*****Estrelinhas das Mamãs de Dezembro 2008*****

[Girassol@PB]

Queria pedir-vos uma opinião, mamãs com filhos mais velhos, professoras , educadoras ...

A S. entrou agora para a pré-primária, com 5 anos e a maior parte dos meninos da sala são da idade dela. Alguns já são conhecidos do ano passado e são do piorio em termos de comportamento (o que em desespero já me obrigou a dizer-lhe que a proibia de estar ao pé deles ).
O que me leva a dar um desconto às educadoras e auxiliares (imagino o cansaço delas), acerca daquilo que vou dizer a seguir.

Em relação às professoras, pensei eu (ingenuamente se calhar) que num JI publico e que com meninos já mais crescidinhos, os métodos de educar já fossem tb mais responsáveis, digamos assim.
Na sala da S. , as educadoras recorrem a castigos do género ameaças de irem para a cama, ameaças de chamar a policia, pimenta na lingua, aqui à dois dias a S. veio para casa assustadissima porque a educadora colocou todos de castigo, dizendo que todos se portaram mal, quando só um é que escondeu um brinquedo e não disse nada (só depois do show de horror todo é que uma miuda confessou ...) . Foi um trabalhão para a convencer que não tinha feito nada de mal ... Na escola anterior chegaram a dizer que a mãe não a vinha buscar (se ela não comesse o almoço todo p.e.) e que não fizesse queixinhas à mãe (mais um conflito com as pseudo-educadoras que não tinham nada que envolver a criança, de coisas erradas que lá se passavam) .

Etc ... eu estou tão farta disto, nada deste tipo de educação tem a ver connosco e quando falo com outros pais, fico com a sensação que isto é a regra, o dia-a-dia, fico com muita vontade de sair daqui .

Bem... depois do testamento pergunto : existem aqui muitas mães de diferentes zonas do país, como é nas vossas salas de aula ? Tb funciona assim ? Ou têm outros métodos de ensino ? Queria ter a noção da realidade, porque pondero seriamente mudar de casa se existir outra escola que se encaixe na educação que eu quero as minhas filhas tenham.

Obrigado


ps: lembrei-me que tb já houve cenas de palmadas a outro menino aqui à dias ...

[Girassol@PB]

Veneza,

Perante o teu relato, até eu fiquei ansiosa... 25 crianças de 3 e 4 anos, na mesma sala, com apenas uma educadora e uma auxiliar, parece-me demais...só podem ser pessoas muito experientes, para conseguir dar conta da pequenada.
Vai correr tudo bem e o Afonso vai adaptar-se lindamente, vais ver. :-)

Veneza, eu partilho das tuas preocupações, tal como disse a NAna . Acho muita criança ... como se está ele a adaptar ? POde ser de lei, pode ser assim a regra, agora até querem mais crianças mas eu acho que está tudo ao contrário, acho um horror o que estão a fazer às crianças , mesmo qd as educadoras são as melhores que possam ser . Eu fico indignada com isto mas ao que parece faço parte das minorias que pensam deste modo .

[Girassol@PB]

Parabéns Tânia, pelo casamento (que tenham muitos anos em harmonia), baptizado, já vi as fotos (lindas!!!) e aniversário, e ainda à Suzy que se bem me recordo tb fazia anos este mês !

[cafapv]

Queria pedir-vos uma opinião, mamãs com filhos mais velhos, professoras , educadoras ...

A S. entrou agora para a pré-primária, com 5 anos e a maior parte dos meninos da sala são da idade dela. Alguns já são conhecidos do ano passado e são do piorio em termos de comportamento (o que em desespero já me obrigou a dizer-lhe que a proibia de estar ao pé deles ).
O que me leva a dar um desconto às educadoras e auxiliares (imagino o cansaço delas), acerca daquilo que vou dizer a seguir.

Em relação às professoras, pensei eu (ingenuamente se calhar) que num JI publico e que com meninos já mais crescidinhos, os métodos de educar já fossem tb mais responsáveis, digamos assim.
Na sala da S. , as educadoras recorrem a castigos do género ameaças de irem para a cama, ameaças de chamar a policia, pimenta na lingua, aqui à dois dias a S. veio para casa assustadissima porque a educadora colocou todos de castigo, dizendo que todos se portaram mal, quando só um é que escondeu um brinquedo e não disse nada (só depois do show de horror todo é que uma miuda confessou ...) . Foi um trabalhão para a convencer que não tinha feito nada de mal ... Na escola anterior chegaram a dizer que a mãe não a vinha buscar (se ela não comesse o almoço todo p.e.) e que não fizesse queixinhas à mãe (mais um conflito com as pseudo-educadoras que não tinham nada que envolver a criança, de coisas erradas que lá se passavam) .

