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Testemunho

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  • RE: Testemunho

    Licas (12-10-2009)Bem eu nem li todos os comentários.. pk senão axo k ainda descia ao nivel de muitas k colocaram aki os comentários!!!



    Mas adiante:



    1.º



    Engravidei mesmo a tomar a pilula.. por isso n percebo o argumento: NÃO SE JUSTIFICA NOS TEMPOS K CORREM POIS ATÉ OS PRESERVATIVOS JÁ SÃO OFERECIDOS!!!





    2.º



    Sim sou um ET.. o meu filho desde os 2m de idade k dorme no quarto dele... ah deve ser por isso k ele n tem medo do escuro.. dorme lindamente e tranquilo.. Admito SOU CULPADA pela bom desenvolvimento dele!!





    3.º



    Sim.. voltava a abortar se algo me acontecesse do mesmo genero.. EPA PEÇO DESCULPA a todas as mulheres que se julgam superiores.. é que n consigo sustentar 2 crianças mas se calhar é melhor colocar 2 a passar fome e outras necessidades do que ter 1 e que tenha tudo o que merece e k lhe é devido!!





    Ter filhos n é só por ser giro é uma grande responsabilidade!! Se n temos dinheiro n compramos um carro novo.. n temos roupa nova.. PK TEMOS DE TER UMA CRIANÇA PARA TE-LA A PASSAR NECESSIDADES!!





    Irrita-me profundamente este tipo de mulheres.. fundamentalistas.. retrogadas...




    Como por vezes nos podemos rever nas opiniões/comentários das outras pessoas....



    Nunca fiz uma IVG mas já tive uma perda gestacional. Após isto não esperava engravidar muito menos sem planos para tal...

    Após uns 2 anos engravidei do meu filhote... e desta sim sem contar com isso.

    É que, eu engravidei a tomar a pilula... sem esquecimentos, sem atrasos e sem medicação que cortasse efeitos... fui vitima da pequena percentagem :P e tomo a pilula desde os meus 16 anos (supostamente por causa de uns quistos que tinha).

    Quando engravidei do meu pedro tinha começado a trabalhar ha pouco tempo, e passava por uma fase menos boa com o meu companheiro, e o que é certo é que a primeira ideia dos 2 passou pela IVG. Fomos a uma consulta e na ecografia para sabermos o tempo de gravidez soubemos que eu ja estava de 8 semanas... tinhamos de tomar uma decisão, os 2, porque a relação e o filho era dos 2. Ele deu-me o ponto de vista dele e eu dei-lhe o meu... o que fez com que avançassemos com a gravidez até pela questão da ilegalidade da IVG na altura.

    Hoje o meu filho é a melhor coisa que tenho na vida, mas não tenho vergonha nehuma de dizer que ponderei a IVG, jamais teria um filho se não lhe podesse dar condições, até de mim...



    Relativamente ao que o casal quer, nisso eu sou um pouco mais extremista... Aceito a opinião do meu parceiro e tento ao máximo conciliar as nossas opiniões e maneiras de ser. Mas não naquilo que interfere só comigo. O corpo é MEU, e se eu não quisesse seguir com uma gravidez teria de ser por uma razão muito mas muito forte e se mesmo assim ele quisesse o egoista seria ele, pois so estaria a pensar no desejo de ser pai e não no resto (que seriam as razões fortes que lhe apresentaria para fazer a IVG).





    Votei sim, não porque pretendo usar a IVG como um método anticonceptivo mas porque se engravidar novamente e não tiver condições ,seja de que nivel for (financeiras, psicologicas/emocionais, etc) quero poder ter opçao de escolha. Que no fundo não é so uma opção de escolha da mulher, acaba por ser uma opção do casal também, depende sempre das diversas situações que podem aparecer. No meu caso a opção de escolha da IVG era para os dois. Os dois tomamos a decisão de não fazer, não foi uma lei qualquer.





