podia ter corrido melhor. Estava com 6 semanas e eram gémeos.







    A vida continuou e a IVG não deixou qualquer marca psicológica de que eu pudesse ter consciência. Aqui e ali lembrava-me do sucedido, mas sem grandes emoções associadas. Afinal de contas, tinha sido mesmo um acidente e não negligência. E como sou ateia, e a minha noção de PESSOA não engloba fetos de 6 semanas não desejados (embore englobe embriões de 2 dias desejados ), a decisão de terminar a gravidez não acarretara conflitos internos de natureza moral.







    Continuo a ter uma perspectiva bastante racional e tranquila sobre esse episódio da minha vida, mas tem graça que desde que sou mãe que penso de vez em quando como seria já ter dois matulões de 8/9 anos, além do A. Sinto uma espécie de nostalgia em relação a algo que não chegou a ser, mas é só.


    Acho que nunca te disse, mas para mim és das pessoas mais sensatas deste fórum, depois de te conhecer pessoalmente ainda reforcei a minha ideia. És das poucas pessoas que conseguem exprimir ideias desta forma tão eloquente e sensata. Eu não sou ateia mas acho que pensaria da mesma forma antes de ser mãe, depois disso acho que tudo muda, mas continuo a achar que a maternidade é o melhor do mundo mas quando desejada. Não sei se seria capaz de interromper uma gravidez de uma criança aparentemente saudável, mas compreendo perfeitamente quem o faz.


    Só é merecedor da liberdade e da vida. Quem tem de conquistá-la de novo todos os dias.
    Johann Wolfgang Von Goeth

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    • RE: Testemunho

      Quero alertar as foristas para que moderem os seus comentários e respeitem as opiniões de quem participa nesta secção uma vez que estou a ver os comentários a subir de tom...

      Do mesmo modo que na secção "Perda Gestacional" pedi respeito pelas utilizadoras (para que não utilizassem a secção para questões ligadas à IVG) peço respeito pela opinião de quem participa nesta secção.

      Lembrem-se que aqui discute-se opiniões e os insultos pessoais são <U>inaceitáveis.</U>

      Se alguma utilizadora se sentir directamente insultada por outra (ou se uma terceira achar que isso está a acontecer) está no seu direito de reportar o comportamento (utilizando o botão reportar) o que, após análise, poderá levar à suspensão da utilizadora.

      Administrador do Forum

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      • RE: Testemunho

        rubinha (29-07-2009)Li aqui os únicos dois testemunhos, e posso dizer que sou totalmente a favor do aborto.



        Votei sim, e voltaria a fazê-lo sem olhar para trás...



        No dia 18 de Maio, recebi a notícia que a minha irmã mais nova (16) estava grávida do namorado, (porque não pensaram, porque não quiseram usar nada.. etc etc..), ao contrário do que pensava, não fui capaz de lhe ligar a dar sermão, fiquei apática, com medo e muito nervosa, a minha irmã estuda, mora com a mãe e o namorado a mesma coisa.











        Para os meus pais a decisão estava tomada á partida "tens de tirar isso claro", esqueceram-se que ali havia uma pessoa que já podia decidir sobre o que queria fazer com a vida dela, independentemente do apoio ou não.





        Liguei-lhe e a primeira pergunta foi "Como é que te sentes?", desatou a chorar num pranto de pânico, não posso nunca esquecer... encontrou em mim o apoio que precisava, pois a unica coisa que lhe disse foi "A mana está aqui e apoia-te no que tu decidires, apesar de saber que não é a melhor altura para teres um bébé."





        Não era uma decisão minha...





        O nosso médico de família era católico, automaticamente passou o assunto a outro colega, mas foi incapaz de tratar mal a minha irmã, ou de fazer julgamentos ou seja do que for, apenas lhe disse para ter calma.



        Fui com ela ao Amadora Sintra e tratamos das coisas em 1º lugar, a médica foi uma querida e muito meiguinha com ela, apesar de ter sempre aquele lado maternal "Então X como é que isto foi acontecer?"...



        Passado dois dias, liga-me em pânico porque afinal não era capaz e não queria fazer o aborto... eu sabia que ela não estava preparada para ser mãe, convidei-os a virem a nossa casa para conversarmos, ao fim de 2 horas lá decidiram a escolha mais acertada (a meu ver, claro).



