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  • Inserido Inicialmente por Sugarpops Ver Mensagem
    Olá! Não voltei ontem para escrever mas li o que ficou para trás e queria agradecer a todas que me deixaram uma palavra de apoio, mesmo sendo num assunto sobre o qual já tinha feito "queixinhas".

    Ontem começamos a conversar mas não ficou tudo dito - o miniatura resolveu acordar aos gritos e adormeceu tardíssimo. Não fiquei com a sensação de assunto resolvido, nem de longe nem de perto. Fiquei com a sensação que há mais nas palavras dele do que ele me diz. Eu também não disse tudo o que tinha para dizer. Não me estava a sentir capaz. Se calhar muitas de vocês não entendem como é que suporto a situação, como é que fecho os olhos a acusações sem fundamento, como a de o andar a trair e de só olhar para o meu próprio umbigo mas sabem, ele foi literalmente o meu melhor amigo antes de ser meu namorado, meu marido. Fomos compinchas, daqueles que andam para todo o lado juntos sem que haja mais nada por trás. E eu conheço uma faceta dele que não é a mesma que ele me tem mostrado nestes últimos tempos. Ontem ele perguntou-me porque é conversava com a minha mãe e não com ele. Durante a noite pensei muito nisto e concluí que não o faço porque já não sei se ele, quando lhe der jeito, vai usar os meus desabafos como uma armadura para levar a dele avante. E isto é muito mau! As respostas que tenho conseguido obter são dilacerantes. Abalam o mundo em que confiei estes anos todos. E é difícil aceitar esta realidade.
    Sugar, quando falei que já te tinhas queixado sobre o assunto, não quis dizer que não devesses voltar a faze-lo, muito menos que eram "queixinhas", falei só no sentido de visar que não era uma situação esporadica. Acho que fazes bem desabafar, e conselhos aqui às vezes são melhores do que de das pessoas proximas, que acabam por serem mais parciais; para além disso é tão mais facil escrever do que falar
    Falando por mim, como não haveria de entender? amas-lo, ele é o pai do teu filho. O amor não se vai assim do nada, mesmo que nos magoem muito, ele não desaparece como por magia. É muito dificil, nos impormos e mandar tudo às favas, quando só de pensar estar longe daquela pessoa, dá um aperto no peito, para além disso tens o teu filho, (embora seja uma coisa completamente realizavel) nenhuma mulher sonha em casar, juntar Whateverdepois ter filhos e separar-se, criando-os sozinha, não é facil.
    Crescemos com o ideal da familia "perfeita" unida e no foram felizes para sempre ( isto é só culpa da walt Disney com os filmes tipo Cinderela) depois se o nosso "sonho" se desmorona, ficamos desamparadas sem saber o que fazer.
    Eu sou 100% pró love, acredito que quando há amor, tudo tem um jeito. Agora só temos é de saber separar o amor, do habito, do conveniente, do pratico, do comodo.
    Espero mesmo que consigam dar um verdadeira extreme makover à vossa relação, por vocês e pelo Dinis. Só digo (para o caso de seres como uma grande amiga, que tinha tanto medo do divorcio que aguentou coisas do diabo) que se decidires te separar a vida não acaba aí, o Dinis não vai ter de ser infeliz e sem pai, tens muito tempo pela frente, e podes ser muito feliz ( voltando a falar nessa amiga, ela acabou por se divorciar, hoje namora com um homem espetacular, 500 vezes melhor que o outro, adora a filha dela e trata-a como se fosse dele, até já falam em juntar e ter um baby isto vindo de uma mulher que disse que nunca mais ia querer olhar para a cara de outro homem, porque são todos iguais).
    Fico mesmo a torcer :*




    Madrinha querida Caty80
    Madrilhada fofucha Julit

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    • Sugar,
      antes de mais um beijinho enorme e desejos de rápidas melhoras da tua mãe... sei bem como estas situações podem ser difíceis.
      Mt luz para ela, com tanto amor vai certamente sair vitoriosa desta luta!