    Beijokas
    Patrícia Lopes

    1º Filho:
    Pedro --» 04 de Junho de 2006 --» 51cm e 3250kg

    2º Filho:
    Positivo --» 18 de Agosto de 2012

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    • RE: Testemunho

      O pai da minha filha queria que eu fizesse um aborto porque não estava virado para ser pai, e viu-a uma única vez, estando desaparecido em combate. Nunca lhe pedi dinheiro nem o chateei. Mas se calhar o Oppss acha que, como ele queria que eu fizesse uma IVG, eu devia ter feito, não? Ou a sua defesa dos direitos dos pais só funciona para o lado oposto?

      Elsa
      Acho que não percebeu minimamente o meu ponto de vista..... que passa basicamente por isto:

      O argumento do corpo é meu e eu é que sei a mim não me entra na cabeça....basicamente pq se assim fosse poderiam acontecer N situações como por exemplo (não tem nada a ver mas..) eu decido beber uma grade de cerveja porque o corpo é meu e depois vou dar umas curvas de carro porque o carro tambem, etc.

      Independentemente da parte cientifica em decidir chamar feto, embrião, coisa ou outro nome qualquer, para mim é um ser que se ninguem interferir passará a ser uma pessoa.

      O que me incomoda na Lei da IVG e nos argumentos que são utilizados pelas mulheres, principalmente, é não terem em consideração a criança e o pai. Acho que a lei da ivg passou de 8 para 80 sem responsabilização seja ela moral ou penal.

      Porque na lei antiga, a meu ver, já estavam consideradas quase todas as situações pelas quais eu concordo com o aborto, nomeadamente a violação, más formações do feto, acrescentaria eventualmente na alteração da lei a situação de adolescentes.

      O que acontece e era previsivel que assim fosse é que o homem não é tido nem achado e não há lei que protega os interesses do homem, nem á restrição no número de IVGs que a mulher queira fazer, passando a fazer da IVG um método anticoncepcional em alguns casos (conheço pessoalmente um).

      É que ao votar num referendo eu não penso no que faria, mas sim no pior que os outros podem fazer, é um pouco como o rendimento minimo, acho uma medida muito boa, eu só usaria se fosse mesmo necessario, no entanto......

      Da mesma maneira que criticam, e bem a meu ver os homens/pais, que fogem ou desaparecem em combate também deviam criticar as mulheres que raptam ou roubam os potenciais filhos.

      Resumindo a mim o que me incomoda nem é tanto a questão das IVGs, mas sim o à vontade e o facilitismo que algumas pessoas o encaram e à negação de igualdade de direitos entre homem e mulher. Tambem me incomoda e bastante que o meu País tenha optado pela saida mais fácil e barata para esta questão dos abortos, e que não tenha chamado a si a responsabilidade pela cultura de responsabilização do País nem o de criação de bases para que milhares de crianças pudessem vir ao mundo com garantia de crescimento saudável fisico-mental.



      Sugar, quando eu referi o internamento compulsivo não era com o argumento da saúde mental da grávida mas sim como diz o "Artigo 12.º Pressupostos







      1 - O portador de anomalia psíquica grave que crie, por força dela, uma situação de perigo para bens jurídicos, de relevante valor, próprios ou alheios, de natureza pessoal ou patrimonial, e recuse submeter-se ao necessário tratamento médico pode ser internado em estabelecimento adequado. "



      Não sei se ia longe com isto pq nem sou jurista, mas que tentava, tentava....

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      • RE: Testemunho

        Olá

        Nunca fiz um aborto, mas sempre pensei que se me acontecesse uma gravidez não desejada, o faria, ilegalmente ou não.

        Votei a favor porque alem de tudo o que foi dito, é tambem uma questão de saude publica.

        E estou convicta que nenhuma criança deveria vir ao mundo sem ser desejada... já existe tanta criança a sofrer neste mundo que me envergonho de fazer parte dele...



        Sim, tudo se cria, desde que haja: amor e disponibilidade para amar.



        Quanto ao homem ter direitos sobre o corpo da mulher:



        Imaginemos que era possivel obrigar uma mulher a passar por uma gravidez.

        O que acontecia se houvesse uma morte materna ( existem varias causas de morte relacionada com a gravidez: cardiomiopatia, peripartum, pre-eclâmpsia, simdrome de hellp, esteatose hepatica aguda da gravidez, embolia do liquido aminiotico etc ) ?

