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O bebé e os medos

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  • O bebé e os medos

    É normal que as crianças experimentem alguns medos e ansiedades durante o seu desenvolvimento. Apesar disso, a maioria dos terrores infantis são de natureza transitória e têm pouca gravidade, mas há que saber lidar com eles.

    Medo e ansiedade

    Os bebés são capazes de mostrarem ansiedade ou medo desde os primeiros dias de vida perante situações concretas consideradas ameaçadoras, que os deixa nervosos e inseguros.

    O medo é um estado emocional desagradável que pode provocar um aumento dos batimentos cardíacos, suores, tremores e, a maior parte das vezes, manifesta-se através do choro.

    Por volta do sexto ao oitavo mês o bebé é perfeitamente capaz de expressar o seu medo, através de gestos e do choro. Se até esta idade não demonstrar medo ou qualquer rejeição a estranhos, a partir daqui entra na fase conhecida como “angústia do oitavo mês” em que todas as suas reacções relativamente a desconhecidos dependerão da forma da sua aproximação e do facto de estar ou não presente algum familiar ou pessoa da sua confiança.

    Este tipo de reacção acompanha o desenvolvimento do bebé até cerca dos dois anos, atingindo o seu apogeu por volta dos dezoito meses, em que a simples ideia de terem de se separar da mãe nem que seja para ela ir preparar o biberão, lhes provoca um medo terrível.

    A entrada para o infantário é uma experiência difícil, quer para si quer para o seu filho. A solução está na compreensão que os pais devem ter para com ele, demonstrar segurança e sair sem olhar para trás.

    Por volta dos dois anos continua a não ser fácil a separação da mãe, mas a verdade é que já não há tanto choro e, às vezes, até conseguem mostrar à mãe que sabem acenar.

    Com dois anos as crianças não suportam barulhos muito intensos, nem gritos à sua volta. É frequente demonstrarem medo de estarem sozinhos ou de irem à casa de banho sozinhos e até de se sentarem no bacio, o que pode dificultar o abandono das fraldas.

    Se for este o caso, o medo pode ter tido origem no facto de o terem obrigado a ficar sentado no bacio por algum tempo ou até o terem obrigado a fazer as suas necessidades quando não tinha vontade. Nestes casos aprenda a fazer as coisas sem pressas, introduzindo o bacio aos poucos e com muita subtileza. Deixe o bacio no local onde a criança se sentir mais segura e confortável, fique ao pé dela a conversar, se necessário a contar uma história e tente não obrigá-lo a fazer as necessidades quando não tiver vontade.

    É também por volta dos dois anos que começam a manifestar medo de irem ao médico e de serem observadas por ele. Como as crianças conseguem aperceber-se da ansiedade ou preocupação dos pais, estes devem procurar anunciar a ida ao pediatra sem demostrar qualquer inquietação e da forma mais natural que conseguirem. Mantenha o bebé junto de si para que se sinta mais protegido e verá que tudo correrá bem.

    Mecanismos de auto-defesa

    Tal como o medo que as crianças experimentam ao longo do seu desenvolvimento, os mecanismos de autodefesa que desenvolvem também são transitórios e podem manifestar-se de forma diferente em cada criança.

    Todavia, os mecanismos de autodefesa mais comuns podem traduzir-se na:
    • Regressão - Significa que a criança regride em comportamentos que eram normais em idades inferiores, em busca de protecção e apoio por parte daqueles que com ela convivem.
    • Ritualização - A criança arranja maneiras de fazer sempre as mesmas coisas e do mesmo modo por forma a criar uma rotina, adoptando uma conduta quase obsessiva para superar a ansiedade provocada pela chegada da hora de ir dormir ou de ir para o infantário, por exemplo.
    • Somatização - Algumas crianças somatizam a sua ansiedade, queixando-se de uma multiplicidade de dores, por exemplo, dores de barriga, de cabeça, nas pernas, nos braços, etc. Estas dores podem ser imaginárias ou fictícias, apenas como forma de expressar a sua angústia e chamar a atenção dos pais ou então podem realmente existir devido à tensão muscular ou a uma sensibilidade exagerada.


    Não deve ser dito à criança que ela está a fingir ou a mentir, dado que a mesma não tem consciência de que o faz. É um mecanismo de defesa.

    Como a causa de todos estes comportamentos está no medo que as crianças desenvolvem em determinadas fases da sua vida, a atitude dos pais deve ser a de compreensão, e amor, usando alguns truques para combater o medo.
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