      Depois de te ler (especialmente este último post) sinto a necessidade de te dizer que nem tudo são trevas...
      Percebo mt bem como te sentes, tb eu me insiro na feliz categoria das mulheres que partilham a sua vida com o seu melhor amigo.
      Percebo a tua luta para tentares salvar essa relação, essa memória dos tempos mais felizes, a ideia de um amanhã sorridente...
      Percebo tb o teu cansaço, as dúvidas, a mágoa...
      E percebo-o tb a ele. Pois não será possível ele ter a sua quota parte de razão? Não em relação às infidelidades (lol, vê-se bem que isso é filme, uma wake-up call), mas acerca do distanciamento? Oh pá, eles tb sentem...
      Não estarás tu a esqueceres-te de "ouvir" o que ele tenta dizer?

      Sério? Acho que a resposta passa mesmo pelo diálogo mas daqueles em que falam os dois e ouvem os dois e se procuram rumos e respostas ao invés de de fazerem acusações e apurarem responsabilidades. Se te pareço dura de mais perdoa-me, digo-te com a melhor das intenções pq acho que mts vezes os homens são totalmente incompreendidos. ªPor vezes estamos mais preocupadas em ter razão e levar a nossa declaração de inocência avante que nos esquecemos do que realmente importa.
      Finalmente digo-te que sim, que lutes por esse casamento, pela vossa felicidade, a que já foi e a que deve voltar a ser. Afinal de contas, é tão lindo um amor que começa da melhor maneira (com uma grande amizade) que merece certamente todas as oportunidades do mundo! bj


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      • O meu homem é o meu melhor amigo. Mau era se não fosse. E sim é a ele que eu digo quando às vezes ando saturada da relação, é a ele que confidencio a minhas duvidas.É dificil? Muito. Mas jamais o faria com outra pessoa que não com ele em primeiro lugar.
        Em Março tive mal, muito mal. Questionei tudo, inclusivé a minha relação, o meu amor...questionei tudo. A unica pessoa com quem falei dessas duvidas foi com ele. É terrivel dizer algumas coisas, mas é pior ouvir e ele ouviu. Mas se era isso que me (entre outras coisas) atormentava era isso que eu tinha que falar. Isso é que é ser o melhor amigo, é ter a capacidade de se distanciar da relação e focar-se na outra pessoa em si. POrtanto não é o facto de se ser melhor amigo que prejudica uma relação, quando muito o que prejudica é não serem amigos.
        O meu homem não é perfeito, mas se estamos juntos vai para 12 anos de certeza que é por sermos entre outras coisas os melhores amigos, e isso inclui bom e mau, afinal é para isso que servem os amigos.
        Compinchas também somos ainda hoje, somos o tipo de casal que vai para uma discoteca sozinhos e que se divertem até ao amanhecer, que bebemos copos e nos rimos enquanto catrapiscamos os moços/moças giras e vamos comentando. Mas isso dá trabalho e só se consegue quando os dois querem.
        Muita coisa muda, no meu caso para pior mesmo foi o numero de quecas semanais que diminuiu ( por minha culpa que não há gaja que aguente o fogo dos primeiros tempos), mas a cumplicidade, a amizade , a ternura o amor esse só aumentou. Se assim não fosse a relação não fazia sentido.
        Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

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        • Inserido Inicialmente por Flor-Martim Ver Mensagem
          ao ler-te revivi muito o que passei, tb fui posta na mesma situação que tu quando tive o acidente de carro (ja vai fazer um ano)
          É verdade... já vai fazer um ano. Passa depressa... e que melhor te vejo!


          \"Bom mesmo é ir à luta, com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.\"

          \"Ter problemas na vida é inevitável; ser derrotado por eles é opcional\"