        Quem se responsabilizava por problemas emocionais e psicologicos que poderiam advir de passar por uma gravidez obrigada?

        E as complicações pós parto ( nem as vou enumerar)?

        Quando bebe uns copos porque o corpo é seu, e entra num carro porque o carro é seu, todas as consequencias desses actos serão da sua responsabilidade...

        Quem iriamos responsabilizar se eu o tivesse coagido a beber e de seguida o obrigasse a conduzir até casa?




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        • RE: Testemunho

          Acho que não percebeu minimamente o meu ponto de vista..... que passa basicamente por isto:

          O argumento do corpo é meu e eu é que sei a mim não me entra na cabeçamas o argumento o corpo é teu e eu é que sei, já lhe entra na cabeça?....basicamente pq se assim fosse poderiam acontecer N situações como por exemplo (não tem nada a ver mas..) eu decido beber uma grade de cerveja porque o corpo é meu e depois vou dar umas curvas de carro porque o carro tambem, etc.

          Independentemente da parte cientifica em decidir chamar feto, embrião, coisa ou outro nome qualquer, para mim é um ser que se ninguem interferir passará a ser uma pessoa.Não concordo mas respeito.

          O que me incomoda na Lei da IVG e nos argumentos que são utilizados pelas mulheres, principalmente, é não terem em consideração a criança e o pai. Acho que a lei da ivg passou de 8 para 80 sem responsabilização seja ela moral ou penal.

          Porque na lei antiga, a meu ver, já estavam consideradas quase todas as situações pelas quais eu concordo com o aborto, nomeadamente a violação, más formações do feto, acrescentaria eventualmente na alteração da lei a situação de adolescentes. Agora não percebi... estes já não são seres???O que acontece e era previsivel que assim fosse é que o homem não é tido nem achado e não há lei que protega os interesses do homem, nem á restrição no número de IVGs que a mulher queira fazer, passando a fazer da IVG um método anticoncepcional em alguns casos (conheço pessoalmente um).Foi uma das razões pela qual votei a favor:estes casos sempre aconteceram e com a nova lei tornasse mais facil identificár e solucionar.É que ao votar num referendo eu não penso no que faria, mas sim no pior que os outros podem fazer, é um pouco como o rendimento minimo, acho uma medida muito boa, eu só usaria se fosse mesmo necessario, no entanto......

          Da mesma maneira que criticam, e bem a meu ver os homens/pais, que fogem ou desaparecem em combate também deviam criticar as mulheres que raptam ou roubam os potenciais filhos.

          Resumindo a mim o que me incomoda nem é tanto a questão das IVGs, mas sim o à vontade e o facilitismo que algumas pessoas o encaram e à negação de igualdade de direitos entre homem e mulher. Tambem me incomoda e bastante que o meu País tenha optado pela saida mais fácil e barata para esta questão dos abortos, e que não tenha chamado a si a responsabilidade pela cultura de responsabilização do País nem o de criação de bases para que milhares de crianças pudessem vir ao mundo com garantia de crescimento saudável fisico-mental. Esta é outra guerra, que nada tem a ver com o aborto, passa por mudar a mentalidade de um povo, que não é uma tarefa facil!

          Sugar, quando eu referi o internamento compulsivo não era com o argumento da saúde mental da grávida mas sim como diz o "Artigo 12.º Pressupostos

          1 - O portador de anomalia psíquica grave que crie Não percebi!!! se não era com argumento da saude mental da gravida era com o quê?, por força dela, uma situação de perigo para bens jurídicos, de relevante valor, próprios ou alheios, de natureza pessoal ou patrimonial, e recuse submeter-se ao necessário tratamento médico pode ser internado em estabelecimento adequado. "



          Não sei se ia longe com isto pq nem sou jurista, mas que tentava, tentava....


          Fique bem!
          Inicio da dieta: 1 de Março de 2009



          ...a reparar os estragos do verão!

