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ainda do mesmo blog
O sono do bebé
Segundo William Sears, existem 5 princípios sobre o sono do bebé que deveremos considerar:
1. Como é que os bebés adormecem: quantas vezes nós estamos a embalar ou a amamentar o nosso filho quando reparamos que as pálpebras dele começam a fechar-se, em sinal de sono? Quando a Joana era pequenina, ela adormecia muitas vezes aninhada no meu colo e, mal a deitava na alcofa, ela abria os olhos e despertava. Parece que adivinhava que iria sair do meu colo. Umas semanas mais tarde, estava eu a ler o livro do pediatra Mário Cordeiro (“O grande livro do bebé”), quando me deparo com um dado curioso: é natural que o bebé desperte se o deitarmos na sua caminha ou alcofa antes de passarem cerca de 20 minutos depois de adormecer. E porquê? Porque antes deste período, o bebé ainda está no chamado sono leve, em que qualquer movimento o desperta. Tentei este método com a Joana e resultou. Agora, viremo-nos para o ritual nocturno: neste caso, urge acrescentarmos mais 20 minutos aos 20 minutos iniciais. É quase uma hora mas o que sucede é que muitas vezes pensamos que o bebé já está a dormir, deitamo-lo e ele acorda. O que é que significa? Que temos que voltar ao ponto zero novamente. Por isso, para os bebés mais pequeninos, vale a pena experimentarmos este método.
Paralelamente, há bebés que precisam dos pais para dormir, outros que são colocados na sua caminha ainda acordados e adormecem por si. Nenhum bebé é igual ao outro e o facto dele adormecer ou não sozinho ou de acordar mais ou menos vezes, depende do seu temperamento e dos seus ciclos de sono: de facto, os bebés mais sensíveis tendem a demorar mais tempo a adormecer, enquanto que os bebés mais calmos conciliam melhor o sono. Para além disso, há bebés que caem num sono profundo mais rapidamente do que outros, ultrapassando com relativa brevidade os 20 minutos de sono leve.
E para os bebés que acordam várias vezes durante a noite? Vejamos os pontos seguintes;
2. Os bebés têm ciclos de sono mais curtos do que um adulto e há bebés cujos ciclos de sono são interrompidos por despertares nocturnos. Façam a seguinte experiência: permaneçam junto à caminha do bebé enquanto ele dorme. Cerca de uma hora depois dele ter adormecido, ele começa a encolher-se, vira-se, as suas pálpebras mexem, esboça um sorriso, a respiração torna-se irregular, os seus músculos contraem-se. O bebé está a entrar na fase de sono leve. O tempo de transição entre o sono profundo e o sono leve é um período vulnerável durante o qual muitos bebés acordam se houver algum estímulo desconfortável ou irritante, como fome ou ruido. Se o bebé não acordar, ele permanecerá neste período de sono leve durante os próximos 10 minutos e retorna novamente ao sono profundo. Os ciclos de sono dos adultos (passagem de sono leve para profundo e depois de volta ao sono leve) duram em média 90 minutos. Os ciclos de sono dos bebés é mais curto, durando 50 a 60 minutos. Assim sendo, é natural que alguns bebés despertem algumas vezes durante a noite. Quando o bebé entra no ciclo de sono leve, o que poderemos fazer é colocar uma mão carinhosamente nas costas dele e cantar-lhe uma canção, baixinho, fazer-lhe festinhas na cabeça ou sussurrar um ligeiro “Shhh” (mas não perto do ouvido do bebé). Assim, será pouco provável o bebé acordar durante a transição de ciclos de sono. Alguns bebés "auto-suficientes" podem superar o período vulnerável sem despertarem completamente e se eles acordam, podem voltar ao sono profundo sozinhos. Outros bebés não. O mais importante é mantermos uma atitude calma, positiva, reconfortante para o bebé, mesmo que acordemos várias vezes durante a noite e mesmo que, no dia seguinte, tenhamos que ir trabalhar, como é aliás, a realidade mais comum entre nós, pais. Se acordarmos mal-dispostos, contrariados, acabamos por passar este estado de espírito para o bebé que, em vez de relaxar, vai ficar estimulado (pela negativa), demorando ainda mais tempo para adormecer;
3. Acordar durante a noite traz benefícios à sobrevivência do bebé. Nos primeiros meses de vida, as necessidades do bebé estão no limite máximo, mas a sua habilidade em comunicá-las é mínima. Suponhamos que um bebé permanece profundamente adormecido durante a maior parte da noite. Algumas necessidades básicas não iriam ser satisfeitas. Os bebés de tenra idade têm estômagos diminutos e o leite materno é digerido muito rapidamente. Se o estímulo de fome do bebé não o acordasse facilmente, isso não seria bom para a sobrevivência dele. Se um nariz entupido e uma dificuldade respiratória, ou um ambiente frio o incomodassem e o estado de sono estivesse tão profundo que ele não pudesse comunicar tais necessidades, a sobrevivência dessa criança estaria em jogo...