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          • Inserido Inicialmente por ladiabla Ver Mensagem
            O meu homem é o meu melhor amigo. Mau era se não fosse. E sim é a ele que eu digo quando às vezes ando saturada da relação, é a ele que confidencio a minhas duvidas.É dificil? Muito. Mas jamais o faria com outra pessoa que não com ele em primeiro lugar.
            Em Março tive mal, muito mal. Questionei tudo, inclusivé a minha relação, o meu amor...questionei tudo. A unica pessoa com quem falei dessas duvidas foi com ele. É terrivel dizer algumas coisas, mas é pior ouvir e ele ouviu. Mas se era isso que me (entre outras coisas) atormentava era isso que eu tinha que falar. Isso é que é ser o melhor amigo, é ter a capacidade de se distanciar da relação e focar-se na outra pessoa em si. POrtanto não é o facto de se ser melhor amigo que prejudica uma relação, quando muito o que prejudica é não serem amigos.
            O meu homem não é perfeito, mas se estamos juntos vai para 12 anos de certeza que é por sermos entre outras coisas os melhores amigos, e isso inclui bom e mau, afinal é para isso que servem os amigos.
            Compinchas também somos ainda hoje, somos o tipo de casal que vai para uma discoteca sozinhos e que se divertem até ao amanhecer, que bebemos copos e nos rimos enquanto catrapiscamos os moços/moças giras e vamos comentando. Mas isso dá trabalho e só se consegue quando os dois querem.
            Muita coisa muda, no meu caso para pior mesmo foi o numero de quecas semanais que diminuiu ( por minha culpa que não há gaja que aguente o fogo dos primeiros tempos), mas a cumplicidade, a amizade , a ternura o amor esse só aumentou. Se assim não fosse a relação não fazia sentido.
            Gostei!

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            • Inserido Inicialmente por ladiabla Ver Mensagem
              O meu homem é o meu melhor amigo. Mau era se não fosse. E sim é a ele que eu digo quando às vezes ando saturada da relação, é a ele que confidencio a minhas duvidas.É dificil? Muito. Mas jamais o faria com outra pessoa que não com ele em primeiro lugar.
              Em Março tive mal, muito mal. Questionei tudo, inclusivé a minha relação, o meu amor...questionei tudo. A unica pessoa com quem falei dessas duvidas foi com ele. É terrivel dizer algumas coisas, mas é pior ouvir e ele ouviu. Mas se era isso que me (entre outras coisas) atormentava era isso que eu tinha que falar. Isso é que é ser o melhor amigo, é ter a capacidade de se distanciar da relação e focar-se na outra pessoa em si. POrtanto não é o facto de se ser melhor amigo que prejudica uma relação, quando muito o que prejudica é não serem amigos.
              O meu homem não é perfeito, mas se estamos juntos vai para 12 anos de certeza que é por sermos entre outras coisas os melhores amigos, e isso inclui bom e mau, afinal é para isso que servem os amigos.
              Compinchas também somos ainda hoje, somos o tipo de casal que vai para uma discoteca sozinhos e que se divertem até ao amanhecer, que bebemos copos e nos rimos enquanto catrapiscamos os moços/moças giras e vamos comentando. Mas isso dá trabalho e só se consegue quando os dois querem.
              Muita coisa muda, no meu caso para pior mesmo foi o numero de quecas semanais que diminuiu ( por minha culpa que não há gaja que aguente o fogo dos primeiros tempos), mas a cumplicidade, a amizade , a ternura o amor esse só aumentou. Se assim não fosse a relação não fazia sentido.
              Opá não é normal mal ultimamente ando a concordar contigo em tudo
              Mas é verdade aquilo que dizes, aqui por casa funciona muito assim há já 16 anos dá trabalho mas vale a pena

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              • Claro que trabalhar a relação faz bem mas algumas vezes deparámos-nos com situações que não dá para trabalhar e que todos os anos passados lado a lado deixam de importar ou fazer sentido


                Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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                • Inserido Inicialmente por Clara Sophie Ver Mensagem
                  Claro que trabalhar a relação faz bem mas algumas vezes deparámos-nos com situações que não dá para trabalhar e que todos os anos passados lado a lado deixam de importar ou fazer sentido
                  E aí é preciso coragem para encarar o "touro" de frente e não andar a enredar, a enredar...
                  Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

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                  • Espero que nunca passes por algumas situações que já me passaram pelos olhos - é a morte do cavaleiro


                    Madrinha de Parto da Dea, Anana e Tafi - Já nasceram e são lindos / Afilhada de Parto da Dea

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                    • Inserido Inicialmente por Clara Sophie Ver Mensagem
                      Espero que nunca passes por algumas situações que já me passaram pelos olhos - é a morte do cavaleiro
                      Não entendi...
                      Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

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                      • Sugar, só quero mandar-te uma beijoka. Depois de tudo o que li, o que escreveste, se precisares de mim estou disponível.