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          • RE: Testemunho

            OoppssS,



            Conheço uma mulher que engravidou do marido. Ela não queria ter a criança, ele sim. Ela continuou com a gravidez. A criança nasceu deficiente. O pai da criança pirou-se.



            Pois é!!! Facil, não???

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            • RE: Testemunho

              É que ao votar num referendo eu não penso no que faria, mas sim no pior que os outros podem fazer, é um pouco como o rendimento minimo, acho uma medida muito boa, eu só usaria se fosse mesmo necessario, no entanto......




              Pois é PES, este senhor diz que pensa no pior que os outros podem fazer...


              Comentar


              • RE: Testemunho

                CarlaGV (06-11-2009)
                É que ao votar num referendo eu não penso no que faria, mas sim no pior que os outros podem fazer, é um pouco como o rendimento minimo, acho uma medida muito boa, eu só usaria se fosse mesmo necessario, no entanto......
                Pois é PES, este senhor diz que pensa no pior que os outros podem fazer...


                Se calhar ainda não se lembrou de tudo o que pode acontecer ...

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                • RE: Testemunho

                  Aquilo que a mulher traz dentro de si é uma realidade objectiva: os interesses do casal, ou de quem quer que seja, não pode mudar a realidade daquele ser.

                  Ou é um bebé ou não é um bebé.


                  Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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                  • RE: Testemunho

                    Bem... Ao longo destas muitas páginas já li tanto disparate, tanto extremismo e tanta ofensa gratuita que nem vale a pena apontar cada uma delas ou ñ sairia daqui...



                    Tenho mesmo que dizer que acho que à menina Desu lhe falta muita maturidade e bom-senso... Tem 19, eu tenho 23, ñ são muitos a mais, fui mãe aos 20 e dentro de 4 meses serei pela 2ª vez... Eu com 18 anos felizmente tinha muito mais sensatez e maturidade que esta menina demonstra... Pela forma como se exprime e pensa, comporta-se ainda como uma adolescente mimada e egoísta que nunca encontrou qualquer adversidade na vida... é uma pena que um dia descubra que o mundo ñ é tão cor-de-rosa como os livros de princesas e fadas narravam...







                    Em relação à Oooops; acho que o pai nunca poderia obrigar uma mulher a manter uma criança dentro de si 9 meses se esta assim ñ o desejasse... Estamos a falar do corpo da mulher e esta deve ter o direito a decidir sobre si...





                    _____________________________________________



                    Muito resumidamente digo k fui mãe aos 20 anos depois de quase 1 ano de tentativas, o meu 1º filho foi um bebé planeado e mt, mt desejado...



                    No referendo votei SIM à despenalização do aborto, pois acho k ñ tenho o direito de mandar no corpo e decisões de mulher alguma, acho que tentar mandar na vida dos outros é de uma extrema arrogância... Além disso, acho preferivel um aborto a situações de negligências, maus-tratos, abusos, abandono... No entanto, embora tenha votado SIM, sempre acreditei que eu seria daquelas pessoas que jamais ponderaria sequer fazer um aborto...

                    Posso dizer que a vida me deu uma grande lição...



                    Depois do meu filho nascer, ñ usei nada mais definitivo para me proteger de uma gravidez, usamos preservativo. Entretanto a dada altura deixamos de usar, pois se um 2º filho viesse seria bem-vindo... No inicio mesmo do ano de 2009 engravidei, perdi o bebé no final de Fevereiro... Foi mt dificil para mim... perdi-o em casa, esvaí-me em sangue e ao correr para a sanita vi sair tudo... Ainda por cima tive k ficar internada 2 noites no hospital e fazer uma curetagem... Fiquei mt mal psicologicamente, o que me ajudou foi o meu filhote, tive que ser forte para ele... entretanto ñ era aconselhavel engravidar nos tempos seguintes, mas a verdade é que eu ñ queria mesmo engravidar, pois ñ me sentia preparada, morria de medo de voltar a passar por tudo de novo...



                    Voltamos ao preservativo e eu estava ponderar colocar o DIU ñ hormonal, já que ñ me dou nada bem com métodos hormonais. Entretanto a nossa vida deu algumas reviravoltas e a nossa situação financeira complicou-se um pouco... logo estava mesmo fora de hipótese ter um 2º filho nesta altura...