        No dia 21 de Maio, estava na Clínica dos Arcos com ela, foi muito esquisito ver a minha maninha com sintomas de grávida (ela estava de 5 semanas)... O atendimento foi .. impecável, nem sei explicar.. O 1º médico fez a ecografia e ela coitadinha só chorava porque dizia que não queria ver o bebé.. mesmo o médico explicando que ainda nem sequer era um bebé porque não tinha coração ela estava em pânico...



        Depois foi tudo muito rápido, outra médica explicou-lhe passo a passo o que iam fazer e que era rápido e sem dores, marcou-lhe logo as consultas de acompanhamento e foi um anjo mesmo.



        Quando ela saiu, vinha agarrada á Dra. que a tratou como mãe...





        Hoje está tranquila com a decisão que tomou.. e no meio de tudo isto só ficou a faltar o apoio das pessoas que se calhar eram as mais importantes... os pais.



        Desculpem o texto longo, mas depois do que passei com ela, sei que só seria capaz de o fazer se soubesse que não tinha mesmo condições de ter um filho...






        És uma irmã do caraças!



        Eu passei mais ou menos pela mesma situação há 15 anos.



        Também ouvi o "tens que tirar isso" de pais profundamente católicos e que sempre se declararam contra o aborto. Só que eu tinha a lei do meu lado. Foi consequência de um abuso sexual.





        Para não terem que levar a filha à médica de família para dar início ao processo (na altura foi o que me foi dito, que teria que me dirigir à minha médica família) e, com isso, sujeitarem-se a comentários dos outros (nos meios pequenos a coisas sabem-se rápido) preferiram colocar-me numa "pseudo-clínica" em que o "assunto" seria resolvido secretamente.



        Apesar de ter consciência que era incapaz de criar uma criança que tinha sido fruto dum abuso, NUNCA lhes perdoarei o terem-me obrigado a submeter a algo que está presente na minha memória e que, por incrível que pareça, quando me aleijo por qualquer motivo (mesmo que insignificante), parece que sinto as dores físicas daquele dia. As psicológicas ninguém mas tira.



        E, repito, tinha a lei do meu lado. Nem quero pensar se não tivesse.



        Terei a minha bebé, em princípio, no final do mês que vem e soube, no início da gravidez, que não poderia levar epidural. Cesariana está fora de questão porque teria que ser anestesia geral e já excedi limite.



        Tive uma gravidez complicada e, cada percalço que tive, auto-culpabilizei-me pelo que tinha sucedido há anos.



        Sei que o que vai acontecer nada terá que ver com o que aconteceu há 15 anos, que será um motivo de felicidade e que colocarei algo de mim no Mundo, mas tenho andado a ser acompanhada psicologicamente para poder "ver" a dor em sentido diferente. Ando melhor mas, no meu íntimo, receio o dia. E acho que isto ninguém percebe. Nem o meu marido. Só me dizem que o motivo é diferente, logo tenho que ter uma postura diferente, como se as posturas se vendessem no supermercado.


        O meu parto: O Meu Admirável Mundo Novo... (Maternidade Daniel de Matos - Coimbra)

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        • RE: Testemunho

          MMargarida



          É muito fácil falar quando é com os outros...Vais encontrar a tua paz um dia, tu mereces.


          Só é merecedor da liberdade e da vida. Quem tem de conquistá-la de novo todos os dias.
          Johann Wolfgang Von Goeth

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          • RE: Testemunho

            MMArgarida



            Muito obrigada querida, também me custou ser forte e estar do lado dela, mas não podia virar costas. Todos cometemos erros e ninguém nos pode julgar mais do que nós mesmas já o fazemos.



            Querida não te culpes de nada, os tempos eram outros e os conhecimentos também... além disso a tua estrelinha já tá quase cá fora Não sou ninguém para dizer q vais sentir isto ou aquilo, mas acredito que o sentimento que uma mãe vive ao olhar pela 1ª vez o ser que carregou 9 meses deve ser ... indiscritível.



            Bidusha:



            Sim é muito fácil falar claro, dificil é saber manter um silêncio inteligente

            Positivo a 2/12/2010 DPP prevista para 31/07/2011O nosso baguinho -> http://nossobaguinho.blogspot.com

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            • RE: Testemunho

              Baby Mine (05-08-2009)A vida continuou e a IVG não deixou qualquer marca psicológica de que eu pudesse ter consciência. Aqui e ali lembrava-me do sucedido, mas sem grandes emoções associadas. Afinal de contas, tinha sido mesmo um acidente e não negligência. E como sou ateia, e a minha noção de PESSOA não engloba fetos de 6 semanas não desejados (embore englobe embriões de 2 dias desejados ), a decisão de terminar a gravidez não acarretara conflitos internos de natureza moral.