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                        • Inserido Inicialmente por Clara Sophie Ver Mensagem
                          Claro que trabalhar a relação faz bem mas algumas vezes deparámos-nos com situações que não dá para trabalhar e que todos os anos passados lado a lado deixam de importar ou fazer sentido
                          Clara, eu pessoalmente acredito (e repito, eu, porque nem toda a gente pensa assim) que se o "trabalho" for feito honestamente por ambas as partes, esse tipo de situações não acontece. Há é que ser-se directo e não deixar nada por dizer, o que já nem toda a gente consegue fazer. E acima de tudo, não haver macaquinhos no sótão a chatear, porque aí por muito boa vontade que exista, haverá sempre aquele "dark side" a puxar para baixo.

                          Sugar, um grande beijinho para ti. Tenho lido em silêncio porque acho que as opiniões que têm sido dadas são bastante válidas, não tenho grande coisa a acrescentar. Que tudo corra bem
                          Receitas da Lótus

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                          • Inserido Inicialmente por Clara Sophie Ver Mensagem
                            Espero que nunca passes por algumas situações que já me passaram pelos olhos - é a morte do cavaleiro
                            Obviamente que não sei de que situações estás a falar, por isso não posso opinar nem tenho a pretensão de fazê-lo.
                            No entanto, posso dizer que já passei por situações muitíssimo complicadas (não envolviam traições) e cheguei a pensar que nada poderia salvar o "cavaleiro". Sofri horrores. Foram ditas e feitas coisas que pareciam sem remédio. Apesar de tudo, o que havia entre nós (e os filhos, sempre os filhos, por mais que se pretenda que não...) foi suficiente para reconstruir a relação, com algumas cicatrizes, é certo, mas são marcas da vida que partilhamos. Falta de auto-estima? Sinceramente, acho que não...se essas situações tivessem sido no início da relação, tudo teria ido " ao charco"...mas ao fim de tantos anos em comum há uma espécie de "cimento" que nos agarra, para lá de todas as desilusões...

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                            • Aproveitei a soneca do pequenito para vir responder.

                              A Eva tocou num dos cavalos de batalha do nosso relacionamento: a diminuição do sexo. Ele é fogoso, com uma energia sexual alta e, segundo ele, eu sou uma sortuda porque, ao fim destes anos todos - caminhamos para 7 anos - ainda sente muito desejo por mim. E eu também concordo com isso! Mas, neste momento, sinto-me drenada de energia, chego ao fim do dia estoirada e já cheguei a adormecer em cima da mesa da cozinha. Isto deve-se a muitos factores, como ter um bebé de um ano, ter a lida da casa praticamente toda a meu cargo (tirando meter a roupa na máquina e estendê-la) bem como a responsabilidade das compras e gestão de um orçamento familiar diminuido pelo part-time "forçado", ter o trabalho e alguns extras de tradução que foram surgindo, procurar um trabalho a tempo inteiro. E estas responsabilidades assumidas por mim têm um objectivo: auxiliar o máximo possível o meu marido na obtenção do seu curso superior. Ele é trabalhador estudante e pai ao mesmo tempo. Reconheço a dificuldade e ajudo em tudo o que posso. Mas tem sido um ritmo de vida imensamente difícil de manter, principalmente desde que foi diagnosticado o cancro à minha mãe. Já lhe disse várias vezes que a diminuição do desejo tem a ver com o cansaço fisico e mental a que estou sujeita. Mas faço-o sem fazer qualquer referência ao facto de uma parte das minhas responsabilidades ser fruto dos estudos, nem quando ele me disse que não tinha conseguido fazer nenhuma cadeira neste 1º ano. Pelo contrário, entendi que a vida dele tem as suas dificuldades (também fui trabalhadora-estudante e tive dificuldades mesmo sem ter um filho pelo meio) e incentivei-o a tentar outra vez. Só que tenho visto coisas que me incomodam - os exames dele eram só 3 e terminou-os a meio de Julho, tendo estado sem aulas até esta semana (a semana passada foram apresentações e praxe, por isso ficou em casa). Na esmagadora maioria das vezes, chegava a casa e tinha TUDO por fazer, inclusive coisas que eram da responsabilidade dele antes de retomar a faculdade: cama por fazer, loiça por lavar, a banca coberta de migalhas que, por ter água, colam e só esfregadas é que saem - e em muitos dias ele estava sozinho, o Dinis estava na escolinha, etc. Sinceramente, fico com a sensação que ele se aproveitou um bocado do facto de eu ter assumido as responsabilidades todas durante o período de aulas para poder estar na net, ou dormir, ou ir tomar café e ler o jornal, ou whatever. Como se não bastasse, ainda o ouço falar da sua necessidade de sair para espairecer (leia-se sair à noite) e, se eu fico descontente, ainda levo uma rodada de egoísta e pouco compreensiva das suas necessidades. No entanto, o meu descontentamento não evitou 3 saídas à noite, todas até madrugada (2h/3h da manhã) no espaço de 2 semanas. Eu também sinto necessidade de espairecer - mais do que isso! Sinto necessidade de descansar. Mas isso não me tem sido permitido para que eu possa proporcionar as melhores condições possíveis ao crescimento dele. Já tive vontade de lhe espetar à cara que o faço por ele mas sinto-me mal e mesquinha, ele está a fazer-se à vida e sinto que não deva ser um entrave. Neste momento, sinto-me também um bocado otária. Também acrescento que noto uma certa reticência quando lhe peço, uma ou duas vezes por semana, para que não vá buscar o Dinis à escolinha, como se esse tempo livre tivesse algum propósito obscuro. Tenho pena que nunca tenha reparado que esses dias coincidem com os mesmos em que a casa está a brilhar e/ou a roupa (os meus kilimanjaros semanais) estão todos organizados. E faço as coisas assim para não roubar tempo ao fim-de-semana já de si tão curto para nós. Ah, sim, e não pensem que esta preocupação com casa (porque aspiro diariamento e limpo a casa 2 vezes por semana) é por amor ao serviço doméstico ou por maluqueira. Com um filho que gatinha tudo e que fica com o nariz entupido por causa do pó, eu sou obrigada a manter estes cuidados.... E o meu marido também já reclamou da sujeira da casa, com direito a mega discussão e tudo - teve a ver com os primeiros tempos do Dinis (2/3 meses) em que limpava com menos frequência porque a adaptação ao papel de Mãe é coisa de tempo inteiro. Foi horrível sentir que estava a ser acusada de desleixo por alguém que não pegava na vassoura desde as minhas 38 semanas de gravidez.