                    Pois bem... Usamos preservativo, ñ percebemos que tivesse rompido... mas eu engravidei... soube que estava gravida em finais de setembro... e estava de umas 6 semanas... Kd soube fartei-me de chorar e ñ queria mesmo o bebé... ñ me orgulho de o ter sentido, mas foi o k aconteceu... Só pensava no filho que já tinha e nas dificuldades que iriamos passar, naquilo que este deixaria de ter e que o outro nunca teria... Falei com o meu marido e expliquei-lhe que estava a ponderar uma IVG. Ele apoiou-me... Depois de por telefone ser muito mal tratada num hospital publico onde fazem IVG's, marquei uma consulta numa clínica privada, a clínica dos Arcos, em Lisboa... E lá fomos para a 1ª consulta... o meu marido foi comigo, mas ñ pode entrar... Eu quando lá cheguei estava mesmo decidida a interromper a gravidez... Fiquei espantada com a quantidade de mulheres que lá estavam para o mesmo... e tão diferentes... adolescentes... mulheres de 20 e poucos anos, de 30 e poucos, de 40... umas sozinhas, outras com amigas, outras com a mãe, outras com o companheiro... umas com caras mt tristes e pesarosas, outras com ar de quem ñ se importava... eu estava como que... anestesiada... mas quando entrei para a sala de espera da ecografia, sem o meu marido, começei a ir-me abaixo... a sentir-me mt, mt triste...

                    Entrei, fiz a ecografia... o médico teve o cuidado de ñ voltar o ecran para mim... tinha 7 semanas, ainda a podia fazer... os profissionais de lá encaram uma IVG com tanta naturalidade que me chegou a chocar... acho k esperava que alguém me tentasse demover, me perguntasse o pk, me pedisse uma explicação... acho k no fundo queria que alguém me desse um pretexto para que eu ñ o fizesse... mas vejo agora que para quem tem mesmo k o fazer, aquele profissionalismo e imparcialidade são fundamentais... Depois da eco fui fazer análises... e marcaram-me a IVG para dali a 2 dias, já que a lei obriga a mulher a um período de reflexão de 48h. Eu achava aquele período de espera absurdo, eu só queria despachar o assunto o mais rápido possível e tentar esquecer... Agora também entendo o porquê desse período e acho que é fundamental... Quando de lá sai e me reencntrei com o meu marido cá fora, vinha apática... ñ conseguia falar... ñ conseguia dizer o k sentia... aliás, ñ conseguia identificar o k sentia... ele só me fazia perguntas e eu olhava pra ele com ar inexpressivo, incapaz de balbucionar o que quer k fosse... À medida que caminhavamos em direcção ao carro começei a chorar... em silência as lágrimas cairam-me pela face... ele nem se apercebeu... entramos para o carro e ele continuava a fazer-me perguntas, como tinha corrido, o que se passava comigo, se me sentia bem... Larguei-me num pranto descontrolado... chorei tanto que até me doiam os pulmões... a alma... tudo... o meu marido tentava falar comigo mas eu ñ conseguia...