4. Acordar durante a noite tem os seus benefícios em termos de desenvolvimento. Pesquisadores do sono acreditam que os bebés dormem de forma mais "inteligente" do que os adultos. Eles teorizam que o sono leve ajuda o cérebro a desenvolver-se porque este não descansa durante o sono REM. De facto, o fluxo sanguíneo até o cérebro quase duplica durante o sono REM (este aumento de fluxo sanguíneo é particularmente evidente na área do cérebro que controla automaticamente a respiração). Durante o sono REM o corpo aumenta a sua produção de certas proteínas nervosas, os "tijolos" de construção do cérebro. Acredita-se que a aprendizagem também ocorra durante o estágio activo de sono. O cérebro pode usar esse momento para processar informações adquiridas enquanto desperto, armazenando o que é benéfico ao indivíduo e descartando o que não é. Alguns pesquisadores do sono acreditam que o sono REM age para auto-estimular o cérebro em desenvolvimento, facultando imagens benéficas que promovem o desenvolvimento mental. Durante o estágio de sono leve, os centros mais elevados do cérebro permanecem em funcionamento, mas durante o sono profundo esses centros “desligam-se” e o bebé é “mantido” através dos centros inferiores do seu cérebro. É possível que durante o estágio de crescimento rápido do cérebro (o cérebro dos bebés cresce até cerca de 70% do volume adulto durante os primeiros 2 anos), o cérebro precise de continuar a funcionar durante o sono para desenvolver-se. É interessante notar que os bebés prematuros passam ainda mais tempo do seu sono (aproximadamente 90%) em REM, talvez para acelerar o crescimento cerebral. Como podemos ver, o período da vida em que os bebés dormem mais e o seu cérebro se desenvolve mais rapidamente é também aquele em predomina o sono activo.
5. À medida que crescem, os bebés atingem a maturidade do sono. “Tudo bem, mas quando é que o bebé vai dormir a noite toda?”, podemos perguntar-nos. Segundo o pediatra William Sears, a idade na qual os bebés se acomodam (isto é quando eles adormecem rapidamente e permanecem adormecidos), varia enormemente. Alguns adormecem facilmente, mas não permanecem adormecidos. Outros adormecem com dificuldade mas permanecem adormecidos. Outros bebés, pura e simplesmente, lutam vezes sem conta contra o sono, acabando por adormecer por exaustão. Nos primeiros 3 meses de vida, os bebés raramente dormem por mais que 4 horas seguidas sem precisarem de uma mamada por causa dos seus pequenos estômagos. Mesmo assim, eles dormem cerca de 14 a 18 horas por dia. Entre os 3 e os 6 meses de idade, a maioria dos bebés começa a acomodar-se. Eles estão acordados por períodos maiores durante o dia e alguns podem até dormir 5 horas seguidas durante a noite. Entre os 3 e os 6 meses, importa estarmos preparados para um ou dois despertares durante a noite. No entanto, vamos verificar que o período de sono profundo vai aumentar: os períodos vulneráveis para acordar durante a noite diminuem e os bebés são capazes de entrar num sono profundo mais rapidamente. A isto chamamos de maturidade do sono. Há uma variação entre os bebés sobre quando eles amadurecem para esses padrões de sono semelhantes ao dos adultos. Entretanto, apesar dos bebés atingirem essa maturidade do sono entre a segunda metade do primeiro ano de vida, muitos ainda acordam. Que causas poderão estar por detrás desses despertares? Estímulos dolorosos, como constipações e o nascimento dos primeiros dentes; saltos desenvolvimentais, como gatinhar e caminhar; ansiedade de separação e pesadelos ou um dia demasiadamente estimulante.