                              Quanto ao facto de desabafar com ele, eu lembro-me o que despoletou este distanciamento. Houveram alturas em que os desabafos visavam a nossa relação e aí eu normalmente nem acabava o que tinha para dizer: ele interrompia e desatava a queixar-se de mim até ao ponto de estar sem me dirigir a palavra 3 e 4 dias - às vezes mais. Terminei muitas vezes a pedir desculpas nem sabia exatamente porquê. Deixei de tocar nos assuntos para evitar estas situações e porque nem sequer ia conseguir o objectivo de falar sobre os meus problemas. Para além disso, sempre que conto coisas sobre a minha família acaba sempre com ele a dizer que a minha família faz as coisas mal e não devia ser assim, devia ser assado. Nem vou entrar em muitos pormenores porque isto é coisa que dá guião de novela mas (e também lho disse), sinto que ele me põe entre a espada e parede com eles. Sou a primeira a reconhecer os seus defeitos mas fazem parte deles, tal como a família dele tem os seus defeitos e eu também tive de aceitar. São a família dele e do meu filho, fa-los-ia infelizes se estivesse a critica-los regularmente e por isso não faço, mesmo quando tenho vontade ou razão para o fazer.

                              Outra coisa que ele me diz é que eu sou respondona só com ele, que devia ser assim com os meus pais e não com ele - simplesmente porque, com TODA a gente, eu explico a razão de não querer que se faça x ou y com o meu filho. Só que ele só repara nesse comportamento com os meus pais quando, em casa dele, sou exatamente igual e está muito bem assim. Também já lhe expliquei que os meus resmungos com ele não visam os mesmos problemas do que os resmungos que ele acha que eu devia dar aos meus pais. Não entendo porque devia tripar com a minha família por me perguntarem se ele não quererá água, se pode comer isto ou aquilo, se precisará de mudar afralda (coisas que em casa dos pais deles também me perguntam) e prefira explicar a razão de dizer "não" e muito menos entendo o que é que isso está relacionado com os meus resmungos semelhantes ao da penúltima semana: tendo saído na 4ª feira até às 2h da matina para tratar de um assunto qualquer, voltou a sair na 6ª feira para tratar do mesmo assunto dizendo que no máximo à meia-noite estaria em casa e apareceu às 3h sem sequer mandar uma sms a dizer que vinha mais tarde. Ou então, quando resmungo porque ele está de cabeça cheia e descarrega em mim. Ou então porque não entende que tenho de ir trabalhar na manhã seguinte e levanto-me às 7h portanto não estou muito disposta a ser acordada às 2h para sexo.