                    Depois de um bom tempo assim, entre soluços tentei-lhe explicar... e disse-lhe... "Eu vi-o"... "Eu vi o bebé"... E ele perguntou-me: "Mas mostraram-te a ecografia? k estupidez..." E eu respondi: "Ñ... mas depois puseram-na em cima da mesa... e eu vi... e já tem a forma de um bebé..." O meu marido abraçou-me e disse-me apenas: "Tu ñ és capaz... ñ o faças... nós havemos de arranjar uma maneira de nos safar, mal ou bem..." Eu na altura ñ sabia o que queria, o que sentia... ñ sabia se queria mesmo fazer a IVG, se queria desistir... sentia que ia matar um bebé... um filho meu... mas por outro lado ñ queria que o filho que ja tinha passasse por dificuldades... e sinceramente ainda ñ sentia amor pelo bebé que carregava... Nos tais 2 dias que a lei obriga a k a mulher reflicta eu pensei bastante... e falei bastante sobre o assunto com o meu marido... Chegámos à conclusão que ia ser mesmo mt complicado criar outro filho... mas que eu simplesmente nunca seria capaz de fazer a IVG e se o fizesse isso me deixaria marcas mt, mt profundas... Desistimos... Decidimos ter o bebé... Mas durante mt tempo eu ñ me sentia minimamente feliz com a gravidez... só pensava nas dificuldades, nas coisas más... quando fiz a 1ª eco, às 14 semanas, senti nascer alguma ligação com o bebé, mas ainda ñ sentia aquele AMOR... eu tinha até medo de nunca o amar como amava o filho que já tinha... de ñ conseguir gostar dele... Isto pode parecer mt mau, mas tou a ser sincera e a relatar o k senti sem filtros... e esta é a verdade... Acontece que por volta das 18 semanas começei a sentir o bebé mexer dentro de mim... E ai... mudou tudo... começei a gostar dele... a imaginá-lo... e amá-lo... cada dia um pouco mais... Hoje, estou gravida de quase 23 semanas e AMO muito o bebé que carrego dentro de mim e já ñ sinto o menor medo de ñ o amar como o 1º... o meu coração ensinou-me que o amor de mãe ñ se divide... mas multiplica-se... Sei k vai ser dificil, vamos ter k fazer sacrificios, mas acredito k com algum esforço e mt amor seremos capazes... É outro menino... Eu até gostava k fosse menina para ficar com o casal, mas para a minha vida actual facilita-me imenso k seja um menino, já que vivemos num T2 e os piolhos terão k partilhar o quarto e sendo menino sempre posso ir aproveitando umas roupas do mano...



                    Hoje eu entendo o k uma mulher sofre quando tem k fazer uma IVG... Hoje sim... entendo mesmo... E sei k mulher nenhuma, psicologicamente normal o faz de ânimo leve... e sem que isso deixe marcas... A mim o simples facto de ter estado quase a fazê-lo me faz doer o coração...



                    E espero sinceramente nunca ter k fazer uma IVG... mas tenho plena consciência que se voltar a engravidar num futuro próximo ñ terei outra alternativa ou passaremos todos fome... Queria muito fazer uma laqueação depois do parto, mas ñ ma fazem por ser muito nova e os métodos anticontraceptivos podem sempre falhar...





                    Este é o meu testemunho... Nunca contei isto a ninguém... a amiga nenhuma... os meus ais sabem k ponderei fazer uma IVG mas ñ sabem nada do k senti... só o meu marido sabe de tudo e acompanhou tudo... nunca fui capaz de contar isto a ninguém... mas o facto de aqui o escrever trouxe-me alguma paz...


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                    • RE: Testemunho

                      olá...registei-me ontem neste forum,pq tive á procura de mulheres k tivessem feito uma ivg....pq precisava falar com alguem k tivesse passado pelo mesmo k eu....

                      fiz uma ivg na passada quarta feira e sinto-me um ser humano cruel,horrivel,mesmo...por isso decidi contar aki a minha história...