Etc ... eu estou tão farta disto, nada deste tipo de educação tem a ver connosco e quando falo com outros pais, fico com a sensação que isto é a regra, o dia-a-dia, fico com muita vontade de sair daqui .

Bem... depois do testamento pergunto : existem aqui muitas mães de diferentes zonas do país, como é nas vossas salas de aula ? Tb funciona assim ? Ou têm outros métodos de ensino ? Queria ter a noção da realidade, porque pondero seriamente mudar de casa se existir outra escola que se encaixe na educação que eu quero as minhas filhas tenham.

Obrigado


ps: lembrei-me que tb já houve cenas de palmadas a outro menino aqui à dias ...

Como?!!! Desconheço que na escola da minha cachopa mais velha isto aconteça!! Ela entrou já na primária, com 6 anos, mas frequentou o ATL e as educadoras são as mesmas. Costuma falar-me do que se passa na escola e às vezes até "faz queixa" das professoras ou educadoras e nunca ouvi semelhante! Nem ouvi comentários de outros pais com situações semelhantes...havia uma professora de educação física que tinha o "hábito" de colocar toda a turma de castigo quando um dos meninos se portava mal e depois se "entretinha" a enviar SMS o resto da aula, mas levou na cabeça dos pais durante todo o ano e este ano o professor já é outro ( bons ventos a levem!! )

Isso parecem-me "soluções" do tempo da minha escola!! Quando houve um colega meu que roubou qq coisa à professora ficamos todos fechados na sala até alguém se acusar...mas já lá vão uns anos valentes!! Esse tpo de estratégia já não se usa!!

Se estivesse no teu lugar eu reclamava, mesmo que existam meninos com mau comportamento têm de exisitir outros métodos de lhes dar a volta, principalmente que não causem medo nem trauma nos outros meninos que se portam bem!!

[Girassol@PB]

Como?!!! Desconheço que na escola da minha cachopa mais velha isto aconteça!! Ela entrou já na primária, com 6 anos, mas frequentou o ATL e as educadoras são as mesmas. Costuma falar-me do que se passa na escola e às vezes até "faz queixa" das professoras ou educadoras e nunca ouvi semelhante! Nem ouvi comentários de outros pais com situações semelhantes...havia uma professora de educação física que tinha o "hábito" de colocar toda a turma de castigo quando um dos meninos se portava mal e depois se "entretinha" a enviar SMS o resto da aula, mas levou na cabeça dos pais durante todo o ano e este ano o professor já é outro ( bons ventos a levem!! )

Isso parecem-me "soluções" do tempo da minha escola!! Quando houve um colega meu que roubou qq coisa à professora ficamos todos fechados na sala até alguém se acusar...mas já lá vão uns anos valentes!! Esse tpo de estratégia já não se usa!!

Se estivesse no teu lugar eu reclamava, mesmo que existam meninos com mau comportamento têm de exisitir outros métodos de lhes dar a volta, principalmente que não causem medo nem trauma nos outros meninos que se portam bem!!

cafapv e são estratégias de outros tempos (as educadoras e auxiliares tem no minimo 50 anos), pelo menos eu tb pensava que já não existiam (pensei mal...) qd contei à minha familia, que pergunta "então estás a gostar da escola" , encolheram os braços, como se fosse a coisa mais natural do mundo isto existir ainda hoje, p.e. ... (até estou a ler-lhes os pensamentos ... "lá está ela e as manias dela" ...) .

Pronto, encontrei alguém que não acha isto normal, obrigado cafapv pela resposta . Moras em que zona do país, norte, sul, centro ? (podes enviar pm se quiseres)

Estou aqui na dúvida sobre o que faço, o meu marido quer que eu vá falar com a educadora, eu do que vi até agora do atl, falar não adianta e ""burro velho não aprende linguas" , até porque parecem ser pessoas que não tiveram novas aprendizagens (senão não recorriam aos métodos antigos) . Conheço a senhora da Camara daqui responsável pela divisão da educação, tb lhe posso expor o assunto , mas o que me assusta nisto tudo é que depois levantem represálias à minha filha. Eu não sou professora mas interesso-me bastante por educação e até podia dar novas ferramentas para lidarem com os pestinhas mas tb por aí tenho as minhas desconfianças de que aceitem a "intromissão" da minha parte ...