              Comigo foi a mesma coisa, mas acredito que muitas mulheres, por um motivo ou outro podem sofrer quando fazem um aborto.



              O mesmo se passa com um aborto expontaneo. Eu tive um mas confesso que não sofri horrores como muitas mulheres aqui (no forum) descrevem, se calhar porque sabia que era uma coisa que me poderia acontecer e achar (quase) normal.

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              • RE: Testemunho

                MMargarida (17-08-2009)
                rubinha (29-07-2009)Li aqui os únicos dois testemunhos, e posso dizer que sou totalmente a favor do aborto.







                Votei sim, e voltaria a fazê-lo sem olhar para trás...







                No dia 18 de Maio, recebi a notícia que a minha irmã mais nova (16) estava grávida do namorado, (porque não pensaram, porque não quiseram usar nada.. etc etc..), ao contrário do que pensava, não fui capaz de lhe ligar a dar sermão, fiquei apática, com medo e muito nervosa, a minha irmã estuda, mora com a mãe e o namorado a mesma coisa.







                Para os meus pais a decisão estava tomada á partida "tens de tirar isso claro", esqueceram-se que ali havia uma pessoa que já podia decidir sobre o que queria fazer com a vida dela, independentemente do apoio ou não.







                Liguei-lhe e a primeira pergunta foi "Como é que te sentes?", desatou a chorar num pranto de pânico, não posso nunca esquecer... encontrou em mim o apoio que precisava, pois a unica coisa que lhe disse foi "A mana está aqui e apoia-te no que tu decidires, apesar de saber que não é a melhor altura para teres um bébé."



                Não era uma decisão minha...



                O nosso médico de família era católico, automaticamente passou o assunto a outro colega, mas foi incapaz de tratar mal a minha irmã, ou de fazer julgamentos ou seja do que for, apenas lhe disse para ter calma.



                Fui com ela ao Amadora Sintra e tratamos das coisas em 1º lugar, a médica foi uma querida e muito meiguinha com ela, apesar de ter sempre aquele lado maternal "Então X como é que isto foi acontecer?"...



                Passado dois dias, liga-me em pânico porque afinal não era capaz e não queria fazer o aborto... eu sabia que ela não estava preparada para ser mãe, convidei-os a virem a nossa casa para conversarmos, ao fim de 2 horas lá decidiram a escolha mais acertada (a meu ver, claro).



                No dia 21 de Maio, estava na Clínica dos Arcos com ela, foi muito esquisito ver a minha maninha com sintomas de grávida (ela estava de 5 semanas)... O atendimento foi .. impecável, nem sei explicar.. O 1º médico fez a ecografia e ela coitadinha só chorava porque dizia que não queria ver o bebé.. mesmo o médico explicando que ainda nem sequer era um bebé porque não tinha coração ela estava em pânico...



                Depois foi tudo muito rápido, outra médica explicou-lhe passo a passo o que iam fazer e que era rápido e sem dores, marcou-lhe logo as consultas de acompanhamento e foi um anjo mesmo.



                Quando ela saiu, vinha agarrada á Dra. que a tratou como mãe...



                Hoje está tranquila com a decisão que tomou.. e no meio de tudo isto só ficou a faltar o apoio das pessoas que se calhar eram as mais importantes... os pais.



                Desculpem o texto longo, mas depois do que passei com ela, sei que só seria capaz de o fazer se soubesse que não tinha mesmo condições de ter um filho...


                És uma irmã do caraças!



                Eu passei mais ou menos pela mesma situação há 15 anos.



                Também ouvi o "tens que tirar isso" de pais profundamente católicos e que sempre se declararam contra o aborto. Só que eu tinha a lei do meu lado. Foi consequência de um abuso sexual.



                Para não terem que levar a filha à médica de família para dar início ao processo (na altura foi o que me foi dito, que teria que me dirigir à minha médica família) e, com isso, sujeitarem-se a comentários dos outros (nos meios pequenos a coisas sabem-se rápido) preferiram colocar-me numa "pseudo-clínica" em que o "assunto" seria resolvido secretamente.