                      casei á 7 anos,muito apaixonada,como ainda hoje,felismente....engravidei passado pouco e tive k interromper a gravidez já k a minha filha tinha uma malformaçao incompativel com a vida...foi horrivel,tava com 21 semanas e foi o terminar de tantos sonhos e planos,mas passado 2 meses(devia ser mais eu sei...)engravidei do p. k hoje tem 6 anos feitos á dias,saudavel,uma gravidez maravilhosa e é um menino espectacular...passado dois anos engravidei da m. ,k hoje tem 3 anos e é uma princesa...no passado dia 18 fui fazer um teste de gravidez,pois estava com vários sintomas,enjoos,nauseas,dores no fundo da barriga,ou seja,sintomas k eu conhecia bem...qd fiz o teste no fundo,bem no fundo sabia k ia dar positivo,mas nao keria acreditar.fizemos o teste juntos,com o rosto colado ás instruçoes o meu marido dizia k ia dar negativo,até k,nao,nao podia ser....deu positivo,um misto de alegria e de medo...nem sei o k sentimos...eu tomava a pilula....akela era nova...eu tinha ficado a saber á dias k ia ficar desempregada,temos a casa p pagar,2 filhos,o colégio,a alimentaçao e tudo o resto...depois de alguns dias de choro,de vontade de morrer,decidimos pela ivg...liguei para linhas de apoio e todos diziam o mesmo...pense nos filhos k tem,k pode ver....e decida o melhor para a sua familia.fiz-lo na quarta feira,tava com 6 semanas,foi medicamentoso,ou seja tomeiuns medicamentos e outros enseri na vagina,foi doloroso fisicamente(e continua a ser...),mas psicologicamente nao se pode comparar...eu sei k passaram poucos dias,o meu marido tem-me apoiado muito e a minha irma tambem,sao os unicos k sabem...o meu marido acompanhou-me a todas as consultas,mas digo-vos somos tratadas de uma forma fria,tao desumana...nao pelos medicos,mas pelas auxiliares k marcam as consultas...desculpem este desabafo...mas precisava mesmo,mesmo de o fazer...

                      Comentar


                      • RE: Testemunho

                        patricia pinto (12-02-2010)olá...registei-me ontem neste forum,pq tive á procura de mulheres k tivessem feito uma ivg....pq precisava falar com alguem k tivesse passado pelo mesmo k eu....



                        fiz uma ivg na passada quarta feira e sinto-me um ser humano cruel,horrivel,mesmo...por isso decidi contar aki a minha história...



                        casei á 7 anos,muito apaixonada,como ainda hoje,felismente....engravidei passado pouco e tive k interromper a gravidez já k a minha filha tinha uma malformaçao incompativel com a vida...foi horrivel,tava com 21 semanas e foi o terminar de tantos sonhos e planos,mas passado 2 meses(devia ser mais eu sei...)engravidei do p. k hoje tem 6 anos feitos á dias,saudavel,uma gravidez maravilhosa e é um menino espectacular...passado dois anos engravidei da m. ,k hoje tem 3 anos e é uma princesa...no passado dia 18 fui fazer um teste de gravidez,pois estava com vários sintomas,enjoos,nauseas,dores no fundo da barriga,ou seja,sintomas k eu conhecia bem...qd fiz o teste no fundo,bem no fundo sabia k ia dar positivo,mas nao keria acreditar.fizemos o teste juntos,com o rosto colado ás instruçoes o meu marido dizia k ia dar negativo,até k,nao,nao podia ser....deu positivo,um misto de alegria e de medo...nem sei o k sentimos...eu tomava a pilula....akela era nova...eu tinha ficado a saber á dias k ia ficar desempregada,temos a casa p pagar,2 filhos,o colégio,a alimentaçao e tudo o resto...depois de alguns dias de choro,de vontade de morrer,decidimos pela ivg...liguei para linhas de apoio e todos diziam o mesmo...pense nos filhos k tem,k pode ver....e decida o melhor para a sua familia.fiz-lo na quarta feira,tava com 6 semanas,foi medicamentoso,ou seja tomeiuns medicamentos e outros enseri na vagina,foi doloroso fisicamente(e continua a ser...),mas psicologicamente nao se pode comparar...eu sei k passaram poucos dias,o meu marido tem-me apoiado muito e a minha irma tambem,sao os unicos k sabem...o meu marido acompanhou-me a todas as consultas,mas digo-vos somos tratadas de uma forma fria,tao desumana...nao pelos medicos,mas pelas auxiliares k marcam as consultas...desculpem este desabafo...mas precisava mesmo,mesmo de o fazer...
                        se custa!!!!nem qero continuar.