[Lpereira]

Não acho nada normal. No JI da Clara que é uma IPSS com mais de 100 anos, logo com pessoas com uma antiguidade considerável (não de 100 anos claro ), o "castigo" é um time-out, ou seja sentar a criança para ela pensar no que fez de mal.

[cafapv]

cafapv e são estratégias de outros tempos (as educadoras e auxiliares tem no minimo 50 anos), pelo menos eu tb pensava que já não existiam (pensei mal...) qd contei à minha familia, que pergunta "então estás a gostar da escola" , encolheram os braços, como se fosse a coisa mais natural do mundo isto existir ainda hoje, p.e. ... (até estou a ler-lhes os pensamentos ... "lá está ela e as manias dela" ...) .

Pronto, encontrei alguém que não acha isto normal, obrigado cafapv pela resposta . Moras em que zona do país, norte, sul, centro ? (podes enviar pm se quiseres)

Estou aqui na dúvida sobre o que faço, o meu marido quer que eu vá falar com a educadora, eu do que vi até agora do atl, falar não adianta e ""burro velho não aprende linguas" , até porque parecem ser pessoas que não tiveram novas aprendizagens (senão não recorriam aos métodos antigos) . Conheço a senhora da Camara daqui responsável pela divisão da educação, tb lhe posso expor o assunto , mas o que me assusta nisto tudo é que depois levantem represálias à minha filha. Eu não sou professora mas interesso-me bastante por educação e até podia dar novas ferramentas para lidarem com os pestinhas mas tb por aí tenho as minhas desconfianças de que aceitem a "intromissão" da minha parte ...

Eu sou do nuorte carago !! A minha cachopa frequenta uma escola primária do Porto.

Quanto à tua interferência pois não me parece que a aceitem bem...suspeito que nem sequer a considerem e burro velho tem tendência para não aprender línguas a não ser que a "ordem" venha de cima, parece-me que se as educadoras forem chamadas à atenção por quem lhes paga o salário a coisa é capaz de piar mais fino...se bem que sendo uma instituição pública e as educadoras já próximo da reforma também é capaz de não ser fácil mudar velhos hábitos por muito esforço que se faça ...agora, não me parece que levantem reprezálias à tua menina, ela está numa idade em que se explica bem e as educadoras não seriam loucas de descarregarem na menina, provavelmente pensariam o que já disseste acima "lá vem a mãe da menina com as manias dela..." e ainda teriam pena da criança por estar a ser mal educada por outro lado "águal mole em pedra dura..." e se elas ouvirem um número suficiente de reprimendas por parte dos pais de forma a que seja mais cómodo alterar a forma de lidar com as crianças do que estar sempre a ouvir ralhetes dos pais acho que aí mudam... os outros pais o que acham, já ouviste algum zunzum?? normalmente este tipo de situações comenta-se nos corredores, principalmente se já houveram casos de palmadas...

[veneza]

Eu sou de Coimbra e considero esses castigos impensáveis em pleno séc. XXI.
O ano passado dei inglês a putos, nas AECs, e vi professores da velha guarda a praticarem castigos semelhantes, incluindo a bela da bofetada. O que se passava é que os pais não se queixavam, até diziam para o professor ser ainda mais severo...

Na escola do Afonso, na sala dos 2 anos, tinham um castigo muito interessante. Quem se portava mal ia uns minutinhos para a sala dos bebés. Como os bebés só choravam e não tinham piada nenhuma, o castigo costumava funcionar, porque os miúdos apanhavam uma seca tremenda naqueles minutos e pensavam duas vezes antes de fazer traquinices.

A minha sobrinha, quando andava no infantário, também tinha lá um castigo interessante. Quem não quisesse comer (sem estar doente, ou indisposto, claro), não comia, mas a seguir iam todos lavar os dentes e a criança que não tinha comido não ia, já que não tinha nada que lavar A minha sobrinha era das que fazia sempre fita para comer, e funcionou com ela, porque se sentia posta de parte nesses minutos de rotina e na refeição seguinte lá comia qualquer coisa, para não ficar à parte na hora de lavar os dentes.

[NanaCaldeira]

Patims (para mim vais continuar a ser sempre a Patims),

Fiquei chocada com o que contaste, em relação à escola da Sofia. A minha mãe trabalhou durante 10 anos num Jardim Infantil, onde a média de idades das educadoras rondava os 40 anos e nunca ouvi falar em castigos semelhantes. Tinham métodos de trabalho e maneiras de convencer os pequenos, de forma muito didática. Não sei se o facto de se tratar de uma instituição pertencente à João de Deus e por todas elas terem feito lá a sua formação, tenha feito a diferença.