                Apesar de ter consciência que era incapaz de criar uma criança que tinha sido fruto dum abuso, NUNCA lhes perdoarei o terem-me obrigado a submeter a algo que está presente na minha memória e que, por incrível que pareça, quando me aleijo por qualquer motivo (mesmo que insignificante), parece que sinto as dores físicas daquele dia. As psicológicas ninguém mas tira.



                E, repito, tinha a lei do meu lado. Nem quero pensar se não tivesse.



                Terei a minha bebé, em princípio, no final do mês que vem e soube, no início da gravidez, que não poderia levar epidural. Cesariana está fora de questão porque teria que ser anestesia geral e já excedi limite.



                Tive uma gravidez complicada e, cada percalço que tive, auto-culpabilizei-me pelo que tinha sucedido há anos.



                Sei que o que vai acontecer nada terá que ver com o que aconteceu há 15 anos, que será um motivo de felicidade e que colocarei algo de mim no Mundo, mas tenho andado a ser acompanhada psicologicamente para poder "ver" a dor em sentido diferente. Ando melhor mas, no meu íntimo, receio o dia. E acho que isto ninguém percebe. Nem o meu marido. Só me dizem que o motivo é diferente, logo tenho que ter uma postura diferente, como se as posturas se vendessem no supermercado.


                Tens que, obrigatoriamente, pensar no que te deixei a bold, senão entras em paranóia!



                Deixei-te resposta mais detalhada na gravidez.



                Beijoca

                Great people talk about ideas. Average people talk about things.

                Small people talk about other people, and then, sadly, there are the people who love to talk about themselves.

                Who do you want to be?

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                • RE: Testemunho

                  PES (01-09-2009)
                  Baby Mine (05-08-2009)A vida continuou e a IVG não deixou qualquer marca psicológica de que eu pudesse ter consciência. Aqui e ali lembrava-me do sucedido, mas sem grandes emoções associadas. Afinal de contas, tinha sido mesmo um acidente e não negligência. E como sou ateia, e a minha noção de PESSOA não engloba fetos de 6 semanas não desejados (embore englobe embriões de 2 dias desejados ), a decisão de terminar a gravidez não acarretara conflitos internos de natureza moral.








                  Comigo foi a mesma coisa, mas acredito que muitas mulheres, por um motivo ou outro podem sofrer quando fazem um aborto.







                  O mesmo se passa com um aborto expontaneo. Eu tive um mas confesso que não sofri horrores como muitas mulheres aqui (no forum) descrevem, se calhar porque sabia que era uma coisa que me poderia acontecer e achar (quase) normal.


                  É natural PES, cada um tem formas diferentes de lidar com as "enfermidades" da vida e dou-te mais um exemplo. Eu trabalho num colégio de ensino especial, temos crianças com deficiências moderadas e outras com deficiências severas, muitos dos pais não têm coragem de descer ao pátio das traseiras onde estão os meninos com casos mais graves (no recreio a apanhar o solinho da manhã).



                  Inclusivé alguns profissionais (psicólogos entre outros) com formação na área também não têm coragem... Nem toda a gente tem "estômago" para lidar com essas situações... A mim por acaso não me faz confusão e estou lá há pouquíssimo tempo, muitas vezes tenho de passar chamadas às auxiliares e faço o atalho mesmo pela sala onde estão os meninos mais doentes. Daqui a uns tempos levo a R. de vez em quando para brincar com eles e habituar-se às "diferenças".


                  Só é merecedor da liberdade e da vida. Quem tem de conquistá-la de novo todos os dias.
                  Johann Wolfgang Von Goeth

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                  • RE: Testemunho

                    Nem consigo comentar as barbaridades que li aqui.... ao que parece sou desumana por



                    As Minhas Madrinhas espanfásticas: kikakitty , Little_Thomas, Pateta

                    As Minhas Afilhadas: aslE ; Joaninha Avoa Avoa

                    Madrilhada Fantástica: Anibla

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                    • RE: Testemunho

                      Nem consigo comentar as barbaridades que li aqui.... ao que parece sou desumana porque tenho o Rafael a dormir no quartinho dele desde os 3 meses



                      As Minhas Madrinhas espanfásticas: kikakitty , Little_Thomas, Pateta

                      As Minhas Afilhadas: aslE ; Joaninha Avoa Avoa

                      Madrilhada Fantástica: Anibla

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                      • RE: Testemunho