                              Neste momento, sinto que me pedem mais do que consigo dar: tenho de ser eficiente no meu trabalho mas sem perder concentração na cata de mais oportunidades, sejam eles biscates ou coisas melhores porque o dinheiro me faz falta. Tenho de ser uma dona de casa perfeita e boa gestora para o € chegar mas sem que isso roube tempo à relação. Tenho de ser Mãe e Filha com a mesma dedicação porque ambos precisam de mim neste momento. Tenho ser a Esposa compreensiva e impecavelmente arranjada que está sempre disposta a f*der, independentemente do tipo de dia que teve. Já nem sequer falo de ser Amiga, porque já há muito tempo que não sei arranjar tempo - o meu dia só tem 24h!... Sinto que tenho de ser muita coisa e não tenho tempo para ser eu. E sinto que o meu companheiro, que devia zelar por mim, é das pessoas que mais entraves coloca...

                              Quero ressalvar que o meu marido também faz coisas boas - só que às vezes faz-me mais falta uma surpresa do género chão aspirado e dado a pano do que uma saída para irmos à terra X ou You uma queca apaixonada. Se calhar, se não estiver tão estoirada, torno-me novamente uma boa apreciadora de sexo, não?

                              Ah, e sim! É um facto que me sin melhor a falar com vocês. A escrita é uma boa ferramenta para exorcizar os meus fantasmas e vocês são Mulheres que, na V/variedade de expriências, me vão ajudando a dar novas visões e análises dos meus problemas. Obrigada por isso.

                              Bem-haja a todas.

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                              • Minha querida sugar, estrou praqui a pensar o que dizer...
                                Sabes, um dos motivos de grande discussão no inicio da minha relação era o facto do meu gajo ser preguiçoso nas tarefas domesticas. Fiz as malas 3 vezes para sair de casa...ate aque finalmente estipulamos as tarefas dele. Ele passou a faze-las irrepreensivelmente. Ha 3 anos ele foi estudar. Eu depois de muito pensar, decidi que passaria a fazer essas tarefas dele. Que não queria roubar-lhe tempo de estudo. Ele compensou isso com as notas que foram notaveis, mesmo que não fossem eu via-o a estudar e a esforçar-se, e isso vale muito. Ainda assim, ele sentia-se em divida e lá punha e levantava a mesa, levava o lixo numa tentativa de se sentir util, de me aliviar um bocado.
                                Eu sei que as pessoas são diferentes, mas bolas há coisas simples que mostram o quanto o outro lado se preocupa connosco...nem que seja ter a iniciativa de levar o lixo, ou pelo menos fazer UMA cadeira... Se isso te incomoda fala, não o guardes.Tens todo o direito de o cobrar e tu sabes isso.
                                Quanto ao sexo, bem aí a coisa nem sempre foi facil de gerir. Não acredito que casais tenham sexo numa base diaria ao fim de anos de casamento.Posso dizer-te que no meu caso chego a ter meses inteiros sem qualquer tipo de contacto sexual. O janeiro, por exemplo, é daquele meses de fugir.Mas isso é conversado e sim é assumido que é por mim, que sou eu que tenho menos vontade. Se é por amar menos? Não claro que não, é porque estou cansada, tão cansada...e ele entende-me e não me cobra. Hoje já não cobra.
                                Acho que dás demais e recebes muito menos que aquilo que mereces.
                                Eu não queria ser má, mas ao fim destes anos acho que permites que ele te faça sentir culpada...
                                Ele não te merece, definitivamente não te merece.
                                Para que ninguem morra de curiosidade e arranje como se entreter ainda mais http://antestardequenunca-becas.blogspot.com/

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