Para os bebés mais crescidos, que não gostem de dormir no escuro, podemos usar uma luz de presença azul, que é a cor mais relaxante para eles, segundo a pediatra Márcia Hallinan, do Laboratório do Sono da Universidade Federal de São Paulo.
Relembrando algumas estratégias desenvolvidas por Tracy Hogg, uma enfermeira pediátrica, cujo livro recomendo ("Secrets of th baby whisperer"), entre os 6 e os 9 meses de idade, quando o bebé acorda, podemos adoptar o método “Levantar/Deitar”. Isto é, quando o bebé desperta, nós vamos ao seu quarto. Normalmente, encontramo-lo de pé, agarrado às grades da caminha. O que fazemos é, sem tirar o bebé da cama, levantá-lo e voltar a deitá-lo. Ele pode protestar, chorar mas o facto de repetirmos esta acção as vezes que forem necessárias (sem levantar o bebé da cama, excepto, claro está, se ele tiver a fralda molhada), faculta ao bebé uma sensação de segurança e, ao mesmo tempo, de determinação por parte dos pais quanto à necessidade do bebé dormir. É importante não cedermos, apesar de nem sempre ser fácil. Sobretudo quando, no dia seguinte, temos que nos levantar cedo para irmos trabalhar. Mas posso garantir-vos, por experiência pessoal, que resulta. A Joana acorda, em média, duas vezes por noite.Habitualmente tem fome e o que eu faço e deitá-la novamente e dar-lhe um biberon. Ela adormece rapidamente. Nunca a levanto da cama, excepto quando tem a fralda molhada ou quando está com febre e preciso de lhe colocar um Ben-u-ron. Experimentem esta táctica com os vossos filhos, mais renitentes em adormecer novamente. Podem passar por uma semana menos fácil mas verão os frutos da vossa persistência.
ainda do mesmo blog
O sono do bebé
Segundo William Sears, existem 5 princípios sobre o sono do bebé que deveremos considerar:
1. Como é que os bebés adormecem: quantas vezes nós estamos a embalar ou a amamentar o nosso filho quando reparamos que as pálpebras dele começam a fechar-se, em sinal de sono? Quando a Joana era pequenina, ela adormecia muitas vezes aninhada no meu colo e, mal a deitava na alcofa, ela abria os olhos e despertava. Parece que adivinhava que iria sair do meu colo. Umas semanas mais tarde, estava eu a ler o livro do pediatra Mário Cordeiro (“O grande livro do bebé”), quando me deparo com um dado curioso: é natural que o bebé desperte se o deitarmos na sua caminha ou alcofa antes de passarem cerca de 20 minutos depois de adormecer. E porquê? Porque antes deste período, o bebé ainda está no chamado sono leve, em que qualquer movimento o desperta. Tentei este método com a Joana e resultou. Agora, viremo-nos para o ritual nocturno: neste caso, urge acrescentarmos mais 20 minutos aos 20 minutos iniciais. É quase uma hora mas o que sucede é que muitas vezes pensamos que o bebé já está a dormir, deitamo-lo e ele acorda. O que é que significa? Que temos que voltar ao ponto zero novamente. Por isso, para os bebés mais pequeninos, vale a pena experimentarmos este método.
Paralelamente, há bebés que precisam dos pais para dormir, outros que são colocados na sua caminha ainda acordados e adormecem por si. Nenhum bebé é igual ao outro e o facto dele adormecer ou não sozinho ou de acordar mais ou menos vezes, depende do seu temperamento e dos seus ciclos de sono: de facto, os bebés mais sensíveis tendem a demorar mais tempo a adormecer, enquanto que os bebés mais calmos conciliam melhor o sono. Para além disso, há bebés que caem num sono profundo mais rapidamente do que outros, ultrapassando com relativa brevidade os 20 minutos de sono leve.