O meu único exemplo actual tem a ver com este país onde vivo e arrisco-me a dizer que nunca tive contacto com crianças e adolescentes tão educados como aqui. Todos pedem licença, desculpa, por favor e outras boas maneiras.
Os métodos passam muito pela paciência e por corrigir maus comportamentos desde o início mas, ao mesmo tempo, por descobrir as necessidades afectivas de cada criança, pois todas são diferentes. O que agrada a uma não agrada a outra e as formas de compensar e recompensar cada uma delas passa muito por percebê-las desde cedo.
Julgo já ter falado há tempos num livro que li e que achei interessantíssimo, chamado "The Five Love Languages of Children". Aconselho vivamente!

Todas sabemos que a educação dos tempos antigos passa pelo castigo, em vez da correcção ou por fazer a criança pensar no que fez e querer, ela própria corrigir o que fez errado.
Julgo que muitas queixas, feitas por diversos pais, possam vir a ter consequências a não ser que, quem esteja à frente da escola partilhe a mesma linha de pensamento.

Quanto ao teu/vosso projecto "Espaço Terra Mãe", adorei. Há tempos que penso numa coisa desse género e agora, após ter vivido este tempo fora, tenho a certeza que é urgente mudar mentalidades e criar espaços amigos da família, onde se aprenda e se valorize o contacto humano, longe de novas tecnologias. Achas que há espaço para mim, após regressar a Portugal, ou mesmo antes? Adorava participar numa iniciativa desse género.

Já escrevi um testamento e falta-me dizer que gosto muito que gostes das coisas que faço. Obrigada! ;-)

[LiaRibeiro]

e incrivel k haja profissionais _saude e educacao _preocupados com o fim do mes!!

S fosse eu, falava com a educadora e auxiliar em causae a diretora! S continuassem os Maus tratos psicologicos e fisicos, escrevia no livro d reclamacoes _e tentava tira los de la!!


Onde trabalho, os miudos fikam uns minutos sentados a refletir no k fizeram! Mas tb,ja aconteceu d irem pra sala ao lado (3;4ou:5-dependendo da idd em kestao )

Espero k resolvam o problema, muito em breve!!

Bjs!

[Girassol@PB]

Olá a todas,

Lia, não há nada para resolver porque as pessoas em questão não acham que fizeram alguma coisa de errado (é triste mas é assim o nosso país, ainda temos muita gente assim ...) ... para elas é assim porque sempre foi e se continuam na escola à mais de uma dezena de anos, concerteza que os pais ou tiram os miudos de lá ou são coniventes ... a educadora ainda me disse que vão fazendo formações (vão ao FB que está lá a conversa) ...

Obrigado a todas por partilharem, é mt importante para mim perceber se as coisas funcionam de outra forma noutros locais, porque eu tenho que fazer alguma coisa, só ainda não sei o quê.

Livro de reclamações funcionará, não será um passo pequeno ?! Directora da escola, igual ?! Penso ir acima disso tudo, ao director do agrupamento, à direção regional, quem tem poderes efectivos para despedir pessoas deste calibre, função publica com muitos anos de casa ?

[Girassol@PB]

às vezes as represálias são subtis ... já lhe disseram para não fazer queixinhas à mãe do que se passa p.e. , o que a deixa mais ansiosa ... e depois de uma coisa destas eles ficam com medo e não contam, são "mariquinhas" percebes ...

ouvi coisas do ano passado, que os vizinhos me contaram, a maior parte dos pais não conheço e os que conheço nem vale a pena ... uns deles estão inseridos na associação de pais, por isso acho que nem por aí iria ter algum apoio ... só me apetece mudar de escola mas não está fácil neste momento além de que tenho que estudar como funcionam as outras para não cair no mesmo ...

Aquilo que mais me apetece neste momento é tirá-la dali imediatamente só que eu trabalho em casa e com ela em casa + a irmã, significa não conseguir trabalhar nada . A miuda tem muita energia e precisa de muita actividade fora-de-casa durante o dia, e ela até gosta das actividades da escola, tem lá muito por onde e com quem brincar, só que naturalmente fica ansiosa com isto tudo. Vamos ver como correu o dia hoje ...

Eu sou do nuorte carago !! A minha cachopa frequenta uma escola primária do Porto.