                        apenas te mando um abraço apertadinho de alguém que sabe como te sentiste pequenina...
                        Os meus blogs

                        http://somentecoisasnovas.blogspot.com

                        http://roupasdastar.blogspot.com



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                        afilhadas:

                        LINDA MAR AZUL :já tem o seu POSITIVO :celebrte::celebrte::celebrte:

                        SOU MADRINHA DA MAIS DOCE NINA DO PB :cloud9:A QUERIDA SUGARPOPS :cloud9:-ATÉ SETEMBRO :cloud9:

                        NOVAMENTE MADRINHA DA LINDA KIKAKITTY-FUTURA TRIMAMÃ-:---:cloud9:ATÉ NOVEMBRO:cloud9:

                        SOU MADRINHA DA LINDA E QUERIDA GZ:-:cloud9:ATÉ DEZEMBRO-:cloud9:

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                        • RE: Testemunho

                          Já tinha lido em tempos todos os testemunhos deste tópico.

                          Concordo ou nem por isso com muitas afirmações aqui postadas, mas não foi isso que me fez decidir postar aqui mais um desabafo.



                          Tive uma experiencia de IVG quando tinha 17 anos. Era uma miuda, achava que os azares só aconteciam aos outros e facilitámos. Estava a terminar o liceu e embora o namoro fosse estável, não queríamos que a minha vida ficasse condicionada tão cedo. Há 25 anos atrás, as coisas eram diferentes... fomos a Lisboa, a uma parteira que a esta hora já deve ter morrido, coitadinha, recomendada por um casal conhecido. Apesar da situação, a velhota foi um amor, de uma delicadeza extrema. O apartamento não tinha condições nenhumas mas tudo correu bem e mais tarde confirmei que estava fisicamente impecável.

                          Por mais que se ultrapasse, nunca se esquece e a prova é que estou aqui a falar no assunto pela primeira vez.



                          Estou agora a ser confrontada, por interposta pessoa, com o mesmo problema, na realidade actual.

                          Tenho uma irmã com 30 anos que engravidou sem querer, com uso de preservativo.

                          Ela sabe que não pode ter a criança, tem uma patologia psiquiátrica que anda a tratar mas ainda teve esperança que lhe dessem força para manter a gravidez. O namorado sofre de uma doença genética e toma imensos comprimidos e sabe que é um risco avançar, por isso não quer.

                          A miuda sempre teve o período e só estranhou quando começou a ter enjoos, no sabado passado. Foi fazer o teste no laboratorio, à urina, e deu positivo para cinco/seis semanas. Depois de conversar com o rapaz, foi ao Centro de Saude para iniciar o processo da IVG. Foi tratada como um bicho e insistiram que ela tinha de fazer uma consulta de gravidez porque não sabiam nada de IVG. O médico de familia acedeu a passar-lhe uma ecografia pois ela queixou-se de dor à palpação. Fez uma ecografia não obstétrica e a técnica, sem conhecimentos, foi buscar umas tabelas e mediu o feto, apontando para um tempo de gestação de 10/11 semanas. No Centro de Saude de novo voltaram a insistir que não faziam IVG nenhuma até porque afinal já tinha mais semanas que as permitidas (afinal sabiam!)

                          Ela recolheu um numero de telefone de apoio e foi aí que ouviu pela primeira vez alguem compreensivo.

                          Como as dores persistiram, teve de ir ao Hospital. Afinal tem um problema intestinal e queriam interna-la de imediato para fazer uma cirurgia, de maneira a não prejudicar o feto!!

                          Escusado será dizer que a rapariga assinou a alta e foi para casa.

                          Já telefonou para a Clinica dos Arcos e vai a Badajoz na proxima segunda-feira.



                          E eu fico fula... porque nem é pela pretensão em si, é um caso em que não se deve arriscar, devia ter um outro tratamento... é pela desumanidade da coisa.



                          (obrigada por me lerem)

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                          • Depois de ter iniciado este tópico há já bastante tempo e depois do muito que li continuo a achar que infelizmente ainda existem pessoas no Sistema Nacional de Saúde a tratarem de forma fria e mtas vezes arrogante, as mulheres que passam por esta experiência.
                            A quem já passou só posso dizer que tenham muita força e esperança no dia de amanhã, a vida e feita de escolhas e muitas vezes somos forçadas a tomar caminhos que não julgamos ser possíveis. Penso que não devemos apontar o dedo, criticar ou marginalizar, porque afinal ninguém sabe o que o futuro nos reserva.

                            Beijinhos a todas.


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