E para os bebés que acordam várias vezes durante a noite? Vejamos os pontos seguintes;
2. Os bebés têm ciclos de sono mais curtos do que um adulto e há bebés cujos ciclos de sono são interrompidos por despertares nocturnos. Façam a seguinte experiência: permaneçam junto à caminha do bebé enquanto ele dorme. Cerca de uma hora depois dele ter adormecido, ele começa a encolher-se, vira-se, as suas pálpebras mexem, esboça um sorriso, a respiração torna-se irregular, os seus músculos contraem-se. O bebé está a entrar na fase de sono leve. O tempo de transição entre o sono profundo e o sono leve é um período vulnerável durante o qual muitos bebés acordam se houver algum estímulo desconfortável ou irritante, como fome ou ruido. Se o bebé não acordar, ele permanecerá neste período de sono leve durante os próximos 10 minutos e retorna novamente ao sono profundo. Os ciclos de sono dos adultos (passagem de sono leve para profundo e depois de volta ao sono leve) duram em média 90 minutos. Os ciclos de sono dos bebés é mais curto, durando 50 a 60 minutos. Assim sendo, é natural que alguns bebés despertem algumas vezes durante a noite. Quando o bebé entra no ciclo de sono leve, o que poderemos fazer é colocar uma mão carinhosamente nas costas dele e cantar-lhe uma canção, baixinho, fazer-lhe festinhas na cabeça ou sussurrar um ligeiro “Shhh” (mas não perto do ouvido do bebé). Assim, será pouco provável o bebé acordar durante a transição de ciclos de sono. Alguns bebés "auto-suficientes" podem superar o período vulnerável sem despertarem completamente e se eles acordam, podem voltar ao sono profundo sozinhos. Outros bebés não. O mais importante é mantermos uma atitude calma, positiva, reconfortante para o bebé, mesmo que acordemos várias vezes durante a noite e mesmo que, no dia seguinte, tenhamos que ir trabalhar, como é aliás, a realidade mais comum entre nós, pais. Se acordarmos mal-dispostos, contrariados, acabamos por passar este estado de espírito para o bebé que, em vez de relaxar, vai ficar estimulado (pela negativa), demorando ainda mais tempo para adormecer;
3. Acordar durante a noite traz benefícios à sobrevivência do bebé. Nos primeiros meses de vida, as necessidades do bebé estão no limite máximo, mas a sua habilidade em comunicá-las é mínima. Suponhamos que um bebé permanece profundamente adormecido durante a maior parte da noite. Algumas necessidades básicas não iriam ser satisfeitas. Os bebés de tenra idade têm estômagos diminutos e o leite materno é digerido muito rapidamente. Se o estímulo de fome do bebé não o acordasse facilmente, isso não seria bom para a sobrevivência dele. Se um nariz entupido e uma dificuldade respiratória, ou um ambiente frio o incomodassem e o estado de sono estivesse tão profundo que ele não pudesse comunicar tais necessidades, a sobrevivência dessa criança estaria em jogo...
4. Acordar durante a noite tem os seus benefícios em termos de desenvolvimento. Pesquisadores do sono acreditam que os bebés dormem de forma mais "inteligente" do que os adultos. Eles teorizam que o sono leve ajuda o cérebro a desenvolver-se porque este não descansa durante o sono REM. De facto, o fluxo sanguíneo até o cérebro quase duplica durante o sono REM (este aumento de fluxo sanguíneo é particularmente evidente na área do cérebro que controla automaticamente a respiração). Durante o sono REM o corpo aumenta a sua produção de certas proteínas nervosas, os "tijolos" de construção do cérebro. Acredita-se que a aprendizagem também ocorra durante o estágio activo de sono. O cérebro pode usar esse momento para processar informações adquiridas enquanto desperto, armazenando o que é benéfico ao indivíduo e descartando o que não é. Alguns pesquisadores do sono acreditam que o sono REM age para auto-estimular o cérebro em desenvolvimento, facultando imagens benéficas que promovem o desenvolvimento mental. Durante o estágio de sono leve, os centros mais elevados do cérebro permanecem em funcionamento, mas durante o sono profundo esses centros “desligam-se” e o bebé é “mantido” através dos centros inferiores do seu cérebro. É possível que durante o estágio de crescimento rápido do cérebro (o cérebro dos bebés cresce até cerca de 70% do volume adulto durante os primeiros 2 anos), o cérebro precise de continuar a funcionar durante o sono para desenvolver-se. É interessante notar que os bebés prematuros passam ainda mais tempo do seu sono (aproximadamente 90%) em REM, talvez para acelerar o crescimento cerebral. Como podemos ver, o período da vida em que os bebés dormem mais e o seu cérebro se desenvolve mais rapidamente é também aquele em predomina o sono activo.