                        zariza (02-10-2009)Nem consigo comentar as barbaridades que li aqui.... ao que parece sou desumana porque tenho o Rafael a dormir no quartinho dele desde os 3 meses


                        Eu não a acho desumana , mas acho-a diferente...eu ainda não consegui tirar o berço do meu quarto e a minha filha tem 20 meses..tb há quem me ache maluka por causa disto e eu n tô nem aí ..ainda há dias soube ke as pessoas ke se dizem minhas amigas criticam-me por eu ainda esterilizar a chucha da minha filha e tb perdi o meu nome..agora sou aquela ke tem uma filha de nome eskisito lolol



                        o ke eu sei é ke ha sempre gente disposta a criticar os outros..é normal..a diferença é assustadora

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                        • RE: Testemunho

                          Ola a todas as mãmãs e ás lutam por isso!



                          tambem tive para fazer Uma IVG, mas nao fiz por estar ja grávida de 10 semanas e 5 dias, e tudo aconteceu á 1 ano e 2 meses, mais ou menos.

                          Aqui vai o meu testemunho; Chamo me Carla Ferraz e tenho 26 anos, e soube no final de Agosto de 2008 que estava grávida, no primeiro momento fiquei super contente, mas depois fiquei apreensiva, pois estava a tirar a Licenciatura em Gestão Hoteleira em Idanha a Nova, e o meu medo era a reacção dos meus pais e dos pais do pai da minha filha. Ambos queria mos ser pais, mas nao sabiamos como ia ser as nossas vidas, pois ambos estavamos a estudar.

                          Entao vou começar o meu pesadelo da minha vida, no dia seguinte de ter sabido que estava grávida fui marcar uma IVG, ao hospital da Covilha, mas como chequei depois das 17h, que era a hora que fechava o atendimento , mandaram me vir no outro dia para marcar, entao lá fui no dia seguinte marcar a IVG, que foi logo para o dia seguinte. Mas chorei tanto e fui á net ver coisas sobre o aborto, digo - vos que são os momentos mais horriveis, quando estamos nesta situação, porque não sabemos se vamos tomar a decisão certa.

                          entao lá estava com o meu namorado no dia da consulta, nós os 2 cada um com uma tristeza enorme, lembro do meu namorado passar o tempo a ir á rua, para rua, porque ele, por muito que quisesse ser pai, ele sempre disse que qual fosse a minha decisão ele estaria ao meu lado para apoiar, mas não era o que queria ouvir, queria era que me ajudasse a ter uma decisão.Lá chamaram - me primeiro fui a uma enfermeira que tambem naõ foi nada querida, porque ali eles naõ querem entrar muito na história das pacientes, a enfermeira deu me informação dos varios conceptivos que existem, depois explicou me como funcionava a IVG, que primeiro ia fazer uma ecografia para ver quanto tempo estava grávida e depois tinha 2 ou 3 dias para pensar, mas disse uma coisa que acaba por ser verdade, independentemente da minha decisão haveria sempre 1 SE.....Se seguisse a minha gravidez para frente iria pensar de como seria a minha vida Se não tivesse seguido a gravidez para frente. Depois de ter a conversa com a enfermeira fui para uma sala para fazer ecografia para saber quanto tempo estava grávida. e o medico perguntou antes de dizer me de quanto tempo estava gravida, há quantas semanas que estava o período atrasado, e eu respondi que 2 ou 3 semanas...e eles só me respondeu que se tivesse ido mais cedo que dava para fazer , mas que estava de 10 semanas e 5 dias, e que no hospital não dava, só se fosse ilegamente. Nesse momento decedi que ia seguir a gravidez, porque não queria fazer aborto ilegamente....

                          Mas digo vos que as pessoas do hospital não são nada sensivel a estes assuntos, tratam nos de uma frieza tremenda...mas recordo que o que me fez mais confusão foi o facto de estar numa sala onde estava outras gravidas e bébes....e sentia me estar fora de contexto....

                          Se soubesse o que sei hoje nunca tinha marcado uma IVG, porque a vinda de um filho é a maior alegria de muitas pessoas, principalmente para uma mulher que vai ser mãe, e tem o dom de conceder um bem humano tão bonito....

                          Um vez disseram uma frase que acaba por ser verdade: TUDO SE CRIA... e é verdade um bebe só precisa fundamentalmente de amor e carinho....não é preciso comprar roupa cara, o bebé não vai ligar a marcas de roupas...ele mais tarde vai lembrar se do tempo que passou com a mae e com pai e do amor que estes lhe deram...