Quanto à tua interferência pois não me parece que a aceitem bem...suspeito que nem sequer a considerem e burro velho tem tendência para não aprender línguas a não ser que a "ordem" venha de cima, parece-me que se as educadoras forem chamadas à atenção por quem lhes paga o salário a coisa é capaz de piar mais fino...se bem que sendo uma instituição pública e as educadoras já próximo da reforma também é capaz de não ser fácil mudar velhos hábitos por muito esforço que se faça ...agora, não me parece que levantem reprezálias à tua menina, ela está numa idade em que se explica bem e as educadoras não seriam loucas de descarregarem na menina, provavelmente pensariam o que já disseste acima "lá vem a mãe da menina com as manias dela..." e ainda teriam pena da criança por estar a ser mal educada por outro lado "águal mole em pedra dura..." e se elas ouvirem um número suficiente de reprimendas por parte dos pais de forma a que seja mais cómodo alterar a forma de lidar com as crianças do que estar sempre a ouvir ralhetes dos pais acho que aí mudam... os outros pais o que acham, já ouviste algum zunzum?? normalmente este tipo de situações comenta-se nos corredores, principalmente se já houveram casos de palmadas...

[Girassol@PB]

Veneza, eu tb concordo que existem exemplos tão simples que se podem seguir e com melhores resultados, posso ver isso pela minha que tb quer participar em tudo o que os outros fazem e fica triste por não fazer (ela é uma das que não vai para o atl porque a mãe não tem um horário muito normal e pode ir buscá-la ás 15h) .
No entanto tb vejo que alguns meninos/as da turma têm familias mt disfuncionais (triste mt triste) vê-se pelas atitudes deles ... e seria preciso muita paciência para as coisas funcionarem doutro modo, e paciência nestes contextos escolares não existem porque não há tempo ... não há tempo porque são muitos meninos (e se é para um é para todos) ... e não têm tempo (ou cabeça) para por em prática ou sequer ponderar outros métodos. existe o tempo para se ensinar os numeros e as letras, existe o tempo para se cumprir o curriculo mas não há tempo para as coisas mais básicas, a criança adquirir confiança, respeito por si e pelos outros ... bem, foi só um desabafo ... desculpem ... a minha vontade era de partir a loiça toda na escola mas acho que tenho que agir de forma mais inteligente ...

Eu sou de Coimbra e considero esses castigos impensáveis em pleno séc. XXI.
O ano passado dei inglês a putos, nas AECs, e vi professores da velha guarda a praticarem castigos semelhantes, incluindo a bela da bofetada. O que se passava é que os pais não se queixavam, até diziam para o professor ser ainda mais severo...

Na escola do Afonso, na sala dos 2 anos, tinham um castigo muito interessante. Quem se portava mal ia uns minutinhos para a sala dos bebés. Como os bebés só choravam e não tinham piada nenhuma, o castigo costumava funcionar, porque os miúdos apanhavam uma seca tremenda naqueles minutos e pensavam duas vezes antes de fazer traquinices.

A minha sobrinha, quando andava no infantário, também tinha lá um castigo interessante. Quem não quisesse comer (sem estar doente, ou indisposto, claro), não comia, mas a seguir iam todos lavar os dentes e a criança que não tinha comido não ia, já que não tinha nada que lavar A minha sobrinha era das que fazia sempre fita para comer, e funcionou com ela, porque se sentia posta de parte nesses minutos de rotina e na refeição seguinte lá comia qualquer coisa, para não ficar à parte na hora de lavar os dentes.

[Girassol@PB]

O que eu gostava de compreender é o que faz a diferença. Se existem escolas onde as educadoras/professoras conseguem transmitir um bom exemplo às crianças (mesmo com muitas e com pouco tempo) porque não conseguem as outras ? Falta-lhes formação para perceber que estão erradas, têm medo de perder o emprego, ou pensam que é assim mesmo que se educam as crianças ?

[cafapv]

... foi só um desabafo ... desculpem ... a minha vontade era de partir a loiça toda na escola mas acho que tenho que agir de forma mais inteligente ...

Concordo, não me parece que a tua luta individual iria ter grandes consequências a curto prazo, principalmente se não tens apoio dos outros pais o que não quer dizer que estejas de mãos completamente atadas! eu continuo a achar que o contato direto e persistente junto das educadoras iria produzir resultados, pelo menos no momento imediato e se todos os dias tivessem que ter uma "conversinha" contigo pois todos os dias se iriam lembrar de ti e que estás atenta! digo eu...e essa história de dizerem à tua cachopa que não faça queixinhas à mãe acho que merece reprimenda séria! Em alto e bom som!! para os outros pais e os outros meninos ouvirem também!! Acho muito triste hoje em dia ainda haverem escolas onde se educam os miúdos pelo medo

Quanto ao desabafo, estás à vontade, claro!! Estamos todas no mesmo barco