5. À medida que crescem, os bebés atingem a maturidade do sono. “Tudo bem, mas quando é que o bebé vai dormir a noite toda?”, podemos perguntar-nos. Segundo o pediatra William Sears, a idade na qual os bebés se acomodam (isto é quando eles adormecem rapidamente e permanecem adormecidos), varia enormemente. Alguns adormecem facilmente, mas não permanecem adormecidos. Outros adormecem com dificuldade mas permanecem adormecidos. Outros bebés, pura e simplesmente, lutam vezes sem conta contra o sono, acabando por adormecer por exaustão. Nos primeiros 3 meses de vida, os bebés raramente dormem por mais que 4 horas seguidas sem precisarem de uma mamada por causa dos seus pequenos estômagos. Mesmo assim, eles dormem cerca de 14 a 18 horas por dia. Entre os 3 e os 6 meses de idade, a maioria dos bebés começa a acomodar-se. Eles estão acordados por períodos maiores durante o dia e alguns podem até dormir 5 horas seguidas durante a noite. Entre os 3 e os 6 meses, importa estarmos preparados para um ou dois despertares durante a noite. No entanto, vamos verificar que o período de sono profundo vai aumentar: os períodos vulneráveis para acordar durante a noite diminuem e os bebés são capazes de entrar num sono profundo mais rapidamente. A isto chamamos de maturidade do sono. Há uma variação entre os bebés sobre quando eles amadurecem para esses padrões de sono semelhantes ao dos adultos. Entretanto, apesar dos bebés atingirem essa maturidade do sono entre a segunda metade do primeiro ano de vida, muitos ainda acordam. Que causas poderão estar por detrás desses despertares? Estímulos dolorosos, como constipações e o nascimento dos primeiros dentes; saltos desenvolvimentais, como gatinhar e caminhar; ansiedade de separação e pesadelos ou um dia demasiadamente estimulante.
Para os bebés mais crescidos, que não gostem de dormir no escuro, podemos usar uma luz de presença azul, que é a cor mais relaxante para eles, segundo a pediatra Márcia Hallinan, do Laboratório do Sono da Universidade Federal de São Paulo.
Relembrando algumas estratégias desenvolvidas por Tracy Hogg, uma enfermeira pediátrica, cujo livro recomendo ("Secrets of th baby whisperer"), entre os 6 e os 9 meses de idade, quando o bebé acorda, podemos adoptar o método “Levantar/Deitar”. Isto é, quando o bebé desperta, nós vamos ao seu quarto. Normalmente, encontramo-lo de pé, agarrado às grades da caminha. O que fazemos é, sem tirar o bebé da cama, levantá-lo e voltar a deitá-lo. Ele pode protestar, chorar mas o facto de repetirmos esta acção as vezes que forem necessárias (sem levantar o bebé da cama, excepto, claro está, se ele tiver a fralda molhada), faculta ao bebé uma sensação de segurança e, ao mesmo tempo, de determinação por parte dos pais quanto à necessidade do bebé dormir. É importante não cedermos, apesar de nem sempre ser fácil. Sobretudo quando, no dia seguinte, temos que nos levantar cedo para irmos trabalhar. Mas posso garantir-vos, por experiência pessoal, que resulta. A Joana acorda, em média, duas vezes por noite.Habitualmente tem fome e o que eu faço e deitá-la novamente e dar-lhe um biberon. Ela adormece rapidamente. Nunca a levanto da cama, excepto quando tem a fralda molhada ou quando está com febre e preciso de lhe colocar um Ben-u-ron. Experimentem esta táctica com os vossos filhos, mais renitentes em adormecer novamente. Podem passar por uma semana menos fácil mas verão os frutos da vossa persistência.
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