                          Hoje olho para minha filha e da me vontade de chorar porque podia ter matado uma bebé tão bonita e tão querida...ela é a luz dos meus olhos....

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                          • RE: Testemunho

                            Bem eu nem li todos os comentários.. pk senão axo k ainda descia ao nivel de muitas k colocaram aki os comentários!!!



                            Mas adiante:



                            1.º

                            Engravidei mesmo a tomar a pilula.. por isso n percebo o argumento: NÃO SE JUSTIFICA NOS TEMPOS K CORREM POIS ATÉ OS PRESERVATIVOS JÁ SÃO OFERECIDOS!!!



                            2.º

                            Sim sou um ET.. o meu filho desde os 2m de idade k dorme no quarto dele... ah deve ser por isso k ele n tem medo do escuro.. dorme lindamente e tranquilo.. Admito SOU CULPADA pela bom desenvolvimento dele!!



                            3.º

                            Sim.. voltava a abortar se algo me acontecesse do mesmo genero.. EPA PEÇO DESCULPA a todas as mulheres que se julgam superiores.. é que n consigo sustentar 2 crianças mas se calhar é melhor colocar 2 a passar fome e outras necessidades do que ter 1 e que tenha tudo o que merece e k lhe é devido!!



                            Ter filhos n é só por ser giro é uma grande responsabilidade!! Se n temos dinheiro n compramos um carro novo.. n temos roupa nova.. PK TEMOS DE TER UMA CRIANÇA PARA TE-LA A PASSAR NECESSIDADES!!



                            Irrita-me profundamente este tipo de mulheres.. fundamentalistas.. retrogadas...

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                            • RE: Testemunho

                              1.º







                              Engravidei mesmo a tomar a pilula.. por isso n percebo o argumento: NÃO SE JUSTIFICA NOS TEMPOS K CORREM POIS ATÉ OS PRESERVATIVOS JÁ SÃO OFERECIDOS!!!











                              Sim.. voltava a abortar se algo me acontecesse do mesmo genero.. EPA PEÇO DESCULPA a todas as mulheres que se julgam superiores.. é que n consigo sustentar 2 crianças mas se calhar é melhor colocar 2 a passar fome e outras necessidades do que ter 1 e que tenha tudo o que merece e k lhe é devido!!















                              Ter filhos n é só por ser giro é uma grande responsabilidade!! Se n temos dinheiro n compramos um carro novo.. n temos roupa nova.. PK TEMOS DE TER UMA CRIANÇA PARA TE-LA A PASSAR NECESSIDADES!!















                              Irrita-me profundamente este tipo de mulheres.. fundamentalistas.. retrogadas...[/quote]







                              Eh pa agora nem não se pode calar sou eu e vou me reportar só ao que voce escreveu:



                              Em 1º lugar não percebe o argumento da contracepcção?!!!!! É muito simples eu explico, se usar a pilula e o preservativo e agora pode escolher entre o feminino e o masculino (ambos gratuitos no seu CS) ou/e mais algum método, tipo espermicida, DIU, etc.... é GARANTIDO que não engravida, como vê é muito simples, se só com método não é 100% use dois, use três... use e abuse.....







                              Quanto ao outro ponto que refere, só tenho um nome para lhe indicar e você depois fala com o seu médico e ele explica-lhe o procedimento, que é laqueação........(assim como a IVG tambem é gratuito)



                              Já agora diria que a capacidade de gerar filhos é uma maior responsabilidade do que os ter efectivamente ou não, é uma maneira de ver as situações de diferentes prismas.....



                              Sem fundamentalismos......


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                              • RE: Testemunho

                                Já agora, alguma das mulheres deste forum já ponderou (falando nos direitos das mulheres) o que após a aplicação da Lei das IVG aconteceu ao direito dos homens?

                                Ou seja, exemplo prático, uma de vocês engravida e por qq razão vossa, decide fazer uma IVG, o Pai da criança é de opinião contrária, quer materializar o desejo de ser Pai independentemente do sucesso da relação entre ambos o que fariam, fariam na mesma a IVG independentemente da opinião da outra parte ou teriam a criança e dariam custódia total ao Pai?

                                É que pelos vistos na LEi só fala na livre e espontânea vontada da mulher......

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